segunda-feira, 22 de abril de 2024

St Agostinho, Dante, St Tomás, Papa

 

José Paulo 

 

 

A ciência política heideggeriana fala de Deus como tela gramatical metafísica. St Agostinho é mais preciso. Ele diz que a <palavra de Deus> é a tela gramatical celestial que cria o mundo, as coisas etc.:

“É verdade que primeiro se narra que foi feita a luz pela palavra de Deus. Entre ela e a escuridão, Deus fez separação e à luz chamou de dia eàs escuridão, noite. Mas de que luz se trata e de que movimento alternativo? sejam quais forem a tarde e a manhã feitas, é certo que nos escapam aos sentidos e, não podendo entendê-lo tal qual é, deve, sem a menor vacilação – ser crido. Trata-se de luz corpóreo, colocada longe de nossos olhos – nas partes superiores do mundo – luz que mais tarde acendeu o sol, ou pelo nome de luz está significada a Cidade Santa nos santos anjos e nos espíritos bem-aventurados, da qual diz o apóstolo: “Aquela Jerusalém de cima, nossa mãe eterna nos céus, e noutro lugar. Todos vós sois filhos de luz e filhos do dia; não somos da noite nem da escuridão”. (St Agostinho: 30).

 A ciência política literária de Agostinho fala da luz do campo político/estético tendo como fonte de energia celestial [realidade virtual] a gramática de Deus, gramática celestial do Bem. O campo político tem sua superfície profunda na escuridão da meia-noite sem luz de luar, onde a palavra de deus não alcança?  Nessas regiões da escuridão não se encontram santos ou anjos e seres humanos bem-aventurados. O que há nelas?

“A interpretação seria que a ciência da criatura, em comparação com a ciência do Criador, de certo modo entardece e de igual maneira amanhece e se faz manhã, quando se endereça ao louvor e amor do Criador. E não declina de noite, quando por causa da criatura não abandona o Criador”. (St Agostinho: 30).

A ciência política da antiguidade secular tem que fazer pendant com a ciência política celestial da <Letras Sagrada>.

Um campo político simbólico cristão tem uma tela gramatical celestial que rege a superfície superficial desse campo ou dia e tarde. Mas ela não alcança a superfície profunda da escuridão da meia-noite:

“Ademais, ao enumerar os dias, a Escritura não interpôs nenhuma só vez a palavra noite. Em nenhuma passagem diz: Foi feita a noite, mas: <Fez-se tarde e manhã, dia primeiro>. A mesma coisa no segundo dia e nos demais. O conhecimento da criatura em si mesma é, portanto, mais descolorido que seu conhecimento na Sabedoria de Deus, como na arte que foi feita. Justamente por isso é possível dizer-se, com maior propriedade, tarde, em lugar de noite, tarde que, como já dissemos, quando se refere ao louvor e amor do Criador, passa ser manhã”. St Agostinho: 30).

O conhecimento da criatura fez a luz artificial, a luz elétrica. Tal fenômeno físico altera a concepção do campo simbólico político? Há luz elétrica na superfície profunda do campo simbólico político, porém continua não havendo a luz da tela gramatical celestial. O que existe nessa falta de tela metafísica religiosa? Há os fenômenos da realidade heteróclita. Às classes baixas economicamente é reservado esse lugar do heteróclito? O aparelho de Estado/legislação penal trata os fenômenos moleculares do heteróclito? Este é o inferno na Terra? Tal lugar é o real? Ou o reino da necessidade rege a superfície da escuridão do heteróclito?

Para o ateu, o texto de Agostinho se parece como uma mitologia cristã. Com efeito, a mitologia cristã é aquela que põe e repõe o diabólico em oposição ao simbólico. (Godin:732).

A monarquia hegeliana, é o significante que emerge do real no campo simbólico (Zizek: 42-43), já o heteróclito é o significante que emerge do real no campo diabólico. O heteróclito é fato bruto, fato sem gramática, daí não adquirir o estatuto de fenômeno, já a monarquia é fato com gramática. No campo diabólico, os fatos em si da realidade heteróclita podem se insurgir contra a sua condição heteróclita e fabricar, espontaneamente, forma de governo tirânico, relações políticas que já não são a política. O sol lunar não existe na escuridão da meia-noite, existe o sol negro que não é uma fonte de luz, pois, a fonte do sol negro não é a tela gramatical simbólica celestial, e sim a tela mitológica diabólica. A relação do campo do indivíduo com o campo diabólico se faz por um conhecimento imediato e intuitivo que não constitui um senso comum. Sendo um fenômeno da desintegração espiritual/gramatical de classe social, as “classes” populares pobres existem como o lumpesinato negro [a luz celestial não a ilumina]. Não é uma escolha de vida. O lumpesinato negro é o grande agente de produção das relações tirânicas que tem no aparelho de Estado sem legislação penal aquilo que vem do real da sociedade constitucionalizada.

A concepção política de vida do lumpesinato negro (Marx: 372) pode ser o agente de produção da forma de governo bonapartista [o cesarismo moderno europeu]. A estética do Príncipe do lumpesinato negro é a bufonaria. A Igreja católica parece não saber como tratar com o lumpesinato, mas o evangelismo fundamentalista criou uma técnica religiosa especialmente para a superfície profunda da escuridão do campo diabólico.

A forma lógica de logos vulgar do cesarismo é aquela associada á guerra civil generalizada e permanente.

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Em geral, é dificultoso resolver o botar a instituição no campo simbólico político. Agostinho resolve tal problema de modo claro e elegantemente:

“Que no sétimo dia Deus tenha descansado de todas as suas obras e o tenha santificado não deve de modo algum ser entendido vulgarmente, como se Deus se houvesse fatigado, trabalhando. Ele – que disse e foram feitas – com palavra inteligível e eterna, não sonora e temporal. O descanso de Deus significa o descanso daqueles que descansam em Deus, como a alegria da casa significa a alegria da casa significa a alegria dos que se alegram em casa, embora os faça estar alegres não a casa, mas outra coisa qualquer”. (St Agostinho: 31).   

A palavra de Deus não se cria o mundo través de signo [palavra sonora e temporal]. A instituição ou <casa> funciona pelo princípio de realidade [coação não-violenta] e o princípio de prazer celestial [o manjar ou gosto celestial] é doado aqueles bem-aventurados que descansam na tela gramatical celestial ao lado de anjos, arcanjos e santos. No campo simbólico/político, a instituição não gera felicidade e a alegria na instituição, o estar alegre do sujeito, é uma felicidade que emerge do campo molecular político do indivíduo.  Daí haver alegria na forma lógica de governo cesarista.

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Dante caminha no inferno como homem, criatura viva, na realidade da mitologia ocidental. Na porta do inferno há uma alegoria do campo diabólico:

Lasciate ogne speranza, voi ch’intrate”. (Dante: 37).

Om campo simbólico tem várias entradas para os vivos conhecerem o inferno: ideia/signo, imagem/alegoria/fantasia. Dante fala d alegoria como a entrada para a narrativa do campo diabólico:

“Aqui o próprio Dante autor do poema interrompe a história e adverte aos leitores sobre o sentido alegórico de seu relato”. (Dante:73).

A Medusa é a alegoria da mitologia da antiguidade capaz de transformar  em pedra o corpo vivo de Dante. (Dante: 78).     

 A fantasia/tirano encontra-se no sétimo círculo:

La divina giustizia di qua punge

quell’ Attila che fu flagelo in terra,

E Pirro e Sesto; e in eterno munge

Le lagrame, che col bolor diserra,

A Rinier da Corneto, a Rinier Pazzo,

Che fecero a le strade tanta guerra”. (Dante: 95-96).

A pólemos é a stásis [revolta, sublevação, insurreição, guerra civil] (Schmitt: 55; Derrida: 110-111)) são coisas das relações infrapolíticas da forma de governo tirania do inferno. As afecções moleculares do indivíduo pilotadas pela fantasia da violência:

“Ma ficca li occhi, ché s’approccia

la riviera del sangue, in la qual bolle

qual che per violenza in altrui noccia”. (Dante: 93).

É uma crença ou fantasia milenarista de que a morte por violência da guerra faz com que a alma do corpo negro seja prisioneira na terra eternamente.  

A preocupação em saber se o fenômeno só é na superfície superficial iluminada [e não é na superfície profunda da escuridão], me leva a tela gramatical hegeliana:

“Le phénomène est ce que la chose est en si, ou as vérité. Mais cette existence seulement posée, réfléchie dans l’être-outre [...]”. (Hegel: 156).

O que é o ser-outro no qual se reflete e se posta a verdade da existência da coisa como fenômeno?

“Le phénomène est par conséquent d’abor l’essence dans son existence; l’essence est immédiatement presente en elle. Qu’elle ne soit pas comme [exitence] immédiate, mais l’existence réfléchie, ceci constitue le moment de l’essence en elle; ou l’existence comme existence essentielle est phénoméne”. (Hegel: 178).

A existência como existência essencial é fenômeno. A existência refletida no ser-outro que é o conceito dialético ou existência essencial. A existência essencial é a gramática dialética do fenômeno. Eu e outro, fenômeno na superfície do que aparece, da gramática que aparece como existência fenomenal.

Qual é o fenômeno e a essência [ou gramática] do fenômeno no texto abaixo?

“Quanto mais se a beleza da própria casa os moradores! E mais se não apenas se chama alegre pela figura de retórica que pelo continente significa o conteúdo, como quando se diz: os teatros aplaudem, os prados mugem, quando naqueles os homens é que aplaudem e nestes os bois mugem, mas também pela figura que significa o efeito pela causa, como se diz rosto alegre aquele que significa alegria de quem, ao vê-lo, se alegrará. Está muito conforme com a autoridade profética, que narra o repouso de Deus, dizer que por ele se significa o descanso daqueles que descansam nele e Ele faz descansar”. (St Agostinho: 31).

   Deus é a existência essencial do fenômeno que repousa como gramática na tela gramatical. Se o belo da instituição alegra os agentes, o campo político é estético pela alegria de quem ao vê-lo, se alegrará. A felicidade no campo simbólico político encontra-se no repouso da gramática institucional na tela gramatical. Se fosse um <não para de não funcionar, o tempo alegre do campo político seria desprovido de estética, pois, aí o gosto político se encontra no repouso da gramática. O sujeito político seria apenas um efeito da gramática e não é assim, pois há a liberdade do agir do sujeito:

“As <gramáticas normativas> escritas tendem a abranger todo um território nacional e todo o <volume linguístico> a fim de criar um conformismo linguístico nacional unitário que, outrossim, põe e repõe em um plano mais elevado o <individualismo> expressivo, já que cria um esqueleto mais robusto e homogêneo para a razão linguística nacional, da qual, cada indivíduo é o efeito e o intérprete”. (Gramsci: 

A razão linguística é uma estrutura de dominação nacional sujeita à crítica no campo político do indivíduo, este como intérprete e analista da ciência política literária da estrutura de dominação nacional. (Gramsci: 2343). A crítica dos fenômenos só é inteligível como crítica da gramática que rege esses fenômenos - em uma região do campo simbólico político. Os fenômenos são entes dos jogos de gramática da existência essencial de fenômeno.      

A crítica da estrutura de dominação é o caminho aberto para a desintegração da natureza da estrutura da forma de governo cesarista no campo simbólico político democrático/constitucional do moderno do além da época pós-moderna. (Bandeira da Silveira; 2024);       

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Em Marx, a forma ideológica é ilusão socialmente necessária. (Eagleton: 13). A política é um a forma ideológica. (Marx: 136). Em Freud, a política é o futuro de uma ilusão (Freud, ela é a fantasia do futuro. Na Idade Média, St Toma de Aquino talvez seja o primeiro a criar uma ideologia política sobre forma de governo monárquico. Ele vê a política como futuro naturalista de uma ilusão freudiana. A ilusão se encontra em uma região do cérebro. A monarquia se legitima por ser um fenômeno vinculado ao cérebro, isto é, a natureza do homem:

“Se a natureza do homem exige que ele viva em uma sociedade plural [heterogênea], é necessário que haja nos homens algo pelo qual se governe a maioria. Pois, ao existir muitos homens e preocupar-se cada um [com o que está de acordo com seu interesse], seu beneficia, a multidão se dispersaria em diversos núcleos a não ser que houvesse o um nela que cuidasse do bem da sociedade, como o corpo do homem ou de qualquer animal se desvaneceria se não houvesse uma força comum que o faça buscar o bem comum de todos”. (Tomás: 7).

Tomás criou o direito moderno e a lei moderna como fantasia do futuro. (Bastit: 1990). A discussão de Tomás se concentra na distinção entre tirania e monarquia. Já a preocupação de Guilherme de Ockham é com a cultura política, estética, jurídica religiosa papista

Tomás:

“Se ocorre uma forma de regime suportado por uma persona, que busca no governo seu próprio interesse e não bem da sociedade submetida a ele, tal político é chamado de tirano, nome derivado da palavra força, porque oprime, com a violência, e não governa com a justiça; por isso também os antigos chamavam tiranos a alguns poderosos”. (Tomás: 9).   

A tela gramatical tomasiana já tem o Estado como dominação e hegemonia, como em Gramsci? A violência requer um aparelho de Estado repressivo que se funciona só pela violência aparece como uma instituição da tirania. Se a justiça for acrescentada ao aparelho temos, assim, um aparelho de Estado/legislação penal. A legislação penal é um fenômeno, ao mesmo tempo, da dominação e da hegemonia: dominação/hegemônica. O aparelho de estado/legislação penal é parte da gramática da busca do Bem Comum, isto é, da sociedade como unidade de uma formação social nacional.

A propósito. O capitalismo subdesenvolvido faz o bem para as classes médias e reserva o inferno de Dante para as classes populares pobres.

A tela gramatical governa o campo das ideologias e gramáticas:

“A gramática historial é articulação de gramática da economia, campo de podres/saberes e campo de sujeitos. A gramática é como uma Constituição, pois, é um discurso prestes a se atualizar na realidade realmente existente de uma formação social. (Agamben: 29-30). A gramática da economia se atualiza como articulação da hegemonia no campo dos sujeitos. O campo de poderes articula-se como dominação (Foucault: 32) – técnicas de sujeição polimorfas no campo dos sujeitos com força de lei ou força de realidade”. (Bandeira da Silveira. 2019: 143).

A tela gramatical tomasiana opera também com o campo das gramáticas medieval rumo a época moderna. A época moderna é um efeito molecular, parcial, do cérebro de St Tomás de Aquino:

“A intenção de qualquer e todo governante deve dirigir-se a ele se encarregar de governar para a salvação. Porque compete ao capitão do navio conduzir a nave ao porto de refúgio, conservando a nave intacta contra os perigos do oceano. Pois, o bem e a salvação da sociedade é conservar sua unidade, isso se chama paz, desaparecida la cual desaparece asimismo la utilidad de la vida social, e incluso la mayoría que disiente se vuelve una carga para sí mesma. Luego esto es a lo que ha de tender sobre todo el dirigente de la sociedad , a procurar a unidade en la paz”. (Tomás: 13).

 

O aprofundamento do capitalismo subdesenvolvido se expressa no campo político como guerra civil generalizada e permanente a partir do Brasil profundo. (Bandeira da Silveira; 2021. Aí se põe e repõe a interpretação da crítica da forma de governo cesarista/tirânica.

Deleuze e Guattari falam do general intellect como fenômeno do cérebro. (Deleuze: 309). Aristóteles fala do laço social como fenômeno da natureza humana, ou melhor, do cérebro. Para Aristoteles, ´há uma região do bem no cérebro. (Arsitoteles: 675). A família é um laço social natural, uma gramática natural do cérebro. Nela, há governante/governado como fenômeno de uma região do cérebro humano, e de alguns animais. (Aristoteles: 677). O laço social político        é algo exterior ao cérebro do campo do indivíduo. A forma de governo democrático constitucional ou forma política já é a fronteira entre natureza e cultura ou civilização da antiguidade. (Aristoteles: 678, 676). Todavia a forma de governo da tirania ou cesarismo é um fenômeno da natureza humana, como muitos pensadores esclareceram. Na linguagem hegeliana, a tirania é uma forma sem mediação e na gramática de Hannah Arendt é um fato sem aparências de semblância. Na ciência política literária dos jogos de gramática, a tirania é uma forma sem tela gramatical em um campo infrapolítico.

Donald Trump quer criar uma tirania americana como forma infrapolítica que se encontra em uma r4egião do cérebro dele. A discussão da cultura política, econômica, estética, jurídica coimo um fato natural encontra-se em Guilherme de Ockham?

Ockham diz:

“A Providência divina costuma operar o bem a partir das obras más dos homens’. (Ockham: 45). Nietzsche fala de uma dialética do Bem derivando do mal. (Nietzsche: 22). A telo gramatical mitológica religiosa contém a faculdade de operar o bem a partir de prática política do mal. A cultura política papista tirânica da Idade Média sofreu a crítica de sua estrutura de dominação a partir da liberdade humana do cristão:

“Por isso, pela lei evangélica não só o cristão, não se torna servo do papa, como também o papa não pode, pela plenitude de seu poder, onerar todo e qualquer cristão contra a vontade deste., sem culpa e sem causa, com cerimonias cultuais de tanto peso como o foram as da velha lei. E se o tentar fazer, tal fato não tem valor jurídico e, no direito divino, é nulo”. (Ockham: 50).

A Igreja não poderia ser uma instituição política como estrutura de dominação na qual a liberdade humana do cristão é grau zero, isto é, o cristão parece como efeito automático do cérebro do papa: cristão natural. O cristão já é uma descoberta e invenção da civilização de Jesus.

Ora:

“Nestes textos e em outros inúmeros encontrados na Sagrada Escritura, as palavras genéricas não devem ser compreendidas de modo genérico, sem qualquer exceção”. (Ockham: 70).

O papa é a gramática absoluta como representante de Deus na terra. Porém, essa generalidade tem exceção. A liberdade humana do cristão é uma exceção ao sujeito cristão como efeito da gramática tirânica/cesarista do cérebro do Um, do papado;

“As palavras de Jesus: <tudo o que ligares> etc. não devem ser entendidas genericamente, sem exceção. As palavras genéricas nem sempre devem ser entendidas genericamente”. (Ockham: 69).

Na crítica demolidora de Ockham à tirania do papado, a exceção não confirma regra, ou seja, a gramática infrapolítica do cérebro do papa.

 

 

ARISTOTELES. Obras. Madrid: Aguilar, 1982

BANDEIRA DA SILVEIRA< José Paulo. Subdesenvolvimento hoje. Lisboa: Chiado, 2019

BANDEIRA DA SILVEIRA, José Paulo. Brasil Profundo. EUA: amazon, 2021

BANDEIRA DA SILVEIRA, José Paulo. Além da época posmoderna. EUA: amazon, 2024

BASTIT, Michel. Naissance de la loi moderne. Paris: PUF, 1990

DANTE ALIGHIERI. A divina comédia. Inferno. SP: Editora 34, 1998

DELEUZE E GUATTARI. O Anti-Édipo. SP: Editora 34, 2010

DERRIDA, Jacques. Politique de l’amitié. Paris: Galilée, 1994

EAGLETON, Terry. Ideologia. SP: UNESP, 1997

FREUD. Obras Completas. V. 21. O futuro de uma ilusão. RJ: Imago, 1974

GODIN, Christian. La totalité. V. 1. De l’imaginaire au symbolique. Paris: Champ Vallon, 1998

GRAMSCI, Antonio. Quaderni del Carcere. volume 3. Torino: Einaudi, 1975

HEGEL. Science de la logique. Premier tome – Deuxième livre. La doctrine de l’essence. Paris: Ubier, 1976

MARX. Os Pensadores. SP: Abril Cultural, 1994

NIETZSCHE. Par-delà bien et mal. Paris: Gallimard, 1971

OCKHAM, Guilherme. Brevilóquio sobre o Principado tirânico. Petrópolis, 1988       

SCHMITT, Carl. O conceito de político. Petrópolis: Vozes, 1992

St AGOSTINHO. A Cidade de Deus. Parte 2. Petrópolis: Vozes, 2013

TOMÁS DE AQUINO. LA MONARQUIA. Madrid: Tecnos, 1989             

 ZIZEK, Slavoj. Le plus sublime des hysteriques. Hegel passe. Paris: Point Hors Ligne, 1988         

                     

      

          

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

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