quarta-feira, 29 de junho de 2016

CARTA ABERTA AO GOVERNO OBAMA

CARTA ABERTA AO GOVERNO OBAMA
As primeiras ações de terrorismo urbano na década de 1960 no Brasil do Estado militar foram praticadas por uma célula (equipe) da CIA. A estratégia era induzir os grupos de esquerda a mergulharem no terrorismo urbano. Infelizmente, a ação da CIA teve êxito. A CIA participou da destruição do governo democrático de Salvador Allende. A Agência foi abertamente um aparelho de Estado terrorista durante os longos anos da era BUSH do século XXI.
A percepção sensível jornalística de que a eleição americana para a presidência é um fenômeno cultural político mundial é um fato impossível de ser vivido intencionalmente pelos jornalistas do mundo inteiro. É um truísmo que a tela gramatical jornalística (em especial a tela eletrônica) governa a trans-subjetividade das massas nos países com política liberal representativa. Os jornalistas são os sofistas (sem a retórica e a oratória) do século XXI. Portanto, é normal que a CIA (Okhrana mundial) queira governar o planeta através do controle da pauta jornalística.
A CIA não usa o Estado Islâmico como o inimigo público número 1 do Ocidente do mesmo modo que usou Pablo Escobar nas décadas de 1980 e 1990? Atos terroristas da CIA não podem ser assumidos pelo ISIS?
A CIA não quer construir um cenário mundial no qual o terrorismo seja a principal pauta da eleição americana?
Moro no Rio de Janeiro e estou preocupado com a CIA usar a Olimpíada como cenário terrorista para definir a pauta jornalística americana e uma linha de força cultural política para definir o vitorioso na eleição americana. A minha preocupação maior é: o governo Obama tem o controle da CIA?
Considero que atentado(s) terrorista(s) na Olimpíada do Rio será uma ação da CIA (da Okhrana Mundial). A CIA é um aparelho político terrorista associado ao poder político/simbólico/econômico do complexo industrial militar mundial (americano). Portanto, cabe ao governo americano democrata garantir que a CIA não agirá no Rio da Olimpíada. Infelizmente, o COI é uma instituição muito covarde para expor tal risco. E os governos não podem fazê-lo, pois isso significaria uma crise internacional. Esta é a razão para a feitura da carta aberta da Gazeta Renana ao governo Obama.


A ARTE DE GOVERNAR O PLANETA
Até os gregos da antiguidade criarem a politeia, governar se confundia com poder despótico, governo despótico: repressão. A politeia é o solo da criação do poder simbólico como arte de governar pelas palavras. Isso só foi possível graças a ex-sistência da língua grega dos poetas, dos físicos, dos filósofos e dos sofistas. Trata-se de um poder simbólico não coercitivo? A melhor filosofia gastou muito papel nessa discussão interminável.
A política precisa da trans-subjetivação pelas massas sujeito grau zero ditatorial do discurso político. Este precisa da língua normativa (culta) como meio de expressão comunicativo. A politeia ex-siste pela trans-subjetivação da ética da felicidade: “viver bem, agir bem”. A politeia é a polis dos homens livres e normais. A politeia era o autogoverno dos homens livres e normais da civilização grega em um antagonismo cultural político com a barbárie Persa.
O império Persa possui uma burocracia quase racional, um exército burocrático, uma cultura política burocrática, arquitetura suntuosa, costumes refinados em uma sociedade de corte. Por que então era um império bárbaro. Por que se tratava de um governo despótico articulado ao discurso da servidão voluntária. Não havia homens livres e normais, e sim homens ancilares voluntariamente. 
O homem persa não era livre nem normal. Aristóteles diz que eles eram sexualmente bestiais (faziam sexo com animais), não obedeciam à lei do incesto e possuíam uma série de desejos que, hoje, sabemos serem desejos psicopáticos: desejo de assassinar o próximo, por exemplo, a flor da pele. A cultura política grega era um modo de trans-subjetivação livre e normal, modo de trans-subjetivação pessoal, para pessoas com desejos temperantes. . 
A cultura política persa bárbara era um modo de trans-subjetivação psicopático. Tratava-se de uma cultura política psicopática. O reino da barbárie é o reino das máquinas de guerra psicopáticas. Tal cultura persa tinha uma cultura política estética desenvolvida e, talvez, ombreasse com a cultura racional grega em algumas atividades expressivas sublimatórias. Só um físico geopolítico hobbesiano especialista em antiguidade ocidental/oriental pode vir a resolver, definitivamente, o problema civilização versus barbárie da antiguidade. Por que isso é importante hoje?
Vivemos em uma época sob domínio dos homens livres e normais que governam o Ocidente ao menos? O governo despótico bárbaro é, inquestionavelmente, o governo da máquina de guerra psicopática. Trata-se do governo despótico que faz pendant com o estado de natureza hobbesiano. A guerra é um fenômeno que faz parte da reprodução ampliada da cultura política econômica psicopática. 
Um instituto econômico em Londres já tem 10 edições de uma lista dos 30 países mais pacíficos do planeta. A paz e o estado de natureza hobbesiano já são valores econômicos na reprodução ampliada do capital mundial. Não se trata mais de economia como tal (economia real), mas da economia como cultura política econômica, ou da paz, ou da guerra. Como o capital (que é uma máquina de guerra psicopática econômica [o capital nunca teve como axioma evitar a guerra entre nações – pólemos]) vai conviver com a stasi (estado de guerra civil planetário nas nações) transformada em pólemos. 
Na sua reprodução ampliada planetária, o capital civil faz pendant com o capital militar do complexo industrial militar mundial americano, europeu, russo e chinês. De fato, o capital militar é um poder despótico bárbaro que subssume o poder simbólico do capital civil? Por que isso é um fenômeno invisível na tela gramatical eletrônica do capital corporativo mundial ou eletrônico ou digital? 
Vivemos em politeia (um mundo civilizado) ou em um império persa despótico bárbaro mundial militar? Somos homens livres e normais ou homens ancilares do discurso da servidão voluntária militar mundial?
XERXES

segunda-feira, 27 de junho de 2016

DA DITADURA DO CAPITAL MUNDIAL AO ESTADO CRISTÃO (EVANGÉLICO)

 A revista Veja (29/06/2016) publicou uma matéria sobre o Brexit referindo-se às ideologias políticas como causa da maioria britânica vitoriosa: “Deu 51,9% pela saída do Reino Unido da União Europeia. Por sua decisão, foram chamados de praticamente todos os termos do dicionário de insultos políticos. Ignorantes, atrasados, preconceituosos, isolacionistas, reacionários, turrões, temerários, hidrófobos, xenófobos, racistas. E, naturalmente, fascistas, xingamento evocado hoje até em reuniões de grupos voluntários de jardinagem. E quem há de dizer que não eram nada disso? ”       
A Veja também usa o termo ditadura burocrática para falar da União Europeia. Esta é uma forma política objetiva tida como democrática na superfície política europeia. Ditadura burocrática europeia não se refere ao plano da política europeia, e sim à superfície da cultura política econômica europeia. Assim, o jornalismo de papel faz a passagem da política para a cultura política, algo que é um impossível para a tela eletrônico jornalística. Para a tela eletrônica jornalística, tal passagem é impossível, pois, tal tela gramatical eletrônica só trabalha com ideologia política e não consegue trabalhar com ideologia cultural política econômica. 
Em breve, a cultura política mundial não raciocinará mais a partir de antagonismo político ou econômico, mas somente com antagonismo cultural político econômico. O jornalismo econômico não poderá mais ser o discurso da besteira sobre um real econômico imaginado. O jornalismo político sucumbirá como discurso sobre um real político imaginado pelos jornalistas.
Brexit como antagonismo cultural político econômico é o antagonismo Reino Unido versusditadura do capital mundial personificado na União Europeia? Trata-se de uma ditadura neoliberal do globalismo que, desde a década de 1990, faz gato e sapato das nações, dos povos, dos trabalhadores, do capital monopolista nacional, dos Estados-nação. A resposta do real veio com o desejo Brexit das massas britânicas. Trata-se de uma revolta cultural política econômica da maioria do povo britânico contra a ditadura do capital neoliberal mundial. Não se trata do fim do globalismo, mas de um signo que sinaliza para uma mudança substantiva na lógica de reprodução de acumulação ampliada de capital.
Agora, o Estado nação do século XXI se apresenta como um fenômeno possível em um antagonismo político de equilíbrio com o capital mundial. Personificando o capital, a classe burguesa sem imaginação “pensa” que é o fim do capitalismo, ela “pensa” que se trata de forças de desintegração do capital globalista mundial. Preguiçosa, a classe burguesa esquece que a Nova Ordem Mundial é aquela da trans-subjetivação das massas articuladas ao capital digitalis mundial. Ela não sabe que a reprodução física ampliada do capital faz pendant com a reprodução ampliada cultural política econômica. O Brexit mexe com ambas reproduções, mas altera substantivamente a reprodução ampliada cultural política econômica mundial.
Um outro fenômeno cultural político econômico com força de realidade ocorre na América Latina, sendo mais visível no Brasil. Neste país, os evangélicos se constituem em um bloco de poder cada vez mais influente na política, mas principalmente na cultura política luso-brasileira fundada por D. Pedro I na década de 1820 e continuada por D. Pedro II e por meios republicanos ditatoriais na era pós-monárquica. Hoje, tal cultura política luso-brasileira vive a lógica de seu desmoronamento. A crise brasileira do século XXI é aquela da Ordem Luso-Brasileira.
Tal crise brasileira histérica fez emergir o bolivarianismo multiculturalista como utopia alternativa ao desaparecimento da cultura luso-brasileira. O bolivarianismo percebeu que a crise brasileira era a crise do Estado nacional luso-brasileiro. Daí uma utopia prática de construção de um Estado bolivariano latino-americano no território trans-subjetivo das massas brasileiras. Tal utopia possível passou para um processo de autodissolução com a crise da economia industrial brasileira e latino-americana. Como sintoma, o MERCOSUL perdeu toda a consistência cultural política econômica – como força de realidade – que tinha na década de 1980.
Com o fracasso do bolivarianismo, as pontes para a montanha (a construção de um Estado nacional do século XXI) poderia se tornar visível se houvessem forças nacionais culturais políticas palpáveis e consistentes. Se esperava que a comunidade jurídica com seu ativismo Lava Jato fosse um sintoma de tais forças nacionais. A comunidade jurídica tem um orçamento estatal de 270 bilhões de reais. Trata-se da comunidade cultural política intelectual mais preparada do país. E, no entanto, ela está desperdiçando toda sua energia narcísica na repressão policial ao sistema de corrupção montado pela classe política bolivariana/peemedebista. Ela é uma força ancilar da política personificada na tela eletrônica. Se tornou uma personagem-herói do romance político /policial eletrônico cujo  modelo literário evoca o nosso Rubens Fonseca.
A crise nas palavras de um economista eletrônico paulista é: “a curto prazo já morremos”. A física geopolítica há mais de 2 anos vem mostrando que o significante Brasil colonial Pedro I havia entrado em um processo de autodissolução. A física foi ignorada pelo jornalismo e a cultura intelectual, em geral. Se as massas intelectuais tivessem trans-subjetivado a física geopolítica, talvez, forças culturais políticas econômicas tivessem surgido com a utopia de construção de um Estado-nação brasileiro do século XXI. Agora, Inês é morta, e que os mortos enterrem seus mortos!
No vácuo da crise luso-brasileira criado pelo bolivarianismo multiculturalista latino, a máquina psicopática evangélica (os atores do século XXI são máquinas psicopáticas, não canso de dizer) avança com sua utopia de um Estado Cristão mundial na América Latina. Já abordei tal fenômeno em um texto do Facebook na página Nova Gazeta Renana Digital. A autodissolução da Ordem Luso-Brasileira é um território trans-subjetivo que dará passagem para uma outra Ordem. Neste aspecto a crise brasileira guarda uma analogia com a crise do século XIX brasileiro e latino-americano. A utopia de uma Ordem cultural política econômica evangélica é aquela de instalação de um Estado Cristão de uma nova espécie, um Estado Cristão latino-americano do século XXI surgindo como modelo no território brasileiro.
O leitor deve atentar que o antagonismo cultural político econômico bolivarianismo multiculturalista versus evangélicos tem uma força de realidade que suprassume a política da tela gramatical eletrônica. Esta cria e recria pelo automatismo industrial compulsivo uma semblância ideológica cultural política que é uma causa fatal da falta de solução laica para a crise da Ordem Luso-Brasileira.
No Brasil a partir de 2013, a multidão urbana (autor) se apresentou na rua pedindo um novo pacto cultural político laico. Mas os atores laicos (classe política laica), não ouviram, pois, já morrem a curto prazo. Assim, o Estado Cristão surge como o fantasma atractor do futuro no horizonte do desmoronamento do Estado nacional/colonial luso-brasileiro.
A dissolução da Ordem Luso-Brasileira significará a lógica do desmoronamento do português como língua normativa (norma culta), como dispositivo trans-subjetivo cultural político de expressão linguística das massas intelectuais e também das massas manuais? Se estivesse com sua saúde restabelecida a minha amiga Lia Wyler poderia entra nesse debate procedural público. O leitor se beneficiará muitíssimo com a leitura do livro de Lia:  Línguas, poetas e bacharéis. Uma crônica da tradução no Brasil.                          
               

sábado, 25 de junho de 2016

REINO UNIDO - DESEJO BREXIT DAS MASSAS

REINO UNIDO - DESEJO BREXIT DAS MASSAS
O Brexit significa a saída do Reino Unido da União Europeia em um plebiscito envolvendo dezenas de milhões de sujeitos de direito. O que, afinal, foi decidido?
As massas estavam decidindo se o Estado-nação deveria se autodissolver em uma cultura política europeia real (União Europeia). Brexit é, portanto, o sintoma da cultura política mundial. As massas em maioria não querem o fim do Estado-nação.
Criador da física geopolítica moderna de orientação galileuniana, o inglês Hobbes renasce das cinzas na conjuntura cultural política mundial contemporânea. Ele viu o Estado (Leviatã) como um Deus mortal personificado como homem artificial para o estabelecimento da paz e da segurança da nação. Quando o Urstaat surgiu na civilização arcaica ele foi trans-subjetivisado como um Deus. O Estado moderno de Hobbes tem isso em comum com o Urstaat – ele é um Deus não personificado em Cristo, mas no homem artificial. O que é o homem artificial?
Ele é uma máquina humana. Qual espécie de máquina? Se o Estado é o poder soberano com poder de vida e morte sobre os súditos, individualmente, e sobre as massas assujeitadas a ele; se o Estado possui liberdade absoluta (no uso da violência real sem limite para invadir as nações), ele é o homem artificial psicopático.
Toda uma linha de força epistemológica política necessária para pensar a cultura política mundial a partir da psicologia com Freud e Lacan não ex-iste porque Hobbes não foi trans-subjetivado pelas culturas políticas intelectuais alemã e francesa por causa do narcisismo das pequenas diferenças entre os povos europeus supracitados. Porém, as coincidências significativas entre Freud e Hobbes desaguam na definição da máquina de guerra psicopática e na cultura política psicopática mundial na era moderna. Os leitores da minha física já sabem disso!
O planeta precisa acordar para o desejo das massas mundiais de construção da nação e do Estado-nação na era da Ordem Mundial do globalismo digital: homo digitalis. Não se trata de resiliência do Estado-nação. O desejo deste aflora com a progressão do estado de natureza hobbesiano no planeta, que o capital eletrônico mundial tenta ocultar a partir da produção de ideologias-semblância de que a nação continua em paz e provendo segurança para cada um e para todos (massas nacionais).
A ideologia do capital eletrônico mundial continua a chamar o fascismo do século XXI como política de extrema-direita. A razão disso é que se trata de um fascismo eletrônico que está colonizando o homo digitalis. Em resumo, o fascismo mundial contemporâneo quer instalar uma ditadura eletrônica/digitalis sem semblância democrática?
Na França, François Hollande (e o partido socialista) fez o ensaio geral de construir na prática constitucional um modelo ditatorial eletrônico para a União Europeia. Mas a cultura política mundial jornalística da tela informacionalis não pode metabolizar tal fenômeno cultural político por ser parcela desse mal mundial dia-bolique. A verdade é que nem o Bispo de Roma quer enfrentar tal diabo.
A elite ilustrada mundial liberal vai tratar o desejo das massas Brexit como fascista alemão hitleriano? Tal elite nunca soube nada sobre as massas e parece que continua desprezando os desejos das massas. As multidões querem o Estado-nação para evitar que o planeta mergulhe em um mitológico estado de natureza hobbesiano, sem retorno.
Passagem da história ao mito!
O primeiro-ministro David Cameron é uma garotinha derrotista incurável com medo do fantasma do futuro que consegui se apossar do corpo político do autor mundial: multidão britânica!

O DIA SEGUINTE AO BREXIT
O ditador François Hollande tem pressa em desfazer todos os laços do império britânico com a União Europeia. Ele age para entregar o Reino Unido nas mãos do protofascismo do partido conservador se aproveitando da política invertebrada de David Cameron. Forjada na luta contra o fascismo socialista (totalitarismo stalinista), Ângela Merkel adota a tática da resistência (ir com calma). A multidão antifascista eletrônica inglesa também adota tal tática para combater o fascismo eletrônico europeu. Uma petição de mais de 1.000.000 de ingleses advoga um novo plebiscito. Trata-se de lutar na conquista democrática do território político trans-subjetivo das massas palmo-a-palmo.
Hobbes define a prática política representativa como a unidade prática de autor (multidão) e ator (classe política). O autor funda pelo pacto o Estado (Leviatã) que na modernidade é o Estado-nação. Isso é a prática política da multidão. A prática política representativa como tal é a classe política representando o autor. Hobbes está certo em ver que o funcionamento regular da política representativa é a prática política do ator (classe política).
O Brexit significa que o autor desse ato quer que os fascistas do século XXI governem a Inglaterra e com Donald Trump a política mundial? Nos EUA, Bernie Sanders era o ator/nova esquerda mundial que surgia como representante da multidão que deseja um Novo Estado-nação na era da Ordem Mundial Digitalis. O que é essa Ordem?
Psicanalistas cariocas são céticos em relação à ex-istência da Nova Ordem Mundial, pois, tal Ordem é sustentada por um poder mundial invisível (para eles) que a física geopolítica mostrou ser a Okhrana. Esta é a prática política como unidade de governos dominados pelo complexo industrial-militar e o sistema de informação, contrainformação, desinformação e terrorismo. Nos EUA, tal sistema é habitado pela CIA, FBI, SNA etc. A Okhrana é o centro estratégico do campo de poder europeu, chinês e russo. Logo, ela não é um poder invisível, mas o poder que governa os países, os governos nacionais e as relações internacionais. O capital informacionalis mundial (eletrônico e digital) cria e recria a semblância da não ex-istência da Okhrana. Só massas intelectuais imbecis creem que governos nacionais governam as relações internacionais.
O único motivo do Congresso americano não proibir o uso indiscriminado de armas de guerra nos EUA, é que tal instituição pertence às redes de poder e políticas da Okhrana.
O campo de poder mundial okhraniano significa a ditadura mundial representativa das máquinas de guerra psicopáticas. A Okhrana é a máquina psicopática mundial jamais sonhada por um Hobbes ou qualquer outro físico geopolítico. Os psicanalistas possuídos pela lógica do homo clausus (lógica da ideologia individualista moderna que foi a causa da autodissolução do campo freudiano no século XXI) querem enquadrar psiquiatricamente a física geopolítica lacaniana?
Não foi a sociedade de significante neurótica que fez o cerco, caçou, encarcerou e inventou a tecnologia para torturar os psicóticos. Foi a sociedade psiquiátrica dos significantes psicopática. Hoje, tal sociedade psicopática ex-iste como cultura política mundial psicopática personificada na Okhrana.
A Okhrana é o campo de poder mundial ditatorial fascista do homo informacionalis psicopático!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

DEUS, PHYSIS, DITADURA


Platão fala de um Deus que é antagônico aos deuses poéticos (épico lírico ou trágico). Trata-se de uma divindade essencialmente boa, que, portanto, não pode ser nociva, prejudicar, causar dano, que não faz algum mal, que é causa do bem-estar e da felicidade (Platão: 78).
O avesso de Deus é o tirano. Trata-se do psicopata que, depois de provar sangue, torna-se uma máquina de guerra psicopática: “Qual poderá ser o destino de tal homem?   Não tem ele por força de perecer às mãos de seus inimigos ou converter-se de homem em lobo, isto é, tirano” (Platão: 319). Pois o protetor do povo é como o homo homini lupus (Plauto), que, dispondo de uma multidão inteiramente dócil, não se abstém de derramar sangue de seus compatriotas. Derramar sangue não é o princípio da máquina de guerra freudiana (instinto de morte) que é análogo ao tirano psicopata de Platão? 
Os deuses dos poetas não remetem para a poética da physis? Eles prejudicam, eles são o mal, eles são o avesso da ética socrática: “não prejudicar”. Mas eles são, essencialmente, parte da physis biológica, pois, movidos por estados de ânimos e desejo sexual ou aversão sexual pelos humanos. Ligado à physis, o desejo sexual dos deuses os faz um impossível freudiano, pois os deuses não param de não se inscrever no campo simbólico. É impossível governar o desejo (ou aversão) sexual. Ou então, trata-se do axioma lacaniano - "a relação sexual não ex-iste"!
Antes de chegar ao RSIcp (Real, Simbólico, Imaginário/cultura política), os deuses podem ser contemplados pela transdialética reino da necessidade e reino da liberdade. Eles são do reino da necessidade como ditadura da physis sobre a espécie humana. A paixão sexual os torna a mitologia ditatorial poética da physis.  Platão atribui à anarquia sexual da politeia a causa da autodissolução da politeia e sua substituição pela ditadura da máquina psicopática: tirania.
A paixão sexual é a máquina psicopática como recurso evolutivo da espécie humana. Tal máquina psicopática (a paixão sexual em interseção com o instinto de morte) é a ditadura instalada no ser humano associado à physis, como observou, com um brilho estelar, Deleuze, ao desmontar a ideia de pulsão de morte lacaniana (Deleuze: 124-125) fazendo pendant com o princípio da ressexualização (idem: 126). Trata-se do tirano-lobo-máquina, ou seja, o tirano da cultura política psicopática de Platão.
O Deus de Platão é o reino da liberdade, reino da liberdade como algo divino livre da ditadura da physis. A religião cristã se constrói tendo como alavanca o desejo de liberdade em relação à miséria de uma vida dominada pelo desejo (ou aversão) sexual. Todo o segredo do cristianismo se resume a isto. O reino de Deus é o reino estruturado como justiça (Deus não faz o mal, não prejudica, e sim o diabo). O Diabo é a máquina psicopática sexual de Goethe:
Mefistófeles – Sou parcela do Além,
Força que cria o mal e também faz o bem! (Goethe: 59)
A cultura política psicopática goethiana é a ditadura necessária que faz o bem e o mal.
Cristo se dirigia aos possessos como se eles fossem pessoa, e não máquina psicopática (indivíduo possuído pelo Diabo). A cura pela palavra divina faz de Cristo a contramáquina de guerra divina judaica que desmonta a máquina psicopática no indivíduo? O cristianismo primitivo é o avesso comunitário da cultura política psicopática? E o judaísmo também é isso? Tais hipóteses não merecem uma investigação da história da cultura política intelectual cristã (e judaica)? A cristã se articula a partir de um desejo de liberdade que suprassumisse a máquina psicopática. Com a pedofilia devastando a Igreja católica, os padres aparecem como se fossem possuídos pelo Diabo (máquina de guerra sexual psicopática). O sexo parece, finalmente, ter derrotado, a cultura da liberdade cristã?
Por que Hobbes definiu o Leviatã (Estado) como o Deus mortal?
Deleuze, Gilles. Apresentação de Sacher-Masoch como o texto integral de “A Vênus das peles”. Masoquismo. RJ: Taurus, 1983
GOETHE, J. W. Fausto e Werther. SP: Nova Cultural, 2002
PLATÃO. Diálogos III. A República. Tradução de Leonel Vallandro. RJ: Editora Tecnoprint/Edições Ouro, sem data.
         
              


            

quinta-feira, 16 de junho de 2016

NOVA GAZETA RENANA DIGITAL

NOVA GAZETA RENANA DIGITAL 16/06/2016
A Nova Gazeta Renana é uma página do Facebook que faz jornalismo digital artesanal. Os textos são publicados agora no blog.  Ela sofreu uma intervenção punitiva de uma maquina psicopática partidária, que tem livre acesso ao Facebook.  

EPISTEMOLOGIA POLÍTICA DOS 5 LEITORES MACHADIANOS
No “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, no Ao Leitor, Machado diz que seu romance foi escrito para 5 leitores. A forma livre de um Sterne (ou de um Xavier de Maistre) adotada e mais o pessimismo rabugento em uma obra difusa seria a causa do livro ser obra para 5 leitores? Trata-se de uma obra de um espectro-narrador, de um finado, esmerada na galhofa (cultura literária witz universal) banhada na tinta da melancolia, um conúbio convexo-côncavo. O século XXI se anuncia como um novo tempo barroco naufragado na melancolia!
O leitor grave verá a obra como semblância de romance e o leitor frívolo a estranhara como um romance inusual. Então o romance fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que constituem as duas colunas máximas da opinião. O romance é a tela gramatical literária em um conúbio com a doxa da crítica jornalística. Sem a estima dos graves e o amor dos frívolos, ele tem apenas 5 leitores. Quem são esses leitores? São os leitores machadianos!
O que é um leitor machadiano? Ele não é o leitor das simpatias da opinião pública (da) sobre o romance. Ele é o leitor da obra que em si mesma é tudo: “se te agradar, fino leitor, pago-me a tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus”.
O leitor fino é o leitor machadiano, ou adeus! Trata-se do leitor aguçado, afiado para metabolizar a filosofia política econômica machadiana. Pois, isso significa as 5 etapas da LEITURA: crer; metabolizar como sublimação, como simbolização, como trans-subjetivação, e, finalmente, o leitor como uma nova percepção machadiana do mundo sensível. A ABL (Academia Brasileira de Letras) não é do reino do leitor machadiano.
E o leitor da física geopolítica lacaniana?
O que significa vivenciar intencionalmente as cinco etapas supracitadas?
A física é uma linguagem que abre a percepção para ver e ouvir o governo das máquinas de guerra na cultura política mundial. O leitor que entra em um processo de trans-subjetivação permanente da física tem instalado em seu cérebro/subjetividade a percepção física geopolítica da cultura política das máquinas de guerra. Ele passa a ver e ouvir qualquer espécie de máquina de guerra. Ele passa a ver e ouvir tal ser convexo-côncavo.
Trata-se de uma percepção que se torna fina e se desenvolve no conúbio do campo de pensamento supracitado com a tela digital.


5 LEITORES
Os 5 leitores da física geopolítica sabem que há uma crise mundial. Que há um desenvolvimento desigual da crise nos países e diferentes respostas para sair dela. Infelizmente, o campo da física não conta com uma equipe para investigar os países centrais que estão ensaiando um novo modelo cultural político mundial no território trans-subjetivo das massas sem sujeito ditatorial.
Os economistas (e a classe política mundial) continuam trabalhando com um conceito de capital economicista. Para eles, o capital ou é uma coisa ou um fenômeno econômico como tal. Eles não aceitam que o capital é uma relação cultural política de força - relação de força trans-subjetiva entre o capital e as massas sujeito zero econômico. Se metabolizar isso, muda tudo, pois, se trata da física do século XXI.
Já mostrei, que a física se condensa em filosofia política econômica que articula a Ordem Mundial como cultura política universal. Mostrei que o planeta é capitalcêntrico. O insensato é aquele cujo desejo faz pendant com o desejo niilista de desarticulação da Ordem Mundial. O insensato é também aquele que crê na articulação de uma Nova Ordem Mundial sem que um pensamento político a faça!
A crise mundial é a crise da falta de pensamento político nos quatro cantos do planeta. Há aqueles que acreditam que o planeta pode ex-istir funcionando pela lógica fática da economia e da política mundiais, e das relações internacionais fácticas. Eles não metabolizam Hegel/Gramsci que define a política (a economia e as relações internacionais) como cultura política através do significante/conceitual hegemonia. O mundo como lógica fática é a barbárie da dominação como tal – interesse e relação de força.
A América e a Europa ocidental continuam se agarrando à semblância civilizatória (hegemonia) de um sistema mundial que parece tomar o rumo da cultura política bárbara mundial. Quanto tempo o planeta vai continuar existindo com uma Ordem Mundial Bárbara? Ordem sem pensamento político que é o signo da civilização ocidental. O arsenal atômico em uma Ordem Mundial Bárbara (nas mãos da Índia e do Paquistão) se constitui como a "gota d'água de Bohr/Caxemira".
Como simples fenômeno econômico, o capital não governa o planeta. Só os insensatos economistas (e a velha ciência política da FGV do Rio de Janeiro) acreditam nesse delírio psicótico de que o único capital sério é o capital econômico. Eles pensam o mundo como dominação do capital mundial que, como fenômeno econômico, existe para 70 milhões de consumidores. É tedioso, se não fosse perigoso!
Foucault mostrou que a Ordem Mundial Moderna existia e funcionava por dispositivo de poder/saber. Mas sua conceituação ainda era naturalista. Pois, o dispositivo poder/saber é da ordem de uma physis cultural política. Termino com o caso brasileiro.
O bolivarianismo se constitui como um dispositivo saber/poder que governou o pais no século XXI. Já mostrei como tal dispositivo foi criado historicamente e como cultura política. Qual é o nosso problema real? Trata-se da autodissolução do dispositivo bolivariano que na percepção sensível significa a desintegração da famigerada narrativa petista. A transição do governo Dilma para o governo Temer tem como causa a autodissolução do dispositivo em tela. Logo, não faz sentido Dilma voltar para o governo nacional.
Com Temer, a envelhecida classe política velha diz que sabe qual é a solução para a crise brasileira. Ela acredita que se trata de uma crise da lógica fáctica da economia e da política. Por não saber o que é pensamento político, ela não sabe que se trata de uma crise cultural política que significa o fim de um dispositivo saber/poder e a falta de um outro dispositivo que substitua o dispositivo bolivariano.
Sem pensamento político, um governo é apenas uma máquina de guerra fática cuja prática é ações de destruição das massas, das instituições democráticas, da trans-subjetivação democrática, das regras formais democráticas. Trate-se, portanto, de um governo bárbaro que conduz o país para o caminho da barbárie: DITADURA.
Tais significantes-peixes estão no fundo do mar prestes a emergirem no território nacional. O governo/máquina temerário é o transporte atual de tais peixes!


“A tensa campanha pela saída ou permanência do Reino Unido na União Europeia teve nesta quinta-feira um episódio chocante, com a morte da deputada trabalhista britânica Jo Cox, 41 anos. A parlamentar morreu após ser baleada e esfaqueada quando deixava um ato político na biblioteca de Birstall, na Inglaterra. Um homem de 52 anos, cuja identidade não foi revelada, foi detido, apontado como autor do ataque, cujas circunstâncias ainda são bastante confusas. Não se conhece a motivação do assassino, mas algumas testemunhas dizem tê-lo ouvido gritar “A Grã-Bretanha em primeiro lugar!” antes de avançar sobre a vítima — em inglês, "Britain first", que pode ser uma referência a um partido de extrema direita que defende a saída do bloco europeu. A polícia, no entanto, ainda não confirmou nem negou detalhes como esse”.

“Rosemary's Baby é um filme estadunidense de 1968, do gênero terror, dirigido por Roman Polanski. O roteiro, escrito por Roman Polanski, é baseado no romance homônimo de Ira Levin, publicado em 1967. Em 1965, Rosemary Woodhouse (Mia Farrow), uma jovem dona de casa brilhante, mas um tanto ingênua, e Guy (John Cassavetes), o marido e um ator em busca de emprego, se mudam para Bramford, um opulento, mas antiquada edifício de apartamentos em New York City. O leitor pode ver o filme elegendo Bramford como personagem principal. O edifício é a casa do diabo da lenda medieval do Fausto. Bramdford precisa de uma mulher para parir o filho do diabo.
O essencial é que o edifício é dominado por uma seita satanista, adoradores do diabo. Se você já teve a impressão que mora em um edifício assim, a impressão pode não ser fruto da sua imaginação. Se o seu médico mora no edifício, ele pode pertencer à seita.
Se o leitor conhece a teoria da máquina psicopática, então, a seita pode ser simplesmente uma seita de máquinas psicopáticas. A ideologia dominante na cultura política mundial tem como significante-diabólico - o significante pessoa. Hobbes estabeleceu a diferença entre pessoa e máquina. Trata-se de uma diferença complexa que tratarei em um outro texto mais extenso. A ideologia diz que a pessoa (tomada como semelhante ao homem livre e normal) é a espécie comum no Ocidente.
Qualquer pessoa (e a contramáquina de guerra mestiça que é uma aliada das pessoas) sabe que um fascista não é uma pessoa. Ao contrário, ele é uma máquina de guerra psicopática. Mas a imprensa europeia o trata como uma pessoa agenciada por uma ideologia satânica.
Adorno mostrou que a ideologia fascista alemã era oca de significações ideológicas como tal. Pois, ela não se dirigia às pessoas, e sim às máquinas. Trata-se de uma montagem industrial do povo alemão como máquina de guerra psicopática. Não é este o centro motor ficcional do Doutor Fausto de Thomas Mann?
O significante ideologia deslizou da superfície ideológica em si (visão de mundo articulada por signos, representações, imagens) para a superfície da cultura política do significante máquina psicopática. Trata-se da produção industrial cultural política da máquina psicopática!
Os jornais europeus continuam tratando a máquina psicopática como pessoa. A parlamentar Jo Cox foi assassinada, sem piedade, por uma "Britain first". Isso é a ideologia cultural política que agencia a montagem da máquina em escala industrial. "Britain first" é uma prática (ação estratégica com suas táticas fatais para atingir o objeto externo) articulada por ideias psicopáticas de destruição do inimigo. "Britain first" é, de fato, o psicopata inglês!
O ato que devorou a vida de Jo Cox não é o ato mais brilhante que anuncia a ditadura fascista europeia das máquinas de guerras psicopáticas?

 MORADORES DE RUA EM SÃO PAULO
http://brasil.elpais.com/…/…/politica/1466018275_327623.html
“Para Lancellotti, a resistência vem do desenho institucional dos albergues, no qual enxerga autoritarismo, regras excessivamente rígidas e falta de humanização no tratamento dos moradores de rua. ‘Eles tratam essas pessoas como números. E elas percebem isso’, diz. ‘Os moradores de rua são um grupo de refugiados urbanos. E o problema é que a Prefeitura recolhe, mas não acolhe’. Ele defende que locais pequenos, autogestionados pelos próprios moradores, sem a verticalização imposta pelos modelos tradicionais, podem ser um modelo de maior sucesso”.
Os moradores de rua são pessoas - o povo de Canudos redivivo. Os jagunços eram as máquinas de guerra que foram para Canudos para a autodesmontagem pelas mãos do Bom Jesus: contramáquina de guerra mestiça divina.Canudos era uma comunidade de pessoas livres e normais em um antagonismo ideológico com os bispos (máquina de guerra psicopata cristã) e os senhores de terras (máquina de guerra psicopata oligárquica) como condensação do antagonismo cultural político universal pessoa versus máquina.
Uma comunidade de pessoas livres e normais no sertão era uma afronta que a República não podia suportar. Mas o que era a República? Era a ditadura do albergue da máquina de guerra republicana psicopática industrial. Esta se articulou como uma prática (estratégia de destruir o objeto Canudos por inúmeras táticas) que se renova na prática da GCM em destruir a comunidade de rua das pessoas de uma Canudos paulista a céu aberta Tal máquina de guerra psicopática municipal teria uma autonomia quase absoluta em relação ao poder político municipal, segundo o prefeito Haddad: “Há anos a Guarda Municipal age para retirar papelão, colchão, sofás, barracas, armários — tudo que pode ser utilizado pelo morador de rua para, segundo o comandante da GCM, inspetor Gilson Menezes, "privatizar" o espaço público. O baiano e seus companheiros — estima-se oficialmente que haja 16.000 moradores de rua em São Paulo — enfrentavam as ações praticamente invisíveis, até que a situação ganhou contornos de crise nas últimas semanas, em meio a maior onda de frio na maior cidade do Brasil em duas década”.
A GCM é o exército psicopático floreanista e os moradores de rua paulistas pessoas do Bom Jesus. Trata-se de uma memória cultural política que não para de não se inscrever no campo simbólico da cultura política brasileira. Assim, ela não se inscreve na tela gramatical cultural como deve ser.
Euclides da Cunha foi a contramáquina de guerra mestiça que transformou em narrativa épica sertaneja o antagonismo máquina psicopática versus pessoa livres e normais. Os bispos e os senhores de terras também acusaram o povo de Canudos de querer privatizar o Sertão. Eles acreditavam piamente (com uma certa razão) que Canudos era uma revolução trans-subjetiva das pessoas livres e normais mestiças: revolução sertaneja!
O marxista Haddad é um artefato do marxismo da USP que não sabe nada sobre a história universal máquina/pessoa/contramáquina mestiça. Não vai ser fácil pintar Haddad como o chefe das máquinas de guerra anticanudos?


 NANOFÍSICA POLÍTICA
http://brasil.elpais.com/…/…/politica/1465940373_917533.html
“Os aliados de Cunha contavam com 10 votos certos. Os que pediam a cassação, com nove. O vigésimo e decisivo voto caberia à Tia Eron, uma deputada do PRB até então pouco conhecida, vista como aliada de Cunha, mas que havia elogiado o parecer do relator pela cassação. Era, portanto, uma incógnita. Caso ela votasse a favor do parecer, haveria um empate. E o desempate caberia ao presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), que votaria contra o presidente afastado da Câmara. Se ela votasse contra o parecer, Cunha venceria na comissão por 11 votos a 9”.
A deputada baiana Tia Eron começou o desligamento da máquina de guerra Eduardo Cunha. Velha história universal mulher versus máquina. Mas o nanoagir de Tia é o início da alteração do equilíbrio de força na política nas mãos das máquinas de guerra da ciência política do Estado. Só tal ciência sabe quais são as nanotáticas necessárias para alterar estrategicamente o equilíbrio de poder no Congresso. Por ter consciência da nanopolítica, Tia Eron só revelou seu ato de desmontagem de Cunha na hora do ato. Tia é física geopolítica sem saber que sabe?
Equivocadamente e por ciúme narcísico, a editora de política da GloboNews atribui a enérgica, corajosa, irrevogável atitude de Tia às pressões do eleitor nas redes digitais, na rua etc. O ataque da editora também pode ser lido – segundo rumores jornalísticos – como um gesto de contrariedade do Grupo Globo. Tal grupo maneja a ciência político do Estado e sabe que o fim da máquina de guerra psicopática Cunha é um golpe na sua máquina de guerra jornalística. A intimidade jornalística de Cunha com Andreia Sadi é um fato altamente elucidativo da política brasileira.
Querida Andreia, desculpe-me!
Ao contrário da visão mesquinha da editora, Tia Eron agiu como um herói da política brasileira! Ela merece entrar para os anais da política do regime 1988!

CIÊNCIA POLÍTICA DE ESTADO
“En méxico, acabamos de pasar 14 procesos electorales locales que están recomponiendo el mapa de gobiernos en algunos estados y en la Ciudad de México, donde la elección de una Asamblea Constituyente para la segunda ciudad más grande del mundo, sufrió una abstención de 70 por ciento”. (Jaime Preciado Coronado. Cientista político mexicano).
No México, a política se encontra em um divórcio abissal com as massas eleitorais (homem comum). O México é, talvez, o maior laboratório cultural política natural da política mundial. A abstenção de 70% pode ser o sintoma de toda a política latino-americana em sua atual conjuntura cultural política.
No Brasil, o olhar do homem comum do objeto política vê a política como escândalo (corrupção e falta de governo/governabilidade). Contudo, o impeachment pôs o Congresso para trabalhar no julgamento da presidente Dilma Rousseff e do governo Temer. Pela televisão, o homem comum começou a se relacionar com a política como ciência política de Estado. Esta é a atividade da Comissão senatorial do impeachment ou de Dilma ou de Temer. O não-impeachment de Dilma significa o impeachment de Temer, e vice-versa! Não se está julgando governantes, e sim governos!
A ciência política de Estado tem na fração bolivariana da Comissão do impeachment sua ação mais brilhante. Interrogar as 40 testemunhas (de defesa e de ataque) significa elaborar uma epistemologia política articulada pela construção de uma narrativa dramática entre sujeito (conhecimento senatorial produzido na Comissão) e objeto (definição da realidade dos fatos que vão expurgar ou Dilma ou Temer).
Sou professor de ciência política há quase 40 anos. Estou no fim da minha vida universitária. Saio dela assistindo espantado, maravilhado, a construção de uma ciência política de Estado fática dialética. Caro leitor, se atine com o fato que isso não existe na Venezuela mergulhada em uma barbárie sexual gramatical política cujo gozo é a luta sem quartel (luta bárbara), e sem fim, amigo versus inimigo. Luta que é a condensação da memória cultural política colonial da transdialética colonizado (povo venezuelano libertário) versus império espanhol ditatorial.
Há forças cultural políticas no Brasil trabalhando para a instalação de uma ditadura que rasgue a Constituição 1988?
Tais forças complexas são máquinas de guerra psicopáticas com suas estratégias invisíveis para o homem comum. Um dia este dorme no regime 1988 e acorda em uma ditadura das máquinas de guerra psicopáticas.
O que se pode dizer do impeachment?
O impeachment se transformou em um fenômeno político eleitoral sobre eleição de 2018 como fantasma do futuro. Este fantasma é um actrator que pode deixar de ex-istir? A questão principal da política brasileira não é a autodissolução do sistema industrial paulista. O sistema industrial pode ser reconstruído se houver política (Estado nacional) para fazê-lo. A questão principal da política brasileira é a própria possibilidade da política continuar ex-sistindo ou se autodissolver. Infelizmente a visão prosaica da classe política foraclui tal questão!
A ciência política de Estado senatorial é um modo de evitar a autodissolução da nossa política? Todavia, se o princípio do real comandar a ciência política senatorial mergulharemos no buraco negro de autodissolução da política nacional. Ao contrário, se a ciência política de Estado for comandada pelo princípio da cultura política, talvez, seja possível evitar o buraco negro que se avizinha.
Nas mãos de poucos repousa o futuro do país!

ORLANDO/AMÉRICA - PESSOA OU MÁQUINA?
http://brasil.elpais.com/…/internaci…/1465717811_688793.html
“Um atirador abriu fogo dentro de uma conhecida boate gay em Orlando, na Flórida (EUA) na madrugada deste domingo (por volta das 3h, no horário de Brasília), matando ao menos 50 pessoas e deixando outros 53 feridos, muitos em estado grave, segundo as últimas informações das autoridades locais (polícia, FBI, prefeitura de Orlando e hospital local), que realizaram uma coletiva de imprensa no final da manhã. O ataque ocorreu na Pulse, uma conhecida casa noturna voltada ao público LGBT, onde o agressor se entrincheirou durante mais de três horas. O autor dos disparos foi identificado pelos veículos locais como Omar Mateen, um norte-americano de 29 anos que foi morto pela polícia após uma troca de tiros. Número de mortos pode subir”. (El Pais).
O noticiário saturado da GloboNews diz que uma pessoa é o sujeito responsável do ataque aos gays. Onde está o problema dessa afirmação? A estratégia do atentado é destruir o objeto externo gay. Isso é o mundo atacado. E quanto ao sujeito do ataque? O que é esse sujeito? O jornalismo eletrônico jura de pés junto (fé islâmica eletrônica) de que se trata de uma pessoa.
Existe na América uma cultura da máquina de guerra psicopática no cinema, na literatura e na televisão? O Rambo de Stallone não é uma máquina de guerra psicótica (psicopata em ação)? O BRADDOCK de Chuck Norris não é uma máquina psicopática assim como The Terminator de Arnold Schwarzenegger?
Por que o cinema americano transformou em herói a máquina psicopática? A resposta é óbvia. Ela é um significante literário-cinematográfico do processo de trans-subjetivação das pessoas da cultura política americana. A América não oculta que o cinema americano é uma máquina de guerra industrial cinematográfica de conquista (colonização) das mentes e corações das massas cinemáticas dentro e fora do território existencial dos EUA. A cultura do cinema americano é o espelho da realidade dos fatos; os fatos são as inúmeras espécies de máquina psicopática.
Porém, o jornalismo americano não apresenta a máquina psicopática como responsável pelo atentado em Orlando ou em Paris. Existe a ideologia cultural política da máquina no cinema etc., mas, por sua vez, o jornalismo diz que a máquina de guerra é uma ficção, ou cinematográfica, ou literária, ou eletrônica (televisão).
O jornalismo brasileiro também foraclui a máquina de guerra psicopática como um personagem (que é a fusão de ficção com realidade) da tela eletrônica. Tanto o jornalismo eletrônico americano quanto o brasileiro são máquinas de guerra eletrônica contra as massas. A estratégia deles é fazer a gestão transideológica (ideologia cultural política) das massas eletrônicas para que elas fiquem no escuro, para que elas não saibam o que estão enfrentando. Apresentar a máquina psicopática na tela eletrônica significa que o poder judiciário teria que diferenciar pessoa e máquina (como faz Hobbes) e, assim, criar um direito para a máquina psicopática distinto do direito moderno da pessoa.
Tratar-se-ia de uma revolução na vida americana e na cultura política jurídica mundial. É só isso!

IDEOLOGIA DO ESTUPRO E IMPEACHMENT
A GloboNews está criando a ideologia eletrônica do estupro: “cultura do estupro”. Por quê?
Um grupo bolivariano de deputadas e senadoras criaram a lei do estupro coletivo, com penas severíssimas. A lei criminaliza o sexo grupal como corolário prático. Os clubes de sexo grupal de São Paulo ficaram às moscas. As bolivarianas se aproveitaram do circo eletrônico que a GloboNews armou em torno de um episódio de sexo grupal de uma menor de idade com o seu namorado e os amigos traficantes deste. A cena sexual foi filmada pelo namorado e amigos e foi postada na internet.
Quando a GloboNews (GN) entrou em ação e transformou a cena digital em cena eletrônica, o país ficou aturdido e envolvido afetivamente. A partir daí a GN passou a dar um tratamento ideológico cultural política ao assunto. Ela quer convencer as mulheres jovens a denunciarem estupros reais ou fantasias sexuais histéricas de estupro,que possam ser transformadas em narrativa eletrônica. A GN já está trabalhando com uma fantasia sexual histérica de um estupro narrado por uma estudante universitária do interior de São Paulo.
No Norte do país, prefeituras loucas para aparecer através de um golpe publicitário na GN falam em combater a cultura do estupro.
Qual é o conteúdo político do movimento ideologia/cultura do estupro?
De mãos dadas, as jornalistas eletrônicas e as políticas bolivarianas definiram a estratégia de usar a ideologia do estupro (criada por um conluio entre elas) para mudar o equilíbrio de força – favoravelmente a Dilma Rousseff – na Comissão senatorial do impeachment.
A gramática sexual eletrônica é simples. O governo Dilma Rousseff enquanto foi um governo de mulheres foi vencedor. Depois que se tornou um governo de homens (um governo fálico) conduziu o país para a miséria política/econômica atual.
O Senado quer substituir o governo Dilma Rousseff - que pode retornar como um governo de mulheres – por um governo de homens brancos e estupradores. Antes não se tratava de um governo petista de estupradores, pois o axioma da ideologia eletrônica do estupro é – excetuando o homem bolivariano (e os jornalistas homens do Grupo Globo) todo homem é um estuprador.
Pela ideologia multiculturalista bolivariana eletrônica do estupro nas entrelinhas da tela eletrônica GloboNews, o presidente atual é a imagem-eletrônica estuprador que quer usurpar o lugar de uma mulher inocente. O Grupo Globo rompeu com Temer, pois, este não é multiculturalista eletrônico, e não começou seu governo com um neoliberalismo radical. O Grupo Globo que mostrar que é o 4° poder do regime 1988. Primeiro, ele ajudou a derrubar Dilma, agora quer derrubar Temer.
As armas eletrônicas do Grupo Globo (família robertomarinho) são armas - ignóbeis, repugnantes, obscenas - de uma prática ditatorial estratégica constituída por uma programação diária de inúmeros atos e ações táticos repetitivos (Argumentum ad nauseam refere-se à argumentação por repetição, ou seja, a mesma afirmação é repetida insistentemente até o ponto de causar "náusea" ou aversão ao interlocutor objetor, fazendo-o desistir da discussão, mesmo que não esteja persuadido ou não concorde com a afirmação do seu oponente) sexualmente pornô de um estupro coletivo trans-subjetivo das massas eletrônicas imbecilizadas.
Trata-se de uma máquina de guerra psicopática eletrônica que não para de não se inscrever moralmente - como civilização - na cultura política brasileira.

CULTURA DO ESTUPRO OU IDEOLOGIA DO ESTUPRO?
O deputado Chico Alencar diz que ex-iste uma cultura do estupro. Até ele dizer isso eu não sabia que o significante artificial estava sendo inventado pela esquerda bolivariana multiculturalista.
Alencar conceitua cultura como costume ou hábito em uma linha antropológica vulgarmente bolivariana. Notem que os antropólogos permanecem em silêncio sobre esta questão, que foi transformada em um fenômeno das telas gramaticais digital e eletrônica. Foi a partir do momento que a Globonews começou a irradiar a “ideia” da “cultura do estupro” como um fenômeno da tela eletrônica que o significante eletrônico cultura do estupro emocionou o país.
Afinal, o que é cultura?
Não confundindo cultura com costume e habitus, creio que a cultura é a autointerpretação prática da realidade dos fatos em uma tela gramatical. Deste Platô, não existe cultura do estupro, mas a Globonews está tentando criar uma cultura política do estupro eletrônica com seus significantes sonoros e visuais da tela gramatical eletrônica. A Globonews é uma empresa-elo do capital corporativo eletrônico mundial. Mas a caraterística especial dela é ser um dispositivo de poder cultural político de um multiculturalismo eletrônico bolivariano. Ela vai ganhar mais um prêmio por este meu enunciado?
Entramos em uma era transideológica. Isso significa que a ideologia não ex-siste mais? Ao contrário significa que a ideologia é um significante que se deslocou para a superfície da cultura política (Bakhitin). O multiculturalismo eletrônico quer criar uma contradição ideológica cultura política entre homem e mulher. Tal contradição ideológica se articula a partir de um axioma multiculturalista, a saber: excetuando o homem bolivariano, todo homem é um estuprador!
Tal axioma sexual multiculturalista bolivariano remete o século XXI para a vida arcaica animal da espécie humana. Nesse estágio, o macho estuprava a fêmea quando o sexo tomava conta de seu cérebro. Acredito que a história da espécie humana deixou de ser uma história natural do animal despótico com a cultura (Freud). Mas isso não significa a soberania do discurso multiculturalista sexual de gênero. Os gregos e os romanos da antiguidade não sabiam nada sobe esse discurso, pois, eles eram bissexuais: “O ditador romano César é o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens”. Inúmeras culturas políticas eram bissexuais. Freud no seu livro “Análise terminável e interminável” define a trans-subjetividade do homem como bissexual.
“É bem sabido que em todas os períodos houve, como ainda há, pessoas que podem tomar como objetos sexuais membros do seu próprio sexo, bem como do sexo oposto, sem que uma das inclinações interfira na outra. Chamamos tais pessoas de bissexuais e aceitamos sua existência sem sentir muita surpresa sobre ela. Viemos a saber, contudo, que todo ser humano é bissexual nesse sentido e que sua libido se distribui, de maneira manifesta, quer de maneira latente, por objetos de ambos os sexos”. (Freud. Obras Completas. v. XXIII: 277).
Se trans-subjetivarmos o discurso freudiano não vai ficar manifesto que o discurso sexual multiculturalista bolivariano de gênero é um dispositivo de poder ideológico cultural político antagônico à physis do homem? "Vade retro Satana"
Afinal, o que querem as mulheres multiculturalistas bolivarianas eletrônicas? Elas acham que todos no país são imbecis? Que vão instalar sem resistência alguma uma ditadura sexual multiculturalista bolivariana eletrônica? Será isso a forma política oligarquia bolivariana mundial da mulher de Hillary X (não-todo lacaniano)

ECONOMIA E SEMBLÂNCIA
Na o “A ideologia alemã”, Marx dialoga e ataca Stirner mostrando que há apenas uma contradição aparente entre o interesse pessoal e o interesse geral. A contradição aparente é a semblância da economia em geral. Marx queria mostrar que o burguês não se encontrava em uma contradição real com a burguesia. Não há autonomia absoluta do interesse particular em relação ao capital. Tal contradição aparente se autodissolve na prática.
A prática é o capital e a biografia do capitalista como personificação do capital. Mas a semblância econômica é mantida pela ciência econômica universitária egoísta que fala em empresário e vaticina que este não existe como prática de massas. Existe o burguês, mas as massas burguesas não existem.
O capital não é a ditadura direta da religião cujo princípio de funcionamento é: “Um só e único bem esta para Todos” e, portanto, o mesmo bem-estar geral para cada um”. Isso é o princípio de funcionamento da máquina de guerra cristã. A economia capitalista não é essa espécie de máquina de guerra de felicidade para todos e para cada um. A máquina cristã exige o desprendimento, o desapego dos bens materiais, o altruísmo para que se estabeleça o bem-estar geral para cada um e para todos. O bem-estar é trans-subjetivamente espiritual. Para o capital o bem-estar é o da civilização material.
O capital articula o homo egoísta como máquina de guerra econômica: “O egoísta que está de acordo consigo próprio quer, no fundo, tornar cada homem num ‘estado policial secreto’. O espião, no esconderijo que é a ‘reflexão’, vigia toda a movimentação do espírito e do corpo, todos os atos, todos os pensamentos; toda e qualquer manifestação de vida é, para ele, matéria de reflexão, isto é assunto de polícia. O egoísta convicto consiste, precisamente, neste desmembramento do homem em ‘instinto natural’ e em ‘reflexão’ (a plebe interior, a criatura e, de outro lado, a polícia interior, o criador) ”. Isso é a máquina de guerra capitalista personificada no empresário enquanto massas burguesas.
As massas burguesas constituem o homo egoísta, a trans-subjetividade do capital personificada no capitalista na semblância da contradição aparente entre a pessoa do capitalista e as massas burguesas. Tal semblância gera na consciência (e no inconsciente) da classe burguesa a aparência de que o capitalista é o empresário cujo movimento na prática econômica é um a um em relação aos fenômenos econômicos. O empresário não existe como máquina de guerra econômica enquanto massas de burgueses. Vejamos um exemplo da realidade brasileira.
O governo Dilma Rousseff não é capaz de mover a economia para fora da crise industrial. Por quê? Por que os empresários um a um não vislumbram um horizonte econômico de saída da crise econômica? Então, eles não investem seu “capital” na expansão da economia. Ao contrário, o problema consiste em um outro fato econômico, a saber: as massas burguesas egoístas (máquina de guerra econômica) não creem no governo bolivariano. O poder bolivariano não é capaz de afetar (mover), fazer funcionar a máquina de guerra econômica, ou em uma linguagem consagrada afetar as massas empresariais positivamente.
Troca-se o governo Dilma pelo governo regencial Temer. O que mudou exatamente? As massas empresariais se deixam afetar pelo governo regencial precisamente em qual sentido? O governo regencial cria a semblância econômica de que o sistema industrial pode sair da crise alavancado pelo funcionamento da lógica fática econômica que já teria realizado toda a destruição econômica criativa. Agenciando as massas empresariais, o discurso dos economistas e jornalistas econômicos faz da semblância econômica uma suplementação necessária para sepultar a lógica da destruição criativa.
O governo regencial se enfia em uma camisa de 11 mil varas com táticas econômicas (aumento para o funcionalismo público, aumento das despesas estatais, criação de mais cargos comissionados, não demissão dos bolivarianos) para evitar o cerco bolivariano ao impeachment. O bolivarianismo é a máquina de guerra compulsiva de possessão do poder nacional até a redução da política ao seu grau zero, como na Venezuela atual. Assim, para o Senado, Dilma não pode retornar e Temer não fica no governo do país. Os senadores estão aturdidos com o fim da semblância econômica desbaratada pelo governo Temer. Logo tal governo deixa de ser o governo regencial do século XXI necessário para a autodissolução do xifópago - crise política mais crise econômica. A separação do xifópago é uma cirurgia política de alta complexidade.
Todo o peso como chumbo da solução da crise brasileira está no cérebro senatorial. Então, é preciso ajudar os senadores a refletir não como a máquina de guerra egoísta stirniana de Marx supracitada, o “estado policial secreto” da reflexão política. A máquina de guerra cristã é “ o igual bem-estar de todos (na classe senatorial) em cada um dos senadores deve significar “o não Nos sentimos bem, senão através dos desprendimentos”. Isso não é o caminho!
O Senado está diante de uma situação na qual o egoísmo do estado policial secreto deve ser mandado para as calendas gregas. Porém, o Senado encontra-se entre Cila e Caríbdis. O Senado deve se deixar conduzir pela trans-subjetivação do herói grego Ulisses? Mas o que o espera na volta à CASA?

A ELEIÇÃO AMERICANA DE 2016
A Piauí traduziu o texto de Andrew Sullivan sobre a eleição americana jogando a discussão para um patamar extrauniversitário. Andrew Sullivan é um jornalista e escritor inglês radicado nos Estados Unidos, célebre por seu trabalho como editor do jornal The New Republic e em seu blog pessoal, onde manifesta sua identidade politico-pessoal heterodoxa. O texto de Andrew parte da caracterização da democracia americana atual como hiperdemocracia. Andrew tem como certo que o leitor é pós-modernista e sabe o que é a hiperdemocracia. Quando ele fala da democracia platônica no seu estágio final, ele está falando da hiperdemocracia. A característica central desta é a liberdade excessiva, incluindo à sexual.
A era atual americana (e quase mundial) é definida pelo excesso de liberdade sexual condensado no fenômeno multiculturalismo. Donald Trump seria o remédio branco (da classe trabalhadora branca, inclusive) para a decadência da democracia. A hiperdemocracia é a etapa superior e, portanto, final da democracia política dos Pais Fundadores. No a “República” de Platão, o tirano é a resposta do real à decadência da politeia transformada em ditadura igualitária das massas. Na hiperdemocracia americana Trump é a resposta do real americano.
Trump não é um fascista alemão, ele é um fascista americano do século XXI. Ele é um herói das massas fascistas eletrônicas americanas. Estamos vendo na televisão a violência de rua das massas trumpistas espontâneas. Isso é a violência das massas eletrônicas, agenciadas pela tela eletrônica.
Há uma autointerpretação vivenciada intencionalmente das massas de trabalhadores brancos de que o multiculturalismo é um fenômeno de dominação que articula o mundo americano como injustiça para os brancos. O multiculturalismo é a ditadura da mulher bolivariana (hegemonia sobre negros, gays, latinos) sobre os trabalhadores brancos. A resposta à ditadura multiculturalista será a ditadura fascista eletrônica branca.
Claro que esta é a minha leitura da eleição americana e uma sugestão para o leitor digital integrar Andrew Sullivan no debate brasileiro sobre os EUA.
Não vou dar uma de espertinho e desmontar peça por peça o discurso de Andrew. Por mais que considere a revista Piauí uma revista colonialista à esquerda (pois, ela reprime o debate feito por brasileiros sobre os EUA para não perder o domínio de seu público leitor), não é possível ignorar o texto brilhante de Andrew. Resta ao leitor conferir!

ENSINO – CIVILIZAÇÃO ou BARBÁRIE
O que é o ensino?
Tal interrogação é respondida de um modo diferente nas diferentes culturas políticas intelectuais. Se não existe cultura política intelectual efetivamente a não ser como ficção, a resposta é um besteirol que torna as massas intelectuais cínicas e bestializadas.
Há certamente o problema da relação da linguagem com a realidade dos fatos. Porém, e se a linguagem é um mero embuste e a realidade uma coleção de fatos inconsistentes ou caóticos? A televisão usa a dialética civilização versus barbárie para negar a existência da barbárie. Ela apresenta programas sobre jovens pobres e negros das favelas que se tornam músicos nos EUA e Europa: fatos inconsistentemente caóticos.
Segundo a tela eletrônica, as massas eletrônicas devem receber isso como sinal de civilização e de que o país não está mergulhado na barbárie das multidões do linchamento, da polícia assassina de crianças, do sistema de saúde aos pedaços, da educação que é ensino sem ensino.
O que é necessário para ensinar crianças e adolescente? Não é a existência de linguagens como da física, da química, da biologia, da historiografia, da ciência política moderna (Hobbes)? A escola não precisa de professores que tenham o domínio mínimo de tais linguagens? Onde os professores são conduzidos a dominarem tais linguagens? Um pais onde nada disso faz sentido é apenas um pais de faz de conta do Grupo Globo.
O professor aprende as linguagens científicas na universidade enquanto é aluno. Aluno significa sem luz. Mas qual luz? A luz de uma determinada linguagem! Na escola de física, o aluno é levado a ter o domínio da linguagem da física (seus conceitos e problemas antes de qualquer coisa). A escola de física é parte da civilização, pois, a barbárie é a ausência (falta) de linguagem. Como paradigma, a linguagem da física é uma produção e recriação da Europa Ocidental (e dos EUA). A linguagem da historiografia e da ciência política também. Deixo para os físicos a discussão sobre a linguagem da física no século XXI. E me atenho ao problema da linguagem na historiografia e na ciência política.
Estas últimas linguagens não ficaram velhas? Seus conceitos e problemas não são extemporâneos? Na historiografia brasileira, a linguagem marxista é de uma extemporaneidade imbecilizante para as massas estudantis. Na ciência política, não há linguagem, pois, a ciência política americana só existe como uma velha ladainha e tagarelice institucional ligada à Okhrana: complexo industrial-militar mais sistema de segurança (CIA, FBI, NSA).
Os estudantes universitários de história podem ser avaliados pelo Estado, pois eles possuem a linguagem marxista anacrônica. Mas os estudantes de ciência política (sociologia, antropologia e comunicação) - ao não serem treinados nos problemas e conceitos de uma linguagem científica – não tem como serem avaliados. Ao contrário, a linguagem do direito permite que o Estado avalie, rigorosamente, os estudantes do direito. Por isso, o direito deve ser uma disciplina das escolas para o jovens ainda não-universitários.
O Ensino é a transmissão de uma linguagem. O ensino lacaniano foi a transmissão da linguagem freudiana revolucionada pelo paradigma estrutural/linguístico. Mas o ensino precisa de um magister ludi (Lacan, por exemplo) que Gramsci chamou de intelectual hegemônico. Essa figura cultural política só existe onde existe civilização, ou então, a política como civilização cultural política. O ENSINO é uma obra civilizatória. Esse fenômeno existe no Brasil?
Entre nós (latino-americanos), a espécie de cultura política é oligárquica histérica. Isso significa a destituição do magister ludi na universidade (fatal para as ciências humanas), a impossibilidade de civilização universitária no campo supracitado. Vejam a farsa da FLip = GloboNews todo ano em Paraty.
Tal festa literária vai comemorar Euclides da Cunha. Tem um programa desse canal de televisão fazendo propaganda da FLip euclidiana. O apresentador é um romancista que já ganhou o prêmio Juca Pato. Mas se trata de um sujeito sem um pingo de ética cultural política. Pois seu programa seleciona universitários que não deram contribuição alguma para uma releitura de Euclides da Cunha. E a leitura da física geopolítica lacaniana das máquinas de guerra do “Os Sertões” é submetida uma odiosa repressão (dominação) na tela eletrônica. Há uma colusão nessa repressão entre o Grupo Globo e a comunidade das letras. Tal conluio não é a prova mais cabal de que o mundo intelectual brasileiro é, essencialmente, barbárie?
A GloboNews não é a máquina de guerra eletrônica informacionalis bárbara de produção da nossa barbárie cultural eletrônica cotidiana para as massas intelectuais? Ela não simula que exerce um ENSINO multiculturalista para tais massas eletrônicas? O nosso queridíssimo Ziraldo crê sinceramente que o Grupo Globo é civilizatório! Ao contrário, Jorge Pontual não é a simulação trans-subjetiva grotesca vulgar bárbara de que somos eletronicamente civilizados como cópia da civilização americana do Norte?

LABIRINTO POLÍTICO BARROCO
No labirinto político barroco, a menor distância entre dois pontos não é a estratégia da linha reta. 14.0000 cargos novos, aumento substantivo para o funcionalismo público, a nova DRU da Educação e Saúde (Desvinculação das Receitas da União) e o déficit parlamentar de 170 bilhões são táticas apropriadas para manter o equilíbrio de força no Senado favoravelmente à continuidade de Michel Temer? O governo regencial do século XXI não se estabelece em contradição com o MERCADO?
Na semblância da política global brasileira, o governo Dilma não pode retornar e o governo Temer morre na praia como o time de futebol da Ilha do Governador da minha adolescência, o América.
“Dilma não retorna, Temer não fica” significa um fenômeno de aprofundamento da crise política. Para evitar a greve geral do funcionalismo público, para frear a guerra molecular digital bolivariana no Estado brasileiro digital, o governo não vai mexer com os cargos comissionados nas mãos dos bolivarianos.
Se trata do retorno da luta de classes burguesia paulista versus trabalhadores? Tarso Jereissati é um empresário nordestino da classe burguesa (PSDB) que é a exceção que confirma a regra. A burguesia brasileira é paulista.
Não se trata da dialética social (luta de classes), e sim da dialética cultural política (transdialética). Na dialética cultural política, a crise política é a autodissolução do fantasma do futuro “eleição geral nacional” 2018. “Dizem que sou louco por pensar assim, gostar de quem não gosta de mim". A propósito, dizem que na política brasileira atual o futuro pertence a Deus!
O antagonismo cultural político está estabelecido entre as forças cultural políticas lumpesinais e a revolução digitalis no Estado para transformá-lo em um Estado Nacional Digital do século XXI.
O pessimismo é justificável, pois as forças lumpesinais parlamentares querem destruir a possibilidade de um processo de trans-subjetivação digitalis nacional do século XXI. Fazendo pendant com as forças lumpesinais da classe política (os 300 picaretas de Marcelo Odebrecht) forças lumpesinais internautas estabelecem o estado de guerra lumpesinal molecular no mundo trans-subjetivo digital (homo digitalis). Trata-se da realização da satisfação do instinto de morte fazendo pendant com o narcisismo de baixa intensidade na tela digital das massas lumpesinais niilistas.
Estamos no mato sem cachorro?
Quem não tem cão, caça com gato ou gata!

OLIGARQUIA MUNDIAL DA MULHER?
Mário Sergio Conti e Tata Amaral desejam a formação de uma oligarquia da mulher no Brasil. Os paulistas dizem que no Brasil tudo acaba em pizza. De fato, o desejo brasileiro é que tudo acabe em oligarquia.
O tropicalismo acabou em uma oligarquia artística bolivariana multiculturalista com os chefes oligarcas deslumbrantes Caetano Veloso, Chico e Gil. Como a cultura tropicalista é multiculturalista bolivariana, Chico Buarque foi integrado a ela por sua face bolivariana. Como cultura política, o tropicalismo é a privatização nacional não-todo da cultura musical brasileira.
Vejam, que agora o tropicalismo (Gil e Caetano) quer se integrar ao governo Temer, e o governo de Dilma Rousseff ainda está no modo político stand by! A essência do tropicalismo é o privatismo da nossa cultura política musical: oligarquia da tela musical. A propósito, Gil e Caetano (Bethânia) têm um instinto de sobrevivência cultural político animal.
O governo Dilma foi a primeira experiência de um governo oligárquico multiculturalista da mulher. Fracassou!
Nos EUA, o governo multiculturalista bolivariano (definido como bolivariano pela integração das massas latino-americanas ao partido democrata) de Hillary será a experiência de formação de uma oligarquia feminina americana?
Através do significante universal mulher (não-todo), a história americana se constituiria em uma linha de força cultural política universal? Seria um choque traumático para a cultura política mundial. Choque traumática significa a fundação de uma nova espécie de cultura política mundial oligárquica: oligarquia mundial da mulher.
Como seria o privatismo oligárquico da mulher bolivariana multiculturalista (não-todo) da política mundial?

MIGUEL REALE E O PODER JURÍDICO
“Em termos psicológicos, o bovarismo consiste em uma alteração do sentido da realidade, na qual uma pessoa possui uma deturpada autoimagem, na qual se considera outra (de características grandiosas e admiráveis), que não é. Em termos mais gerais, o bovarismo faz referência ao estado de insatisfação crônica de um ser humano, produzido pelo contraste entre suas ilusões e aspirações (que geralmente são desproporcionadas tendo em conta suas próprias possibilidades) e a realidade frustrante”.
O bovarismo cultural político significa uma trans-subjetividade narcísica que distorce a lógica de sentido de uma determinada realidade dos fatos. O livro de Miguel Reale “Paradigmas da cultura política contemporânea” é um bem cultural bovarista?
Ao definir a cultura como poder nomotético do espírito (“capacidade imaginativa e sintetizadora que permite ao homem inovar, instaurando, algo de novo no processo histórico, visando fins éticos, econômicos, estéticos etc.”) ele está definindo o poder jurídico bovarianamente? Ou tal poder faz a representação antecipada do futuro, pois, ele imagina algo que não existe, para logo passar dessa possibilidade à realidade, da potência ao ato?
Ou o poder jurídico é um poder animal da physis, de uma natureza que sempre se repeti, no sentido de que toda a transformação se subordina às suas leis imanentes, ainda que em certos casos opere o “princípio da indeterminação” de Heisenberg. Há indeterminação galopante no poder da nossa comunidade jurídica? Calafrio!
O poder nomotético de Reale está dizendo que a representação antecipada do futuro é lógica da máquina de guerra jurídica Lavajato de uma prática de inúmeros atos e ações de uma estratégia articulada através de suas táticas. A Lavajato é a prática habitada e pilotada pelo Juiz Sérgio Moro, pelo STF, pelo MPF e a PF. Tal máquina realeana monotética não antecipou o futuro? São estúpidos, então? Ou tratar-se-ia de uma máquina de guerra bovarista que distorce, maquínica/naturalmente, a lógica de sentido de sua prática? Ela imagina sua prática pelo narcisismo da trans-subjetividade de seus componentes pessoais maquínico?
A máquina de guerra bovarista jurídica é do processo civilizatório ou do reino soberano da barbárie? Em breve saberemos!

MULHER E MÁQUINA
Na história universal dois significantes universais se enfrentaram, se apaixonaram, um usou o outro, um não existe sem ou outro. Trata-se dos significantes literários técnicos mulher e máquina de guerra freudiana. A narrativa verdadeira universal da máquina de guerra existe na literatura desde Homero. Não conheço a literatura da China e a do Oriente, mas a Bíblia é povoada pela máquina de guerra e narrativa sobre a mulher no centro da narrativa de tal livro.
A mulher e a máquina constituem a linha de força cultural política principal da história universal. Tal linha de força desceu a montanha na contemporaneidade. A mulher é não-todo, lógica faccional (parte e parte), um modo de evitar a totalidade fálica.
No pós-Segunda Guerra Mundial, o multiculturalismo (negro, gay, mulher) se tornou o motor histérico inibido em sua finalidade da política americana. O motor histérico é o não-todo que destitui a linguagem do mestre (todo) demandando um novo discurso do mestre. O multiculturalismo é não-todo, ele é a lógico faccional que fez a trans-subjetivação nacional americana (totalidade imaginária fálica) virar propriedade da tradicional direita dos EUA. O motor histérico caiu no vazio destituindo a esquerda americana como projeto de uma nova nação.
No Brasil, o bolivarianismo latino-americano em essência é multiculturalista, não-todo. O bolivarianismo é uma força antinação. Não há motor histérico, entre nós, em relação ao bolivarianismo. As massas de 2015 paulista se apresentaram como massas nacionais. O jornalismo multiculturalista e as ciências sociais bolivarianas (multiculturalistas que amparam ideologicamente o jornalismo) obnubilaram o fenômeno do afloramento do nacionalismo brasileiro do século XXI. Tais forças multiculturalista conduziram o pais para a crise brasileira atual.
O MDB foi um partido político trans-subjetivamente nacional, o PMDB é a sombra do MDB. O governo Temer era para ser um governo trans-subjetivamente nacional, um discurso que não fosse semblância nacional, que fosse um discurso nacional verdadeiro.
Nos EUA se enfrentam Hillary e Trump. Hillary é a condensação da linha de força cultural política universal MULHER. Trump é a condensação da linha de força MÁQUINA. No Brasil, deputadas e senadoras fazem um direito da máquina de guerra em uma reação aos estupros coletivos de mulheres. Trata-se de um direito inédito como direito da máquina de guerra.
O estupro coletivo se realiza pela montagem de máquinas de guerra de violação de mulheres – máquina sexual de violação de mulheres. A máquina de guerra sultanesca (até hoje) mantém harém de mulheres. A máquina sempre foi movida por desejos e paixões como cobiça do ouro (auri sacra fames), loucura pelo sexo das mulheres e uso de droga, como condensação cultural política no sultão, por exemplo. Violar mulheres é a realização da satisfação do desejo de destruir o objeto de desejo em junção com o desejo sexual maquínico.
Trump é uma máquina de guerra fascista eletrônica em um antagonismo cultural político com a Hillary bolivariana. Pois, com as massas latinas integradas ao multiculturalismo antinacional, o multiculturalismo americano se tornou bolivarianismo. Há uma linha de força cultural política na eleição americana que cria uma unidade americana na América dividida em latina e anglo. Tal linha de força é o bolivarianismo fazendo pendant com a cultura política do capital eletrônico fascista mundial.
A América (e o Brasil) apresenta-se articulada por linhas de força cultural política universais. O discurso da universidade e o jornalismo multiculturalistas são a velha visão de mundo de um mundo velho incapazes de ver a transdialética mulher/máquina.
Ao contrário a física geopolítica lacaniana vê, ouve e tateia tal transdialética. O velho não quer morrer e o novo espanta e cria tremor.

JABBA E A PRINCESA LEIA
O poder das jornalistas da GloboNews de produzir fofoca, intriga, falatório, tagarelice, maledicência, melodrama com os políticos governamentais é infinito. Isso é um discurso neurótico patológico. Trata-se de um caso de patologia de massas intelectuais em um sentido trans-subjetivo cultural político. Um desejo psicopático de destruição do objeto de desejo é o motor de tal discurso neurótico/psicopático! Isso é o mais próximo que as mulheres podem chegar do sexo tântrico. Sexo com a máquina de guerra governamental.
É a cena do Star Wars na qual Jabba (políticos governamentais) possui a princesa Leia (jornalistas) acorrentada no seu colo para seu prazer grotesco: gozo alien. Quando o equilíbrio de força muda, Leia enforca Jabba com as correntes que a aprisionavam sexualmente à máquina de guerra grotesca alien.
O capital eletrônico é uma máquina de guerra sexual a céu aberto. Ela é a continuação dos canais de sexo pornô para as famílias. Todos fazem de conta que isso não é sexo pornô! Trata-se da cultura política da sedução sexual. A tela eletrônica faz sexo com as máquinas de guerra (governo, natureza catastrófica, terrorismo, veículos motorizados, criminosos etc.) diariamente como um espetáculo de sedução do tele espectador.
Hoje, assistimos à colonização do mundo digital (internet) pelo capital eletrônico. A formação de opinião pública digital na internet a favor da pena de morte é uma indução da tela eletrônica que repeti compulsivamente imagens visuais e sonoras de situações violentas contra pessoas que afetam (emocionam) o campo de afeto do tele espectador e o estado de animus dele.
A imagem eletrônica do governador do Rio de Janeiro pedindo aplicação da pena de morte em estupradores é algo inconstitucional e um fato legitimado pela televisão. É quase uma sugestão de linchamento eletrônico dirigido às massas tele eletrônicas.
Vindo do governador se constitui em um ato oportunista para desviar a energia acumulada das massas contra o governo do estado fluminense, em plena desintegração. Trata-se de uma manobra tática para eleger o candidato do PMDB ao governo municipal em 2016. A política está mergulhando na barbárie dos instintos mais baixos, das paixões mais destrutivas de qualquer coisa que se pareça com civilização. Uma força determinante da instalação da barbárie política é o Grupo Globo.
O advogado da OAB (e da PUC) habitué da GloboNews não tem razão. Não existe o direito à barbárie que quer beber sangue!

1992→2016 – da oligarquia constitucional à oligarquia lumpesinal.
Há um padrão cultural político no impeachment ligando 1992 e 2016? Em ambos há uma conspiração da classe política (envolvendo o STF) para golpear ambos os presidentes do regime 1988. Há diferenças que parecem confundir a percepção das massas intelectuais, principalmente das massas jornalísticas.
Em 1992, a conspiração da classe política se realizou em uma superfície latente, até onde se sabe. Foi uma conspiração tácita. O motivo de ser tácita se deve a posição de Itamar Franco (vice de Collor) ser inteligível como ruptura com o governo de Fernando Collor muito antes do impeachment.
Havia uma disposição pombalina apaixonada (paixão pelo golpe de Estado pombalino) natural em Itamar que consistia em tomar o lugar de Collor em uma superposição com a paixão pombalina da classe política que manipulou a paixão das massas sujeito zero ditatorial contra Fernando de Mello. Fernando (Henrique Cardoso) ocupou o lugar da razão do golpe pombalino contra Fernando (collorido). Veja o axioma FHC: “sem as massas na rua, não há impeachment”.
Esses são os elementos do impeachment: conspiração da classe política que tem como motor a paixão pombalina; integração à conspiração ditatorial do STF; massas manipuladas e manietadas. A diferença cavernal é que a conspiração de 2016 ocorreu a céu aberto na classe política transformando abertamente o STF no apêndice ruim (mauvaise queue) da classe política.
Outra diferença escandalosa se apresenta na transformação da oligarquia constitucional tradicional/1992 em uma oligarquia lumpesinal/2016. A corrupção articula tal oligarquia como cultura política lumpesinal. Ela significa o grau zero do significante público; domínio absoluto do público pelo privado: privatismo lumpesinal oligárquico. Em nenhum momento da história brasileira, a oligarquia havia assumido de um modo tão absoluto tal atitude lúmpen.
A crise política brasileira atual é a crise da oligarquia como classe governante lumpesinal. O governo Temer é a condensação de tal crise oligárquica lumpesinal que instaurou um parlamentarismo lumpesinal sob o comando do primeiro ministro Henrique Meirelles, que ex-iste como um efeito biográfico lumpesinal de um poder econômico de Estado lumpesinal. Claro está que tal poder lumpesinal é um estorvo cultural político para a nação. Ele que, como uma máquina de guerra psicopática lumpesinal, está queimando todas as caravelas capazes de levar o país para um porto seguro.
O Estado lumpesinal instalado com o seu apêndice ruim (STF) cria a expectativa da ditadura lumpesinal da oligarquia sem semblância democrática, como é o caso da ditadura lumpesinal peemedebista no Rio de Janeiro. No Rio, a comunidade jurídica é dominada pelo lúmpen/peemedebismo. Para o carioca, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come! Por isso, tal ditadura peemedebista se vê questionada quanta a sua capacidade e sinceridade na garantia de Olimpíadas com segurança no Rio.
Caros 5 leitores, essa é a situação infeliz na qual nos encontramos. O passo mais obsceno é o envolvimento da Forças Armadas na conspiração da classe política. Esse não é o momento de nossos generais publicarem uma carta em defesa do regime democrático da Carta 1988? Isso, ao menos, tranquilizaria a nação. Nas intrigas da classe política parece que até as cúpulas do exército nacional estão enredadas na conspiração pombalina peemedebista/PSDB/DEM/partidos lumpesinais satélites.
Como chefe espiritual da conspiração lumpesinal temos nada mais nada menos que Fernando Henrique Cardoso. FHC acabou de ser laureado com uma honra espetacular tele eletronicamente (glorificado) da universidade americana. Não há algo de podre na cultura política intelectual americana? Trata-se de um prêmio político com semblância acadêmica.
FHC se tornou o Príncipe lumpesinal da sociologia da América!
Não apreciei fazer tal texto. É um retrato trans-subjetivo da alma (almor) brasileira que é o avesso do almor trans-subjetivo da classe governante da Ética a Nicômaco!

PARLAMENTARISMO ECONOMICISTA
A classe política e Delfim Neto dizem ser o governo Temer um parlamentarismo de ocasião, um parlamentarismo esdrúxulo. Isso possui realidade política?
A interrogação que nos levará a significação do parlamentarismo brasilis é: quem é o primeiro-ministro?
O espantoso é que o primeiro-ministro não se encontra no parlamento, ele não é um parlamentar. Ele é uma biografia econômica da classe política. Trata-se do banqueiro Henrique Meirelles. Ele é o chefe de governo e isso é um governo economicista, considerando que a estatização do campo de poder se condensa no ministério da Fazenda? É pior? Pois, o poder do Estado não se condensa nesse ramo do aparelho de Estado, ao contrário, se condensa no indivíduo Henrique Meirelles.
O poder de Estado se tornou um poder pessoal de Meirelles como o poder moderador do imperador Pedro II. Trata-se de um poder capaz de afetar a vida econômica das massas pela lógica do pior. Tal poder espera que as massas afetadas não reajam com a greve geral. Que elas não tomem a atitude de luta sindical semelhante a luta do sindicalismo francês contra o ditador socialista François Hollande.
Qual a diferença entre Brasil e França?
Na França, o choque entre a ditadura Hollande do capital fictício mundial e os trabalhadores fez nascer a nova esquerda mundial. Não se trata, portanto, apenas de luta sindical. A luta econômica francesa é uma luta cultural política de um confronto entre o capital mundial e a nova esquerda mundial como motor da produção nacional do mundo contemporâneo.
No Brasil, o poder pessoal meirelles é o poder de um subcapital tropicalistas (ersatz de capital moderno) estatizado na biografia subjetiva/trans-subjetiva de uma máquina de guerra de reflexão econômica, de raciocínio econômico pouco razoável, pois, antinacional. Trata-se de uma máquina de guerra movida por paixão subcapitalista violenta que se move devagar para ir rápido. Então, os trabalhadores e os aposentados estão a enfrentar uma máquina de guerra psicótica que é o chefe real de governo.
A luta das massas de trabalhadores (na ativa ou aposentada) contra tal máquina é a luta da esquerda bolivariana. Trata-se de um fenômeno cultural político em um processo de autodissolução na América Latina. Todavia, a luta bolivariana pode ter como centro tático derrubar, não o ersatz de chefe de Estado (Michel Temer), mas o primeiro-ministro. Por quê? O chefe de Estado é a condensação do Estado brasileiro através da classe política. Derrubá-lo significa a antecipação das eleições gerais. Isso é um choque cultural político traumático inenarrável. O retorno de Dilma Rousseff é o real insuportável, que não para de não se inscrever no campo simbólico.
Na transdialética amigo/inimigo, o inimigo é a máquina de guerra psicopática. O chefe de Estado é um ponto de força sobre o qual se deve exercer força para mudar o real centro de poder do Estado. Para isso acontecer, as massas precisariam estar aparelhadas com uma percepção sensível que as permitisse ver a máquina de guerra. Primeiro, elas teriam que crer no aparelho de linguagem que constitui nas massas o ver, o ouvir, o tatear a máquina de guerra. Isso significa metabolização transideológica. Não existe mais guerra ideológica na luta de classes. As massas não lutam contra a classe dominante, elas fazem um combate transideológico contra a máquina de guerra cultural política.
As massas ignoram tal fenômeno, mas o primeiro-ministro tem um saber prático sobre ele. É a vantagem que desequilibra o equilíbrio de força massas versus primeiro-ministro!

FILOSOFIA MORAL DAS MASSAS
O leitor pode ler o conceito de cultura política intelectual no livro “História da filosofia moral” (Editora Martins Fontes, 2005), do americano John Rawls, quando ele define a cultura política grega, a cristã medieval (Rawls: 9) ou fala da razão moral das massas sujeito zero artificial em Kant (Idem: 20-23).
A ideia de comunidade filosófica cultural política não deve ser desprezada. Tal comunidade fazendo pendant com a Ilustração deixou a ideia da possibilidade de uma cultura política intelectual moderna que suprassumisse, finalmente, a cultura política cristã medieval, essa extraordinária máquina de guerra de pensamento político como poder simbólico europeu presente na constituição do mundo moderno.
O pensamento político da Europa Ocidental (moderna) é aquele, talvez, da criação de uma civilização das massas sujeito zero bárbaras. É verdade que a crítica de Marx à filosofia política moral é aquela que diz que isso era impossível sob o capitalismo. Para o Marx cético da modernidade, o capitalismo significava barbárie com semblância civilizatória no sentido moderno. As massas do capitalismo (proletariado) eram bárbaras e escravas do discurso do capital. Porém, comparando os povos europeus ocidentais (escandinavos, principalmente) com os povos americanos, somos levados, irrevogavelmente, a admitir que há (houve) uma civilização das massas (baseada na razão cultural política moderna das massas) na Europa, e povos bárbaros culturais políticos na América (Américas).
Os EUA é um fenômeno desigual e combinado de civilização europeia das massas e barbárie, que se mostra pela violência americana no mundo-da-vida da classe média. O resto do continente é simplesmente bárbaro com semblância civilizatória criada pela civilização material das grandes cidades, onde estas existem, é claro: modernização.
A moral das massas é uma moral civilizatória nacional. A moral civilizatória é aquela das nações em um contraponto à moral bárbara das colônias. Trata-se da moral como fenômeno cultural político, como autointerpretação da realidade dos fatos no processo de trans-subjetivação das massas.
Tal moral civilizatória guiou 300 bombeiros à morte tentando salvar as vidas das vítimas do islamismo no 11/setembro/2001 americano. Tal moral americana é articulada por princípios morais anticéticos como modo de vida baseado no princípio-crença de não duvidar do poder simbólico da nação. Na América Latina, o acontecimento 300 bombeiros é inimaginável.
A barbárie colonial americana é o anverso da civilização nacional moderna das massas. Tal América da barbárie é o avesso da Nação: jamais fomos civilizados.
As duas grandes guerras mundiais do século XX estabeleceram a crença de que as nações europeias tinham mergulhado na barbárie através de seus Estados-nação-guerreiros. Depois da II Guerra Mundial, os povos civilizados resolveram sobre a autodissolução do Estado nacional (e inclusive dos povos nacionais). Todavia, assistimos, agora, a uma retomada selvagem da utopia nacional nos EUA e na Europa da União Europeia. A Nova Direita mundial se constitui a partir desse fenômeno cultural político.
O século XXI (se não houver uma quebra violenta da linha de força cultural política nacional) assistirá à constituição de poderosos Estados nacionais digital e digitalis? Se houver uma nova ordem mundial, ela será uma Ordem Mundial Digitalis (homo digitalis), ordem da hegemonia do capital corporativo mundial digital no bloco histórico mundial digitalis. Os povos bárbaros serão integrados à tal ordem como?
A integração bárbara será pela trans-subjetivação moral colonial cultural política digitalis fazendo pendant com a trans-subjetivação eletrônica do capital corporativo eletrônico mundial. Penso a integração das massas da barbárie americana à nova ordem mundial como inelutável! Então, a democracia ocidental (que é um efeito da civilização das massas sujeito zero bárbaro) pode competir com a ditadura americana nesse século XXI Latino Americano?
Tal situação não significa a necessidade de criar a contramáquina de guerra poiética-cultural-política-moral civilizatória das massas americanas para evitar a DITADURA. O cambalacho bárbaro Nova Direita latino-americana pode ser o motor necessário de criação da civilização das massas entre nós?

O ESTADO COLONIAL BRASILEIRO
A produção contemporânea da cultura política mundial tem dois fenômenos transdialéticos materiais. Um é o capital corporativo mundial digital; o outro é um peixe que está começando a pôr a cabeça para fora do mar. Trata-se dos poderosos Estados-Nação que reconstituirão as relações internacionais como significante cultural político. Os EUA de Donald Trump e a China “comunista” estabelecem o domínio das relações internacionais em relação ao domínio da Ordem Mundial Digital.
O Brasil está a caminho de se tornar um poderoso Estado-nação?
Criador do marxismo paulista (USP), Caio Prado Jr disse em 1977 que o Brasil continuava uma simples colônia, um Brasil colonial. Este era o debate entre aqueles intelectuais preocupados com a nossa questão nacional. No início da década de 1970, Fernando Henrique Cardoso lançou a ideia do capitalismo dependente e associado. Logo, o Brasil não era uma colônia, mas uma nação dependente. O debate Caio versus FH era um debate economicista. Para eles, a nação era a nação econômica. Baseada nessa filosofia política economicista, Luciano Martins publicou um livro sobre o Estado capitalista brasileiro. FH disse ser ele o pai da ideia!
FHC e a USP criaram a semblância de um Brasil moderno capitalista nacional. A era lulo/petista socialista- internacionalista-latino-americana autodissolveu o mito do Brasil-nação independente nos seus centros de poder graças ao sistema industrial paulista. A autodissolução do significante fictício Brasil-nação deixou a céu aberto o real problema da crise brasileira atual, que destituiu o PT do poder “nacional”.
O que substitui o PT no poder?
Revela-se uma gravação de Romero Jucá (presidente do PMDB) conspirando para derrubar Dilma Rousseff e pôr Michel Temer na presidência do regime 1988. Na primeira semana de governo Temer, o Congresso aprova uma PEC, da noite para o dia, que dá poderes ilimitados para o governo botar de ponta cabeça a vida econômica do país, aos aplausos obscenos do mercado. O affaire Jucá não deixou um arranhão sequer na face do governo. O poder simbólico econômico imenso do governo se deve ao quê?
A crise política virou fumos machadianos? Há sinais do início da solução da crise econômica? O que o PT precisa saber, afinal para se situar?
O que substituiu o PT foi o Estado brasileiro condensado na classe política oligárquica do regime 1988. O governo Temer é o instrumento imediatamente obsceno do Estado brasileiro no poder “nacional”. Por isso o caso Jucá (que derrubaria qualquer governo europeu ocidental) foi metabolizado como algo da lógica política do insignificante. Mas o essencial é o seguinte – o que é o Estado brasileiro do bloco histórico Nova Direita – de Michel Temer, de FHC, de Renan Calheiros, de José Serra e do banqueiro Henrique Meirelles?
Tal Estado desencaixa as massas (classe média e popular) de suas redes de poder/saber. Adeus sistema de Saúde, adeus universidade estatal. Isso foi dito por Meirelles em redes de televisão e rádio, jornais digitais empresariais e jornais de papel. Só os energúmenos não viram e não escutaram, enfim, não metabolizaram.
O Estado Nacional digital do século XXI é o Estado das massas digitalis (homo digitalis) economicamente amparadas por ele. O processo de trans-subjetivação das massas será economicamente benevolente e digitalis espiritualmente. A alma das massas nacionais digitalis necessita de alimento material e espiritual. A oligarquia decadente do século XXI considera tal fato uma bobagem!
A oligarquia FHC resolveu – seguindo sua natureza ignóbil – jogar na lata do lixo cultural político a semblância nacional, pois, ela não pode mais contar com o sucapitalismo dependente associado já que a autodissolução do sistema industrial paulista é irreversível. Ela pretende estabelecer um ersatz do sub sistema industrial paulista (“para inglês ver”) e definir a política a partir da construção de um Estado colonial brasileiro. O ersatz será usado para alimentar o discurso que fosse uma semblância de economistas, cientistas políticos das faculdades privadas (FGV), na GloboNews.
O Estado colonial que se avizinha desenha no horizonte a DITADURA COLONIAL FASCISTA ELETRÔNICA?
A senadora Marta já deu a receita para essa situação política: “relaxa e goza!
O Brasil caminha para se tornar uma colônia de um poderoso Estado-nação do século XXI?

NEY MATOGROSSO – contramáquina de guerra poiética
http://brasil.elpais.com/…/14/cultura/1444833284_230979.html
“Eu sempre falei o que eu acho, se eu não me privei de dar minha opinião nem na ditadura porque eu vou me privar agora? Agora que me engulam, não dizem que é uma democracia? Vamos ver se é mesmo”.
Ney Matogrosso é semelhante aos tipos humanos da ética de Aristóteles? Ele é um homem livre e normal da politeia subjetiva que ele articula trans-subjetivamente na sua fala de homem livre e normal e no seu canto. Mas sua subjetividade poética faz laço social com qual trans-subjetividade? Talvez, Ney seja sexualmente (isso diz quase tudo) o único democrata brasileiro em um sentido ético na classe artística. Em sua luta sexual contra a ditadura militar, ele definiu o ideal ético de uma sexualidade democrática universal do, "Análise terminável e interminável", de Freud. Na defesa dessa posição cultural política, Matogrosso se tornou a contramáquina de guerra democrática poiética musical, entre nós.
A contramáquina de guerra poiética não precisa de filosofia universitária para saber que vivemos em uma ditadura com semblância democrática. A percepção sensível dela do mundo político é poieticamente machadiana. Quando Machado disse poeticamente que a diferença entre Império e República era semblância, ele estava pensando que a essência ditatorial tornava semelhante tais formas políticas objetivas. Para Machado, o nome da forma política é um embuste sem a articulação dele com a trans-subjetividade da produção de significação das massas sujeito zero objetivo. Como a trans-subjetividade da classe política é ditatorial, a forma política objetiva será ditatorial, apesar do nome não o ser!
“Eu vinha do Mato Grosso, onde só tinha um [gay] que passava na rua e só faltava o povo jogar pedra. Isso era de uma maneira geral, o Brasil era mais tolerante com todas as diferenças e foi ficando intolerante. Quem instituiu a violência no Brasil foi a ditadura militar e o povo passou a ser violento. Existe uma violência agora embutida em todo o mundo, você hoje em dia não pode dar uma opinião. Nas redes sociais as pessoas caem furiosas. Eu não tenho rede social porque não me interessa o que as pessoas estão pensando, porque as pessoas estão loucas...”
“A violência embutida em todo mundo” define o estado de barbárie” que começa com a DITADURA MILITAR”. Essa é uma ideia sobre a história de nossa cultura política recente. A ditadura tornou o povo violento trans-sub-jetivamente. A violência faz o enunciado “as pessoas estão loucas”. “As pessoas loucas” é a máquina de guerra psicótica ditatorial.
“P. Você é a favor do impeachment da presidenta?
R. Sou. Se se demonstrar sua culpabilidade, ela deve sair”.
É impressionante (e louvável e nobilitante) a ex-istência no Brasil de uma pessoa justa que faz do palco a arte da existência poiética - criação e produção de cultura política liberal clássica musical de um platô biográfico poético maravilhoso. Trata-se de uma poiética da obra antropofágica andradiana?
Ney faz o laço simbólico poético entre a música popular brasileira e a aristocrática poiética modernista revolucionária da Semana de 22. Como Ney, A Semana de 22 é uma contramáquina de guerra poiética da cultura política intelectual brasileira sem expressão contínua trans-subjetiva nas massas sujeito zero ditatorial.

CAUBY PEIXOTO (1931-2016)
“Quando não canto por dinheiro, canto de graça”
Tenho tentado mostrar que a música popular brasileira é o princípio do prazer em tela música cultural política para as massas. Deve-se distinguir duas eras da nossa cultura política musical popular: a da tela sonora eletrônica (rádio) e a da tela tele eletrônica (televisão). Cauby atravessou ambas!
Cauby foi um interprete das massas populares (e da alta classe média do Rio e São Paulo). Líder carismático na classe artística, sua voz estará para sempre associada à era do populismo aristocrático e da democracia populista (1946-1964). A condensação de energia narcísica em sua voz criava uma re-ligação biográfica dele com as massas sujeito zero vulgar musical eternizado na cultura política mitológica musical nacional. A voz de Cauby é a voz da Nação, das massas nacionais.Um tempo belo e agradável associado ao princípio da esperança nacional.
Cauby sabia que sua música não era uma atividade ética na tela gramatical cultural política. A temperança deve relacionar-se com os prazeres do corpo, assim como a concupiscência, mas não com todos eles. As pessoas que se comprazem com o objeto de desejo auditivo não são chamadas de temperantes (prazer moderado) ou concupiscente (prazer excessivo). A tela gramatical musical possui uma autonomia absoluta em relação ao campo da ética cultural política.
Então, o seu axioma “canto por dinheiro e de graça” é o princípio do prazer suprassumindo a sociedade do espetáculo eletrônico como articulação entre dinheiro e princípio do prazer das massas que pagam para ouvir Cauby interpretar. Era utópica a visão de mundo de Cauby de cantar de graça para as massas sujeito zero capitalista? O valor da música para nosso interprete se resumia ao fato de que ela é uma ação de sedução das massas, sem ser pathos!
A sexualidade de Cauby já estava para além do prosaico homem/Mulher/homossexual. Com ele, a sexualidade se articula como sexualidade musical, sexualidade narcísica mitológica. Infelizmente, o Brasil não teve um Baudrillard para mostrar a posição de Cauby na cultura política musical mundial.
“O Brasil não conhece o Brasil”

MULHER E POLÍTICA
Lacan definiu a mulher como não-todo. Certamente, ele estava pensando no gozo feminino em relação ao gozo fálico. Não sei por que as feministas pós-modernistas odiaram a ideia de não-todo.
Na física geopolítica lacaniana, a equação mulher=não-todo é algo capaz de impressionar qualquer filosofia política econômica do gozo. Trata-se de uma economia do gozo no qual há a soberania da facção. Na cultura política, o fenômeno mulher significa falta de totalidade, falta de nação, por exemplo. O feminino significa parte (facção) no lugar da Nação, e o masculino totalidade nacional.
A mulhercracia não é algo da cultura política da antiguidade, da cultura política medieval ou da era moderna até há pouco tempo. Gregos, romanos e medievais faziam da política algo masculino. A cultura política liberal clássica moderna se caracteriza pela falta da mulher. Talvez, a Revolução Francesa seja um momento onde as mulheres passaram a fazer parte da política como parte das massas masculinas.
A ética de Aristóteles não é uma escritura para a mulher, mas para o homem livre e normal. A mulher é pathos, ela é regida, ou pelo campo dos afetos, ou pelo estado de animus necandi! Na Idade Média, a mulher se torna bruxa. Ela tem pacto com o demônio. De que isso tudo é sintoma? Trata-se de definir a cultura política universal pela falta da mulher. Assim, a mulher deveria ficar fora da política, se esta é regulada pela razão política. Se a mulher é não-todo, a política é todo, mesmo que seja uma totalidade imaginária. O não-todo é o avesso do todo. Se este é ordem, conservar a ordem, aquele significa anarquia, anarquismo feminino, destruição permanente do todo. Isso é o gozo feminino.
Observem que a Globo News é uma mulhercracia. Trata-se do governo da tela eletrônica das mulheres jornalistas. Eu jamais vi ou ouvi uma jornalista dessa televisão falar em Nação com sinceridade, com emoção. Para as jornalistas a Nação não faz sentido como gozo, pois é um gozo fálico, não é fração do gozo = não-todo. Quando as mulheres governam, a Nação desaparece do horizonte da política. Foi o que aconteceu com o governo Dilma Rousseff.
Isso não quer dizer que o governo das mulheres seja incapaz. Veja o eficiente governo das jornalistas da Globo em fazer pendant com a autodissolução da Nação. O não-todo é um gozo que quer desintegrar o Todo como o Estado Nacional.
Antes do governo Dilma isso não fazia sentido. Hoje, isso é a lógica de sentido da política brasileira.

DA DITADURA BRASILEIRA
Três espécies de ditadura devem ser tomadas como objeto de investigação (e de desejo da elite ditatorial brasileira). A primeira é a ditadura republicana do militar Floriano Peixoto. A segunda, a ditadura populista latente de 1937; a última espécie é as ditaduras do Estado militar de 1964.
Os historiadores não têm se aventurado até agora na investigação nem da forma política objetiva da ditadura brasileira. Quanto ao campo trans-subjetivo ditatorial da elite e das massas, a formação epistemológica política excessivamente crítica tem paralisado o trabalho historiográfico brasileiro de tal campo. Mas acredito que isso pode mudar com a nova geração de historiadores que vejo na rede Linkedin.
Nesse curto texto quero só mostrar como o campo da pesquisa sobre a ditadura brasileira pode se desenvolver.
Para começar, os livros do jornalista Elio Gaspari sobre a ditadura militar tratam de fenômenos ditatoriais que podem virar objeto de uma séria pesquisa historial de cultura política. Vejam o exemplo Ernesto Geisel.
O volume 3 “A ditadura derrotada” trata também da biografia do general-presidente Geisel. Há a luz de um jornalismo perdido, entre nós, que mostra uma história cultural política da biografia subjetiva/trans-subjetiva ditatorial de Geisel? Tal fenômeno ditatorial Geisel começa no Colégio Militar de Porto Alegre, continua na Escola Militar de Realengo (Rio) e se estabelece definitivamente quando a pessoa Ernesto se transforma na máquina de guerra o Alemão a partir de 1931 na ditadura Vargas de 1930.
É preciso retomar os livros que estudaram o exército (e o tenentismo) de um ponto de vista de Elio Gaspari. Para esse jornalista, o exército é uma escola de cultura política militar ditatorial. O estudo da máquina o Alemão pode esclarecer - de um ponto de vista biográfico individual subjetivo/trans-subjetivo - o desenvolvimento da ditadura brasileira (no Estado militar). O Alemão é a máquina de guerra político/militar que invadiu o espaço político governando-o, exitosamente. Hoje, a elite econômica e os economistas sinceros reverenciam (glorificam entre eles) a era “capitalista” Médice/Geisel. Porém a sedução que essa era exerceu sobre o PT não é por causa dela ser o Jardim do Éden capitalista, sobretudo.
A (re) ligação da era Geisel com o PT sempre passou pelo desejo desse partido de estabelecer uma ditadura bolivariana latino-americana entre nós. O PT queria continuar a ditadura brasileira por outros meios e por uma forma latino-americana. A propósito, tal desejo ditatorial parece ser o desejo da classe política condensada no bloco histórico Nova Direita Latino-Americana. O jornal Folha de São Paulo é parte desse desejo ditatorial ao tentar cortar pela raiz o debate sobre esse fenômeno cultural político Nova Direita, cujo líder intelectual é o sociólogo festejado pela comunidade intelectual norte-americana Fernando Henrique Cardoso.
O Alemão é a máquina de guerra político-militar que deu certo. Tal máquina governou a cultura política econômica brasileira vitoriosamente. Gaspari diz sobre a ditadura militar que “ Geisel decidiu administrá-la de maneira que ela acabasse. Não fez isso para substituí-la por uma democracia (...). Queria mudar porque tinha a convicção de que faltavam ao regime (militar) verdadeira estrutura e força para se perpetuar”.
Na estratégia de Geisel, a escolha do general João Figueiredo para sucedê-lo na presidência revelou o segredo do Estado militar. Este era uma estatização de um campo de poder/saber cultural político ditatorial okhraniano. Não é uma mera coincidência João ser o comandante do SNI (Serviço Nacional de Informação criado pelo general Golbery do Couto e Silva). A estratégia Geisel/Golbery fracassou por que Figueiredo deveria passar o poder para um mineiro civil da oligarquia liberal mineira (Aureliano Chaves), seu vice-presidente que não pertencia à Okhrana.
Com Aureliano, Geisel/Golbery imaginou uma ditadura civil com semblância liberal, em consonância com o desejo do general Castelo Branco. Ele chamava tal ditadura civil/liberal de democracia forte e relativa com máquinas de guerra partidárias oligárquicas no controle do Congresso Nacional. Tais máquinas ele as vislumbrou no período no qual participou do poder estadual da Paraíba durante a primeira ditadura populista Vargas (1930).
Geisel foi uma máquina cética que, no entanto, governou o país articulada pelo processo trans-subjetivação nacional. A Nação era a força trans-subjetiva que impedia Geisel de mergulhar na depressão psicótica cética que seria sua ruína subjetiva.
Ele disse: “ É muita pretensão do homem inventar que Deus o criou à sua imagem e semelhança. Será possível que Deus seja tão ruim assim? ”