domingo, 31 de janeiro de 2016

MANIFESTO DO RIO

 MANIFESTO DO RIO
JOSÉ PAULO BANDEIRA
Domingo, 31/01/2016

Este texto é um artefato militar do campo da física lacaniana historial. Ele é um artefato de uma contramáquina de guerra mestiça em um campo de batalha agônico contra a ditadura peemedebista do estado do Rio de Janeiro.
O texto militar sempre traça uma linha de força intelectual que conduz as massas intelectuais a um enfrentamento com o seu campo de afetos, e, mais intensamente, com o campo de seu processo anímico. Por isso, trata-se de um texto sustentado por conceitos, estrutura de pensamento, epistemologia política direcionados para a construção da percepção do fenômeno político, abordado na cultura política intelectual associada ao campo da física historial lacaniana. O grau de dificuldade de leitura dele concerne ao fato que ele é um artefato textual militar. O leitor deve se deixar conduzir na guerra na qual a contramáquina de guerra mestiça está travando. Cada palavra, cada frase, cada parágrafo, ou paráfrase, ou imagem conceitual constituem também as armas (e drones contramilitarizados) deste contraexército que tem como objetivo tomar uma poderosa cidade fortificada, despótica olocrática peemedebista,  servida e defendida pela Okhrana informacionalis da tela eletrônica militarizada. O capital eletrônico corporativo mundial é o exército guardião dos portões do Rio. Ao elucidar a natureza deste meu texto militar, espero que o leitor não desista na primeira parte (muito formalmente lacaniana) dele.
Porque lançar o Manifesto do Rio contrapeemebista na época do carnaval?
O carnaval do Rio de 2016 é análogo às festas das massas sem sujeito dos momentos das grandes crises da história universal. Mas a militarização do carnaval na tela eletrônica é clara – e, ao mesmo tempo, dissimulada. O folião quer brincar para esquecer por alguns momentos a atmosfera sombria da guerra econômica que já fez 10 milhões de desempregados em todo o pais. É claro que o Sudeste é a região que concentra este exército industrial de reserva de desempregados. Trata-se, agora, da superpopulação supérflua para o campo de poder econômico mundial.
A captura do carnaval de rua pela tela eletrônica significa a transformação da dança e da cantoria do folião em imagem eletrônica de uma sociedade de espetáculo eletrônica militarizada. A função da imagem militarizada eletrônica é desviar a energia carnavalesca da rua para a tela eletrônica com a finalidade de inocular no espírito da população a dissimulação de uma realidade espetacular eletrônica na qual o estado de guerra molecular oligárquico não está em uma progressão acelerada. A função de tal dissimulação significa evitar que o carnaval de rua seja a produção de uma imagem conceitual de massas anímicas/vitalistas que abra a porta para uma revolução camponesa carioca. Trata-se da revolução das massas sujeito-zero. Elucidarei tal conceito ao longo do texto. Isto é o objeto formal deste texto do PCPT.                
Avanti!                 
Ao metabolizar Marx, o Lacan tardio não cedeu à tentação da lógica determinista do significante. Ao contrário, a formula axiomática da bateria significante é: “Um sujeito é aquilo que pode ser representado por um significante para outro significante” (Lacan. s. 16: 21). Para facilitar dizemos que o sujeito é aquilo que um significante representa para outro significante em uma posição hegemônica na história universal.
Jacques Alain-Miller vai dizer que este enunciado não é lacaniano. Ele estará certo e errado, simultaneamente. É certo que isso não é literalmente Lacan. todavia, Gadamer já mostrou que o literal é um autoilusão da trans-subjetividade mais comum das massas intelectuais sob a influência do pensamento hegeliano: “Dessas considerações se deduz que a hermenêutica não pode conhecer nenhum problema a respeito do começo como, por exemplo, a lógica hegeliana conhece o problema do começo da ciência” (Gadamer: 609).
Miller estará errado, pois, é certo que isso é uma releitura de Lacan no campo da física historial lacaniana.
Hegel disse em um de seus livros que a filosofia hegeliana era a filosofia do Estado alemão. Miller quis transformar a filosofia de Lacan (psicanálise, é claro) em filosofia do Estado mundial eletrônico. A psicanálise de Miller é uma psicanálise de Estado. Então sigo a minha linha (da física) para mostrar que não há lógica determinista do significante na física lacaniana.
O conceito de discurso lacaniano só é possível no campo da trans-subjetividade das massas intelectuais: “E o é primeiramente porque o discurso do qual me descubro o instrumento – sem que se possa eludir que ele exige a presença em massas de vocês” (Lacan. s. 18: 10).
 A estrutura do discurso lacaniano é algo celestial como um meteoro. O trovão é o corpo celestial que está mais próximo da estrutura do discurso. O Nome-do-Pai só é sustentável pelo trovão (imagem sonoro do fenômeno político). O Nome-do-Pai é aquilo que, por excelência, faz laço social (Lacan. s. 18: 15) – e institui as massas sem sujeito como societas; ele é a imagem do semblante.  Não existe semblante de discurso (Idem: 14), ou semblante do significante massas sem sujeito. Trata-se de um buraco na cadeia dos significantes. Tal buraco entre os significantes precisa de elo que os liguem para a estrutura poder funcionar e se tornar parte da cultura política do ver ou do ouvir; a imagem do semblante se constitui como elos na bateria significante. 
O laço social é esburacado na bateria significante Nome-do-Pai. O trovão é a imagem do semblante que liga a bateria pela fórmula: “ Um sujeito é aquilo que pode ser representado por um significante para outro significante”. O sujeito representado por um significante está associado – por mil fios invisíveis – à imagem do semblante, pois ele é um elo de ligação entre os significantes em processo de representação.
O sujeito existe na cadeia de significantes como condensação da imagem do semblante. O Nome-do-Pai é a nomeação do sujeito pela imagem do semblante, nomeação biográfica individual e das massas com sujeito: burguês, operário, camponês e outros. Mas a sombra da imagem do semblante pode ser o elo – no direito e no avesso – de ligação na bateria significante como massas sem sujeito. Trata-se do grau zero do sujeito. Então, um sujeito-zero é aquilo que pode ser representado por um significante para o significante hegemônico. O sujeito zero significa um buraco no campo RSI (Real/Simbólico/Imaginário) que as massas advêm daí como objeto perdido do sujeito:
“Um sujeito, seja qual fora forma em que se produza em sua presença, não pode reunir-se em seu representante de significante sem que se produza, na identidade, uma perda, propriamente chamada de objeto a. É isso que é designado pela teoria freudiana concernente à repetição. Assim, nada é identificável dessa alguma coisa que é o recurso ao gozo, um recurso no qual, em virtude do sinal, uma outra coisa que surge no lugar do gozo, ou seja, o traço que o marca. Nada pode produzir-se aí sem que um objeto seja perdido” (Lacan. s. 16: 21). O traço que marca o gozo pode ser a sombra da imagem do semblante? A repetição das massas sem sujeito na história universal (sujeito-zero) não concerne à sombra/traço da imagem do semblante? Isto não precisa escorregar necessariamente para a cultura política do simulacro do Sujeito!
O objeto a remete a estrutura linguageira para o mais-de-gozar (que por homologia com o discurso marxista significa mais-valia). Isto articula o RSI, pois a mais-valia é da ordem do real, do impossível de ser inscrito no campo simbólico. Marx a escreveu no campo da cultura intelectual moderna. Mas ela jamais foi simbolizada pelas massas operárias; ela jamais foi integrada ao inconsciente nietzschiano moderno através de sua inscrição na cultura política das massas operárias; a mais-valia permaneceu circunscrita à trans-subjetividade-gueto das massas intelectuais marxistas.    
Althusser formulou o axioma. “as massas fazem a história”. Trata-se do conjunto de classes, camadas, categorias exploradas agrupadas em torno da classe explorada na grande produção, única capaz de as unir e de conduzir sua ação ao assalto do Estado burguês: o proletariado”. Não aconteceu aí um deslizamento do significante classe (massas com sujeito) para as massas sem sujeito (sujeito-zero) como sombra/traço da imagem do semblante como objeto a? Trata-se das massas sujeito-zero como traço do fenômeno político da cultura política mundial do século XXI. Trata-se de um discurso (o da física lacaniana) que se apresenta como impossível, pois funciona como real: “Ao contrário, é por um discurso centrar-se como impossível, por seu efeito, que ele teria alguma chance de ser um discurso que não fosse semblante” (Lacan. s. 18: 21); fosse apenas a sombra desterritorializada da imagem do semblante.  A revolução das massas sem sujeito remete, imediatamente, para o real impossível de ser inscrito no campo simbólico do inconsciente nietzschiano?   
                     
A sombra é a imagem do semblante desterritorializada que desliza na cadeia dos significantes e escolhe um dono para representar a estrutura do discurso: o significante que representa o sujeito-zero para o significante hegemônico nas cadeias conjunturais de significantes da história universal. Tal teoria pode ser a interpretação concreta de uma situação concreta? A sombra pode suprassumir a lógica determinista do significante? Então, não se trata mais de teoria e sim da contramáquina de guerra de pensamento mestiça física lacaniana historial.
Pela lógica determinista do significante somente as massas com sujeito camponês podem fazer a revolução camponesa em todas as épocas. Este sujeito camponês é representado para o significante hegemônico revolução camponesa como a única via da história universal das massas camponesas. A via das massas camponesas revolucionárias sem sujeito inexiste nessa história determinista? O sujeito é concreto (e particular) e é representado por um significante universal: a classe camponesa em uma conjuntura historial determinada espaço-temporalmente. Segundo Engels, o campesinato alemão fez uma revolução camponesa que instalou a lógica do desmoronamento do fim da era medieval na Alemanha, sem se constituir em uma revolução moderna (Engels: 81-82, 87, 89, 101, 104). Permanecemos escravos da interpretação determinista do significante classe camponesa?
A física lacaniana da política universal pensa a cadeia de significantes também a partir da sombra do discurso do inconsciente nietzschiano. A sombra das massas camponesas sujeito-zero nas conjunturas do século XXI já se tornou um fato que não precisa de provas sociológicas ou jornalísticas. Tal trans-subjetivação camponesa de sujeito-zero se estabelece em um campo de poder mundial dominado pela OKhrana digitalis informacionalishomo  digitalis mundial. Tal campo se define como a contradialética articulada em dois aspectos dominantes no Ocidente. Trata-se da contrarrevolução democrática digitalis informacionalis versus a revolução democrática digitalis. Esta é a trans-subjetivação das massas sujeito-zero pós-althusserianas, pois elas não têm um centro baseado em um sujeito/classe social. Às vezes é preciso repisar o óbvio!

II                     
No início de 2016, a trans-subjetividade das massas camponesa sujeito-zero já produz efeitos acolhidos pelos jornais de papel. No Norte do Brasil, massas queimaram as casas do prefeito, jogaram seus carros no rio da pequena cidade e só não destruíram os prédios das instituições políticas por eles não se constituírem como símbolos da política local.
A economista peemedebista/petista Maria da Conceição Tavares diz que Delfim Netto está com saudades da ditadura militar ao falar dos dois caminhos políticos do Brasil: revolução capitalista ou revolução camponesa das massas cariocas sujeito-zero. Maria nunca acreditou em revoluções nem quando chorou na tela eletrônica pedindo à população para apoiar o Plano Funaro/Sarney, que foi o começo de uma política contrarrevolucionária que perdura como traço/sombra/sombrio da desintegração do Estado de Direito entre nós. Maria não sabe, até hoje, que serviu ao governo despótico/olocrático de Sarney? Que serviu à ditadura civil eletrônica que deu continuidade à ditadura militar eletrônica? Ambas seriam improváveis sem ter ao seu lado a tela eletrônica militarizada!
Mas Maria Tavares esqueceu o tempo da ditadura de Sarney ao dizer:       
“Qual a saída?
Teria que fazer uma frente democrática ampla. Só frente de esquerda não dá. Unir líderes empresariais, sindicais, da sociedade civil, intelectuais, políticos que tenham credibilidade. O ex-governador do Paraná Roberto Requião e Ciro Gomes são alguns nomes. O Conselhão pode ser um caminho. Acho que 80 pessoas é um pouco demais, mas poderia ser uma saída. É preciso um acordo firme para tirar o Brasil da crise.
A senhora já viu crise assim?
Na democracia não me lembro de alguma vez que estivesse tão ruim. Também não me lembro de ocasião em que o PMDB estivesse tão esfrangalhado. Isso é uma variável muito ruim. É um partido de centro, quando o centro desmorona, fica difícil ter consenso.”
O coração de Maria continua sendo afetado pelo PMDB? Para ela, o PMDB é um simples partido político. Ao contrário, trata-se de uma máquina de guerra partidária que tem como axioma político o uso da violência sem limite contra todo e qualquer oponente.
Mas Tavares é lúcida em um ponto: a revolução burguesa de Delfim pode acelerar a revolução camponesa carioca sujeito-zero e instalar a lógica do desmoronamento da democracia vigente no país! 
(Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/maria-da-conceicao-tavares-acho-que-delfim-esta-com-saudades-da-ditadura-18565499#ixzz3ylOQivSY) 
As massas da revolução camponesa sujeito-zero se caracterizam por sua desvinculação da política institucional, ou por uma articulação frouxa e inconsistente à tal política. Qual direção a nossa revolução camponesa sujeito-zero seguirá no Rio? A revolução camponesa é um fato épico em todos os tempos. Ela encerra e inaugura eras históricas com violência política sem limite. Ela é uma máquina de guerra freudo/nietzschiana épica.
O Brasil não sabe o que é tal fenômeno, não está preparado para vivê-lo. A revolução camponesa destrói os castelos e os latifúndios e pendura na árvore mais alta do condado os senhores como símbolo do estado anímico das massas. A violência das massas camponesas virou uma célebre fórmula de Marx: “a violência é a parteira da história”.
O PCPT não é capaz de metabolizar a violência das nossas massas camponesas sujeito-zero. Ele tem estudado o estado de guerra oligárquico colonial, as máquinas de guerra nietzschianas coloniais (entradas, bandeiras, engenho de cana-de-açúcar que anda) que instituíram a nação do Engenho de cana-de-açúcar, e as máquinas de guerra freudianas que assassinaram nos últimos 30 anos 1 milhão de brasileiros.
O caminho a ser seguido é o da integração das massas sujeito-zero à nossa política formal. O PCPT já propôs à cidade do Rio começar um movimento de massas para convocar uma Assembleia estadual Constituinte com candidaturas avulsas. Trata-se de uma paideia política das massas. Estas precisam ser educadas no aprendizado da política real institucional e constitucional. A situação atual significa uma ligação ficcional das massas sujeito-zero com a política. Elas de 4 em 4 anos votam para eleger políticos corruptos (contaminados/capturados visceralmente pela corrupção partidária) para o Legislativo e o Executivo.
A atual conjuntura carioca mudou de rumo, ritmo e sentido. Ao fazer troça com a decisão do judiciário estadual que o obriga a pagar os salários dos funcionários regularmente no primeiro dia do mês (ele disse que só obedece à lei se o judiciário enviar um carro-forte cheio de ouro), o governador Pezão mostrou que a lei só serve para os inimigos. Como parte da lumpen-oligarquia do Vale do Paraíba (esta região também guarda bem guardado as duas linhagens da família real brasileira), Pezão segue a ética oligárquica: “ajudar os amigos, prejudicar os outros” ou “para os amigos tudo e a lei para os inimigos”.
Como a conjuntura mudou, trata-se agora de propor ao movimento de massas a exigência da RENÚNCIA IMEDIATA DE PEZÃO e a convocação de eleições gerais no Estado do Rio de Janeiro. Por quê?
Pezão diz que a Fortuna (circunstâncias econômicas) levou o estado à bancarrota. Ele não tem mais dinheiro nos cofres públicos para honrar os compromissos principalmente com as massas de funcionários públicos, principalmente com os professores seus inimigos figadais. Trata-se da lógica oligárquica para os inimigos a lei da economia? Pezão diz que sua virtú (e de seu PMDB) não é a responsável pelo colapso econômico do estado do Rio. A Fortuna é a única responsável pela incapacidade de governar do governador Luiz Felipe Pezão do PMDB? 
A physis política não é a responsável sozinha pela falência do nosso belo estado do Rio. O responsável principal é o bloco de poder formado pelo PMDB/PT que implodiu – através da corrupção -  a Petrobrás, a principal fonte de receitas do estado. O PMDB do Rio é a principal arma no Congresso de Dilma Rousseff contra seu impeachment. Trata-se de uma ligação orgânica visceral/anímica indestrutível entre Dilma e o PMDB fluminense.
Para completar o quadro desalentador, o bloco de poder PMDB/PT armou (conspirou) com o COI a estratégia da escolha do Rio que foi feita durante a 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, que aconteceu em Copenhague, Dinamarca, em 2 de outubro de 2009. A estratégia ainda fazia parte do Projeto Hegemonia bolivariano petista para vencer as eleições presidenciais de 2010, 2014 e 2018. Conspirou para manter a ditadura do PMDB no estado do Rio e na cidade carioca.
Assim como a FIFA e a Fórmula 1, o COI é uma instituição privada do poder mundial da sociedade espetáculo eletrônico, atualmente, digitalis informacionalis. Trata-se de instituições privatistas (da cultura política pública mundial) do capital corporativo eletrônico mundial!
As Olimpíadas são um negócio multibilionário e uma forma de ligar o poder territorial nacional ao poder mundial do capital corporativo eletrônico. Não sejamos incautos. A tela eletrônica militarizada irradia uma imagem eletrônica dulcíssima do COI (como fazia com a FIFA até o poder judiciário americano golpear a direção desta instituição) porque ela é parte da cadeia de interesses econômicos (e da rede de poder) à qual o COI está enredada. A tela eletrônica é o capital corporativo eletrônico mundial do COI. Ela é parcela da corrupção que obriga os atletas a participarem de um Olimpíada mergulhada na poluição histórica da Baia da Guanabara e ameaçados pelo Aëdes aegypti da dengue e do vírus Zika. E os espectadores dos países desenvolvidos a serem exporem ao estado de guerra molecular e a implosão biológica presentes na cidade carioca. Quais interesses poderosos articulam tal infâmia?
As Olimpíadas do Rio não ligam diretamente à cidade ao capital financeiro mundial via Suíça? O bloco de poder PMDB/PT tem no irmão banqueiro suíço do prefeito carioca (Eduardo Paes) o elo proativo de ligação com a oligarquia financeira mundial que fez os empréstimos para a cidade construir os elefantes brancos para as competições. Há taxa de corrupção que o bloco de poder PT/PMDB cobrou encima dos empréstimos, das obras superfaturadas? 
Não há o que temer porque o TCU está nas mãos do PMDB, porque a ditadura do PMDB no estado tem o judiciário fluminense como correio de transmissão do poder executivo, e o STF bolivariano de um Fux protege o bloco de poder bolivariano/lumpen-oligárquico PT/PMDB? Tal bloco não conta com a proteção do Grupo Globo envolvido na fabricação do Museu do Amanhã eduardista da Praça Mauá? O PMDB do Rio esquece que a revolução das massas sujeito-zero pode transformar tudo isso em fumos machadianos? Ele já esqueceu Sérgio Cabral?
A conjuntura atual está marcada pela implosão econômica (e biológica) das massas sujeito-zero. A evolução do estado de guerra oligárquico colonial é um fato incontornável. O cenário da cidade como um campo de batalha diário pode ser acelerado se a bancada bbb (bala, boi, bíblia) aprovar a lei do armamento geral e irrestrito. O lumpesinato civil e o criminal são forças irredutíveis na vida política da cidade. Assaltos armados nos túneis da cidade se tornaram rotina, inclusive na mítica zona sul carioca.
O linchamento já chegou ao dourado bairro Leblon, lugar onde moram as celebridades cariocas. O mais famoso morador do Leblon, Chico Buarque (filho de um dos maiores intelectuais brasileiros, o historiador Sérgio Buarque de Holanda) é agredido diariamente nas ruas de seu bairro por frequentadores do Leblon. O imenso e sinistro aparato de segurança policial da ditadura carioca do PMDB é incapaz de manter a segurança até no Leblon. O carioca se transformou no homo sacer?
Sobre os linchamentos, o leitor deve ler o sociólogo José de Souza Martins: “Os dados que recolhi e examinei nesta pesquisa evidenciam que, nos últimos 60 anos, cerca de um milhão de brasileiros já participou de, pelo menos, um ato de linchamento ou de uma tentativa de linchamento” (Martins: 11). O linchamento não é um raio em um céu azul. Ele é parte da lógica da cultura política oligárquica da guerra colonial que existe como uma linha de força histórica no século XXI brasileiro. No linchamento, a guerra molecular adquire a forma da guerra molecular das massas populares e lumpesinais, que são também massas sujeito-zero. O livro de Martins estuda a trans-subjetividade deste fenômeno que articula também o mundo urbano brasileiro: “A maior parte dos linchamentos e tentativas de linchamento que estou analisando ocorreu na região Sudeste, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro” (Martins: 104).     
III
No belo livro sobre Thomas Münzer , Ernest Bloch sublinha a natureza da interseção subjetiva e trans-subjetiva de Münzer. A natureza conspirativa, a ascese, o estado anímico dominado pela ira contra a nobreza (“o pai parece ter acabado na forca, vítima da arbitrariedade do Conde), o ser costumeiramente “atormentando, assustado por sombras” (Bloch: 12), a paixão por “livros” (coisas escritas) faz de Thomas uma alma morta (sem corpo territorial existencial) de um passado irremediavelmente sepultado?
Wittgenstein me ajudou a aprimorar o conceito de cultura política como interpretação/percepção da realidade dos fatos. A realidade sempre aparece para a percepção trans-subjetiva como algo articulado em uma língua estrangeira (Wittgenstein: 92-93). Tal fato abala a fé da percepção da cultura política das massas determinista e sensível. A física lacaniana trabalha com a ideia de uma fé perceptiva digitalis; a técnica digitalis é a luz (velocidade) que guia a percepção da cultura política intelectual mundial. Trata-se de uma língua estrangeira que articula a realidade dos fatos. Ela vem desterritorializando as culturas nacionais e obnubilando a interpretação e a percepção das massas sujeito-zero em tais culturas.
Na época de Münzer, a cultura política teológica era o território existencial no qual a luta política biográfica individual e das massas (subjetivamente e trans-subjetivamente) era levada até o fim. O texto teológico militar de Thomas pode dar uma vaga ideia deste cenário:
“Prometo-vos alcançar esta honra e glória, que tendes obtido de vergonha e ódio, entre os romanos. Sei e estou certo que os países do norte da Europa cairão no rio da graça que está brotando. Aqui tomará impulso a renovada Igreja Apostólica e se espalhará pelo mundo. Assim, pois, apressai-vos na direção da sua Palavra, cuja passagem será rápida; através de indizível fornicação fizeram da Igreja de Deus um caos sombrio, uma Igreja quebrada, abandonada, dispersa. Porém o Senhor a construirá de novo, a consolará, a unirá, até que ela veja o Deus dos deuses em Sion, Amém” (Bloch: 15).
O leitor pode fazer um exercício mental considerando que Deus é o campo RSI do Rio de Janeiro. Que a Igreja é o governo do nosso estado. Quem é o Deus que que construirá de novo a nossa Igreja civil, a nossa societas civil? No Prefácio ao Para Crítica da economia política, Marx estabelece um axioma que gera uma autonomia relativa da política em relação ao econômico:
“Na consideração de tais transformações é necessário distinguir sempre entre a transformação material das condições econômicas de produção, que pode ser objeto de rigorosa verificação da ciência natural, e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, em resumo, as formas ideológicas pelas quais os homens tomam consciência deste conflito e o conduzem até o fim” (Marx: 136). Marx já sabia que o inconsciente estava envolvido no enorme conflito estrutura econômica versus superestrutura ideológica. Mas Nietzsche, Freud e Lacan nos permitem ver que não se pode resumir o território existencial da trans-subjetividade à forma ideológica.
Portanto, a cultura política pode ser ideológica e ir além como território da luta. A trans-subjetividade digitalis não pode ser resumida na forma ideológica, simplesmente. A trans-subjetivação das massas sujeito-zero já se encontra fora da superestrutura ideológica, mesmo esta permanecendo de forma resiliente a articular a política nacional e a territorial internacional.  No século XXI, os homens, mulheres e crianças são partes da trans-subjetividade do campo de poder mundial digitalis informacionalis. Portanto, é neste campo trans-subjetivo que devem levar suas lutas até a ruína completa de tal poder mundial       
Em 1521 Thomas Münzer foi obrigado a partir de Praga às pressas para não ser enforcado; ele se exilou na Saxônia. Será que a época do passado de Münzer não é um espectro que como um pesadelo está aterrorizando o cérebro dos vivos, o cérebro dos cariocas? 
BIBLIOGRAFIA
ALTHUSSER, Louis. Réponse a John Lewis. Paris: Maspero, 1973
BLOCH, Ernest. Thomas Münzer. Teólogo da revolução. RJ: Tempo Brasileiro, 1973
ENGELS, Friedrich. As guerras camponesas na Alemanha. Porto: Presença, 1975
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método. Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis: Vozes, 2003   
LACAN, Jacques. O SeminárioLivro 16. De um Outro ao outro. RJ: Zahar, 2008
LACAN, Jacques. O Seminário. Livro 18. De um discurso que não fosse um semblante. RJ: Zahar, 2009
MARTINS, José de Souza. Linchamentos. A justiça popular no Brasil. SP: Contexto, 2015
MARX, Karl. Pensadores. v. XXXV. SP: Abril Cultural, 1974
WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. SP: Abril Cultural, 1975                                                                                                          



                   

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

IMPÉRIO FOUCAULTIANO PÓS-MODERNISTA

TEXTOS DIPERSOS

CULTURA POLÍTICA DOS JOGOS
O conceito de episteme  lacaniano significa “colocar-se em boa posição (verstehen). Trata-se de encontrar a posição que permita que o saber se torne um saber do senhor. A função da episteme especificada como saber transmissível (Platão) é sempre tomada por inteiro das técnicas artesanais, ou seja, dos servos. O que está em questão é extrair sua essência para que esse saber se torne um saber de senhor: “E depois, isto se duplica naturalmente mediante um pequeno ricochete, um lapso, o retorno do recalcado. Mas, diz fulano ou sicrano, Karl Marx ou qualquer outro” (Lacan: 21). Na física lacaniana historial, a episteme pode ser concebida como episteme política mais apropriadamente, pois se trata da episteme platônica na cultura política intelectual. Deriva daí a imagem conceitual epistemologia da cultura política intelectual (epistemologia política).
Na era pós-modernista, a epistemologia política que concentra a maior quantidade de luz (velocidade) para a percepção (e autointerpretação) da realidade é a cultura pós-modernista. Por quê? A realidade do real é uma articulação hegemônica da lógica do simulacro de simulação. Trata-se da cultura política do homo simulacrum da era do capital corporativo transnacional e de sua concomitante e coetânea tela eletrônica militarizada. Se o saber pode ser dito como o domínio de uma técnica, a classe simbólica dirigente do saber eletrônico possui o saber da trans-subjetivação das massas como homo simulacrum. Tal saber agenciava o campo dos afetos e ia além ao mexer com o campo dos estados anímicos através da música industrial. Portanto, tal saber não era a forma latente do jogo de linguagem digitalis?
Uma epistemologia política dos jogos de linguagem é possível? Buscar a transição dos jogos de linguagem da cultura filosófica (cultura intelectual em si) para a cultura política intelectual é necessário para a compreensão da história mundial contemporânea? Isto faz algum sentido?
Agora, a realidade do real ainda é a hegemonia da realidade homo simulacrum sobre a cultura política mundial? Não é preciso esquecer Baudrillard? Na segunda década do século XXI a cultura política dos jogos não se tornou a essência da realidade do real?
 É cada vez mais visível que os jogos de linguagem, os jogos de guerra (e a guerra em si) são a essência da realidade do real planetário. Estamos assistindo à passagem acelerada da hegemonia da cultura política do simulacro para a hegemonia da cultura política dos jogos na cultura política mundial e para o domínio mundial de um estado guerra digitalis oligárquico (e físico) sobre a política planetária. Como Esquecer Foucault?
Vemos a passagem da cultura do ver da imagem eletrônica para a cultura do ver (e do ouvir) da imagem digitalis. O domínio do campo de poder digitalis sobre o campo de poder eletrônico (pela subsunção real da tela eletrônica à tela digitalis) existe em função da velocidade da produção e circulação da cultura  do ver/ouvir digitalis (imagem digitalis) na cultura política mundial. No bloco-no-pode mundial, isto significa a passagem da hegemonia do capital corporativo eletrônico mundial para a hegemonia do capital corporativo digitalis mundial.                                     
A cultura política do simulacro é a cultura política informacionalis eletrônica: imagem informacinalis eletrônica. Não se trata de autointerpretação da realidade, mas é sim uma percepção eletrônica militarizada da realidade do real. Como tal, ela articula uma realidade do real como um campo de guerra eletrônico. Trata-se, portanto, da tela eletrônica militarizada como campo de poder.
Ao mexer industrialmente com o campo dos estados anímicos através da música, a tela eletrônica não faz pendant com o jogo de linguagem da guerra digitalis? A cultura do jogo digitalis é um processo descontínuo da spaltung do espírito ocidental que não mais (como cultura política) se articula a partir do campo da metafísica, ou do campo dos afetos. Se articula, dominantemente, em um choque RSI (Real/Simbólico/Imaginário) a partir do campo dos estados anímicos. São duas superfícies contínuas (Banda de Moebius) (tela eletrônica e tela digitalis) que designam a cultura política da sociedade do espetáculo eletrônico (SEE) sobredeterminada/suprassumida pela cultura política do jogo de linguagem digitalis.
A política mundial não está em um processo de evolução adaptativa à cultura política dos jogos? A crise mundial não é a crise que tem como causa necessária esta adaptação quase cerebral das manifestações desse saber?                             
LACAN, Jacques. L’envers de la psychanalyse. Paris: Seuil: 1991                
                       
       

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 IMPÉRIO FOUCAULTIANO PÓS-MODERNISTA
A ideia de um império pós-capitalista é de Weber. Tal império seria o Urstaat pós-capitalista análogo ao império egípcio da antiguidade (Weber: 541). Inoculados pela ideia weberiana e usando as investigações sobre o campo de poder moderno de Foucault (de Deleuze e Guattari), mais ainda a literatura sobre o fim da soberania moderna (fim da soberania econômica e da soberania em si do Estado–nação) e a literatura sobre hegemonia do pós-modernismo na cultura política intelectual mundial , Michel Hardt (e seu tutor Antonio Negri) escreveu o livro Império. O estilo de escrita do livro não é de Negri!
O império supracitado é um império do capitalismo corporativo transnacional (Hardt: 50). Mas ele não é o império americano. Trata-se de uma máquina capitalista imperial biopolítica que articula um poder mundial virtual com efeitos reais sobre o planeta (Idem: 60, 64, 24, 32, 58).
Algumas ideias constituem a axiomática imperial. No lugar das lutas de classes, as lutas da multidão como contrapoder constituinte (Idem: 77). Mas não se trata das massas líquidas. Outra ideia é a suprassunção do direito moderno pelo direito imperial. Outra ainda é o papel determinante da sociedade do espetáculo eletrônico (SEE): “um lugar onde devemos localizar a produção biopolítica da ordem é nos nexos imateriais da produção da linguagem, da comunicação e do simbólico que são desenvolvidos pelas indústrias de comunicação” (idem: 51). Trata-se do capital corporativo eletrônico mundial.
A SEE é a máquina de comunicação que produz a subjetivação imperial de controle biopolítico: Foucault temperado por um certo pós-modernismo americano. Trata-se da produção da própria vida social (Idem: 13). Uma boa ideia deriva desta, pois a sociedade de controle significa desterritorialização da subjetividade disciplinar como um campo de poder que dava as cartas na história moderna.
A desterritorialização do território existencial nacional disciplinar produz efeitos devastadores como a sobredeterminação do Estado de Direito por um Estado de exceção permanente e o aniquilamento da subjetivação conhecida como povo-nação (11, 57, 121, 156). Isto significa o colapso da subjetivação proporcionada pela soberania nacional. No lugar desta, entra a subjetivação (da sociedade de controle biopolítica) na interseção do capital corporativo transnacional com o mercado mundial (Idem: 168).
A alteração no espaço mundial é importante no conceito de império foucaultiano pós-modernista. Como campo de poder, o espaço planetário passa a ser a superfície híbrida das redes de poder, ou melhor, a interseção da rede oligopolista da SEE com a rede/rizoma da internet (Idem: 320-321). Tal campo de poder tem como uma das causas a enorme acumulação das lutas da multidão (Idem: 296).
A soberania moderna baseava-se (se articula) na transcendência da soberania do Príncipe, do Estado moderno, da nação, do povo. Ela é suprassumida pela soberania da sociedade de controle biopolítica (338). Trata-se claramente de um conceito de império foucaultiano pós-modernista tecido pela cultura intelectual americana em choque com o poder americano.
A pretensão de Hardt era estabelecer um pensamento político foucaultiano pós-modernista como a linha de força intelectual dominante na cultura política intelectual americana do século XXI. Hardt viajou o mundo inteiro fazendo a difusão de sua visão de mundo. No entanto, o discurso da universidade (em conluio com a SEE) bloqueou o tour de force de Hardt e Negri (teórico virtual das Brigadas Vermelhas italianas).
Na segunda década do século XXI, não já está no horizonte de eventos o estabelecimento da lógica de desmoronamento do campo de poder sociedade de controle biopolítica pós-modernista? Trata-se da suprassunção da tele eletrônica militarizada pela tela digitalis que é um campo de poder como estado de guerra oligárquica digitalis, informacionalis, permanente. Hoje a investigação não deve mais se concentrar sobre a soberania da cultura política pós-modernista foucaultiana sobre a cultura política mundial.
Trata-se agora de discutir a soberania do homo digitalis como um campo de poder que significa a trans-subjetivação digitalis mundial das massas sem sujeito no comando da economia, da cultura e da política planetária. Isto não significa Esquecer Foucault!
HARDT E NEGRI. Império. RJ: Record, 2001
WEBER. Economia e sociedade. Brasília: UNB, 1999

URSTAAT OKHRANIANO DE ALOYSIO
http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=2003
“O principal risco do PL n. 2.016/2015, já aprovado no Senado e à espera de votação na Câmara, está em achar que a lei atinge apenas o “terrorista”, e não os “cidadãos de bem”, como se essa divisão fosse clara. Ora, o que se tem em mãos é justamente a possibilidade de colocar esse rótulo em qualquer um de nós”
Marta R de Assis Machado e Guilherme Leite Gonçalves publicara um texto clarividente sobre a lei terrorista (antiterrorista?). Não obstante a distância dos eventos terroristas em relação à nossa realidade, o grupo Globo, o governo Dilma Rousseff e a bancada parlamentar conservadora, liderada pelo PMDB, em suas últimas manifestações, aproveitaram o episódio do ataque do Estado Islâmico a Paris para exigir que a votação do projeto de lei antiterrorismo (PL n. 2.016/2015), já em regime de urgência no Congresso Nacional a pedido da presidenta da República, seja acelerada.
O texto substitutivo do senador Aloysio Nunes Ferreira ao PL n. 2.016/2015 aprovado no Senado e retornado para votação na Câmara faz desse senador o autor do golpe de Estado mais espetacular desde o golpe de Estado de D. Pedro I ao fundar o Império brasileiro. A lei antiterrorista foi aprovada na Câmara nacional por ser uma matéria encaminhada pelo governo Dilma Rousseff que, através do PMDB, possuía maioria nesta instituição pública. Trata-se de uma lei que em sua origem já era um golpe de Estado totalitário no desenvolvimento do processo democrático das massas nas ruas das grandes cidades brasileiras.
O projeto do governo é fruto de uma reação ao movimento das massas em junho de 2013, que foi o início da lógica do desmoronamento do poder despótico de Sérgio Cabral no Estado do Rio de Janeiro. Por ser amigo íntimo e dileto de Dilma Rousseff, há uma forte probabilidade do PMDB do Rio ser o verdadeiro autor da ideia da lei antiterrorista em parceria com a tela eletrônica militarizada que faz a gestão totalitária militarizada da trans-subjetividade das massas carioca e fluminense. .
Tal substitutivo não apenas retirou o parágrafo que excluía a aplicação da nova legislação à “conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou categoria profissional”, mas também acrescentou a expressão “extremismo político” para a determinação da figura do “terrorista”. O mesmo senador, para justificar sua intervenção, afirmou que “o país precisa de uma lei precisa, uma regra clara, que garanta segurança jurídica, especialmente em períodos de grandes eventos como as Olimpíadas de 2016”. Todavia, a linguagem jurídica do senador é flexível, plástica, fluída, flutuante, frouxa, inexata e, portanto, capaz de capturar na lei, ao sabor e humor da interpretação do juiz, uma infinidades de situações. O senador aplicou no discurso jurídico brasileiro a lógica do credo quia absurdum (creio porque é absurdo); lógica totalitária despótica!
O senador Aloysio Nunes foi do PCB, mas o golpe de 1964 o jogou nos braços de Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira (o Toledo), os dois mais gloriosos chefes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN). (Com este enunciado posso ser enquadrado na lei terrorista de Aloysio) Marighella com seu manual de terrorismo urbano adquiriu notabilidade internacional. Quando Aloysio Nunes passou a ser chamado de Mateus, nasceu o terrorista Aloysio.
Porque alguém com formação em direito, ciência política (amigo de FHC e José Serra) e que provou o terrorismo urbano na própria pele confeccionou uma lei que captura indivíduos nas instituições de massas em qualquer tipo de agir político e nos próprios movimentos de massas para condená-los como terroristas? Não se trata de um golpe de Estado parlamentar terrorista/bonapartista no processo da revolução democrática das massas?
A lei antiterrorista é a peça que falta para a completa instalação de um campo de poder totalitário despótico que designaremos provisoriamente (não se deve pôr a carroça à frente dos bois) de ditadura bonapartista/totalitária dos juízes. Vejam o imenso poder totalitário que a lei faz acumular e condensar na figura do juiz? Ela é um passo definitivo para pôr um fim ao nosso claudicante Estado de Direito. Mateus se tornará o símbolo de um poder (e de um Estado) que já mostrei, em demasia, ser o poder da Okhrana mundial digitalis informacionalis no Brasil.
FHC é o criador da nossa Okhrana civil na década de 1990 . Ele deve estar se rejubilando com o fato de seu amigo Aloysio (e seu partido PSDB) ser o criador do Urstaat okhraniano brasileiro.
Por que fazer a sociologia da história se FHC (através de Aloysio Nunes /Mateus) pode fazer a grande história brasileira totalitária do século XXI?
Marx disse que o capitalista é a personificação do capital. Aloysio não é o símbolo biográfico da transformação do juiz brasileiro em personificação da Okhrana mundial?

REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA MUNDIAL (RIO)
Três fenômenos se apresentam na superfície política mundial contemporânea: a revolução islâmica, a revolução fascista pós-pós-modernista e a contrarrevolução democrática mundial digitalis.
A desterritorialização da nação e do Estado-nação abrem o território existencial nacional para uma vasta, extensa, infinita e intensa reterritorialização do espaço político no planeta. Como não se trata de um texto filosófico anunciaremos brevemente como a revolução democrática mundial pode se tornar o quarto fenômeno da produção do nosso contemporâneo.
Os EUA são uma república federativa constitucional real. A federação é uma obra histórica construída na cultura política como autointerpretação dos conflitos (diversidade americana) entre direitos individuais e direitos grupais, direitos individuais e de grupos contra o Estado, e, o mais intrigante, direitos de grupo e individuais contra o direito do Estado de encarnar valores comunitários em sua legislação e na prática.
O federalismo americano não é um simulacro; ele é uma realidade fática constitucional. A Constituição estadual regula a vida dos homens livres (e cidadãos) e a Suprema Corte age no sentido de arbitrar sobre o campo de conflito de direitos que é um campo de poder constitucionalizado. Esta imensa arquitetura do campo de poder constitucional está ameaçada com a desterritorialização da nação americana?
A física lacaniana historial vê Tocqueville definir a América por uma contradialética que articula contrarrevolução democrática e revolução democrática. A física vê uma trans-subjetividade fascista americana se expandido na cultura política americana. Donald Trump quer personificar a interseção da contrarrevolução democrática com a revolução fascista pós-pós-modernista?
No Brasil, A Constituição de 1988 estabelece legalmente o federalismo. Mas tratava-se de um ente da cultura política do simulacro que a comunidade jurídica jamais achou por bem tocar no assunto. Ignorância? Não creio! Assim, tal comunidade se tornou cumplice da era da nefasta cultura política pós-modernista que desintegra a soberania das massas na política.
O art. 63 da Constituição de 1988 sacramenta: “Cada Estado reger-se-á pela Constituição e pelas leis que adotar, respeitados os princípios constitucionais da União”.
Como nos EUA, a Constituição estadual deve, em primeira instância regular a vida dos indivíduos e das comunidades religiosa, racial, étnica, sexual, respeitando a lei nacional. O estado não é soberano (não se trata de propor mil comunas de Paris de 1871); mas ele deve possuir uma autonomia relativa em relação ao poder nacional. A desterritorialização da nação brasileira é a causa do golpe de Estado bonapartista do STF, que encerrou a nossa república como simulacro de simulação. Agora não é preciso continuar a obra do STF?
O golpe de Estado do STF sobre a República brasileira criando o império bonapartista dos juízes é o caminho preferido da nossa classe dirigente. Tal golpe de estado quer manter as massas apartadas da vida política constitucional brasileira. Trata-se da contrarrevolução (revolução conservadora da classe dirigente contra as massas) que deve ser questionada na prática pela revolução democrática das massas. Como começar este espetáculo político?
O PCPT está elaborando uma teoria contradialética da política mundial que começa com a revolução democrática no Rio de Janeiro. Não se trata de anarquismo. (Mas não tenho nada a objetar ao anarquismo). A revolução democrática deve começar no âmbito local e se expandir para a reterritorialização democrática da nação a nível planetário.
Há no Brasil um federalismo fático inconsistente. Mas é possível transformá-lo em um federalismo consistentemente constitucional com a democratização dos estados. É preciso ver a política brasileira pelos regimes fáticos estaduais. São Paulo tem um regime quase democrático e o Rio de Janeiro é uma ditadura do PMDB. Então, não podemos começar um movimento de massas para estabelecer uma Assembleia Estadual Constituinte no RIO?
A classe dirigente do Rio de Janeiro é extremamente inconsistente na arte de governar, corrupta no seu pathos, desprovida inteiramente de espírito público e sob domínio de uma lumpen-oligarquia espalhada pelas cidades do estado. A cidade do Rio de Janeiro (e cidades industriais) apresenta um potencial revolucionário democrático de massas. Há em estado de potência uma trans-subjetividade democrática das massas adormecida pelo estado de narcose que a lumpen-oligarquia estabeleceu na política do Rio de Janeiro.
A cidade do Rio foi o palco de uma revolução democrática de massas (eram reduzidas, certamente) na fundação do território nacional na década de 1820. Há, portanto, uma tradição vibrante adormecida de revolução democrática carioca. Não se trata de repeti-la, mas de retomá-la como uma linha de força historial a ser reconstituída na conjuntura mundial atual. A revolução democrática brasileira já teve momentos que assustou a nossa cultura oligárquica conservadora com Joaquim Pimenta na primeira metade do século XX. Pimenta chegou a ser um catedrático da Universidade do Brasil!
Hic Rhodus, hic salta!
Aqui está Rodes, salta aqui!

POR QUE O RIO NÃO DEVE SEDIAR AS OLIMPIADAS/2016
As Olimpíadas de 2016 foram uma conquista de Lula. Ela era parte do projeto hegemonia petista e significou a aliança entre o PT e o Grupo Globo que tem sua plataforma no Rio de Janeiro. Podemos afirmar que neste momento o Grupo Globo aderiu de mala e cuia ao bolivarianismo lulista. No momento que o COI se definiu pelo Rio, o planeta estava fascinado com o bolivarianismo de Lula. Hoje, Lula caiu no ostracismo na política europeia.
Assim como a Fórmula 1, o COI é parte da política desterritorializada. Mas a Olimpíada no Rio está revelando que se trata de uma instituição orbital sem nenhum compromisso ético com os atletas e os espectadores brancos. A única coisa que interessa ao COI é o dinheiro que eles podem extrair do evento e o poder deles sobre a política das nações.
Moro há décadas na Flamengo e jamais me aventurei ao banho de mar na praia do flamengo. A Baia da Guanabara é constituída de águas poluídas que os governos do Rio nunca se preocuparam em despoluir. A saúde dos atletas que vão usar a Baía da Guanabara estará seriamente comprometida. O COI exige que os atletas comprometam sua saúde em nome de uma servidão voluntária cujo master é o próprio COI?
Hoje, as Olimpíadas servem ao domínio do PMDB em conluio com o Grupo Globo no Rio e no país. O PMDB domina o Congresso brasileiro e o governo nacional em aliança com o PT de Dilma Rousseff. Após, o fim da cizânia Dilma versus Michel Temer, as Olimpíadas se tornaram o Circo Romano para desviar a percepção das massas de sua própria implosão econômica (e biológica). Tal evento de jogos será usado como espetáculo eletrônico militarizado para agenciar a trans-subjetividade das massas no sentido de evitar que a revolta latente econômica delas se transforme em uma rebelião generalizada tipo massas camponesas medievais. O COI não apenas sabe disso como faz parte da engenharia política de gestão militarizada das massas “camponesas” cariocas e brasileiras.
As instituições científicas do capital corporativo eletrônico estão irradiando a informação que o Zika vírus é a peste há muito esperada. Que ele conquistará toda a América, exceto Canadá e Chile. O mosquito transmissor deste vírus da Bíblia da physis é uma nanomáquina de guerra bíblica que aparece como um recurso evolutivo contra a superpopulação mundial?
Desde Darwin, o planeta sabe que a physis biológica vive em um perpétuo estado de guerra interno e contra a espécie humana. A bazófia agora é que Dilma Rousseff vai fazer a guerra contra o Zika vírus. Ela está pensando em como garantir que o vírus não vire uma nanomáquina de guerra que transforme tudo que é sólido para o bolivarianismo em fumos.
A exposição dos espectadores estrangeiros ao Zika será manipulada pelo poder mundial eletrônico informacionalis através da informação militarizada de que o vírus se tornou universal na América. Trata-se de uma clara linha de força de gestão militarizada da trans-subjetividade das massas dos países centrais que fornecerão o maior contingente de espectadores. Parece que não há limites – de nenhum tipo - para o que tal poder mundial militarizado pode cometer em maldade com homens, mulheres e crianças inclusive ocidentais. Hoje, o poder mundial não é mais o poder da população branca ocidental.
O COI, o governo Dilma Rousseff, o governo do Estado do Rio de Janeiro e a prefeitura carioca são instituições totalmente irresponsáveis? Assim como os governos dos EUA, da União Europeia e do Japão (governos democráticos) que não fazer nada para impedir que seus cidadãos sejam afetados por um campo de guerra biológica que pode ser, inclusive, fatal, não só para as mulheres grávidas. Trata-se de um verdadeiro e real desprezo do poder mundial pela vida humana. As consequências deste estado de guerra natural deveriam ser tratadas pelos biólogos como história do choque da natureza com a espécie humana. Mas os biólogos têm um verdadeiro desprezo pela história, pois isso não é parte do campo da ciência.
Em termos racionais, a única decisão sensata não seria o COI suspender as Olimpíadas de 2016 no Rio?

FORUM ECONÔMICO MUNDIAL (DAVOS)
O FEM (Davos) tem as nações como centro de sua fala sobre a economia mundial. Yanis Varoufakis crê que as nações não existem mais como fenômeno econômico. O arquiteto Manuel Sanches me falou sobre a resiliência das nações. Com o impacto do globalismo capitalista sobre as economias nacionais na década de 1990, a sociologia marxista paulista começou a pensar a desterritorialização da nação e sua reterritorialização na conjuntura mundial do século XXI. Mas a reterritorialização permaneceu um mistério da Cornualha oculta pelas Brumas de Avalon.
Há grandes nações no planeta como China, EUA, Alemanha, Japão, Índia que parecem desafiar o globalismo do capital corporativo mundial. A classe dirigente em Davos parece ser uma classe do território existencial nacional. Para ela, o território não está em crise e o capital corporativo mundial digital não é a luz (velocidade) que orienta o bloco-no-poder mundial do capital no século XXI.
O capital corporativo mundial digital é um corpo celeste que surgiu na década de 1990 e passou a se expandir aceleradamente. O capitalismo não existe como sistema, então, não precisamos mais falar de capitalismo. Existe sim o capital e a economia política digitalis mundial. Depois da relatividade de Einstein, apenas o capital reconstituído pela física lacaniana marxista retirou Marx da sepultura da cultural política econômica mundial do século XXI.
Quando o território era nacional, a soberania econômica era uma realidade do real articulando o planeta. O capital corporativo transnacional possuía um império territorial nacional como centro da política mundial com seu complexo industrial-militar e sua comunidade informacionalis: América. Com a passagem da hegemonia para o capital corporativo mundial digitalis, um poder mundial substituiu o império americano na articulação da vida política no planeta: política digitalis. Ainda prisioneiro da visão de mundo economicista/produtivista, Davos tornou-se o símbolo da irrealidade econômica como pensamento burguês. Modelado pela percepção do território e da sociedade do espetáculo eletrônico, a classe burguesa de Davos é um ser pré-diluviano.
Sanches tem razão quando diz que as nações não querem desaparecer na poeira cósmica do universo digitalis. Mas trata-se do voluntarismo das nações. A desterritorialização do território existencial nacional está avançando, por enquanto, geometricamente. Logo, a velocidade se tornará exponencial.
No Brasil, vivemos em um império republicano, mas a tela eletrônica repeti, incessantemente, que vivemos em uma república. O pessoal da tele eletrônica acredita - como o homem arcaico, certa ciência da linguagem moderna e o fascismo alemão - que a palavra é capaz de dominar a coisa. A trans-subjetividade das massas sem sujeito não é um fenômeno articulado pela linguagem puramente ficcional. Trata-se de uma subjetividade das massas ligada por mil fios de ouro à realidade do real (dos fatos). Por isso é necessário continuar usando o significante realidade em nossos jogos de linguagem.
Mais que a forma política (república, império), a forma econômica nacional se define como ficção e fato. A soberania econômica era o axioma fático que articulava a nação e o Estado-nação. Quem em seu juízo perfeito vai falar que hoje a soberania econômica nacional articula a economia planetária? Davos não está em seu juízo perfeito. Davos vive na irrealidade do sonho nacional. O FMI da senhora Christine Lagarde é o FMI do território, não é o FMI da economia orbital, da polis digitalis mundial.
O sociólogo marxista pós-modernista Richard Sennett discute a eleição presidencial americana com a percepção do homo territorialis. Ele não é capaz de ver que Donald Trump é o diabo do Doutor Fausto de Thomas Mann da era acelerada da desterritorialização nacional trans-subjetiva da América. Esta gera uma reterritorialização trans-subjetividade totalitária das massas americanas homóloga ao fascismo pós-pós-modernista trans-subjetivo das massas europeias. Antes a frase ia além do conteúdo; na segunda década do século XXI, o conteúdo viaja além da frase.

JORNALISTA DE PAPEL/JORNALISTA ELETRÔNICO
Deleuze definiu o jornalismo de papel como produção de besteira. Trata-se do texto no qual a realidade está sempre indeterminada. Tal texto trabalha com uma velha ideia da informação: “opinião dada em processo no âmbito das repartições públicas”. Portanto, temos aí uma informação burocratizada. O jornalista de papel é um burocrata. Seu texto depende do processo que está sendo encaminhado na repartição pública do jornal.
O jornalista eletrônico é uma significação da família das significações jornalísticas. O jornalista de papel faz jogos de linguagem? Estes são os jogo de linguagem capazes de encontrar um nome para algo. Isto não acontece! Mas o jornalista de papel dificilmente age em um campo de guerra cultural; o modelo do jornalismo de papel não é a guerra, mas o jornalista de papel pode ser o correspondente de guerra, que não é um simples jogo de linguagem. A guerra é o real como realidade dos fatos! Próximo do animal despótico freudiano (Pai da horda), o jornalista de papel emprega as mais primitivas formas de linguagem: comandar, perguntar, tagarelar. Tal jornalista fala em excesso sem assunto específico; ele faz barulho permanentemente.
O jornalista eletrônico opera com uma linguagem que consiste também de comandos e informações durante uma batalha. Para ele, representar uma linguagem não significa representar-se uma forma de vida. A informação eletrônica da ameaça está no contexto do teatro de guerra jornalística eletrônica informacionalis. Uma informação dada no programa Globo News Literatura sobre Umberto Eco pode não ser algo para distrair o tele espectador.
Umberto Eco fala de um jornalista bissexto que publicava um jornal gratuito lido pela classe dirigente, entregue de casa em casa. Tratava-se de contrajornalismo que nomeava os personagens da narrativa: pessoas e instituições, principalmente. Eco diz que o contrajornalista bissexto foi assassinado por ter incomodado alguém poderoso. (O novo best-seller internacional de Umberto Eco. O romance que é um verdadeiro manual do mau jornalismo. Um grupo de redatores, reunido ao acaso, prepara um jornal. Não se trata de um jornal informativo; seu objetivo é chantagear, difamar, prestar serviços duvidosos a seu editor. Um redator paranoico, vagando por uma Milão alucinada). Tal imagem conceitual do jornalista bissexto de Eco é claramente parte de um delírio paranoico literário.
Há algum redator paranoico bissexto no Brasil? Se existe, o programa está lançando uma mensagem clara. Trata-se de uma ameaça ou de um vaticínio do tipo campo de guerra mafioso. Como o jornalismo eletrônico é um campo de guerra informacionalis não é descabido supor tal hipótese para sustentar meu ponto de vista. O jornalismo eletrônico é, por imagem conceitual, parte do campo de poder mundial digitalis informacionalis cujo nome é Okhrana mundial. Tal jornalismo não pode usar os serviços da Okhrana local? Afinal, trata-se de uma campo mundial de redes de poder!
Afinal, o que é o jornalista eletrônico?
Ele é parte de um sistema de comunicação descrito por Santo Agostinho, que não é um jogo de linguagem em si. Tal sistema não trabalha com imagens conceituais. Onde esse jornalista é treinado? No campo de guerra informacionalis do capital corporativo eletrônico. Os profissionais treinados neste campo são pagos a peso de ouro. Ser um soldado (repórter), um sargento (apresentador), um tenente (“explicador”), ou um capitão (editor), ou um coronel (diretor) deste campo de guerra é algo que não é sutil; pode ser brutal, pois a brutalidade (e a vulgaridade) é excelente companheira em qualquer guerra moderna, a partir do século XX. Mas a jornalista eletrônica tem que dominar a arte de sorrir para o espectador; isto é parte do treinamento. O sorriso da jornalista eletrônica é uma máscara do tipo máscara primitiva africana.
Finalmente, nosso jornalista é seguramente uma nanomáquina de guerra que começa a ser montada, teoricamente, na escola de comunicação e - na prática - pelo capital corporativo eletrônico. Parecer uma pessoa normal é uma arte da nanomáquina de guerra jornalística/eletrônica. Não aparentar ser um personagem dos paraísos artificiais baudelairianos é uma exigência profissional.
O jornalismo eletrônico tem uma regra de transformar o consumo de drogas em um campo de morte. Vem daí a preferência de matérias sobre o crack. Parecer que possui uma ética impecável é uma necessidade, pois, tal jornalista precisa, ocasionalmente, pôr em ação uma linha política editorial jornalística capaz de acusar, inclusive, todas as famílias do país de corrupção para justificar a corrupção da classe dirigente, inclusive a sua corrupção.
Por isso, o PCPT faz contrajornalismo democrático digitalis. Ao contrário, o jornalismo eletrônico pode ser apresentado por uma imagem conceitual quase rigorosa. Trata-se de um jornalismo totalitário da cultura política da guerra informacionalis.
“Pode facilmente parecer que toda dúvida mostre apenas uma lacuna existente no fundamento, de tal modo que uma compreensão segura é possível apenas quando primeiramente duvidamos de tudo aquilo que pode ser duvidoso e afastamos então todas as dúvidas” (Wittgenstein).

IGUALDADE DIGITALIS
Na era moderna, a igualdade é um axioma político da revolução democrática?
A cultura jurídica liberal criou o axioma jurídico “todos são iguais diante da lei e para a lei. Tal axioma se transformou em realidade dos fatos ou permaneceu como linguagem ficcional do direito?
Tocqueville viu uma revolução democrática na América pela realização do axioma igualdade em realidade dos fatos. Trata-se da igualdade econômica. No século XIX, a ideia de um capitalismo igualitário tinha força de realidade. América utópica!
Marx demoliu a ideia de liberdade jurídica (e da possibilidade da instalação de uma sociedade igualitária capitalista) mostrando que os trabalhadores só eram livres para vender sua força de trabalho no mercado capitalista. Todos os homens são iguais significa que nenhum homem é escravo na sociedade democrática moderna; que todos são livres. Marx disse: o operário é o escravo moderno. Daí a ideia de uma revolução dos escravos modernos: revolução social/comunista dos homens livres e normais. A discussão da igualdade em Marx segue uma linha de força teórica que o século XX jamais metabolizou!
Hoje, o capitalismo serve a 1% da população mundial. A chamada quarta revolução indústria (da física, do digital, da biologia) serve a uma minoria livre e igual frente a uma população mundial escravizada pelo campo de poder do capital corporativo mundial digital. O digital significa a técnica, por excelência, do campo de poder mundial. Desde o surgimento do Urstaat na civilização arcaica, a técnica esteve associada aos campos de poder.
Mas a técnica digital substitui a societas de comunicação da sociedade do espetáculo, como campo de poder mundial. Ela está associada a uma realidade digitalis na qual a igualdade é retomada agora no domínio da cultura. Os axiomas jurídicos da igualdade e da liberdade são apenas parte da cultura política mitológica moderna ocidental, que conquistou a Ásia capitalista. O axioma igualdade econômica é um axioma ficcional da América Latina subcapitalista. O bolivarianismo fez deste mito o cavalo de batalha para se perpetuar nos governos nacionais. Na Ásia, o mito da igualdade econômica cedeu diante do globalismo do capital corporativo mundial. Na A-L, o bolivarianismo está em plena decomposição de seu corpo político continental.
A hegemonia do capital corporativo mundial digital no bloco-no-poder mundial trouxe de volta o axioma da igualdade. Trata-se da igualdade cultural. Todos são iguais diante da cultura; todos os enunciados dos usuários digitalis são iguais em valor interpretativo da realidade; a internet é o mundo da doxa digitalis. Claro que há resistência a este campo de poder da doxa digitalis nos blogs, em vão. Mas o Facebook é visto, por excelência, como o lugar das máquinas de guerra expressivas da doxa digitalis.
O homo digitalis é o processo permanente de trans-subjetivação no qual todos os usuários são iguais culturalmente. Trata-se de uma revolução democrática na cultura mundial? Na universidade, a hierarquia institucional acadêmica é o avesso da igualdade cultural entre os agentes desta instituição. Aluno significa sem luz cultural.
O jornalismo estabelece uma hierarquia cultural de prestigio negociado (que não é baseada em um saber verdadeiro e substantivo) para gerar a força deste campo de poder. Na internet, a palavra é baseada na igualdade de participação cultural dos usuários digitalis. A universidade e o jornalismo desprezam o mundo digitalis. Tal mundo abole o jornalismo como campo de poder/saber e a universidade como o único lugar competente para falar da realidade do real.
Mas o mundo digitalis é realmente a superfície de uma revolução democrática na cultura política intelectual mundial?


sábado, 9 de janeiro de 2016

MEMÓRIAS SOBRE A OKHRANA

OKHRANA AMERICANA
Manoel gosta de imaginar que o bolivarianismo brasileiro é apenas uma palavra sem referente: pura ficção. Ele ainda não metabolizou que bolivarianismo é um significante com forte sentido/força de realidade, criado na cultura política intelectual americana. Ele não crê que o bolivarianismo de esquerda foi criado, primeiro, por marxistas americanos. Ele também acredita que a Okhrana é igual aos serviços de espionagem de todos os países. Então existiria Okhrana na Coréia do Norte. Isto o tranquiliza sobre o fato da OKhrana não ter como centro real apenas os EUA e sobre o fato das universidades americanas, hoje, não fazerem parte das redes de poder okhranianas. No passado, as grandes universidades americanas trabalharam para a CIA e o Departamento de Estado. Os estudantes estrangeiros de Harvard e Columbia eram recrutados pelos professores/agentes da Okhrana americana. Desde a década de 1950, os EUA deixaram de ser aquele país fofo e belo (eticamente) do livro “A Democracia na América”, de Tocqueville. Tratava-se de um paraíso natural da política!
A primeira ação terrorista urbana no Brasil da década de 1960 foi planejada e realizada por uma pequena máquina-de-guerra terrorista da CIA. A Okhrana americana queria dar um impulso (TRIEB) na constituição da ação terrorista urbana de esquerda, entre nós. Tratava-se de criar um exemplo a ser seguido. Teoria guerrilheira do exemplo de Che Guevara? Então, a Okhrana americana está na origem do terrorismo urbano de esquerda no Brasil. Por que os jornalistas brasileiros fazem questão de ignorar fatos deste quilate? Como para Manoel, para eles tudo pode ser reduzido a palavras que o vento leva como uma pluma no Verão Carioca, na próxima fornada de fatos jornalísticos? O jornalista é um padeiro chique! Não só os jornalistas pensam assim. O artista plástico Victor Muniz gosta de pensar como os jornalistas brasileiros, ele que faz artes plásticas e literatura jornalística plasticamente obscura para os usuários da tela eletrônica da OKhrana bolivariana!       
  O GRUPO GLOBO E A OKHRANA
Durante a ditadura militar, capitaneado pelo patriarca neoliberal Roberto Marinho, o Grupo Globo servia ao poder da Okhrana militar/civil. Assistido por 80 milhões de brasileiros, o Jornal Nacional noticiava os fatos da guerrilha urbana na versão dos intelectuais/peritos da Okhrana. A guerrilha urbana era formada por grupos terroristas (um fato a ser discutido hoje) impiedosos, cruéis, imorais, que assaltavam quartéis, bancos etc e assassinavam bancários e militares. O Jornal Nacional não dizia que os bancários morriam de balas perdidas no combate entre os grupos militares terroristas de assalto e ataque à guerrilha e os combatentes guerrilheiros em ação.
Como uma engrenagem da Okhrana, o Jornal Nacional divulgava diariamente fotografias dos guerrilheiros para que a população os DENUNCIASSEM para a Polícia Comum ou para a Política Política (eufemismo de Okhrana). Hoje, o DENUNCISMO do Facebook não é uma ação definível como um certo terrorismo digital? Esta ideia de ação terrorista digital vem da direção americana do Facebook.! A trans-subjetivação do campo dos afetos (e das ideias) das massas de usuários do Facebook é terrorista digital.

      LENDAS E FATOS DA OKHRANA, ENTRE NÓS
Havia a suspeita de que a Okhrana assassinou Carlos Lacerda (com uma injeção letal para gripe), que assassinou João Goulart por envenenamento, e Juscelino (JK), provocando um acidente de carro após balear na cabeça o motorista do presidente bossa nova na estrada. Por que estas crenças permaneceram tanto tempo no imaginário político brasileiro? A Okhrana sempre se lançou em ações diabólicas e espetaculares. Daí sua mitologia ficar misturada aos fatos.
Um professor da matemática da UFRJ foi torturado até a pulverização de seu eu (e de sua vontade) revolucionário. Ele era um quadro da guerrilha urbana carioca. Depois a pequena máquina-de-guerra okhraniana (aparelho de tortura e de combate aberto) o drogou durante três meses para criar uma subjetivação psicótica nazista (mecanismo da sugestão), que o levou a ler uma carta (no Jornal Nacional) contra a sua militância biográfica e atacando a guerrilha urbana e rural como forma de luta contra a ditadura militar. A Okhrana sempre se definiu como um poder terrorista estatal/privado capaz de controlar as ruas das grandes cidades e de conduzir a ação das massas. Por isso, a classe dominante e a classe dirigente (classe política e classe simbólica) não temem as massas na rua e muito menos qualquer tipo de revolução popular!
BLACK BLOC
    O Black bloc paulista é um rede lumpen-proletária (bolivariana?) de combate aberto de rua (contra a PM) trans-subjetivamente ligada às redes da Okhrana, que atravessa os partidos políticos . A ação bloc bloqueia o aumento da força das massas (desenvolvimento do movimento das massas) , ou provoca o decréscimo da força delas, ou até concorre para o aniquilamento do movimento de massas! Isto aconteceu no movimento de massas de 2013!
UM GENERAL BRASILEIRO
Vicente de Paulo Dale Coutinho (Taubaté, 5 de novembro de 1910 — Brasília, 24 de maio de 1974) foi um general-de-exército brasileiro, ministro do Exército durante os primeiros meses do Governo Ernesto Geisel.
Foi escolhido pelo presidente Geisel para o cargo de ministro do Exército. No entanto, faleceu pouco mais de dois meses após assumir o posto, sendo sucedido pelo general Sylvio Frota.
Sylvio Frota era o chefe real da Okhrana militar. Um amigo dono de uma Editora me disse que Dale Coutinho foi assassinado pela Okhana nacional.
Gen. Dale Coutinho era o último obstáculo no Exército brasileiro ao golpe de Estado okhraniano em Geisel. Singelamente, os jornalistas divulgavam que Sylvio era o chefe da linha dura.
Por que no programa sobre o fechamento da Livraria Leonardo d'Vince Ednei Silvestre da Globo News não deu uma palavra sobre o passado da luta revolucionária desta livraria contra a ditadura militar? O Grupo Globo é uma rede de comunicação que protege a Okhrana de todos os tempos?    
 Pour uma história real dos intelectuais brasileiros.
Livraria Leonardo d'Vince
Na Ditadura Militar, quando a Okhrana militar incendiou a Livraria Leonardo d'Vince na Av Rio Branco carioca, ela assassinou, com um golpe na cabeça, um velho anarquista, que fazia a vigilância noturna da livraria.
Proprietária da livraria, D. Vana fazia um combate aberto e revolucionário à Ditadura Militar. Um outro grupo de ataque da Okhrana (uma pequena máquina-de-guerra okhraniana) chegou a pôr um cadáver no apartamento de Vana - uma amiga dileta e sincera dos jovens intelectuais comunistas na era do Urstaat militar. Até, hoje, não conheci ninguém que ombreasse com a coragem e a intrepidez desta ilustrada livreira italiana. Ela é dona de uma biografia, que faz a cultura política italiana revolucionária de todos os tempos, tornar-se um valor universal da história universal. A Livraria Leonardo d'Vince deveria ter sido tombada!    
UM ANTROPÓLOGO BRASILEIRO                   
   09/01/2016. 09/01
Um admirável antropólogo carioca (antropologia urbana) narrou na televisão que seu apartamento era invadido frequentemente. Ele era divorciado, morava sozinho e não sabia qual era o motivo para tal ataque contínuo, nem quem era o agente desta ação persecutória. O antropólogo não era psicótico.
Hoje com a física lacaniana da política, sabemos que a comunidade de informação (Okhrana privada e/ou estatal) faz este tipo de ação ao longo da história brasileira, desde a ditadura militar, contra os grandes intelectuais brasileiros. Hoje, sabemos que, provavelmente em 80%, nosso notável antropólogo foi alvo da ação da Okhrana.
O grupo que estava atrás dele era uma pequena máquina-de-guerra persecutória emulatória. Parece que a Okhrana não passou para o estágio final da caçada que consiste na captura (transformar o sujeito em REFÉM) ou instalar um grupo de ataque no edifício do antropólogo, uma pequena máquina-de-guerra para atacá-lo, visando parar a ação simbólica de nosso saudoso antropólogo!
Este texto é parte de uma história real dos intelectuais brasileiros.

 O GRUPO GLOBO E A OKHRANA BOLIVARIANA
A vocação do grupo Globo é servir ao diabo de plantão. Na ditadura militar, tal Grupo serviu à Okhrana militar/privada. Hoje, ele serve à Okhrana bolivariana.
O Grupo Globo é uma societas de subcapital nacional, uma rede de poder que sabe como sobreviver (lógica da adaptação darwinista) em qualquer ambiente. O que ela faz basicamente. A rede precisa acumular força econômica, política cultural para fazer a gestão trans-subjetiva das massas. O New York Times está de olho neste colosso de Rodes da comunicação eletrônica. Inveja? O jornal americano entrou no campo de força bolivariano brasileiro jornalístico onde reina o Grupo Globo? O segredo da política do Grupo Globo é como acumular, conservar e expandir sua força?
Os jornalistas da Globo News creem que a emissora não serve ao poder okhraniano bolivariano? São cândidas criaturas mais ingênuas (incautas ovelhas) que minha saudosa e querida tia Bu? No Brasil, os parentes e amigos usam as relações de poder pessoal (que tem como fonte e motor o campo dos afetos) para se imporem nas relações de força familiares, de vizinhança e até institucionais. Os jornalistas da Globo News transformam a tela eletrônica em uma tela afetiva, familial.
Uma jornalista econômica como Thaís Herédia orando uma ladainha diuturnamente, (na tela eletrônica e em seus encontros presencias com os burgueses brasileiros e estrangeiros) de que a classe política deve destruir a Previdência passando como um tanque de guerra nazista sobre os direitos adquiridos da população, nos diz o quê? Que se trata de um pequena máquina-de-guerra eletrônica? Tal máquina vivencia intencionalmente uma ação que AFETA o campo das ideias e dos afetos das massas burguesas, de classe média e populares. Tocqueville ensinou que “O povo sente muito mais do que raciocina”. Onde Thaís aprendeu a manipular (ação simbólica de afetar) a trans-subjetividade das massas. Em termos acadêmicos aprendeu na universidade estatal lendo Sérgio Buarque de Holanda,  que definiu e descreveu a trans-subjetividade brasileira com o conceito Homem cordial. O brasileiro é antes de tudo um ser crédulo afetivamente, dado às emoções instintivas e passionais. A trans-subjetividade brasileira é algo ligada mais à physis do que ao logos. O brasileiro é um semianimal político colonial. Thaís é um lobo em pele de cordeiro!
Taís teve um gozo narcísico quando Dilma Rousseff disse na televisão que não vai respeitar direitos adquiridos na reforma da Previdência? O PT já disse que isso é suicídio eleitoral em ano eleitoral de prefeitos e vereadores. Mas Dilma não está preocupada com o PT ou com Lula. Ela quer conservar o governo federal em suas mãos até 2018, mesmo que o governo não exista. Trata-se do poder pessoal de Dilma Rousseff em tela que se confunde com a rede de poder presidência do Império republicano. Hoje, a rede de poder principal está ancorada (dormindo acordada) na comunidade jurídica. Trata-se de uma rede bonapartista formada por juízes bonapartistas imperiais.
Dilma Rousseff deu um passo capaz de decrescer a força de seu poder pessoal presidencial quando alterou a lei anticorrupção? Ao proteger por lei os empresários corruptos das grandes empreiteiras, ela meteu a mão na cumbuca deste mel (fel) e se lambuzou neste feixe corrupto como uma criança de colo. Ela perdeu a aura Dilma impoluta. Ela parece não ter metabolizado que o Brasil vive em uma república/espectral. A República não morreu, pois, os mortos na cultura política continuam assombrando o cérebro dos vivos como em um pesadelo. Mas a presidência é apenas o apêndice ruim do poder imperial dos juízes.
Calma, eu não esqueci! Os profissionais do Grupo Globo existem em função de fazer a força do Grupo se conservar, crescer, se expandir na sociedade civil, no Estado e nas massas ligadas na tele eletrônica bolivariana. Artistas em geral (cantores, compositores etc.) cientistas, pensadores, Victor Muniz (e professores de universidade estatal) que são entrevistados na tela global servem para fazer crescer a força do Grupo Globo. É simples! Este segredo de polichinelo é o segredo da tela eletrônica orgânica bolivariana! Claro que este conjunto de sujeitos que servem ao Grupo Globo também se servem dele. Eles usam a tela eletrônica para fazer aumentar seu poder pessoal nas instituições nas quais trabalham!

    STASI BRASILEIRA BOLIVARIANA?
 “A Stasi (forma curta de Ministerium für Staatssicherheit, "Ministério para a Segurança do Estado") era a principal organização de polícia secreta e inteligência da República Democrática Alemã (RDA). Criada em 8 de fevereiro de 1950, centrava suas operações na capital, Berlim Oriental, onde mantinha um extenso complexo em Lichtenberg e outros menores dispersos pela cidade. A Stasi é reconhecida como um dos serviços de inteligência mais efetivos do mundo.    
Até meados da década de 1980, uma rede de informantes civis (inoffizielle Mitarbeiter) cresceu nas duas margens da fronteira interior alemã. Estima-se que, no momento da extinção da RDA em 1989, a Stasi contava com cerca de 90 mil funcionários a tempo completo e por volta de 175 mil informantes”.
Sábado. Madrugada de 09/01/2016. A luz do meu apartamento foi desligada. O Freezer descongelou deixando uma gorda poça de água na área. Ligo para o porteiro e pergunto se faltou luz no prédio. Ele diz que não. Falo que faltou luz no meu apartamento. Ele diz que a luz foi desligada na caixa de luz do meu apartamento. Estou sozinho há uma semana. Não desliguei a luz. A resposta do porteiro é absurda, ilógica, non sense. Obviamente que a luz foi desligada na caixa de luz geral do prédio. Acho que fica no Play.
Conheço o procedimento legal para o desligamento da luz de um apartamento. Somente um funcionário da Companhia de Luz portando uma ordem de serviço pode desligar a luz. Pela reação do porteiro não creio que ele tenha desligado a luz. Ele poderia ser demitido e processado pela Companhia de luz e por mim. Então quem desligou a luz?
Um indivíduo subalterno obedecendo a uma ordem superior desligou a luz. Trata-se da Stasi brasileira bolivariana? A Stasi da República Democrática Alemã (RDA) transformava porteiros, moradores e administradores de prédios em agentes ou informantes. Era uma vasta rede de espionagem, perseguição, caça, captura e eliminação dos inimigos do Estado socialista. Esta sociedade socialista era o lugar do homo sacer, do indivíduo nu, sem direitos.
Pago um condomínio alto, sou professor universitário estatal, cientista político e tenho esta atividade de crítica da política brasileira no Facebook e no blog José Paulo Bandeira. Vivo em um Estado democrático? Aparentemente o poder judiciário tem a função de me proteger contra a violação de meus direitos pessoas e civis. O indivíduo (indivíduos) que violou meus direitos elementares (inclusive os direitos que protegem a propriedade privada) quer mostrar que não existe Estado de direito no Brasil? Só existe o poder pessoal dele que é o poder a ele atribuído pela Stasi brasileira. Por que “funcionários polícias bolivarianos” (das redes de poder da polícia política bolivariana) se sentem e se acham tão poderosos? Por que o porteiro os protege? Como em um edifício de classe média alta, os moradores ignoram a presença da Stasi diuturnamente e na madrugada? Trata-se de uma vontade despótica, pois “existem até aqueles que a encontraram já inteiramente formulada no silêncio dos povos e que pensaram que do fato da obediência nascia para eles o direito de mandar” (Tocqueville)
Que pais é este?                  
Na noite de sábado para domingo (10/01/2016), houve um ataque mais insidioso e gasoso ao meu apartamento. Isto confirma que uma célula de ataque terrorista bolivariana da Stasi está instalada no meu edifício!  O Estado bolivariano me elegeu como inimigo perigoso a ser contido pela violência político/policial sem limite?
Como a República Democrática Alemã (RDA), o Estado bolivariano brasileiro é totalitário?                                            
                   
                              
                                      
                              
                     

               

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

CAPITAL TOTALITÁRIO CORPORATIVO MUNDIAL DIGITAL


O poder em Marx é uma ideia realizada segundo duas linhas de força simbólicas. No Manifesto do Partido comunista, o poder é um conceito realizado como substância. O poder político é algo que a classe dominante (burguesia) detém e pode perder para a classe operária. Trata-se da fórmula “o Estado é o comitê da burguesia”.
No “O 18 Brumário de Luís Bonaparte”, o poder político se define pelas relações de força no campo das ações das forças entre si e da ação delas nelas próprias. A força pode ser especificamente política (partidos, grupos monarquistas, republicanos, bonapartistas) ou forças sociais (proletariado, nobreza, burguesia, pequena-burguesia urbana, lumpen-proletariado, camponeses). Pode ser uma societas (Igreja). Ou pode ser uma força cultural. Trata-se da ação dos jornais que organizam o RSI (Real/Simbólico/Imaginário) da política através da ação SI (Simbólico/Imaginário). A força pode ser uma biografia individual - subjetivamente ligada à trans-subjetividade de massas sociais (campesinato, lumpen-proletariado) - capaz de desintegrar o significante República Democrática de 1848.
A política é um campo articulado por fatos e artefatos, pelo fático e pela linguagem. O jornalismo é ação SI, uma linguagem essencialmente ficcional que procura ser o espelho da realidade política. Trata-se da ficção do fatual como artefato SI. Por sua vez, a linguagem política é feita de fatos (articulados nas ações dos sujeitos políticos) e publicidade (artefatos publicitários são a continuação do jornalismo por outros meios). A publicidade é a ação, por excelência, da cultura política do simulacro de simulação. Ela é a tradução jornalística do homo simulacrum. Esta cultura intelectual da política é, por excelência, a fonte da cultura política informacionalis eletrônica e digital. O poder informacionalis mundial digital suprassume todos os outros poderes (simbólico, político, econômico), e a cultura política informacionalis digital mundial sobredetermina todas as outras culturas políticas.
UM ESTUDO DE CASO
Dois grupos do FACEBOOK (Comunidade da Física Freudiana e Psicanálise, Cultura política, Totalitarismo) ligados ao blog José Paulo Bandeira foram suspensos a partir de duas publicações sobre o funcionamento teórico/prático do poder informacionalis digital mundial. 
Tal nanoação do Facebook serve para mostra o funcionamento nanofísico desta instituição do capital corporativo mundial digital. Trata-se de uma ação nanomáquina de guerra digital. Serve também para mostrar como funciona o poder mundial informacionalis, globalmente.
Na segunda década do século XXI, a cultura digital é o aspecto principal da cultura política mundial. A televisão tornou-se o aspecto secundário, e o jornalismo de papel um aspecto secundário do aspecto secundário cultura eletrônica. A universidade dos países centrais funciona (pelo discurso da universidade) como a retaguarda científica deste master: o poder informacionalis digital mundial. Ela funciona hoje não mais articulada e articulando o campo da episteme política ocidental. Ela articula-se através da ideia de doxa husserliana. A fenomenologia é uma fonte intelectual profícua e indefectível da cultura política mundial informacionalis mundial, principalmente da cultura política eletrônica. A cultura política mundial é a realização conceitual de tal doxa fenomenológica.
O Facebook não funciona como uma instituição pública democrática? A origem dele é a cultura judaico-americana que só faz sentido se associada ao Vale do Silício. Esta cultura política econômica aparece como um artefato democrático (e até anárquico/capitalista) de uma cultura política  econômica do capital mundial que seria um suprassumir (aufheben)  do capital corporativo mundial. No entanto, o caso PCPT/CFF mostra que o Facebook é uma instituição privada (privatista do espaço público cultural mundial) do capital corporativo mundial digital informacionalis. Há uma fusão orgânica entre a superestrutura e a economia do capital corporativo mundial através do FACEBOOK. Este é capital corporativo mundial digital informacionalis, ou seja, economia e política do capital corporativo mundial condensados em uma estrutura cultural digital informacionalis. Trata-se de um artefato da comunidade informacionalis digital mundial: OKHRANA MUNDIAL.
A violência real do Facebook sobre o PCPT/CFF viola todas as regras e diretos de liberdade de expressão científica e da liberdade pública em geral. Trata-se de uma violência real de um poder despótico em uma versão TOTALITÁRIA DIGITAL INFORMACIONALIS. O que esta ação de poder do Facebook diz? Que o PCPT/CFF não pode publicar textos sobre o funcionamento abstrato e/ou concreto do poder informacionalis digital mundial. O Facebook se  estabelece como um campo de ação de um poder fático (TOTALITÁRIO) ao arrepio de qualquer regra civilizada ou dos direitos do cidadão ou dos direitos humanos dos homens livres e normais. Um direito humano é mostrar como o poder funciona concretamente nas culturas políticas.
Como o Facebook não é parte do campo de ações territoriais (Estado-nação), ele não tem nenhuma preocupação com os diretos territoriais dos homens das nações territoriais nem do funcionamento das democracias territoriais. O Facebook é vanguarda de uma nação orbital, sideral, transterritorial. Ele estabelece um contrato orbital digital no qual o direito territorial está inteiramente excluído. Na relação Facebook/território, o despotismo orbital digital está nas leis, enquanto os costumes territoriais estão na liberdade, e vice-versa.
O Facebook é uma superfície digital da cultura política orbital/informacionalis da OKHRANA MUNDIAL. Como seu solo original é os EUA, pode-se concluir que a democracia americana é apenas um fantasma do presente, e que a essência da vida americana é o totalitarismo do Homem Unidimensional, da década de 1960, conceituado por Herbert Marcuse.