sábado, 6 de maio de 2017

ESQUECER DELEUZE?

                                                                         ABERTURA
José Paulo





Os professores de história ocidental estão em apuros há já algum tempo. 
1) O tempo da história ocidental era antigo, medieval e moderno.
O século XXI subtraiu o tempo moderno como tempo presente, depois de toda a ideologia gramatical do presentismo. Pois vivemos em um tempo no qual o ARCAICO - tempo anterior a estabilização e/ou metabolização de uma cultura da política en masse planetária que define uma NOVA ORDEM MUNDIAL do PRESENTE. Portanto, não nos encontramos no Presente historial.
2) Vulgarmente, o Contemporâneo se difine pelas coisas (das Ding/ técnica) ou pelos sujeitos que viveram (vivem) ou existiram (ou existem) em uma mesma época. Fala-se do tempo atual da atualidade como tempo contemporâneo.
No 1 e no 2 estamos no planno do signo, ciência semiológica.
Passemos então para o tempo da gramática do SIGNIFICANTE.
A produção do contemporâneo significa que um significante gramatical (Sgc) define o tempo contemporâneo.
Trabalho com a ideia que o significante gramatical oligarquia articula o processo de produção do contemporâneo. Trata´se do significante OLIGARQUIA:
"O privatismo da riqueza público-privada é o fetiche que sustenta o sujeito gramatical pela RENEGAÇÃO FREUDIANA do sentido do da ausência falo da MÃE. (Tal fenômeno é o arcaico mais arcaico que o próprio arcaico do infantil ao mundo adulto).
Na junção da psicanálise gramatical com a política real da atual atualidade (toda atualidade se define em relação ao S1do passado historial recente = moderno) a renegação do falo da MÃE significa cortar o acoplamento do sujeito com a máquina do passado recente a modernidade RES pública.
Da periferia lacanina advém o SIGNIFICANTE . que vai tocando a vida das nações e povos: O SIGNIFICANTE GRAMATICAL AMONTOADO OLIGARQUIA. .
 A investigação sobre  Deleuze é a busca por uma outra linha gramatical   de força da produção do contemporâneo! Estamos apenas no ponto inicial da linha gramatical deleuziana! 







Baudrillard escreveu o “Esquecer Foucault” e creio, na minha santa ignorância, publicou o esquecer Deleuze: Trata-se do livro Da sedução. O leitor do blog jose paulo bandeira sabe que Baudrillard, para mim, é a sintetização da cultura da política do pós-modernismo. Aqui começo a jornada do diálogo e luta entre o pós-modernismo e Deleuze (e Guattari).
I
A facção faz a leitura da ideia, do pensamento, da coisa, da ideologia gramatical para seu pequeno grupo de aficionados? Poderia partir da discussão no Weber, mas talvez seja melhor recorrer ao Google!
Facção
Substantivo feminino
1.
Expedição militar ou feito de armas heroico.
2.
Grupo de indivíduos partidários de uma mesma causa em oposição à de outros grupos. No Império Romano, as facções se constituem entre os lutadores de circo e seus respectivos torcedores. A Igreja católica é, historialmente, a rainha do fenômeno facção: jesuítas, carmelitas, franciscanos, beneditinos...
Ao longo da história formaram-se entre diversos grupos da cidade e do campo que rivalizavam entre si; na cidade do século XX as torcidas de clubes de futebol...
Na modernidade, o termo passou a designar, especialmente, cada grupo antagônico que disputa a supremacia política? Facção como disputa da supremacia política local aí ainda vai. Mas facção como disputa da articulação da hegemonia da política nacional (ou mundial) aí já é partido político.
Mas na cultura, a facção não é um fenômeno que aparece, indubitavelmente, como uma máquina de produção desejante esquizo de saber-poder? Processo de produção da natureza da cultura da política e processo da natureza como produção desejante onde habitam objetos parciais, fluxos, acoplamentos, sínteses, absorção...SINTETIZAÇÃO físico-químico gramatical?
Havia duas facções gramaticais desejantes dominantes deleuze-guattari, entre nós: a carioca e a paulista. Então, falar em Deleuze no Rio é mostrar corda em casa de enforcado. O que aconteceu no Rio foi a formação de uma facção que subjetivou como ideologia gramatical os pensamentos e as ideias de Deleuze e Guattari com vistas a se tornar um partido da cultura brasileira.
Creio que tal fenômeno foi dissipado no final da era Lula. Todos já ouviram falar do afeto de amizade gramatical que Guattari endereçou ao líder metalúrgico Lula, não?
As escolas lacanianas tomaram Deleuze e Guattari como interlocutor hostil tático e armaram um circo no Rio para desmoralizar principalmente Deleuze. Um dos motivos é a psicanálise de Deleuze continuar trabalhando com a ideia de instinto de morte e não de pulsão de morte. A outra causa foi o ciúme que Lacan sentiu do livro de Deleuze “Diferença e repetição”. No Rio, vi e vivi a luta gramatical (as vezes com violência simbólica sem limite, principalmente no consultório) na qual a ideologia gramatical de Deleuze foi desmontada pedra-por- pedra. Eu vivi tal fenômeno no início da era Lula. Não estou falando da boca para fora!
Para um bom leitor meia-palavra não basta?
A primeira página do L’Anti-Oedipe diz logo que não quer saber de Dora (o paciente zero da sociedade dos significantes do neurótico). O livro em tela começa mencionando o caso Schreber, o anormal esquizo universal de Freud, o paciente zero - criminoso psiquiátrico – com seus delírios feio-grotescos (para a alta cultura da sociedade alemão; a baixa cultura alemã estranharia tanto Schreber assim?) da sociedade dos significantes do psicótico nascente.
Peço desculpa ao leitor por, no momento, não tratar o problema da terminologia que carregam os dois significantes em tela: esquizofrênico e psicótico. É uma discussão do labirinto barroco do campo freudiano ao qual Deleuze e Guattari são máquinas desejantes esquizo acopladas, mas divergentes da linha de fluxo da ideologia gramatical dominante-dirigente no campo como tal.
No essencial, a máquina esquizo deleuziana tem que enfrentar o Freud de Baudrillard e o Baudrillard enjeitado de Freud.
Anuncio aqui que a máquina esquizo desejante em tela (todos nós) retoma um Marx e um Engels. Ambos que não foram subtraídos na teoria-prática no processo de produção do contemporâneo. Por enquanto é somente isso que desejo esquizofrenicamente declarar. E lembrar que Lacan apresentou o psicótico no Seminário 3 com o significante “máquina de fala”!

SCHREBER POR FREUD

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