segunda-feira, 15 de maio de 2017

DIÁRIO DA CORTE DO MARXISMO GRAMATICAL (15/05/2017)

ABERTURA-14/MAIO/ 2017
                                                                      1°ATO
A Nova Gazeta faz o diário da crise múltipla que nos assola em uma linguagem exotérica do marxismo gramatical.

A crise econômica industrial paulista é o precedente latente, invisível, da década de 1990, do que se tornaria a crise múltipla do país que tomou conta da tela gramatical em narrativa ideológica do bolivariano a partir de 2014. Dois erros trazem para a dimensão visível da tela gramatical a crise paulista. O primeiro é o pastiche-paródia, inconsciente, de política econômica desenvolvimentista nacionalista do novo ministro da economia em 2008: Guido Mantega.

O segundo erro é uma acumulação do primeiro, pois, é eleito a dupla (uma miscelânea ideológica gritante) Dilma Rousseff e Michel Temer (PT-PMDB). Tomando consciência da crise industrial paulista, Dilma convida um banqueiro-rentista com a imaginação da parelha dos bois que faziam andar o carro-de-boi colonial para ser o magister ludi da economia. O banqueiro aplica a ideia neoliberal de 1990 de repressão-contenção das contas públicas.

Com este plano, ataca todas as hostes petistas encasteladas no aparelho de Estado adquire, da noite para ao dia, inimigos do bolivariano como os da universidade pública estatal federal. Os cortes de verbas para a universidade pública abalam o domínio do bolivariano sobre as massas acomodadas de professores, alunos e funcionários. Estes reagem com greve e luta simbólica que a televisão rechaça, pois neoliberal e vanguarda do ministro rentista na cultura global das massas do país. A universidade é isolada das massas e tratada como inimiga pública do plano de saída da crise. No final, o choque do projeto hegemonia petista (sob o comando do chefe formal do PT o sr. Rui Falcão), um bloco formal constituído pelo poderoso e diferenciado estrato dirigente bolivariano derruba o ministro da economia da banca oligárquica internacional, com a interferência pessoal do governo bolivariano da Venezuela e do próprio Lula.  

Assim cai a lona do palco que encerra o espetáculo rentista do governo Dilma/ (Temer) para o público aturdido!  

                                                                               2°ATO
Um novo ministro toma o trono do ministro-rentista Joaquim Levy da Fazenda (chefe real da economia). Trata-se do economista Nelson Barbosa formado pela UFRJ, que antes ocupava o ministério do planejamento como ministro do bolivariano. 

A política continua sua sina neoliberal (agora sob comando do bolivariano) com o apoio do estrato dirigente petista do bolivariano. Esse estrato dirigente cria um discurso que dá uma aparência de bolivariano à semblância da realidade neoliberal (agora propriedade do bolivariano) como se esta fosse uma continuação do poder do bolivariano na América Latina às avessas.

O bolivariano-ufrj Nelson cria uma bolha de contradições entre dirigentes e dirigidos dentro do próprio bloco formal cultural bolivariano. Foi aí que antigas forças gramaticais do bloco cultural supracitado da década de 1990 começaram um trabalho de gramaticalização do inconsciente do discurso do político do bolivariano na América Latina.

A gramaticalização mostrava a ligação do conteúdo econômico entre a era FHC e a era Lula com uma simplicidade desconcertante. O conteúdo econômico ligava as duas eras como efeito da crise econômica. Tal fenômeno consiste na crise econômica urbana de São Paulo proveniente do modo de produção subindustrial dependente associado. Tratava-se da articulação da hegemonia econômica nacional através da ideologia gramatical Fernando Henrique (FHC). Tal ideologia invadira (e fora absorvida) como a expressão da economia real original dependente associada industrial desenvolvida.

O País se encontrava satisfeito e feliz, de fato, com sua economia ersatz de economia industrial que fazia de São Paulo o estado da federação representante nacional de um ersatz de sociedade moderna do burguês do Sudeste no comando. A ideologia industrial paulista era, com efeito, um ersatz de ideologia econômica industrial dependente. Tal ideologia ersatz era a ideologia do bolivariano sub-burguês FHC (ersatz FHC) e do metalúrgico Lula (ersatz de operário industrial), ambos ao se encontrarem no comando do poder nacional.

Dilma recebeu tal herança maldita e disse que seria uma moleza administrá-la. Logo de saída deu para perceber que a presidente Rousseff era a biografia individual errática para assumir o comando do país com a crise visível na tela gramatical em narração lógica do bolivariano. Dilma Guerreira não tinha o conhecimento sociológico teórico e prático da sociedade brasileira (de FHC) e da expressão dessa na política e nem fazia ideia do que é a teologia política secular do sertão como um saber prático da propriedade de Luís Inácio da Silva, o Lula.

Com FHC e Lula, o país havia sido governado ou pela sociologia da dependência associada ou pela teologia da dependência associada em uma versão populista, ou seja, com distribuição de renda para os de baixo. Graças à fortuna (Maquiavel), uma bonança econômica criou uma nova classe média (então do bolivariano, pois, da era do PT no PODER Nacional). Tal conteúdo econômico estabeleceu a diferença econômica entre a era FHC e a era Lula.                              

No 2° governo Dilma, explodiu a língua do desenvolvimento da dependência associada cujo efeito foi a multiplicidade da crise agora se encarnar em crise urbana da sociedade de classes ersatz de sociedade classes do burguês do Sudeste. A sociedade do espetáculo virtual (eletrônico e digitalis) criou uma cortina de fumaça circense para crianças - entretendo o país com a velha luta oca ideológica agramatical esquerda versus direita.

Contudo sem sociologia ou teologia econômicas, a crise econômica transladou-se para o território da subjetividade da política do Estado nacional de Brasília sob domínio do modo de produção oligárquico coronelístico no Congresso federal. O efeito imediato foi o destronar de Rousseff e sua substituição pelo vice da própria Dilma, o sr. advogado Michel Temer.

Claro que foi um drama real que a TV transformou em um drama ficcional eletrônico para que as massas metabolizassem a quebra da soberania popular (ou seja, sua própria spaltung urbano-rural política nacional) e, é óbvio, subjetivassem, sem reagir, à crise da FORMA DEMOCRÁTICA LIBERAL do regime da Constituição de 1988 das massas na competição eleitoral e na rua.

Assim termina o 2°ato da nossa política como uma mixagem de peça teatral interpretada por atores políticos próximos da bricolagem (entrada em cena do discurso do político do bricoleur) com roupagem, também, cedida graciosamente pela ideologia ersatz de gramatica ideológica da sociedade do espetáculo virtual eletrônico e/ou da teologia secular digitalis mecanicista.     
                                                                         

                                    
DIÁRIO DA CRISE MÚLTIPLA – GOVERNO EM EXTENSÃO MÁXIMO E MÍNIMO
                                                                   3°ATO
Lenin desejava simplificar a forma do governo bolchevique até alcançar o ponto a partir do qual sua cozinheira pudesse governar a URSS. A simplificação da arte de governar não é o ponto forte do Brasil em uma situação sob domínio de uma crise nacional múltipla em um regime presidencialista que divide o exercício do poder político real governamental com o Congresso e as instituições culturais da sociedade do espetáculo. Trata-se do governo em extensão: governo máximo!

As instituições culturais supracitadas são o elo de ligação do governo mínimo (presidência) como tal com a sociedade real, pois, sociedade das classes sociais gramaticais e das massas brutas e/ou gramaticalizadas.

O governo em extensão é partes de si contrapartes de si. Espera-se que o governo mínimo consiga manter em um banho de água fria as suas próprias contradições. Porém, as contradições com o Partido governamental do Congresso são aquelas contradições incandescentes desse Partido com o governo em si (resolvidas com doações governamentais públicas aos deputados e senadores) e as próprias contradições internas em água fervente a tal Partido constituído de uma multiplicidade partidária e de facções e biografias de políticos em posição de poder no parlamento e no governo presidencial.

A vida do governo brasileiro não é um mar de rosas frescas silvestres recém colhidas por seus eleitores e admiradores. Se o governo não é o efeito da soberania popular, então, sua vida se dá no pântano da política real, como definiu Lenin ao pensar a vida do partido político em geral. O pântano exala o perfume da flor do pântano, na psicanálise gramatical a rosa negra do pântano!
Então, o governo Michel Temer/Meirelles vive no pântano da rosa negra econômica da política brasileira, há um ano.

A regra para qualquer governo é aquela que dita que ele tem que se manter no poder a qualquer custo, isto segundo a cartilha de Maquiavel. Tal fato significa manter em suas mãos o poder político contra, inclusive, a má Fortuna, a circunstância a mais adversa e temerária improvável. Temer cumpre o riscado de tal regra. Forças poderosas da política e da sociedade lutam (abertamente ou na sombra) para derrubá-lo; mas ele continua de pé. Ele se curva; verga, mas não quebra!

A situação econômica tenebrosa não abate a moral política do governo em extensão mínima que demonstra não ter medo que tal situação seja uma catapulta para revoltas incendiárias ou até de uma revolução da espécie leninista no nosso país.

O governo em extensão não se deixa intimidar pela flor de hiroxima lumpesinal criminal dos de baixo e dos de cima (agora internacionalmente digitalis), flor que ameaça explodir a língua da vida pátria natural para sempre. Observando todos esses fatos, a psicanálise do marxismo gramatical gramaticaliza o inconsciente do discurso do político do governo com toda a cautela possível para não jogar fora da bacia da política governamental em extensão mínima a criança com a água suja das contradições insolúveis, pois, aberrações de um choque da sociedade de classes gramatical formal com a sociedade sgrammaticatura informal.

A classe simbólica (que é base de apoio do governo em extensão mínima) significa o triunfo da classe média, de seu espírito ativo, vontade de potência frustrada industriosa, frequentemente eivado de mal humor com o governo em si que mais se parece com um saco de pancada de academia de boxer do velho cinema americano.

A classe simbólica é dominante-dirigente e se deseja como arrendatária da sociedade política em gênero, número e grau. No entanto, o papel de tal classe em tela é produzir ideias e estruturas de pensamento para o governo em extensão mínima (presidência mais Congresso), para o uso público e gracioso do tesouro público de ideia e pensamento da sociedade gramatical.

No Brasil, os marxistas do PCB e o marxista independente Guerreiro Ramos (e, ainda, pensadores liberais e autocratas) realizaram esse papel em tela na era da democracia (1946-1964) sob domínio da cultura psicológica getulista e marxista. O Estado militar expulsou para a oposição intransigente tal cultura em tela e a substituiu por uma horda de intelectuais (competentemente autocráticos civil-militarizados).
Não se tem como ignorar que o “Estado militar fascista 1968” criou (ampliando-o) o sistema de universidade pública. Tal sistema é a base de apoio na sociedade civil da classe simbólica pública. E foi, talvez, na era militar que a universidade privada passou a fazer parte da classe simbólica pública de escol. A contradição gramatical não é um monopólio da democracia liberal.

O primeiro movimento do governo Temer em extensão mínimo foi conspirar para destruir a universidade pública embalado na crença de que poderia ter como apoio simbólico efetivo três ou quatro universidades privadas neoliberal puro sangue tupiniquim - cujo discurso já se encontrava carcomido, apodrecido pelo tempo (e o exercício compulsivamente neurótico) da revolução neoliberal das décadas de 1980 e 90.

A tarefa de dissolver a universidade pública com pobres argumentos delirantemente psicóticos foi atribuída aos economistas jovens monetaristas velhas viúvas de um neoliberalismo moderno, hoje atualizado como arcaico e extremamente cruel com a sociedade do trabalho gramatical e das massas brutas. Pois, estas são o grau zero como sujeito gramatical da sociedade de classes gramatical. São completamente desprotegidas e quase caindo no fosso da sociedade lumpesinal informal dos de baixo. Marx designou tal fenômeno, em parte, como lumpen-proletariado capaz de produzir formas de fenômenos autocráticos em extensão ligando gramaticalmente à sociedade civil dos de baixo fazendo pendant com a sociedade política dos de cima.  

Após um ano na corda bamba, o governo Temer/Henrique segue navegando nessas águas que jacaré nada de costas. E busca recuperar o irrecuperável, por falta de ideias e pensamentos novos. Busca aparentemente restaurar a mínima realidade (por um delírio psicótico governamental em extensão máxima) da sociedade subindustrial paulista no comando da vida múltipla do país formal e informal.  

                                                                             ADENDO

EM BUSCA DA POLÍTICA PERDIDA - 18:03, 12/05/2017
EDITORIAL DO PCPT: O HOMEM E SUA CIRCUNSTÂNCIA
Vivemos uma circunstância na qual a soberania popular (maioria dos votos na escolha do presidente) foi quebrada. Foram muitos os erros e erros de vários atores determinantes na cena política do poder central.
Há uma crise na soberania popular que só se resolverá com a eleição presidencial (em condições naturais em 2018), quando se formará pelo procedimento da competição eleitoral uma nova maioria. Porém, a sociedade está muito dividida e com muito medo de errar novamente.
A fala do atual presidente do regime 1988 vai na direção de diluir os medos e apostar na eleição de um presidente do calibre de um mineiro como Tancredo Neves, de um carioca-paulista como FHC ou de um sertanejo como o Lula viçoso e pleno de imaginação que tinha como fonte narcísica a política das massas populares em revolta permanente? Isto foi o passado? O Lula com a imaginação do presente capturada pela sociedade do espetáculo parece uma velha caricatura velha das lutas populares do campo e da cidade de um passado glorioso.
Quem há de negar!
No momento, o mais importante é a coragem do governo em aproximar a percepção delirante dos políticos da sociedade política do espetáculo da política de uma percepção sensível fática da sociedade do REAL da realidade da sociedade política. A percepção das massas da realidade da política real não e a da ingênua percepção que a televisão oferece como mercadoria todo dia.
As massas sabem sabendo, na própria pele, que a stásis é consistente; que a stásis subjetivou transitivamente (e transliterou) a sua internacionalização via a convergência transversal dos de baixo com os de cima em mais de um continente.
Um Presidente com coragem (e sendo fortalecido pela coragem de seus auxiliares e de frações vibrantes do estrato dirigente) é o que a CIRCUNSTÂNCIA ATUAL EXIGE. Está ficando claro que a questão brasileira não deve ser reduzida nem a uma crise econômica da sociedade burguesa de uma linguagem ficcional ou de uma inexistente (em todos os sentidos) sociedade capitalista.
É verdade que a política mundial, cada vez mais, se faz com ideias e ouro (dinheiro). Aliás, tal conceito da elite do poder mundial é insuficiente para resolver circunstâncias como a brasileira. Daí todo o nervosismo e medos do capital mundial com a situação brasileira.
Um jornalista fez uma pergunta para Michel Temer: o país pode se dissolver? O jornalista desconhece a ideia de Marx de que tudo que é sólido dissolve no ar? E O Brasil atual parece algo da ordem do muito sólido?
A pergunta correta seria: há atores políticos capazes de fazer do poder central do campo de poder estatalizado um dispositivo real de solução de situação tão adversa?
Para os de alma simples: 2018 aparece como uma ESPERANÇA de a sociedade legal continuar com o domínio soberano popular sobre a sociedade ilegal em todo o território pátrio?

        
                

                                                                             


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