quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A CIA SGRAMMATICATURA HOJE NO BRASIL

osé Paulo Bandeira 


Sei que o leitor dificilmente conhece o Projeto Camelot. Então:
“Projeto Camelot foi um uma escola de contra-insurgência iniciada pelo Exército dos Estados Unidos em 1964. O projeto foi executado pelo Escritório de Operações Especiais de Investigação (SORO) na American University, que montou uma equipe eclética de psicólogos, sociólogos, antropólogos, economistas e outros intelectuais para analisar a sociedade e a cultura de vários países-alvo, especialmente em América Latina.

O objetivo do projeto foi o aprimoramento da capacidade do Exército para prever e influenciar o desenvolvimento social em países estrangeiros. Este motivo foi descrito por um memorando interno em 5 de dezembro de 1964: ‘Para que o Exército dos Estados Unidos desempenhe efetivamente sua parte na missão americana de contra-insurgência, deve reconhecer que a insurgência representa uma ruptura da ordem social e que os processos sociais envolvidos devem ser entendidos.

Controvérsia surgiu em torno do Projeto Camelot, quando professores na América do Sul descobriram seu financiamento militar e criticaram seus motivos como imperialista. O Departamento de Defesa ostensivamente cancelada o Projeto Camelot em 08 de julho de 1965, mas continuou a mesma pesquisa na parte invisível da Lua de forma mais discreta”.
                                                                                  I

O Projeto Camelot deu capital a uma editora carioca para publicar os livros de ciência política e sociologia política de Harvard, Princeton, Stanford e outras instituições. Professores brasileiros foram seduzidos para fazer doutorado em tais universidades. Um importante instituto carioca de ciências sociais nasceu em uma universidade privada como efeito tardio do Projeto Camelot para difundir a visão-de-mundo universitária americana das relações internacionais.
“Ian Bremmer (nascido em 12 de novembro de 1969) é um americano cientista político especializado em política externa dos EUA, em especial, da transição de países em global risco político. Ele é o presidente e fundador do Eurasia Group, uma escola de pesquisa e consultoria de risco político, com escritórios em Nova York, Washington, Londres, Tóquio, São Paulo, e San Francisco. Em dezembro de 2014, ele trata de assuntos externos como colunista e editor-em-grande no Tempo. Em 2013, foi nomeado Professor Global de Pesquisa da Universidade de Nova York. Eurasia Group fornece análises e sua experiência sobre como os acontecimentos políticos e dinâmicas de segurança nacional podem mexer com os mercados e modelar ambientes de investimento em todo o mundo”.

Ian Bremmer é um agente da CIA do século XXI? Christopher Garman se tornou um James Bond da CIA com uma longa carreira de espionagem dedicada especialmente à América Latina. O leitor pode ler a óbvia biografia de espião Chris (como é chamado carinhosamente por seus amigos espiões) na internet. Ele faz o estilo espião espalhafatoso do tipo:  vocês são realmente idiotas?
Do respeitadíssimo Tim Weiner vencedor do Prêmio Pulitzer, o livro Legados de cinzas. Uma história da CIA narra:
                                                     ‘Chegamos ao poder em um trem da CIA”
Em 14 de maio de 1958, Allen Dulles convocou seus assessores para a habitual reunião matinal. Atacou Wisner, aconselhando-o a fazer ‘algum exame de consciência’ sobre a atuação da agência no Oriente Médio. Para coroar o golpe fracassado na Síria, distúrbios antiamericanos explodiram sem aviso prévio em Beirute e Argel. Seriam parte de uma conspiração global? Dulles e seus assessores especularam que ‘os comunistas estavam na verdade mexendo os pauzinhos’ no Oriente Médio e no mundo. À medida que o medo de uma invasão soviética aumentava, o objetivo de criar uma barreira de nações pró- EUA no flanco sul da URSS se tornou urgente.

Os oficiais da CIA no Iraque tinham ordens de trabalhar com líderes políticos, comandantes militares, ministros de Defesa e pessoas influentes, oferecendo dinheiro e armas em troca de alianças anticomunistas.  Mas em 14 de julho de 1958, quando um grupo de oficiais do exército derrubou a monarquia iraquiana pró-EUA de Nuri Said, o posto de Bagdá estava dormindo profundamente. ‘Fomos apanhados em total surpresa’, disse o embaixador Robert C. F. Gordon, na época, oficial na embaixada.

O novo regime, liderado pelo general Abdul Karim kassem, vasculhou velhos arquivos do governo. Estes tinham provas de que a CIA estivera profundamente ligada ao governo monarquista do Iraque, subornando os líderes da velha guarda. Um americano que trabalhava para a CIA sob contrato, posando de escritor para uma frente da agência, a American Friends of the Middle Est, foi preso num hotel e desapareceu sem deixar rastros. Os oficiais do posto da CIA fugiram.

Allen Dulles começou a chamar o Iraque de ‘o lugar mais perigoso do mundo”. (Weiner: 167).
Iam Bremmer chama o Brasil de ‘o lugar mais perigo do mundo’ para investimentos americano, europeu ocidental e japonês. E a Eurasia Group usa o programa GloboNews Painel do jornalista brasileiro W.W (fã de carteirinha de Henry Kissinger) como tela eletrônica sgrammaticatura para influenciar o jornalismo nacional e mudar a atitude da nossa classe política de Brasília em questões sobre política nacional que envolva os interesses dos EUA.

A classe empresarial americana tem a palavra de Ian Bremmer como a verdade verdadeira da realidade latino-americana. Ian é a encarnação do homo infomacionalis americano. E Christopher Garman é o seu James Bond informacionalis baseado no Brasil, mais, exatamente no Programa GloboNwes Painel de W.W e da Editora de política Lo Prete.

Só em um outro mundo, em uma realidade paralela da física do The Big Bang Theory, W.W e Lo Prete não sabem que sabem que Christopher Garman não é um espião, um alto oficial considerado um herói da COMPANHIA. O primeiro livro publicado no Brasil revelando ações da CIA foi o Dentro da ‘Companhia’. Diário da Cia, do espião arrependido Philip Agee.    

O leitor pode ler a página 325 sobre a ação do IPES/IBAD derrubada do João Goulart:
“Passei uma noite na casa de Jim Noland. O casal mora em MacLean, não muito distante do escritório central – parece que todos resolveram mudar para lá. Depois de sua volta a Washington, Jim foi designado para chefe da filial do Brasil na Divisão WH – uma posição-chave (com a tendência atual do Brasil de inclinar-se para a esquerda sob o governo de Goulart). Noland fez diversas viagens ao Brasil, no ano passado, e, pelo que diz, aquele país constitui o nosso maior problema, mais importante dentro da América Latina – na verdade, mais sério desde a crise dos mísseis de Cuba”. (Agee: 325).

O governo Goulart abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a ação aberta visível a olho nu, principalmente, na cidade carioca:
“A Comissão De Inquérito Parlamentar foi de algum modo controlada; cinco de seus membros eram receptores de fundos monetários do IBAD e da ADEP – mas somente as recusas do First National City Bank, do Bank of Boston e do Royal Bank of Canada em revelar as fontes estrangeiras de procedência dos citados fundos depositados para o IBAD e a ADEP evitaram que a questão explodisse. Em fins de agosto do ano passado, o presidente Goulart decretou o fechamento tanto da ADEP como do IBAD, e o relatório parlamentar elaborado em novembro chegou à conclusão de que ambos tinham tentado ilegalmente influir nas eleições de 1962”. (Idem: 325).
                                                                               II

Henry Kissinger é considerado até hoje o intelectual hegemônico da CIA. A ‘Companhia” recomenda para os jornalistas brasileiros recrutados pela ‘Agência’ (a leitura minuciosa e o aprendizado da visão estratégica dos EUA e das táticas na guerra de posição gramatical teológica geopolítica planetária) o Evangelho da CIA. Trata-se do DIPLOMACIA de Henry. Na ‘Agência, eles se tratam carinhosamente pelo primeiro nome.  Se o jornalista brasileiro cita Henry com fervor, há 98% de certeza de ele ser um espião da CIA.

Kissinger diz sobre a China em 1994:
“O que a China pretende dos EUA é uma relação estratégica para equilibrar vizinhos que considera poderosos e ambiciosos. Para atingir este nível de coordenação de política externa, a China tem de ser preparada para fazer algumas concessões em matéria de direitos humanos, desde que possam ser apresentados como resultado da sua livre escolha. Mas a insistência americana em prescrever condições publicamente é vista na China como uma tentativa para converter a sua sociedade aos valores americanos – por isso, humilhante- e como uma falta de seriedade americana. Por isso, sugere que a América não tem qualquer interesse no equilíbrio asiático enquanto tal. Mas, se não puder contar com a América para esse fim, a China não terá qualquer interesse em fazer concessões. A solução para as relações sino-americanas - paradoxalmente, até quantos aos direitos humanos – é uma cooperação implícita na estratégia global, especialmente asiática”. (Kissinger: 726).                                    

Diplomacy pensa a teologia geopolítica americana para o século XXI:
“ A medida que o século XXI se aproxima, entram em acção grandes forças globais que, com o passar do tempo, tornarão os Estados Unidos menos excepcionais. O poder militar americano permanecerá sem rival num futuro previsível”. (Idem: 706).

A geopolítica do Diplomacy não era suficiente inteligente para ver que uma nova gramática em narração geopolítica estava acontecendo bem em baixo de seu nariz. O que era?

A gramatical em narração capitalista que gerou a conjuntura teológica geopolítica planetária atual chama-se globalismo neoliberal.

Tal gramática geopolítica globalismo neoliberal estabeleceu no território da physis/metaphysis da sociedade mundial a necessidade de criação de dois centros nacionais de ferro para dominar a política mundial. Os EUA no Ocidente e no Oriente Médio e a China na Ásia sendo tutoreada    pelo Estado da América, de todas as Américas. Trata-se da política mundial como um campo de poder tutoreado por um poder democrático pastoral americano. (Tocqueville: 434, 435).  

Para a América Latina, a China aceitou que a geopolítica econômica globalismo neoliberal significava a destruição do capitalismo depende associado industrial, na América Latina, e, consequentemente, a autodissolução do Estado burguês gramatical nacional, principalmente do Estado nacional brasileiro. 

Por quê? 

O Poltburo preparou o cerco geoeconômico aos EUA na physis da sociedade latino-americana através do capitalismo de commodities e na metaphysis da política através da gramática em narração transdialética Mao Tsé Tung. (Zizek: 207-230).

Maio 1968 foi o acontecimento da invasão chinesa do Ocidente via Paris. A jovem esquerda comunista francesa foi convertida ao comunismo asiático chinês e se tornou o rhetor percipio da nova esquerda comunista latino-americana, arrombando as portas já abertas do velho comunismo brasileiro, sem fazer alarde, no Rio!

A história biográfica da esquerda comunista chinesa althusseriana do Brasil continua invisível. Mas ela é parte da construção do Império amarelo como o mais maravilhoso cerco planetário de uma gramática da guerra de posição inédita, historialmente.

Hoje, os EUA foram conquistados na sua política doméstica, pois, o estrato superior burguês multiculturalista do Partido Democrata faz laço sgrammaticatura em narração teológica chinesa. 

Dúvida razoável?

Em uma conversa com Peter Henry Fry antropólogo nascido na Inglaterra, e professor de antropologia no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, UFRJ) tomei conhecimento que Giovanni Arrighi não era um simples acadêmico universitário. Ele era um rhetor percipio da invasão sgrammaticatura teológica geopolítica do  Oriente asiático no Ocidente americano, fortaleza principal do Ocidente como tal.

Aparentemente, o livro O longo século XX é uma tentativa acadêmica histérica de destituir a interpretação da história mundial do A era dos extremos. O breve século XX. Então, Arrighi parece a Dora de Freud.

O livro de Eric Hobsbawm é um ataque ciclópico ao efeito devastador (do comunismo da tradição asiática do século XX (que começou na Revolução Russa bolchevique e foi retomada na revolução comunista chinesa de Mao Tsé Tung) sobre a gramática em narração teológica ocidental da história universal como construção de FRONTEIRAS GRAMATIACAIS GEOPOLÍTICAS, começando com a fronteira OCIDENTE/ORIENTE.

O comunismo asiático é a SGRAMMATICATURA do fim de qualquer fronteira. Trata-se da fabricação industrial de uma trans-subjetividade mundial fazendo pendant com a soberania de um território da subjetividade territorial nacional por olhos matemáticos da subjetividade estética europeia industrial do Futurismo de Marinneti (Teles: 90). 

Na década de 1950, John D. Bernal escreveu sobre a fantasia lacaniana do futuro do século XXI:
“ Ahora,  en nuestra propria época, asistimos ao comienzo de un retorno al estado primitivo de la  humanidad por medio de una introducción general de la ciencia en todas las formas del pensamiento y la actividad práctica, uniendo neuvamente al científico, ao trabajador y al administrador”. (Bernal: 9).
                                                                  III

Arrighi, o grande espião defensor de uma geopolítica sgrammaticatura do fim da fronteira Ocidente/ Oriente, em 1994, diz:
“ Por outro lado, não está nada claro por que meios os centros e poder tradicionais do Ocidente poderão adquirir e preservar esse controle. Eles podem, é claro, tentar recuperar o controle do capital excedente seguindo a via de desenvolvimento do capitalismo asiático oriental. Isso eles já fizeram, tanto aumentando seus próprios investimentos no leste asiático quanto procurando incorporar, de maneira mais minuciosa e ampla, as reservas de mão-de-obra barata mais próxima de casa, como os EUA e o Canadá vêm tentando fazer com o Nafta. No entanto, essas tentativas provocam uma escalada maior na luta intercapitalista global, numa época em que as dádivas ocidentais anteriores da geografia e da história transformaram em desvantagem, tanto em termos absolutos quanto, acima de tudo, em relação ao leste asiático. Na melhor das hipóteses, essa nova escalada de pressões competitivas globais minará a lucratividade liquidez do capital do leste asiático, sem favorecer as do capital norte-americano (e muito menos do europeu ocidental) ”. (Arrighe: 369-370).

A dedução do leitor é imediata. Para salvar a fantasia lacaniana do globalismo neoliberal é preciso sintetizar Oriente asiático e Ocidente do alto capitalismo mundial com a China como rhetor percipio do fim dessa FRONTEIRA milenar.

O livro O longo século XX não é, definitivamente, um livro sobre história universal do capitalismo ou de uma história universal em dialética marxista clássica universitária como o é O breve século XX.  Não se trata de um estudo da gramática historial do século XX por um especialista europeu como o estudo de Hobsbawm. Do que se trata, então?

É, com certeza, o livro de teologia niilista sgrammaticatura historial contra a permanência da história universal, e, também, movido por um desejo sexual intenso de aniquilamento da gramática em narração universal Ocidente em geral e/ou capitalista.

Weber era um tipo ideal de cientista alemão do fim do século XIX. Leia o capítulo 8. Esgotamento Nervoso da biografia enxuta do grande sociólogo alemão escrito por sua adorada esposa Marianne Weber.

Este capítulo descreve o assalto da psicose sgrammaticatura a Max Weber dos anos 1898 e 1899. Weber lutou com todas as forças da sua poderosa razão fazendo pendant com seu campo de afeto invadido pelo amor de Marianne contra o império da antiguidade egípcio encarnado em uma concreta psicose sgrammaticatura.

A fantasia psicótica sgrammaticatura foi integrada ao inconsciente nietzschiano familial dos Weber na última parte do Economia e Sociedade da edição da Editora da UNB e também na Edição em espanhol.

Marianne escreveu:
“1920
Em 22 de janeiro, estudantes de direita manifestam-se contra a posição de neutralidade de Weber no caso Arco-Valley. Em 17 de abril, a irmã caçula, Lili Achaefer, suicida-se; Max e Marianne planejam adotar seus quatro filhos órfãos. No semestre de verão, Weber dá cursos sobre Socialismo e Ciência Política em Munique. Trabalha em seus textos reunidos sobre a sociologia da religião, e a primeira parte de Wirtschaft und Gesellschaft(Economia e  Sociedade) vai para a imprensa. Em 14 de junho, Weber sucumbe à pneumonia”. (Marianne Weber: 824).

O Economy and Society editado por Guenther Roth and Claus Wittich acaba com o Appendices:
I Types of Social Action and Groups 1375
II Parliament and Government in a Reconstructed Germany 1381
Na página 1381 começam os textos sobre o sujeito gramatical sociológico weberiano burocracia com o item “i - Bismarck’Legacy”. (Weber. 1978: 1385) incluída no Appendice II. Parliament and government in a reconstructed Germany. 
Parliament and government in a reconstructed Germany não faz parte do Economia y Sociedad, edição organizada por Johannes Winckelmann com notas de José Medina Echavarría (Editora Fondo de Cultura Económica, Mexico, 1944).

No Brasil, o ensaio de sociologia compreensiva Parliament and government in a reconstructed Germany foi publicado na coleção Os Pensadores (Abril Cultural, 1974) com a seleção sob os auspícios do anarquista weberiano Maurício Tragtenberg, da UNICAMP.

Economia e Sociedade (da Editora UNB, 1994) informa que é uma tradução do WIRTSCHAFT UND GESELLSCHAFT. GRUNDRISS DER VERSTEHENDEN SOZIOLOGIE. J. C. Mohr (Paul Siebeck) Tubinga 1972. O nosso Economia e Sociedade não tem um organizador, só um conhecido professor da USP Gabriel Cohn tido como a máxima autoridade em Weber no Brasil como revisor técnico.

A terminologia weberiana de Gabriel se diferencia da terminologia weberiana de Johannes Winckelmann.
No  § 3 da Seção 8 do segundo volume de Gabriel Cohen temos:
“ A instituição estatal racional e os modernos partidos políticos e parlamentos (sociologia do Estado) ” (Weber. 1994. v. 2: 517).
A Edição em espanhol é:
“§ 3. La empresa estatal de domínio como administración. Dirección política y burocracia”. (Weber. 1984: 1060).

A Edição em inglês estabiliza o uso do sujeito gramatical weberiano burocracia no v. 2 do Economy and Society na parte II Parliament and Government in a Reconstructed Germany  (Weber. 1978: 1381-1442). Porém esta Edição inglesa se refere ao Egito nas páginas 468, 1202, 1367). Não há nessas páginas o Egito que vou citar pela edição em língua espanhola.
A Edição em inglês não é somente uma tradução direta do original alemão WIRTSCHAFT UND GESELLSCHAFT. GRUNDRISS DER VERSTEHENDEN SOZIOLOGIE. 1922, J. C. Mohr (Paul Siebeck) Tubinga. Trata-se de uma organização e seleção dos ensaios weberianos baseados na terminologia sociológica estabelecida por Johannes Winckelmann:

Economy and Society is a translation of Max Weber, Wirtschaft und GesellschaftGrundriss der verstehenden Soziologie, based on the 4th German edition, Johanes Winckelmann (ed.) Tübingen: J. C. B. Mohr (Paul SiebecK), 1956, pp. 1-550, 559-882, as revised in the 1964 paperback edition (Köln-Berlin: Kiepenheuer &  Witsch), with appendices from Max Weber, Gesammelt Aufsätze zur Wissenschaftslehre...). (Weber. 1978: IV).

Como vou tratar não mais do território da sociologia historial compreensiva, ao contrário, vou falar da fantasia weberiana do futuro, então cito em espanhol, pois, os sujeitos gramaticais weberianos na Edição em espanhol são peixes pulando para fora no oceano da realidade do real weberiano:
“ Una vez eliminado el capitalismo privado, la burocracia estatal dominaría ella sola. Las burocracias privada y pública, que ahora trabajan una al lado de la outra y, por lo menos posiblemente, una contra otra, manteniéndose, pues, hasta cierto  punto mutuamente en jaque, se fundirián en una jerarquía única; a la manera, por ejemplo, del Egipto antiguo, sólo que en forma incomparablemente más racional y, por tanto, menos evitable”. (Weber: 1074). Na Edição da UNB (página, v. 2: 541).

A fantasia do futuro weberiana (fantasia de Weber) é diferente da fantasia marxista do futuro (fantasia de Marx 1848) do fantasma do comunismo. A diferença consiste que a fantasia de Marx consistiu como uma ideia, isto é, junção de teoria/prática, matéria/espírito, ideologia/ciência, physis/metaphysis da sociedade mundial no século XX. Tal junção foi realizada pela gramática em narração teológica revolução comunista de forças práticas como Partido leninista bolchevique e/ou comunista, Partido Comunista Chinês.

Assim, a fantasia do futuro de Marx desceu do céu da ideia celestial para o território da subjetividade territorial das nações através da metabolização, subjetivação, simbolização da gramática em narração revolução comunista. Tal acontecimento significa o peixe comunismo pulando para fora do Oceano mundial na forma do discurso do político comunista asiático e/ou semiasiático.

A fantasia do futuro weberiana permanece no papel como ficção sociológica. Então o que a física gramatical pode dizer sobre ela?

Weber foi aturdido, invadido e possuído pelo império psicótico egípcio sgrammaticatura entre 1898-1899.  A poderosa gramática de sua mente manteve regiões de sua biografia territorial em língua alemã preservadas da invasão da sgrammaticatura psicose imperial egípcia. Porém, o sujeito gramatical weber sintetizou com a sgrammaticatura psicose (que faz à guerra ao sujeito gramatical familial weber) através da passagem do significante império Egípcio da realidade do real sociológico da história universal para a fantasia sgrammaticatura sociológica do futuro.

Weber considera sua fantasia do futuro uma espécie de profecia racional sociológica (Weber. 1968: 316). A ideia capitalista é o acontecimento de uma fantasia racional do futuro que na modernidade moderna do século XIX articulou-se como modo de produção especificamente capitalista, isto é, como discurso do burguês industrial. Portanto, não se trata da passagem do mundo de uma ideia celestial econômica [na mente dos homens (capitalismo) que, se constitui como vontade da classe burguesa em sua consciência de classe como encarnação de um desejo sexual econômico] para a história.

Há desejo sexual econômico!  Há a fantasia do futuro no território da subjetividade territorial burguesa como discurso do político com olho matemático!

A história da fundação do capitalismo da modernidade moderna está associada à reunião de uma série de fenômenos empíricos (sgrammaticatura) com fenômenos gramaticais (classe gramatical burguesa industrial etc. É dessa matéria que trata a história universal do capitalismo no Economia e Sociedade. Trata-se de uma história que faz a junção do real e da fantasia ficcional sociológica no discurso do sociólogo como discurso do político sociólogo. Trata-se do transromance weberiano história universal como a revelação da tela gramatical em narração teológica burguesa industrial.

Há um sujeito gramatical weberiano cidade no meio do discurso do sociólogo que fala da história universal do capitalismo na era moderna até a sua suprassunção na profecia racional weberiana:
“ De maneira muito diferente desenvolveu-se o destino da cidade, na época moderna. Também, neste caso, tem-se-lhe privado, cada vez mais, de seu regime de autonomia administrativa. A cidade inglesa dos séculos XVII e XVIII não era senão uma clique de guildas, que apenas podia aspirar uma significação financeira e estamental. As cidades alemãs da mesma época, com exceções das imperiais, eram povoações rurais, às quais se lhes outorgava tudo. Enquanto as francesas, tal desenvolvimento se produziu muito antes. As cidades espanholas foram subjugadas por Carlos V, por motivo de uma insurreição dos comuneros. As italianas se achavam em poder do Signorie. As russas chegaram a atingir a liberdade municipal, característica do Ocidente. As cidades são privadas da regalia militar judicial e industrial. Formalmente, nada se modificou nos antigos direitos. Na realidade, as cidades da Idade Moderna ficaram privadas de sua liberdade, como ocorreu na Antiguidade, ao se instituir o domínio romano, sendo que, agora, ficaram sob o domínio de Estados nacionais competidores, que se encontravam em constante luta, pacífica ou guerreira, para conseguir a hegemonia. Esta luta ou competência criou as maiores possibilidades ao capitalismo do Ocidente moderno. O Estado isolado teve de concorrer para assegurar o capital, livre de movimentos, que lhe prescrevia as condições sob as quais podia prestar-lhe apoio para conseguir a condição burguesa nacional, a burguesia no sentido moderno da palavra. Portanto, é o Estado racional cerrado que assegura ao capitalismo as possibilidades de subsistência; enquanto não cede seu lugar a um império mundial, o capitalismo pode perdurar”. (Weber. 1968: 296-297).

No trecho supracitado, a fantasia do Egípcio imperial mundial do futuro no lugar do capitalismo encontra-se como possibilidade transdialética só se a gramática em narração teológica capitalista desistir de consistir no seer da sociedade mundial do futuro.

O texto de Giovanni Arrighi não é o discurso do político acadêmico, discurso do universitário ocidental. Confira:
“Primeiro, é possível que os antigos centros consigam deter o curso da história capitalista.  Nos últimos quinhentos anos, esse curso tem sido uma sucessão de expansões financeiras, durante as quais houve uma troca da guarda no alto comando da economia mundial capitalista. Esse desfecho também está presente, em termos de uma tendência, na atual expansão financeira. Mas essa tendência é contrabalançada pela própria extensão a que a capacidade de gestão do Estado e da guerra da velha guarda, que bem pode estar em condições de se apropriar, pela força, argúcia ou persuasão, do capital excedente que se acumula nos novos centros, com isso encerrando a história capitalista mediante a formação de um império mundial realmente global”. (Arrighi: 370).

O leitor pode vê a diferença abismal entre o discurso do sociólogo Weber pleno de força de realidade gramatical na junção ficção/realidade e a pobre e ridícula prosa de Arrighi inexistente inconsistente, pois, não faz laço gramatical com a realidade, ao contrário de Weber que excede em fazer laço gramatical com o real da realidade capitalista da modernidade moderna.

Se a prosa de Arrighi é discurso do político (O Longo século XX por caminhos misteriosos do mercado de livros se tornou um best seller mundial) então será discurso do político espião, discurso do espião para ajudar a fabricar a tela sgrammarticatura da fantasia do passado marxista sem o sujeito gramatical FRONTERIA. O sujeito gramatical fronteira é a condição de possibilidade de uma história universal da civilização cum sentido gramatical e da fantasia lacaniana do futuro (na física gramatical) com fronteira Ocidente/Oriente, público/privado...

A física gramatical é o discurso do político furta-coor comunista liberal do Ocidente em gramática em narração língua portuguesa.

              
                                
                                                                                   IV                                            

              

 Então, o Politburo do Partido Comunista Chinês começou a pensar a estratégia de construção de um Império amarelo sem alarde, foguetórios, fumaça e carnavais em Pequim com dragão e serpente chineses. O Império amarelo é uma construção no território da geoistorial econômica do globalismo neoliberal que define a política mundial a partir de uma tela gramatical em narração do fortalecimento de dois Estados nacionais fazendo pendant com o esmorecimento da maior parte dos Estados nacionais.

Por quê?    

Perguntem ao Politburo do Partido Comunista Chinês do Rio! 


AGEE, Philip. Dentro da “Companhia”. Diário da CIA. SP: Círculo do Livro, 1976
ARRIGHI, Giovanni. O longo século XX. RJ/UNESP: Contraponto/UNESP, 1996
BERNAL, John D. História social de la ciencia. 1/La ciencia en la historia. Barcelona: Ediciones 62, 1976
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. O breve século XX. 1914-1991
KISSINGER, Henry.  Diplomacia. Lisboa: Gradiva, 1994
MARIANNE WEBER. Weber uma biografia.  Niterói: Casa Jorge Editoria, 2003
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. RJ: Record, 1987
TOCQUEVILLE. De la démocratie en Amérique. v. 2. Paris: Gllimard, 1961
WEBER, Max. Os Pensadores. Ensaios de sociologia e outros escritos. SP: Abril Cultural, 1974
 WEBER, Max. Economy and society. California: University of California Press, 1978   
WEBER, Max. Economia y sociedade. México: Fondo de Cultura Económica, 1984
WEBER, Max. Economia e sociedade. Brasília: UNB, 1999
WEBER, Max. História geral da economia. SP: Editora Mestre Jou, 1968
WEINER, Tim. Legado de cinzas. Uma história da CIA. RJ: Record, 2007
ZIZEK apresenta. Mao. Sobre a prática e a contradição. RJ: Zahar, 2008   
                                                     
                       

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