terça-feira, 11 de dezembro de 2018

NOTA SOBRE A REPÚBLICA NEOFASCISTA


José Paulo



O neofascismo é spaltung (quebra de mundo) na Ordem 1988. Ele surge na formação gramatical brasileira como um fenômeno natural da vida política em extensão. Cabe na letra às avessas de Guimarães Rosa: “O sertão está em toda a parte”.

O sertão está em toda a parte como o deserto latino-americano de uma democracia sem democratas, de um poder judiciário liberal sem liberais, DE um capitalismo sem capitalistas. É um sertão triste, tristonho, uma circunstância sem homens e ideias, gramática da comunicação e sem gramáticos na economia e política.

O marxismo no Brasil foi uma potente máquina intelectual de convencimento da existência de um capitalismo brasileiro com relações sociais de produção e relações técnicas de produção capitalistas. Belos livros marxistas foram publicados entre nós. Nenhum deles estudou a mente do capitalista brasileiro.

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A MENTE DO CAPITALISTA BRASILEIRO

Só a partir do momento no qual (na mente do capitalista) teve vida independente o capital de empresa, tem adquirido este um sentido definido e claramente delimitado.

Na história econômica capitalista, o capital tem que existir como um significante no cérebro do capitalista. As várias espécies de “cultura cerebral capitalista” determinam o modo de existência do capitalismo por nações ou regiões geoeconômicas.

No Brasil, o significante capital que domina o cérebro capitalista é o conceito de capital de Adam Smith. Trata-se de uma concepção na qual o capital é sinônimo de meios de produção produzidos. A doutrina dos 3 fatores da produção (natureza, trabalho, capital) se acha ligada a esta definição. O capital gasto em salários da força de trabalho e, por conseguinte, gasto com os meios de subsistência do trabalho não cai de modo algum no conceito de capital de nosso empresário.

Para o nosso empresário, o capital não é uma relação social criada na relação trabalho/capital. Ele não é efeito da produção da mais-valia no processo de produção do trabalho produtivo da sociedade industrial capitalista.

O nosso empresário não concebe o capital: a) como parte da história econômica da sociedade industrial capitalista; b) não concebe o capital como relação social de produção e relação técnica de produção; c) confunde os símbolos do capital que edificam uma empresa capitalista, as coisas como dinheiro, meios de produção, meios de subsistência, mercadorias com o significante capital.
O cérebro de nosso empresário é a geleia geral do tropicalismo.

O sentido da produção capitalista é obtenção de “ganancia”. “Ganancia” ou benefício quer dizer excedente: o capital adiantado deve voltar a seu ponto de partida, com um suplemento, um aumento, um incremento. Assim se tem valorizado. O suplemento é a mais-valia se se refere ao capital total de uma sociedade. Produzir mais-valia significa que o valor de troca (preço) de todos os bens produzidos durante um período de produção (durante um ano) é bem maior que a soma paga a classe trabalhadora assalariada, maior que o salario do trabalho, mais elevado que o valor de câmbio (preço) da força de trabalho, superior ao fundo de salários.

A relação social em tela ocorre em uma determinada história econômica capitalista. A competição entre as empresas capitalistas é parte da história econômica para a sobrevivência das empresas mais fortes tecnicamente; a relação técnica de produção age sobre a baixa do preço da mercadoria no fim da cadeia capitalista, ou seja, no mercado dos meios de bens de consumo improdutivos. O cérebro do empresário brasileiro não metaboliza a sociedade industrial capitalista como um modo de existência empresarial competitivo. O empresário brasileiro é o sujeito gramatical que não quer morrer e assim os preços das mercadorias não obedecem à lógica da gramática do modo de produção e circulação de uma sociedade industrial moderna.

Sem competição capitalista, o cérebro capitalista colonial não estabelece a relação entre técnica e criação científica como essência de sua prática econômica. Assim o empresário não se constitui como força prática econômica de reinvenção do capitalismo nesta hora na qual a invenção é o gramático capitalista, por excelência.

NO Brasil, os mass media, os economistas em geral, os políticos-empresários e o novo governo nacional esperam que a velha indústria retome um crescimento econômico que cessou há mais de 30 anos. Para eles, basta investir no capital (= meios de produção produzidos) para que o milagre do crescimento econômico retorne. Fantasia econômica brasileira no lugar da história econômica real do capitalismo nacional.

A música diz tudo: “a sua piscina está cheia de ratos, as suas ideias não correspondem aos fatos”.
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                                                                                  II

O marxista Florestan Fernandes escreveu sobre uma burguesia autocrática. Ele fala do caráter totalitário da burguesia brasileira fazendo pendant com o militarismo. A nossa burguesia gerou o Estado militar 1964 em reação ao aprofundamento da democracia 1946.

Em 2019, um governo com uma facção militar poderosa é apresentado pelos mass media como um fato natural. Para a burguesia totalitária é um fato natural. A burguesia financia os mass media, os mass media representam na sociedade de comunicação de massa a lógica da gramática da burguesia brasileira.

Para Hegel o Estado é o palco da história. Para Marx, o palco da história é a sociedade civil burguesa na formação social capitalista. Nós brasileiros vivemos em um ersatz de capitalismo e a burguesia brasileira não é um sujeito de uma história gloriosa de revoluções burguesas. No Brasil, sempre se falou em revoluções (qualquer escaramuça ou quartelada era apelidado de revolução). Assim, tivemos a Revolução 1930 de Getúlio Vargas envolta em trevas discursivas nas quais andei sem rumo nos bancos universitários. 1930 não foi uma revolução burguesa, foi um movimento civil/militar da oligarquia do Sul do país.

Os paulistas publicaram uma volumosa bibliografia sobre a burguesia do café e a burguesia industrial paulista das duas primeiras décadas do século XX. Eles apresentaram São Paulo como o  centro da vida econômica capitalista a partir do fim da era escravagista. Da oligarquia paulista, o maravilhoso marxista moral Caio Prado Jr criou uma Editora para publicar seus próprios livros sobre a existência  do capitalismo no Brasil desde a era colonial. Essa baboseira toda encheu de fumos machadianos (delírio gramatical em Machado de Assis) minha vida como estudante universitário e professor universitário, também.

Hoje me livrei dos fumos machadianos. Mas para tal feito tive que inventar um campo científico no domínio da história: psicanálise em gramática marxista.  Esta gramática corresponde ao método crítica das ideologias científicas (economia política) e filosóficas (filosofia neo-hegeliana e socialista) de Marx. O marxismo e a economia política entre nós (não temos filosofia) é o campo das ideologias a partir do qual com um martelo a vapor (método da gramática da comunicação) despedacei a nossa literatura ideológica científica e a recriei como psicanalise em gramática marxista.

De fato, a universidade carioca e paulista vivia nas brumas de Avalon das ideologias teóricas europeias. O universitário é um ser ideológico. Esta é a causa de um ersatz de ideologia (lulismo) tomar de assalto a nossa vida universitária.

O lulismo corrupto desgraçou o marxismo; durante um grande período da vida docente ministrei aula de marxismo para 3 alunos. Com o colapso da ideologia marxista da ilustração tupiniquim, os alunos se tomaram de aversão sexual (aversão que envolve o sentido olfativo) pelo odor pútrido que exalava dos livros marxistas. Não desisti! Chegueis a situação insustentável de ministrar um curso de marxismo para um aluno. Só a liberdade de cátedra garantiu a continuação de meus cursos sobre marxismo.

Depois do câncer (tenho de registrar que a universidade me tratou como uma pessoa gravemente doente e não com máquina descartável, pois, fungível) e mais de um ano de tratamento, voltei ministrando aulas sobre a realidade brasileira. No tratamento quimioterápico vomitei constantemente devido aos remédios. Isto não me impediu de escrever um livro sobre a história do Brasil da contemporaneidade. Comecei a pensar as máquinas de guerra gramaticais: freudiana, euclidiana (De Euclides da Cunha) e outras.

Ao voltar a lecionar concentrei nas matérias sobre história brasileira.  Tinha publicado outro livro sobre Brasil no qual fiz um ensaio de interpretação do nosso triste Lula da Silva. Neste ensaio, bebi em Gilberto Freyre e na literatura da década de 1920 (e 1930) para tecer uma biografia do nosso líder sertanejo de Pernambuco/São Paulo. Pedi para os alunos lerem o ensaio.

Na sala de aula uma aluna inteligente e estudiosa saída da classe média popular fez uma declaração de amor ao meu Lula. Como estudei na escola de comunicação, me lembrei das aulas nas quais os professores falavam em obra aberta a interpretação do leitor. Constatei com desprazer e frustração que os professores da ECO falavam a verdade.

No meu pós-câncer, aprofundei a crítica do Brasil lulista. Publiquei mais livros e desenvolvi uma intensa e extensa publicação no mundo cyber. Na universidade, me choquei com o lulismo estudantil.
Os estudantes são seres sensíveis e verdadeiros no mundo da inteligência. Eles fazem do discurso político ou do discurso ideológico um bálsamo de alimento de sua espiritualidade, ou na terminologia da segunda metade do século XX, um elixir (ou uma panaceia) para a sua subjetividade envenenada por maus fluídos.

Comecei a usar o martelo a vapor da física marxista que inventei. A reação foi violenta, simbolicamente, e os estudantes se sentiram como se o professor pretendesse decretar uma orfandade ideológica precoce deles. Vi que a situação era gravíssima quando uma aluna esperta (inteligente e culta) se reportou à administração me acusando de assedio moral. Pedi minha aposentadoria e continuei meu trabalho de Sísifo até inventar o campo científico psicanálise em gramática marxista. Aliás, comecei a estudar Freud e Lacan com os professores da Eco Carlos Henrique Escobar e Muniz Sodré.

Nos últimos dias de novembro comecei a pensar que a segunda spaltung (que nos levará a uma República neofascista) ocorrerá por meio de forças práticas gramaticais da própria sociedade civil.
Escrevi alguns textos sobre o neofascismo. Os submeto à leitura do  cyberleitor:
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 ESTADO DE POLÍCIA ELETRÔNICO
Após uma campanha de vários dias sobre assédio sexual do homem que exerce magia branca João de Deus, o governador de Goiás soltou seus cães da polícia secreta sobre o nosso mágico branco. Acusado de charlatanismo nas redes sociais. conhecido nos EUA e na Europa, João é o líder carismático de uma comunidade mágica com seguidores e detratores em muitas partes do mundo.
Secundando o Jornal O Globo, a Globo News resolveu decretar a morte simbólica do mágico curandeiro. A emissora usa a tática de atacar uma celebridade do mundo carismático religioso como o início da instalação do “Estado de polícia eletrônico” da era bolsonarista.
O Estado de polícia eletrônica é a junção da sociedade de comunicação de massa com o aparelho policial estadual. Na província, o aparelho policial se submete docilmente à política dos massa media carioca. Tudo leva a crer, que a ideia de criar uma força-tarefa da inteligência (policia secreta estadual) para investigar o mágico João foi do governador.
A aliança do estado de Goiás com a Globo News e jornal o Globo (Grupo Globo) faz surgir esse estranho fenômeno esdrúxulo na vida brasileira: “Estado de polícia secreta eletrônico”. Uma empresa privada da comunicação de massa passa a ter poder de dizer à polícia estadual quais cidadãos devem ser investigados pela polícia secreta (Okhrana local). O caso João de Deus deixou de ser um caso jurídico da vida regular do mundo judicial-policial.
O Grupo Globo tem sua força acrescida, tem o crescimento de sua força informacional elevada a uma potência até então desconhecida na vida brasileira. João de Deus foi escolhido como alvo tático de uma milícia eletrônica cujos jornalistas demonstram soberba (pretensão a superioridade sobre as pessoas que possuem um lugar de destaque na sociedade, arrogância de se apresentar como pilar moral da nação , orgulho narcísico em deter o monopólio da organização da cultura nacional para os profanos) ao aniquilar pela violência real policial qualquer pessoa por eles considerada inimiga.
A era Bolsonaro começou com a emergências de fenômenos autocráticos como esse Estado de polícia eletrônico e o culto da autoridade (ersatz de culto da personalidade da antiga URSS) decretada pelo presidente do STF. É possível que o governo Bolsonaro multiplique a criação de fenômenos totalitários como os supracitados.
A vontade da soberania popular 2018 parece que vai alterando a paisagem liberal-democrática ao povoá-la com estranhos fenômenos autoritários.
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A AURORA DA REPÚBLICA NEOFASCISTA

A percepção crítica nacional espera que uma formação neofascista surja das ações do governo Bolsonaro. Agora estamos vendo que o neofascismo tropicalista tem como força prática o Grupo Globo, e massa de mulheres assediadas, realmente ou na fantasia.

A comunidade mágica carismática João de Deus foi estabelecida como alvo da criação de um Estado de polícia neofascista. O Grupo Globo (jornal o Globo e Globo News) induziu a criação de uma força sob comando da polícia secreta de Goiás para fechar o local do culto mágico de cura celebração divina e reza sob a liderança da celebridade internacional João de Deus.

A destruição da sede da comunidade em tela é uma repetição gramatical do aniquilamento físico do arraial de Canudos e dos camponeses do Contestado pela República Velha autocrática do período que se encerra em 1930.

Eu acuso o estado de Goiás ( e a polícia do governo do Estado de São Paulo) de propor a criação de uma República neofascista nacional como continuação por outros meios da República Velha autocrática. O povo que recebe a cura milagrosa e a terapia mágica de João de Deus é o verdadeiro objeto da violência simbólica e real do Estado de polícia neofascista (Globo News + estado de Goiás).

A República neofascista é inventada a partir da destruição da espiritualidade e moralidade do povo mais humilde de um lugar provinciano e que historicamente usa e abusa da violência real do Estado contra camponeses e trabalhadores assalariados agrícola e do pastoreio.

A Globo News transformou o caso da comunidade mágica supracitado em um problema político prático nacional, ou seja, problema da criação da República neofascista usando a credulidade de mulheres que se acreditam defendida pela altruísta Globo News.
Como questão prática nacional (e internacional) o caso da comunidade mágica não deveria ser objeto do poder dos juízes do STF?

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POVO MÁGICO MESTIÇO, EVANGÉLICOS, ELITE BRANCA, GLOBO NEWS
O Grupo Globo (jornal O Globo, Globo News, cadeia de rádio e televisão) transformou em um problema prática nacional as denúncias de assédio do mago moderno João de Deus.
O governo de Goiás criou uma força-tarefa policial-judicial para criminalizar João. Uma delegada de polícia alva, de um clã familial do poder goiano diz que o governo vai destruir o sítio onde o povo mágico JD reza, celebra, vive milagres. Os milagres são conhecidos internacionalmente e enchem de ira os evangélicos espalhados pelos quatro cantos do planeta.
Vendo uma oportunidade para atrair (aumentar) a audiência das mulheres para a televisão, a Globo News transforma João de Deus em um alvo tático-assediador contumaz. As denúncias já estavam na internet e há acusações contra JD na justiça goiana.
Goiás passou a ser um palco da aliança entre a elite do poder ariana caipira, o internacionalismo evangélico e a Globo News. Relatos na televisão sobre assédio de JD são feitos por evangélicos americanos. Ao contrário na Globo News, âncoras gays e lésbicas usam mulheres assediadas (na fantasia, ou realmente) para a partir do bode expiatório evangélico JD fabricarem uma República Neofascista tropicalista.
Passamos a viver em tempos evangélicos neofascistas. A associação entre cristianismo e fascismo é uma página negra da história da Igreja do Papa Pio XII. A Igreja de Pio XII favoreceu a fuga dos nazistas para, especialmente, a América Latina. Hoje, o Vaticano faz um trabalho de propaganda para desfazer o fascismo do Papa Pio XII. Na atualidade, o cristianismo evangélico vai aparecendo como a força prática religiosa do neofascismo na América Latina.
Causa espécie assistir o espetáculo da televisão secular no Brasil associada ao evangelismo neofascista como força prática de construção de uma xifópaga República neofascista. No Brasil, o neofascismo bebe na fonte de energia espiritual do conservadorismo e do neoconservadorismo da sociedade. O jornalismo brasileiro aparece como uma força cultural que não vê problema em ajudar a construir a República neofascista enquanto clama por liberdade de expressão para o próprio jornalismo.
Os últimos movimentos da chefia do STF parecem dizer, abertamente e sem meias palavras, que o poder judiciário brasileiro é capaz de servir ao novo senhor política enunciado (República neofascista) ?
Acrescentando força à narrativa neofascista, a elite intelectual de esquerda continua brincando de lulismo em Curitiba: “caravana natalina libertem Lula”.

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JOÃO DE DEUS E A TELEVISÃO
Há relatos de mulheres que falam do assédio sexual de João de Deus a elas. Os relatos fazem parte do jornalismo da Globo News há 3 dias consecutivos. Sou secular e para mim João de deus é parte do pensamento mágico brasileiro das multidões de crentes, daqueles que creem na cura mágica de João.
Parece que a emissora carioca quer reduzir a pó João de Deus com sua programação, que para as centenas de milhares curados por João, é um jornalismo eletrônico infame.
Há um nítido massacre militarizado visualmente de João. Como o jornalista gosta de dizer uma fotografia (imagem) vale por mil palavras. A fotografia eletrônica funciona como verdade. Para a massa de fiéis da Globo News, a emissora fala a verdade; trata-se de uma verdade religiosa laica (para os que creem no jornalismo da irreflexão) não de uma verdade científica; trata-se de uma verdade ideológica, pois a religião é a forma mais antiga de ideologia, ela é ideologia tradicional.
O bombardeio noturno e diurno a João é uma demonstração do poder policial da Globo News. Punir João (com a pena máxima da morte simbólica) é a mensagem enviada pelo jornalista eletrônica. O jornal de papel não tem como funcionar como um poder policial punitivo dessa magnitude, por exemplo.
A mensagem tem uma dimensão política? A TV faz uma demonstração de seu poderio militar eletrônico como uma ameaça aberta e direta a Jair Messias Bolsonaro. A Globo News se envolveu aberta e diretamente na campanha para eleger Bolsonaro. Ela sugeriu uma pessoa para ocupar a pasta do ministério da Educação. Bolsonaro ignorou a Globo News. Talvez a partir desse fato a emissora tenha resolvido passar para a tática pós-modernista de transformar o presidente da República em um REFÉM.
A política ad nauseam de ataques a João é feita em nome da mulher. A Globo News diz que fala em nome da mulher. Ao contrário, a emissora usa o movimento de mulheres para fazer sua política corporativa empresarial. A lógica empresarial conduz a política da Globo News. Trata-se de interesses econômicos da corporação grupo Globo no comando da programação jornalística diuturna. A mulher é apenas um artefato útil da sociedade de comunicação dos mass media carioca.
Enfim, a Globo News quer medir força com o homem mágico João!
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NOSSA MÁQUINA DE GUERRA SEXUAL

João de Deus pode ter assediado as mulheres crentes que buscavam cura real ou fantasiosa para seus males. Trata-se de um problema criminal que deve obedecer aos preceitos constitucionais, aos artigos dos direitos individuais da Constituição 1988.

Quando o jornalista Pedro Bial levou evangélicas americanas para relatar estupros cometidos por JD; quando um repórter de Goiás é pressionado pela Editora da TV Carioca para forjar entrevista com prováveis evangélicas (que nunca mostram o rosto) acusando nosso mago de estupro (fraude); quando uma polícia evangélica diz para a TV que tem 200 casos registrados de estupro em São Paulo, então, JD vira um estuprador en masse.

A imagem que as várias forças em tela estão fabricando é a de um JD freudiano. Trata-se do Pai da Horda do livro “Totem e Tabu”. O Pai da Horda é o animal despótico que é dono de todas as mulheres (o incesto inexiste na horda) e de toda a riqueza da tribo. Ele é uma máquina de guerra sexual que devora as filhas antropofagicamente em rituais sexuais.

A imagem que a Globo News está fabricando é a de JD como máquina de guerra sexual ou psicopata sexual. Como esse homem mágico, que pratica magia branca e milagres há muitas décadas, pode ser uma máquina de guerra sexual sem que a comunidade dos fies soubesse? Como ele pode ter se tornado uma celebridade internacional (Europa e EUA) se JD é uma máquina sexual psicopática?

O essencial é que o Grupo Globo escolheu JD para demonstrar sua força, seu poder de destruir uma pessoa poderosa, para o novo presidente da República. O poderes da República assistem de camarote e impávidos ao espetáculo sórdido, abjeto, ilegal do uso público da TV para aniquilar indivíduos sob a proteção do manto da Constituição. A TV viola o segredo de justiça sem pudor.

O Grupo Globo manda uma mensagem mafiosa para todos: não se deve criticá-lo, pois isto significa a possível destruição do crítico. JD é apenas um alvo-objeto escolhido a dedo pela alta administração da TV Globo para apresentar a TV como poder mafioso tout court da era neofascista.

O poder judiciário regula a política (judicialização da política); e anda de conluio com a atividade mafiosa neofascista da TV.

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Falo da República neofascista como um fenômeno que significa a segunda spaltung na vida nacional. Esta República está dormido na escuridão da tela gramatical da nossa sociedade. Observa-se que ela quer vir à luz; ela quer ser a parte dominante visível da gramática da comunicação da nossa história.
Ela é o ovo da serpente que o novo governo só tem que romper a casca.  

O governo foi eleito para realizar a satisfação dos desejos neofascistas da realidade nacional. Quem sobreviver poderá falar da gramática em narrativa lógica da República neofascista em nossas terras.    


         
             







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