terça-feira, 8 de novembro de 2016

TEOLOGIA POLÍTICA DE RAUL SEIXAS, PAULO COELHO (CLAUDIO ROBERTO)


Não vou seguir a ordem natural da criação da maravilhosa teologia política R.P. (C.) Começo com a resposta mais inteligente e lúcida (de Raul Seixas e Claudio Roberto) à ideia de loucura da tela gramatical freudiana forjada para o transujeito industrial pela revolução freudiana do americanismo: 

Maluco Beleza
Raul Seixas/Claudio Roberto 
  

Enquanto você
Se esforça pra ser
Um sujeito normal
E fazer tudo igual
Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco
Um maluco total
Na loucura real

Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza

E esse caminho
Que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Eeeeeeeeuu!
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez

Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com toda certeza
Maluco, maluco beleza

Passo para a tela gramatical clara e distinta R.P. sobre a gramática da atitude que as massas sujeito zero burguês devem metabolizar como o verdadeiro:

 Tente Outra Vez
Raul Seixas/Paulo Coelho
  
Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!

Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!

Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça aguenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!

Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!

Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!

Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Han!
Tente outra vez!

Agora entre na região da subjetividade territorial nacional na qual a teologia política R.P. fez pendant com a conjuntura comunista bolivariana lulista. O senador do PSDB mineiro Aécio Neves (sobrinho do herói político mineiro Tancredo Neves) disse que Metamorfose Ambulante era a música que jogava uma luz do maravilhoso sobre a relação do ator hobbesiano Luís Inácio Lula da Silva com o PT (Partido dos Trabalhadores): 

 Metamorfose ambulante
Raul Seixas/Paulo Coelho
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
É chato chegar a um objetivo num instante
Eu quero viver nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo 

Acabo com a teologia política R.P., que gerou a energia narcísica mitológica (para abrir a clareira estelar) que tornou possível fazer o caminho até o Partido Comunista Lacaniano (PCL), ao caminhar nas estrelas com as máquinas de guerras narrativas que vieram das estrelas fazer a guerra gramatical sagrada ao Diabo do americanismo industrial. Trata-se da poiética de combate  à subjetividade territorial nacional agenciada pelo complexo de vira-lata burguês (significante dramatúrgico  de Nelson Roduigues) - no campo das relações  internacionais - da sociedade  dos ricos associados RJ/SP. 

Gita
Raul Seixas/Paulo Coelho
  
Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando
Foi justamente num sonho que Ele me falou

Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado

Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar

Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar

Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!

Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição

Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada

Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar

Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim

Das telhas, eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra A tem meu nome
Dos sonhos, eu sou o amor

Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!

Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão

Eu!
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio
Eu sou o início
O fim e o meio
Eu sou o início
O fim e o meio

Cético e agnóstico, Raul se interessava por filosofia (principalmente metafísica e ontologia), psicologia, história, literatura e latim e algumas ideias dessas correntes foram muito aproveitadas em sua obra, que foram metabolizadas pela multidão da tela musical que desejava sexualmente viver na Era de Aquário.   Paulo Coelho se tornou o romancista brasileiro mais traduzido em línguas, sendo que algumas delas ignoradas pelo próprio Diabo!  

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