sábado, 2 de julho de 2016

O CAPITAL MILITAR MUNDIAL E O BRASIL



“Tais circunstâncias derrubam a tese defendida por muitos de que o Brasil está longe do terrorismo extremista, baseados em falsas premissas de que o país não está envolvido em operações bélicas no Oriente Médio, Norte da África e em países asiáticos e que somos pacíficos", defende Woloszyn. "O cenário atual no Brasil é de pró-terrorismo cujas medidas profiláticas não dependem somente dos órgãos estatais, mas, fundamentalmente, do envolvimento da sociedade em geral em um trabalho conjunto para coleta de informações. ”

“Esse trabalho conjunto já vem sendo feito há meses em parceria com órgãos de inteligência estrangeira, sobre tudo com os norte-americanos, franceses, ingleses e israelense. Eles ofereceram treinamento aos agentes brasileiros e o compartilhamento de informações. A população também foi treinada. O Ministério da Defesa, a Abin, a Polícia Federal e a Secretaria Extraordinária para a Segurança de Grandes Eventos promovem, desde fevereiro, cursos para que voluntários, taxistas, recepcionistas de hotel ou funcionários do transporte público aprendam a identificar possíveis ameaças e como lidar com elas ” (El Pais).
Há uma luta surda, e no escuro, no governo Temer (e no PMDB) sobre um provável ataque terrorista na Olimpíada? A ABIN bolivariana quer envolver o Governo Temer com as redes técnicas de dominação e de poder do capital militar mundial?
Pela primeira vez, as redes técnicas de poder (hegemonia e dominação) do capital militar mundial aparecem, com todas as letras, no jornalismo publicado no Brasil. O capital militar mundial é constituído pelo complexo industrial militar mundial + a Okhrana (sistema de informação, contrainformação, desinformação e terrorismo, que tem seu centro tático mundial nos EUA e seu principal aparelho terrorista na CIA).
O capital militar mundial é a fonte da narrativa hegemônica da guerra da cultura política econômica internacional planetária. Ele faz pendant com o homo informacionalis. O capital corporativo eletrônico mundial é a rede técnica de poder que cria e recria (e faz circular) a hegemonia do capital militar mundial nas nações. O estado de natureza hobbesiano (estado de guerra permanente) no planeta é uma fonte de riqueza, de dominação e narrativa hegemônica do capital militar mundial.
O jornalismo mundial (incluindo o Chinês comunista) é parte das redes de poder hegemônico do capital mundial que tem como centros táticos os EUA, Inglaterra, União Europeia, Rússia e China. Porém, há um antagonismo cultural político entre o capital militar mundial ocidental e o Chinês, que pode se intensificar com a crise do modelo capitalista chinês. Um jornalismo chinês em língua inglesa pode se tornar importante para a conjuntura mundial que se avizinha.
O capital militar ocupa o lugar hegemônico no bloco-no-poder mundial através de sua narrativa hegemônica sobre o estado de guerra Ocidente versus Islã (Estado Islâmico ou ISIS).  A narrativa deste capital é, ao mesmo tempo, ficcional e real. Ela é real, pois, o terrorismo do ISIS é uma realidade dos fatos. Ela é ficcional porque o ISIS assume atos terroristas não praticados por ele, praticados pela Okhrana. A cultura política econômica do capital militar necessita do desenvolvimento da transdialética Estado Ocidental versus terrorismo islâmico. Este inimigo é minimamente real, mas, ficcionalmente, criado, em uma escala ampliada, pelos atentados da Okhrana, principalmente, na Europa e na Turquia.
O capital militar usa os países como parte de em um vasto cenário artificial de guerra terrorista, condensado, atualmente, na Turquia. A estratégia do capital militar é sustentar, através do estado de natureza hobbesiano no planeta, a Ditadura Militar do capital como fenômeno, por excelência, do século XXI. Na Europa e nos EUA, tal ditadura ex-iste com semblância democrática como cultura política do sério. No Oriente Médio, tal semblância democrática é da cultura política do witz mundial. Há uma crise mundial cultural política econômica do capitalismo mundial em progressão aritmética, no momento, em passo de tartaruga.  
A Olimpíada no Rio é um teatro de operações para a indústria do terrorismo do capital militar mundial ocidental. A hegemonia do capital militar aparece através da narrativa dele que tem como fonte estatal a ABIN bolivariana, que quer derrubar o governo Temer. Através dessa agência de espionagem estatal bolivariana brasileira, o governo Temer é envolvido nos circuitos diabólicos do poder de dominação do capital militar mundial.
O capital militar prepara cenários para ditar as cartas da agenda do jornalismo ocidental, definir o curso da eleição presidencial americana de 2016, ou de promoção de golpes de Estado para instalação da Ditadura militar do capital (o capital mundial está vivendo uma crise global) na periferia cultural política do capitalismo ocidental.
Tudo parece indicar que o jornalismo do Grupo Globo, a maioria dos jornais de papel brasileiros, revistas e semanários foram capturados pela narrativa militarista do capital militar ocidental. Assim, só um milagre pode evitar atentados terroristas no Rio da Olímpiada. Se o sistema de informação e inteligência brasileiro está sendo treinado pela Okhrana, então, ele foi integrado às redes técnicas de poder do capital militar ocidental.
O leitor deve observar que mesmo a esquerda alternativa (universidade nômade, deleuzianos, zizekianos) nada falam no mundo digital sobre o capital militar mundial e sua investida tática no território brasileiro agora, mesmo diante do perigo real e imediato. Tal esquerda também foi capturada pela narrativa militarista do capital militar mundial. Ela é parte da trans-subjetivação narrativa do poder hegemônico do capital militar. Por quê?
Porque falta a ela a nova teoria do capital militar mundial que suprassumiu a velha crítica da economia política do capital somente civil. O surto narcísico permanente de tal esquerda a impede de metabolizar a física geopolítica do capital mundial. Por isso leitor, você não vê o físico José Paulo Bandeira integrado ao espaço procedural público do debate da nova esquerda, e também, do jornalismo brasileiro, europeu e americano.
A física geopolítica hobbesiana já publicou livros sobre o novo campo de poder mundial. O jornalismo do Nova Gazeta Renana Digital vem publicando textos (baseados em fatos cotidianos) sobre a Nova Ordem Mundial Digitalis. O blog José Paulo Bandeira tem mais de 100 textos sobre a realidade dos fatos mundiais. E, no entanto, me aposento na universidade estatal ministrando um curso sobre DITADURA MILITAR MUNDIAL para dois alunos. Isso é o efeito da trans-subjetivação da narrativa hegemônica do capital militar mundial nas massas intelectuais (classe simbólica) brasileiras.  
Moro no Rio e espero que um milagre aconteça. Que a Olimpíada carioca não seja o teatro dramático de uma tempestade perfeita terrorista mundial. O atentado terrorista do Rio Centro promovido pelo serviço de informação do Exército brasileiro na década de 1980 não é apenas um fantasma terrorista do passado no nosso presente de 2016. VERGONHA NACIONAL.                 
       
                   
               


          
                  


          

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