domingo, 26 de novembro de 2017

BANCO MUNDIAL- RACIONALISMO E IRRACIONALISMO

José Paulo

Luta gramatical de classes no Brasil





Avec le capital porteur d’intérêt, le rapport capitaliste atteint sa forme la plus extérieure, la plus fétichisée. Nous avons ici A – A’, de l’argent produisant de l’argent, une valeur se mettant em valeur elle-même, sans aucun procès qui serve de médiation aux des extrêmes. Pour le capital marchand, nous avons au moins la forme général du mouvement capitaliste: A M- A’, bien qu’il reste confiné à l’interieur de la sphère de circulation et que le profit apparaisse donc comme le simples résultat d’une aliénation. (Marx. Le capital. Livre troisième. Éditions Sociales: 362).   
A forma fetiche do capital financeiro inscreve na narrativa de Marx a economia como um domínio do mitológico, pois, se trata de uma forma cujo agir se realiza guiado pela irracionalidade econômica. Com o neoliberalismo do globalismo tal forma irracional do capital ergue a ditadura mundial da oligarquia financeira e se valeu da instrumentalização do domínio de um saber irracional no campo da luta das narrativas! 

                                                                         I
O relatório do Banco Mundial sobre o nosso Estado nacional é um artefato ideológico de estabelecimento de uma “razão econômica” da luta de classes. Trata-se da grande política como luta de classes no domínio da narrativa da política brasileira. Trata-se de uma impostura, de uma mentira, de uma manipulação barata dos economistas do Banco Mundial.  

O Banco Mundial é uma instituição da ditadura mundial do capital fictício. Mas ele se apresenta com a fachada de ser uma instituição neutra multilateral no campo das relações internacionais. Tal ideologia política significa a vitória da ditadura mundial da oligarquia financeira no campo da narrativa internacional da luta de classe do capital financeiro. Em nenhum momento da história, o capital financeiro gozou da dominação absoluta (e articulação da hegemonia das nações) sobre povos, países e continentes como no período que começa com o neoliberalismo niilista do globalismo da década de 1990.

A narrativa do capital fictício diz que a luta de classes acabou. Como ela pode ter acabado se o capital financeiro é uma classe social gramatical da sociedade de classes gramatical mundial? O que aconteceu no plano narrativo?

Houve a passagem da sociedade sociológica de classes para a sociedade gramatical de classes. Tal fato alterou o ver, o ouvir e o ler dos fenômenos ligados à sociedade de classes. Houve uma substituição da percepção sociológica dos fenômenos por uma percepção gramatical na esfera da narrativa mundial e nacional.

Agora o poder não é mais político como tal; ele é um poder gramatical. A razão política cedeu seu lugar para a razão gramatical. Trata-se de uma subversão radical para as relações das classes sociais, agora, não mais classes que podem ser definidas por seu lugar sociológico-econômico no domínio das relações sociais de produção. As classes sociais de hoje se articulam a partir de seus lugares gramaticais nas relações sociais narrativas (eloquência e retórica) na economia, na política e na cultura de massa.

Trata-se da revolução mundial gramatical do capital fictício. Na década de 1990, tal revolução explorou (no domínio da narrativa da alta cultura) os efeitos irracionais do pós-modernismo. As armas ideológicas do pós-modernismo são: tudo é simulacro de simulação no campo da objetividade social e política; não existe verdade; só há interpretações de mundo arbitrárias; a ligação das significações com os significantes (no campo da cultura, da política e da economia) são arbitrárias; entramos no domínio absoluto do subjetivismo. O poder representativo é uma ficção; a representação política é ficção; não há razão epistêmica, só doxa descambando para a teoria irracional de ideias e estruturas de pensamento; a luta de classes deixou de existir e foi substituída pelas lutas do multiculturalismo em um sentido global. 

Com efeito, a conjuntura neoliberal do globalismo com pós-modernismo trás para as massas de trabalhadores o desespero e a incredulidade no marxismo como saber da objetividade e da verdade. A ideologia do pós-modernismo faz pendant como poder gramatical da ditadura mundial da oligarquia financeira no domínio da narrativa mundial. Ambos produzem efeitos narrativos de dissolução do marxismo leninista, e do marxismo em gral, na cultura ocidental. Trata-se da luta de classes no território trans-subjetivo da tela gramatical da narrativa internacional.

A dissolução da vontade de potência do marxismo na cultura ocidental (universidade, alta cultura, cultura de massa, ciências humanas) significou a derrota das massas desde as massas operárias até as massas simbólicas formada por intelectuais, cientistas, publicites, jornalistas, professores, etc.

Tal acontecimento fez com que a tomada do poder brasileiro pelo PT e Lula se transformasse em um fenômeno mundial. O Brasil enfrentava a derrota da classe operária, de fato, e no domínio narrativo houve a resposta do real das massas de trabalhadores ao domínio e à articulação da hegemonia internacional do capital fictício, com a era do bolivariano.  A escandalosa derrota do projeto hegemonia petista na América Latina e a derrota do socialismo do bolivariano chavismo na Venezuela trouxe mais desilusão para as massas sobre o socialismo. O fim terrível do socialismo bolivariano abriu as comportas paro o domínio aberto, a seco e brutal do capital fictício sobra as massas de trabalhadores em todo o mundo ocidental.

O capital fictício apresentou o socialismo do bolivariano como uma ficção, como um efeito da era narrativa ideológica do pós-modernismo. O socialismo em tela era apenas um efeito da narrativa do simulacro de simulação, de uma razão política de fachada, pois, imersa no irracionalismo narrativo factual.

A derrota das massas tem um outro episódio no Brasil. Em 2013, surgiu um movimento de massas de rua carioca, paulista e em outras capitais que se apresentava como efeito de uma razão gramatical. As massas 2013 significam a revolução democrático-burguesa na linha gramatical de força da revolução democrático-burguesa que dissolveu o Estado absolutista, fascista, militar 1968.

As massas gramaticais forma derrotadas, no domínio manifesto, pela repressão da aliança da cultura de massas com os grandes partidos de Brasília (PMDB, PSDB, [um PT relutante e cego, de costas para as massas sujeito grau zero autocrático] e outros partidos satélites) e os governos estaduais. As massas 2013 significavam a primeiro acontecimento da razão gramatical no campo da grande política, como eu a defini acima. No domínio latente, as forças brasileiras que derrotaram as massas eram um efeito gramatical da ditadura mundial da oligarquia financeira ou ditadura mundial do capital fictício (ditadura mundial CF).

O domínio da ditadura mundial CF produziu efeitos na política brasileira transformando-a em um valhacouto de organizações criminosas gramaticais. A ditadura mundial CF tem como Estado o Criminostat. Ela é o centro propulsor das ilegalidades dominantes, vontade de potência de uma política mundial dominada por máfias econômicas dominantes e organizações criminosas gramaticais (regidas, também, pela irracionalidade sgrammaticatura) de inúmeras espécies. 

O domínio da nossa política por organizações criminosas gramaticais é um efeito da luta de classes gramatical mundial entre o capital fictício e as massas de trabalhadores manufatureira e/ou simbólica. 
A política brasileira e sua democracia atual são efeitos da derrota das massas operárias, a longo prazo, e das massas gramaticais 2013. A face autoritária da nossa política e narrativa gramatical faz as massas simbólicas caírem em um desespero intelectual e o povo ser invadido pela incredulidade na racionalidade política. A derrota do bolivariano e das massas 2013 criaram uma atmosfera de irracionalismo na tela gramatical da política de massas. O desencanto das massas com a política de rua e com as eleições são efeitos da narração em tela.
                                                                               II

O relatório do Banco Mundial tem como objetivo fazer da política brasileira um laboratório continental de associação da política do capital fictício com uma expropriadora razão econômica. A ofensiva do Banco Mundial cria mitos como os 20% mais ricos, incluindo aí a classe média simbólica pública que é a última defesa da questão nacional e, por consequência, do Estado nacional de massas 1988. Entre nós, a sociedade do rico não incluiu a classe média.

Destruir a essência pública da classe média estatal segue a mesma linha gramatical de força da destruição do povo brasileiro. A CIA e a Fundação Ford são parte de uma estratégia de introduzir, entre nós, a narrativa da guerra civil racial (negro versus branco) fazendo pendant com a guerra civil sexual (mulher versus homem). Rios de dinheiro americano são investidos para provar que as guerras civis americanas supracitadas são a essência da política do mundo-da-vida, entre nós.

A estratégia do Estado americano consiste em uma geopolítica histórica de domínio absoluto nas Américas: as Américas para os americanos. É verdade que o multiculturalismo foi uma estratégia que o PT usou para estabelecer um amplo arco de aliança com forças que iam dos movimentos negro e mulher até deputadas e senadoras e mais o jornalismo da cultura de massa, especialmente, TV Globo.

Entretanto o lugar de fala do negro e da mulher, como estratégia para dissolver no ar a ideia e o sentimento de povo brasileiro é um artefato ideológico da CIA. A CIA é a escola de espiões, por excelência, como braço da inteligência dos serviços secretos da ditadura mundial da oligarquia financeira. A CIA (OKHRANA) é a face legal, institucional americana, da dominação do Criminostat sobre a política ocidental.

No Brasil, a OKHRANA encontra-se entrelaçada com a universidade (USP, INSPER e outras instituições universitárias) e, principalmente, com as maiores corporações econômicas da cultura de massa: TV Globo e TV Bandeirante. Na política, ela ajuda a construção da narrativa dos grandes partidos como o PMDB e o PSDB e do pequeno DEM carioca da família César Maia, atual candidato a governador do estado do Rio.

A Okhrana é luta de classes no campo da narrativa brasileira. A luta de classe da ditadura mundial CF tem um candidato para a eleição de 2010. Trata-se do ministro da economia do governo Temer. Henrique Meirelles se apresenta como a razão econômica da ditadura mundial CF. A narrativa de H.M diz que é preciso destruir o Estado nacional de massas (um equívoco dos constituintes 1988) para que a economia brasileira volte ao caminho do desenvolvimento industrial. Tal mitologia se apresenta como racional, mas é somente uma narrativa irracional: um mito milagreiro! 

A razão gramatical das massas diz que só a revolução gramatical democrático-burguesa pode instaurar, entre nós, uma nova economia onde um sistema industrial gramatical terá seu lugar seguro.

O irracionalismo da ditadura mundial CF encontra-se sob um manto racional mitológico de uma ideologia política que quer transformar Henrique Meirelles em um “gênio” ungido por uma divindade: a racionalidade mitológica do capital fictício.

A irracionalidade da classe política da ditadura mundial irracional CF já fez uma Reforma Trabalhista que se tornou o signo aberto e descarado da derrota dos trabalhadores da manufatura para o capital fictício. E faz contínuas privatizações deslumbradas selvagens. A Reforma da Previdência significa a derrota dos trabalhadores simbólicos públicos para a ditadura mundial irracional CF. Como efeito de tal política encontra-se no comando dela no Congresso o pequeno homem Rodrigo carioca Rodrigo Maia, que se ignora como personificação da ditadura mundial irracional da oligarquia financeira na nossa política local. 

As ciências gramaticais da política é o gramático da revolução democrático burguesa de massas da luta de classe no terreno da narrativa brasileira.    
  

                            

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