José Paulo
Luta gramatical de classes no Brasil
Luta gramatical de classes no Brasil
Avec le capital porteur
d’intérêt, le rapport capitaliste atteint sa forme la plus extérieure, la plus
fétichisée. Nous avons ici A – A’, de l’argent produisant de l’argent, une
valeur se mettant em valeur elle-même, sans aucun procès qui serve de médiation
aux des extrêmes. Pour le capital marchand, nous avons au moins la forme
général du mouvement capitaliste: A M- A’, bien qu’il reste confiné à
l’interieur de la sphère de circulation et que le profit apparaisse donc comme
le simples résultat d’une aliénation. (Marx. Le capital. Livre troisième. Éditions
Sociales: 362).
A forma fetiche do capital
financeiro inscreve na narrativa de Marx a economia como um domínio do
mitológico, pois, se trata de uma forma cujo agir se realiza guiado pela
irracionalidade econômica. Com o neoliberalismo do globalismo tal forma
irracional do capital ergue a ditadura mundial da oligarquia financeira e se
valeu da instrumentalização do domínio de um saber irracional no campo da luta
das narrativas!
I
O relatório do Banco Mundial
sobre o nosso Estado nacional é um artefato ideológico de estabelecimento de
uma “razão econômica” da luta de classes. Trata-se da grande política como luta
de classes no domínio da narrativa da política brasileira. Trata-se de uma
impostura, de uma mentira, de uma manipulação barata dos economistas do Banco
Mundial.
O Banco Mundial é uma instituição
da ditadura mundial do capital fictício. Mas ele se apresenta com a fachada de
ser uma instituição neutra multilateral no campo das relações internacionais.
Tal ideologia política significa a vitória da ditadura mundial da oligarquia
financeira no campo da narrativa internacional da luta de classe do capital
financeiro. Em nenhum momento da história, o capital financeiro gozou da
dominação absoluta (e articulação da hegemonia das nações) sobre povos, países
e continentes como no período que começa com o neoliberalismo niilista do
globalismo da década de 1990.
A narrativa do capital fictício
diz que a luta de classes acabou. Como ela pode ter acabado se o capital
financeiro é uma classe social gramatical da sociedade de classes gramatical
mundial? O que aconteceu no plano narrativo?
Houve a passagem da sociedade
sociológica de classes para a sociedade gramatical de classes. Tal fato alterou
o ver, o ouvir e o ler dos fenômenos ligados à sociedade de classes. Houve uma
substituição da percepção sociológica dos fenômenos por uma percepção
gramatical na esfera da narrativa mundial e nacional.
Agora o poder não é mais político
como tal; ele é um poder gramatical. A razão política cedeu seu lugar para a
razão gramatical. Trata-se de uma subversão radical para as relações das classes
sociais, agora, não mais classes que podem ser definidas por seu lugar
sociológico-econômico no domínio das relações sociais de produção. As classes
sociais de hoje se articulam a partir de seus lugares gramaticais nas relações
sociais narrativas (eloquência e retórica) na economia, na política e na
cultura de massa.
Trata-se da revolução mundial
gramatical do capital fictício. Na década de 1990, tal revolução explorou (no
domínio da narrativa da alta cultura) os efeitos irracionais do pós-modernismo.
As armas ideológicas do pós-modernismo são: tudo é simulacro de simulação no
campo da objetividade social e política; não existe verdade; só há
interpretações de mundo arbitrárias; a ligação das significações com os
significantes (no campo da cultura, da política e da economia) são arbitrárias;
entramos no domínio absoluto do subjetivismo. O poder representativo é uma
ficção; a representação política é ficção; não há razão epistêmica, só doxa
descambando para a teoria irracional de ideias e estruturas de pensamento; a
luta de classes deixou de existir e foi substituída pelas lutas do
multiculturalismo em um sentido global.
Com efeito, a conjuntura neoliberal
do globalismo com pós-modernismo trás para as massas de trabalhadores o
desespero e a incredulidade no marxismo como saber da objetividade e da
verdade. A ideologia do pós-modernismo faz pendant como poder gramatical da
ditadura mundial da oligarquia financeira no domínio da narrativa mundial.
Ambos produzem efeitos narrativos de dissolução do marxismo leninista, e do
marxismo em gral, na cultura ocidental. Trata-se da luta de classes no
território trans-subjetivo da tela gramatical da narrativa internacional.
A dissolução da vontade de
potência do marxismo na cultura ocidental (universidade, alta cultura, cultura
de massa, ciências humanas) significou a derrota das massas desde as massas
operárias até as massas simbólicas formada por intelectuais, cientistas, publicites,
jornalistas, professores, etc.
Tal acontecimento fez com que a
tomada do poder brasileiro pelo PT e Lula se transformasse em um fenômeno
mundial. O Brasil enfrentava a derrota da classe operária, de fato, e no
domínio narrativo houve a resposta do real das massas de trabalhadores ao
domínio e à articulação da hegemonia internacional do capital fictício, com a
era do bolivariano. A escandalosa
derrota do projeto hegemonia petista na América Latina e a derrota do
socialismo do bolivariano chavismo na Venezuela trouxe mais desilusão para as
massas sobre o socialismo. O fim terrível do socialismo bolivariano abriu as
comportas paro o domínio aberto, a seco e brutal do capital fictício sobra as
massas de trabalhadores em todo o mundo ocidental.
O capital fictício apresentou o
socialismo do bolivariano como uma ficção, como um efeito da era narrativa
ideológica do pós-modernismo. O socialismo em tela era apenas um efeito da
narrativa do simulacro de simulação, de uma razão política de fachada, pois, imersa
no irracionalismo narrativo factual.
A derrota das massas tem um outro
episódio no Brasil. Em 2013, surgiu um movimento de massas de rua carioca,
paulista e em outras capitais que se apresentava como efeito de uma razão
gramatical. As massas 2013 significam a revolução democrático-burguesa na
linha gramatical de força da revolução democrático-burguesa que dissolveu o
Estado absolutista, fascista, militar 1968.
As massas gramaticais forma
derrotadas, no domínio manifesto, pela repressão da aliança da cultura de
massas com os grandes partidos de Brasília (PMDB, PSDB, [um PT relutante e
cego, de costas para as massas sujeito grau zero autocrático] e outros partidos
satélites) e os governos estaduais. As massas 2013 significavam a primeiro
acontecimento da razão gramatical no campo da grande política, como eu a defini
acima. No domínio latente, as forças brasileiras que derrotaram as massas eram
um efeito gramatical da ditadura mundial da oligarquia financeira ou ditadura
mundial do capital fictício (ditadura mundial CF).
O domínio da ditadura mundial CF
produziu efeitos na política brasileira transformando-a em um valhacouto de
organizações criminosas gramaticais. A ditadura mundial CF tem como Estado o
Criminostat. Ela é o centro propulsor das ilegalidades dominantes, vontade de
potência de uma política mundial dominada por máfias econômicas dominantes e
organizações criminosas gramaticais (regidas, também, pela irracionalidade
sgrammaticatura) de inúmeras espécies.
O domínio da nossa política por
organizações criminosas gramaticais é um efeito da luta de classes gramatical
mundial entre o capital fictício e as massas de trabalhadores manufatureira
e/ou simbólica.
A política brasileira e sua democracia atual são efeitos da
derrota das massas operárias, a longo prazo, e das massas gramaticais 2013. A
face autoritária da nossa política e narrativa gramatical faz as massas
simbólicas caírem em um desespero intelectual e o povo ser invadido pela
incredulidade na racionalidade política. A derrota do bolivariano e das massas
2013 criaram uma atmosfera de irracionalismo na tela gramatical da política de
massas. O desencanto das massas com a política de rua e com as eleições são efeitos
da narração em tela.
II
O relatório do Banco Mundial tem
como objetivo fazer da política brasileira um laboratório continental de
associação da política do capital fictício com uma expropriadora razão
econômica. A ofensiva do Banco Mundial cria mitos como os 20% mais ricos, incluindo
aí a classe média simbólica pública que é a última defesa da questão nacional
e, por consequência, do Estado nacional de massas 1988. Entre nós, a sociedade
do rico não incluiu a classe média.
Destruir a essência pública da
classe média estatal segue a mesma linha gramatical de força da destruição do
povo brasileiro. A CIA e a Fundação Ford são parte de uma estratégia de
introduzir, entre nós, a narrativa da guerra civil racial (negro versus branco)
fazendo pendant com a guerra civil sexual (mulher versus homem). Rios de
dinheiro americano são investidos para provar que as guerras civis americanas
supracitadas são a essência da política do mundo-da-vida, entre nós.
A estratégia do Estado americano
consiste em uma geopolítica histórica de domínio absoluto nas Américas: as Américas para os americanos. É
verdade que o multiculturalismo foi uma estratégia que o PT usou para
estabelecer um amplo arco de aliança com forças que iam dos movimentos negro e
mulher até deputadas e senadoras e mais o jornalismo da cultura de massa,
especialmente, TV Globo.
Entretanto o lugar de fala do
negro e da mulher, como estratégia para dissolver no ar a ideia e o sentimento
de povo brasileiro é um artefato ideológico da CIA. A CIA é a escola de
espiões, por excelência, como braço da inteligência dos serviços secretos da
ditadura mundial da oligarquia financeira. A CIA (OKHRANA) é a face legal,
institucional americana, da dominação do Criminostat sobre a política
ocidental.
No Brasil, a OKHRANA encontra-se entrelaçada com a universidade (USP, INSPER e outras instituições universitárias) e, principalmente, com as maiores corporações econômicas da cultura de massa: TV Globo e TV Bandeirante. Na política, ela ajuda a construção da narrativa dos grandes partidos como o PMDB e o PSDB e do pequeno DEM carioca da família César Maia, atual candidato a governador do estado do Rio.
A Okhrana é luta de classes no
campo da narrativa brasileira. A luta de classe da ditadura mundial CF tem um
candidato para a eleição de 2010. Trata-se do ministro da economia do governo
Temer. Henrique Meirelles se apresenta como a razão econômica da ditadura
mundial CF. A narrativa de H.M diz que é preciso destruir o Estado nacional de
massas (um equívoco dos constituintes 1988) para que a economia brasileira volte
ao caminho do desenvolvimento industrial. Tal mitologia se apresenta como
racional, mas é somente uma narrativa irracional: um mito milagreiro!
A razão gramatical das massas diz
que só a revolução gramatical democrático-burguesa pode instaurar, entre nós,
uma nova economia onde um sistema industrial gramatical terá seu lugar seguro.
O irracionalismo da ditadura
mundial CF encontra-se sob um manto racional mitológico de uma ideologia
política que quer transformar Henrique Meirelles em um “gênio” ungido por uma
divindade: a racionalidade mitológica do capital fictício.
A irracionalidade da classe
política da ditadura mundial irracional CF já fez uma Reforma Trabalhista que
se tornou o signo aberto e descarado da derrota dos trabalhadores da manufatura
para o capital fictício. E faz contínuas privatizações deslumbradas selvagens. A Reforma da Previdência significa a derrota dos
trabalhadores simbólicos públicos para a ditadura mundial irracional CF. Como
efeito de tal política encontra-se no comando dela no Congresso o pequeno homem
Rodrigo carioca Rodrigo Maia, que se ignora como personificação da ditadura
mundial irracional da oligarquia financeira na nossa política local.
As ciências gramaticais da
política é o gramático da revolução democrático burguesa de massas da luta de
classe no terreno da narrativa brasileira.
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