sábado, 25 de novembro de 2017

DA MÁQUINA DE GUERRA NARRATIVA

José Paulo





A grande política é luta de narrativa na cultura, na política e no mundo-da-vida. Para iniciar a leitura da grande política identifiquei quatro máquinas narrativas: O PMDB (máquina de guerra narrativa); o STF (máquina judicial narrativa); as ciências gramaticais da política (máquina científica narrativa); a TV Globo (máquina policial-corporativa narrativa).

O PMDB não é um partido político, e sim um partido-máquina de guerra freudiano. Sua transformação de partido político como tal em máquina de guerra ocorreu na era Sarney. Porém, só no governo Michel Temer, ele se transformou em uma máquina de guerra narrativa. Trata-se da máquina narrativa dominante na vida brasileira. E aí moro o perigo das eleições democráticas 2018 tomarem um rumo autocrático, pois, o PMDB é a mais poderosa máquina de guerra narrativa sem precedente e sem um candidato à presidência do regime democrático 1988.

No momento, o PMDB desenha a gramática da política do Rio para a eleição à governador no Rio. O PMDB fez do Rio a capital gramatical da política nacional.

Toda máquina de guerra narrativa tem um gramático (pessoa ou grupo de análise gramatical de conjuntura). Já falei em outro lugar do grupo de conjuntura do PMDB, não vou nomear aqui as pessoas que dele participam, pois, o noticiário diz que tem um secretário-executivo o qual desconheço, que seria o gramático-mor do grupo de conjuntura. Assim, não vou nomear de modo incompleto o grupo de conjuntura do PMDB.    

O STF tem sua unidade política definida pelos 11 juízes que constituem o grupo de conjuntura. Formalmente, o gramático é o presidente da Corte política-judicial. O STF foi o mais poderoso gramático (11 juízes) da política nacional, pois, seu poder gramatical-judicial de afetar a vida da classe política era imenso. Todavia, o gramatico grupo de conjuntura se dividiu sobre deter tal poder imenso e devolveu para a classe política sua liberdade. O PMDB é o principal beneficiado deste gesto magnânimo do STF. Por sua capacidade de afetar a vida nacional narrativamente, o STF continua sendo um gramático (grupo de conjuntura gramatical) em luta na articulação da hegemonia narrativa brasileira da política.

As ciências gramaticais da política é um gramático narrativo da internet. Seu poder gramatical deriva de sua vontade de potência de interpretação e explicação da política nacional fazendo pendant com política internacional ou mundial. O gramático científico narrativo conhece as narrativas do PMDB e do STF; é, sobretudo, especialista na narrativa da cultura política de massa condensada na TV Globo, sua antagonista em influência, por excelência.

A relação do gramático científico com o gramático da cultura de massa atingiu um ponto de implosão. A descoberta de que a cultura de massa é a política (propaganda) da guerra civil racial (negro contra branco) e guerra civil sexual (mulher contra homem), fez o gramático científico provocar a mudança na linha gramatical editorial da TV Globo. A emissora tomou a decisão de contra-atacar o gramático científico (com violência simbólica sem limite ético jornalístico ou moral político) para poder retornar à política da guerra civil. Compulsão a repetição!

O gramático narrativo TV Globo é um gramático subcapitalista (ersatz de capitalismo tout court) e é um gramático articulado por grandes interesses econômicos. Na aparência da semblância, tal gramático é uma prática anarco-capitalista. De fato, o gramático televisivo é uma corporação econômica na vida da cultura de massa burocrática, com uma hierarquia intelectual rígida, militarizada burocraticamente.

Há uma gradação militar hierárquica na TV Globo temporal, pois, os jornais da manhã constituem o degrau mais inferior da vida corporativa de tal emissora. São o sargento do jornalismo. A Globo News é o braço armado, militarizado narrativamente do Grupo Globo, que incluiu um jornal carioca que domina a vida da imprensa do Rio.

Retomando. Na hierarquia da programação jornalística, o comitê central é o jornal das 22:00. Hoje, a sem sal e desprovida de alta cultura ocidental Natuza Nery é a âncora-general 5 estrelas do jornal das 22:00. Sua ascensão se deve a queda escandalosa e mal explicada de Wiliam Waack na TV Globo. Pode-se dizer que W.W era o gramático incontestável da TV Globo. O grupo de conjuntura da TV guardava Lo Prete e Natuza Nery como reservas de W.W. para uma situação de extrema emergência. A luta pelo poder gramatical interno na TV Globo derrubou W.W e deu a Natuza Nery o poder maior na Globo News.

Natuza é conhecida como uma das meninas do Jô. Trata-se do comediante e apresentador de programa de entrevista Jô Soares - que o Grupo Globo resolveu aposentar. Em uma outra época, o gramático científico mostrou que Jô (era todo poderoso na TV Globo) por causa de sua ligação com a CIA. Meninas do Jô é um sujeito gramatical que associa Natuza Nery à CIA? Natuza é conhecida por suas ligações perigosas com os políticos poderosos da classe política, especialmente, do PMDB de Brasília.

Se Natuza é da CIA, ela foi treinada a fazer jogo sujo na luta das narrativas, pois, a CIA especializa seus agentes na prática do jogo sujo, que Natuza aprimorou com sua ligação íntima com a escola sgramaticatura dos políticos mais perigosos de Brasília.

Hoje, Natuza Nery está à vontade como o gramático da Globo News. Para consolidar sua posição de poder na emissora, Natuza prometeu ao grupo executivo de conjuntura do Grupo Globo fazer um combate sem quartel (um combate pessoal) ao gramático das ciências gramaticais da política. Trata-se de uma luta séria entre inimigos em influência na cultura de massa televisiva ou da internet.

A luta principal da conjuntura gramatical atual é entre a TV Globo e as ciências gramaticais da política em torno do uso americano da guerra civil racial e/ou sexual. Tal fato apareceu no programa do jornalista Mario Sergio Conti que pediu que o entrevistado do PT comentasse sobre o lugar de fala mulher. O lugar de fala Mulher se tornou um fenômeno importante na era Lula, assim como o lugar de fala Negro. Hoje o gramático científico já demonstrou que tais lugares de fala são usados pela TV Globo para tentar importar a guerra civil racial americana e a guerra civil sexual.


A TV Globo tem como apoio logístico-militar a Fundação Ford que é um braço cultural-econômico da CIA e ligada ao Departamento de Estado dos EUA. A Fundação Ford investe um volume de dinheiro considerável em pesquisa que venham a fornecer fatos para a TV Globo de que há racismo do branco contra o preto, entre nós. A Fundação Ford fala abertamente em instalar, artificialmente no Brasil, a luta racial. Através da Fundação Ford, a CIA acaba fazendo parte do campo dos poderes gramaticais em luta, das narrativas gramaticais em luta. E o comitê central do gramático da rede gramatical sinistra TV Globo, Fundação Ford e CIA é o jornal das 22:00. Como general desse gramático sinistro temos a policial-corporativa menina do Jô Natuza Nery.                         

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