quarta-feira, 8 de novembro de 2017

DA GRAMÁTICA DO ESTADO NEGRO

José Paulo

LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR

Em 07/11/2017, Na TV Globo, o âncora do Jornal das 18:00 Leilane Neubarth Teixeira comemorou o êxito da articulação entre governadores deputados e senadores para aprovar em uma semana a legalização dos jogos de azar na internet. Com sua alegria gozosa e desfaçatez Leilane abriu o jogo de que a TV Globo apoia a legalização. Pode-se concluir que a TV Globo vai assumir ser um canal de televisão ligado ao pântano da política das ilegalidades. Quais ilegalidades?

Após o fracassado projeto de fazer o rico banqueiro internacional Henrique Meirelles candidato vitorioso das eleições presidenciais de 2018, A TV Globo é a cabeça-de-ponte tele eletrônica da legalização dos jogos de azar entre nós. Tal fato é apresentado como um negócio inocente do capitalismo legal internacional.

Nos EUA, os jogos de azar é uma invenção da máfia ítalo-americana. Após o Estado legal americano reduzir o poder social da máfia em todo o território nacional, banqueiros e empresários assumiram o controle dos jogos. O problema é que este setor do capital acabou se tornando o elo econômico de uma cadeia que acabou por articular na América o kriminostat. Jogos de azar, comércio legal e ilegal (a fronteira é vaporosa) de armas, serviços secretos (Okhrana mundial), ilegalidades dominantes do capital fictício (oligarquia financeira mundial), máfias portuárias do comércio de drogas ilegais em todo o planeta, enfim, todos estes fenômenos são parte do Kriminostat ou AntiEstado mundial, ou Estado negro.

O Kriminostat é um ator hobbesiano (com vontade de potência de canibalizar o Estado nação-legal no campo dos poderes gramaticais internacional) do campo de poderes gramaticais estatizado mundialmente. A gramática negra desse campo de poder é parte do governo do poder invisível do campo internacional. Obviamente, as faculdades de relações internacionais têm dificuldades intransponíveis para introduzir em seu currículo o Estado negro, pois, ele é da parte invisível da tela da realidade internacional.

O Kriminostat dos jogos de azar vem fazendo uma campanha bem organizada no Brasil há mais de 3 anos. Ele envolveu em sua teia governadores (que governam estados falidos) com a promessa de gerar renda para os estados. Taticamente, os jogos de azar começam na internet e depois ganham bases territoriais em algumas cidades gramaticais como o Rio. Parece que o governador do Rio é um dos chefes políticos da legalização dos jogos de azar. Há um quase um mês, o ministro da justiça Torquato falou de um Rio ser a base territorial física mais avançada do Kriminostat no país. Agora está claro o porquê da TV Globo não transformar em tema capital a verdade de Torquato. A TV Globo é a vanguarda tele eletrônica do Kriminostat no território da cultura de massa brasileiro.

Governadores e as instituições representativas de Brasília estão a um passo (durante esta semana) de fazer do Brasil um elemento do campo de poderes gramaticais estatizados mundialmente da junção do governo do invisível com o governo do visível. Pobre Brasil: disseram que voltei americanizada!
As ciências gramaticais da política já fizeram o mapa gramatical do Estado negro mundial. Não pensem que não sofri retaliações. Tive que me aposentar da universidade pública federal carioca aos 62 anos de idade. Não é só isso!

As ciências gramaticais da política têm como objeto, por excelência, o Estado negro mundial. Nesse campo em tela foi desenvolvido uma teologia gramatical materialista racional para dar conta do progresso do mal em se apossar do campo simbólico (Deus para Lacan) mundial. O assunto é vasto. Até o momento a teologia gramatical racional não teve acolhida nos meios teológicos da Igreja católica e muito menos nos campos universitários com os quais ela faz fronteira gramatical.

Por enquanto, fico por aqui esperando alguma repercussão deste meu texto na cultura brasileira e internacional:
“Mefistófoles
                               Sou parcela do Além,
   Força que cria o mal e também faz o bem! (Goethe. Fausto & Werther. SP: Nova Cultural. 2002: 59).       
                     


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