quinta-feira, 14 de setembro de 2017

O JULGAMENTO QUÂNTICO DO GATO LULA



José Paulo

Para os brasileiros Lula está sendo julgado pelo juiz federal Sérgio Moro da Lava Jato de Curitiba. Depois, ele será julgado em 2° Estância perdendo ou não o direito de se candidatar à presidência na eleição de 2018. Esta é a fé perceptiva que jornalistas, cientistas políticos, juristas, professores, artistas, internautas e partidos profissionais (velha esquerda e nova direita) sustentam na tela eletrônica (e digital) da cultura de massa. Faço objeções a esta ideologia gramatical do mundo intelectual dominante.

Digo logo que o julgamento de Lula não pertence a este mundo sensível/artificial do ciclo criminoso sociológico da política (origem no PT/PMDB). O julgamento de Lula é julgamento do Estado brasileiro ou não? O que é o Estado?

O Estado não é um sujeito de direito ou uma substância sociológica, como quer o discurso unificado do direito, entre nós. Com efeito, o Estado é a estatização da plurivocidade de campo de poder privado e público.

O Estado é a estatização do poder público político (parlamentar, governamental, judiciário). Vou além. Trata-se do Estado ampliado, isto é, os três poderes da república mais a cultura de massa na televisão, no rádio, no jornal de papel, revistas e na internet. Trata-se ainda das massas da cultura de massa na rua. A multidão é parte da estatização do campo de poder.

Lula está sendo julgado por este campo de poder plurívoco estatizado. Ele está e não está sendo julgado por Sérgio Moro. Se este campo de poder estatizado estivesse sob a influência da física quântica, Lula seria o gato de Schrödinger? Só quando a tampa da caixa de papelão for aberta se saberá se Lula estará morto ou vivo para a eleição de 2018.

O campo de poder estatizado da microfísica gramatical quântica não está preparando o campo de poder da espécie de regime político pós-1988? Para não perder tempo, o sujeito gramatical está rés no chão. Ele seguirá por proteção de sua biografia existencial e profissional ou de sua própria vida (Delenda Teori) a linha de força gramatical dominante quântica do ciclo criminoso da política.

Sendo o sujeito gramatical o próximo governo central formal escolhido por eleição, Lula aparece como um mero joguete do campo de poder gramatical quântico. O julgamento de Lula o transmutou em uma marionete da elite do poder que é o sujeito gramatical do campo de poder supracitado.
Se Sérgio Moro julga Lula como efeito da gramática em narração quântica do campo de poder plurívoco, então Lula está condenado de antemão. Moro é um efeito quântico gramatical da elite do poder como desconfia o bolivariano.  

O campo de poder ou elite do poder já se unifica em torno de um chefe político: Geraldo Alckmin. Geraldo é um sujeito gramatical quântico do campo de poder estatizado neoliberal do ciclo criminoso da política. Um verdadeiro bloco histórico neoliberal está se formando a partir de um chefe. Trata-se de Geraldo da nova direita da sociedade pós-capitalista, pois, se há economia capitalista (capitalismo de commodities) apoiando Geraldo, não se trata de sociedade capitalista pela ausência das lutas de classes.

Foi extremamente fácil fazer uma abjeta reforma trabalhista por causa da falta de luta de classe, pela inexistência de sociedade capitalista no campo e na cidade.

A elite do poder amplificada (três poderes e cultura de massas e sua multidão) quer ter certeza de que não surgirá um líder de esquerda capaz de derrotar Geraldo no 2° Turno em 2018. Se ela fizer o cálculo que Lula é o melhor candidato de esquerda a ser inevitavelmente derrotado, Lula não será julgado culpado antes da eleição de 2018.

Se trata de uma conspiração das elites? Parece que não há elites, e sim uma única elite do poder. Sei que tal afirmação via de encontro a fé perceptiva dominante no país. Por isso, acabo o texto com uma série de ideias sintéticas de cultura política.    
                           
 

 Henrique Meirelles só chegará à presidência da república como efeito do subciclo criminoso de destruição da DEMOCRACIA 2019

98% da internet é cultura de massa como efeito do ciclo criminoso da política

O sentido do combate à corrupção do 18/Setembro/2017 é a realização do ciclo criminoso de desintegração da DEMOCRACIA 2019

O sentido do combate à corrupção significa evitar que o ciclo criminoso da política destruísse a democracia 2019

A elite do poder unificada amplamente (3 poderes + cultura de massa) é o governo visível do invisível

A justiça da equidade da PRG e da Polícia Federal acaba em 18/setembro levando a reboque o STF

A candidatura Lula é uma força-álibe que joga água no moinho da elite do poder autocrática do subciclo criminoso da política


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