quinta-feira, 23 de agosto de 2018

MASS MEDIA, POLÍTICA, ELEIÇÃO


José Paulo

A investigação dos mass media começa com a relação deles com a cultura. Hegel apresenta um conceito de cultura claro e distinto:
“Também a filosofia precisa surgir na vida do Estado, já que, como foi mencionado, é por meio de um conteúdo que se obtém a cultura, a qual é a forma inerente ao pensamento. A filosofia, que nada mais é do que a consciência dessa forma, o pensar do pensar, prepara, com isso, o material singular para a estrutura ainda em formação”. (Hegel. 1995: 64).

A cultura significa pensar e os mass media inauguram o espaço da incultura industrial: lugar onde não se pensa a gramática social. Todavia, há três facções coexistindo lada a lado, e simultaneamente, nos mass media: facção informacionalis (sob gestão dos jornalistas); facção do entretenimento; facção cultural (que tem como agentes especialistas universitários e extra- universitários a serviço dos mass media, que fazem de conta que pensam as gramáticas sociais).

Humberto Eco diz que a visão aristocrática dos mass media tem interesse em cataloga-los como lugar da incultura, do homem inculto em um contraponto ao homem culto. Assinalar a existência de uma facção cultural nos mass media não significa suprassumir tal divisão homem culto versus homem inculto?

A ideia de que os mass media são uma democratização da cultura parte do pressuposto de que as únicas massas são aquelas massas eletrônicas dos mass media. Ao contrário, há massas de rua gramaticalizáveis e portadoras do pensar político; há massas eleitorais portadoras de um certo saber político, de um certo pensamento político; a facção cultural dos mass media se dirigem às massas que querem pensar a política, sem sucesso.

A propósito, as massas althusserianas que fazem a história são massas gramaticalizaveis por um certo saber, por uma certa gramática; elas são capazes de pensar a história universal, como portadoras de filosofia marxista. (Althusser. 1973: 42).   

A gramática dos mass media (Eco: 66) se define por tomadas em recuo (vinheta após vinheta, campos extensos (tomadas de rua, paisagens caóticas), campos fechados centrado no rosto e no corpo do apresentador tensionados etc., visando produzir o efeito da efemeridade da vida (Eco: 13). A metafísica da finitude da vida é um aspecto da gramática dos mass media que escapou as melhores teorias da sociedade de comunicação industrial de massa. Portanto, os mass media se definem pela junção do inculto com um certo pensar estúpido de máquina industrial de comunicação de massa.

As facções dos mass media são facções industriais. Me interessam: 1) as facções capitalistas dos mass media seja pelo laço de interesse econômico deles com as facções econômicas capitalistas; 2) seja pelos laços políticos com as facções políticas do Congresso e governo nacional; 3) seja pelo laço ideológico com o capitalismo (as facções informacionalis, de entretenimento  e cultural se definem por possuírem laço ideológico- de diferentes espécies- com a gramática capitalista dominante).

Os mass media funcionam com o aparelho ideológico de informação na gramática do campo de poderes estatizado. (Althusser.1976: 94). Na sociedade industrial do espetáculo, a ideologia dominante é criada e recriada por agentes-suportes humano da gramática dos mass media (de papel, eletrônico, digital) 

                                                                                 II

A gramática dos mass media é compósita e heteróclita. Começo pelo eufemismo na linguagem jornalística eletrônica. O eufemismo é redução da linguagem eletrônica a uma pasteurização, ou seja, a uma vulgarização a que é submetido o discurso como tática de torná-lo menos contundente e, assim, mais palatável para o grande público, fabricando-o como massa eletrônica da civilização industrial dos mass media. (Eco: 35).

Trata-se de uma simplificação e empobrecimento, de um uso simplório da língua. O pastiche é um elemento natural dos mass media, pois, o normal é a cópia grosseira da cópia dos discursos produzidos nos mass media ou dos discursos da alta cultura.

O eufemismo é o paraíso da indeterminação do sujeito nos massa media. Por exemplo, a violência real é transmutada em violência do espetáculo midiático, violência indeterminada; a stásis não existe como uma unidade contraditória de determinações; a guerra civil generalizada, mais ou menos oculta como elemento da gramática capitalista (Marx.1975. v. 1: 33) é foracluída, lacanianamente.   

Os mass media são, por excelência, produção e circulação de besteira, conscientemente:
“Este indeterminado, este sem-fundo, é igualmente a animalidade própria ao pensamento, a genitalidade do pensamento: não esta ou aquela forma animal, mas a besteira. Com efeito, se o pensamento só pensa coagido e forçado, se ele permanece estúpido enquanto nada o força a pensar, aquilo que o força a pensar não é também a existência da besteira, a saber, que ele não pensa enquanto nada o força? Retomemos a palavra de Heidegger: ‘o que mais nos dá a pensar é que nós não pensamos ainda’. O pensamento é a mais elevada determinação, efetuando-se em face da besteira como do indeterminado que lhe é adequado. A besteira (e não o erro) constitui a maior impotência do pensamento, mas também a fonte de seu mais elevado poder naquilo que o força a pensar”. (Deleuze.1988: 434).

Os mass media são o animal informacionalis que produz e faz circular a besteira sobre a gramática do capitalismo neocolonial. A observação exaustiva, sistemática, metódica do funcionamento dos mass media levou a criação e recriação do marxismo brasileiro. 
                                                                               III

A unificação de um povo em um Estado é um problema vital da filosofia política em Kant:
“Isto resulta de ser justamente a vontade geral, dada a priori (em um povo ou na relação de vários povos entre si), que determina unicamente o que é de direito entre os homens; esta união da vontade de todos, porém, sempre que realizada de maneira coerente, também segundo o mecanismo da natureza, pode ser ao mesmo tempo a causa capaz de produzir o efeito visado e pôr em prática o conceito de direito. Assim, por exemplo, é um princípio da política moral que um povo deva unir-se para constituir um Estado segundo o conceito único do direito da liberdade e da igualdade, e este princípio não se funda sobre a sabedoria mais sobre o dever”. (Kant: 147-148).

Guy Debord fala da sociedade do espetáculo como uma realidade que contém os mass media como manifestação superficial mais esmagadora (Debord: 26). A sociedade do espetáculo é o mundo econômico (e o mundo-da-vida) sob comando da mercadoria: “O mundo presente e ausente que o espetáculo faz ver é o mundo da mercadoria dominando tudo o que é vivido”. (Debord: 36, 39).

A mercadoria no comando da vida é a mercadoria no comando da economia, política e cultura. Assim, chega-se a ideia doa sociedade do espetáculo (sociedade da mercadoria) como gramática de unificação de um povo (povos, país, regiões, continentes geoeconômicos):
“O espetáculo apresenta-se ao mesmo tempo como a própria sociedade, como uma parte da sociedade e instrumento de unificação”. (Debord: 16).

Como instrumento de unificação ele se encontra no lugar da vontade geral kantiana condensada no Estado republicano. Como isso é possível:
“O espetáculo não pode ser compreendido como o abuso de um mundo da visão, o produto das técnicas de difusão maciça das imagens. Ele é uma Weltanschauung que se tornou efetiva, materialmente traduzida. É uma visão de mundo que se objetivou”. (Debord:17). Assim, o espetáculo é um liame social de uma religião laica, ele é a reconstrução material da ilusão religiosa (Debord: 24):
“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediada por imagens”. (Debord: 16).

Na eleição, trata-se de vender o candidato dos mass media como a mercadoria - a mercadoria como Deus mortal sedutora (Baudrillard: 51) desejada pela massa eleitoral.  

A relação social mediada por imagens é regida pelo mundo das aparências de semblância autêntica e inautêntica. As massas da sociedade do espetáculo são vergadas por semblâncias autênticas como os equivalentes virtuais do Sol levantando-se pela manhã para pôr-se ao entardecer, aparência que mesmo um volume imenso de informação científica não é capaz de mudar tal percepção do homem comum. (Arendt: 31).  

Em Debord o espetáculo aparece de modo mais simplificado:
“Considerado de acordo com seus próprios termos, o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda vida humana –isto é, social- coo simples aparência”. (Debord: 19).
O espetáculo é a gramática dos mass media como mundo de aparências de semblância. 
                                                                                 IV

A gramática da política é: ˂sede astuto como as serpentes>. A gramática da política oligárquica é: ˂fazer o bem para o amigo, prejudicar os outros>. A moral acrescenta-se como condição limitante à gramática da política, ou seja: sede astuto ˂ sem maldade>.
Kant diz:

A MORAL é já por si mesma uma prática, no sentido objetivo, enquanto totalidade de leis que ordenam incondicionalmente, de acordo com as quais devemos agir, sendo evidente absurdo alguém, depois de ter admitido a autoridade deste conceito de dever, querer dizer que não se pode realiza-lo”. (Kant: 130).

A moral já foi a teoria da política como doutrina do exercício do dever. Se tomarmos a doutrina do bem comum como objetivo da política, a moral, como ética, pode ser a ideologia do agir do partido político?

A política como um problema do partido político é coisa do passado. Ser “astuto como uma  serpente” é a política dos mass media, aparentando astucia sem maldade. A política da serpente é aquela política real da oligarquia eletrônica em tela. Trata-se da redução da política partidária à política da facção industrial eletrônica, no espaço da cultura de massa.

A entrada dos mass media na política da sociedade do espetáculo pôs em segundo plano a política da definição  weberiana, como espetáculo:
“La ‘política’ sería, así, para nosotros: aspiración a la participación en el poder, o a la influencia sobre la distribución del poder, ya sea entre Estados, o, en el interior de un Estado, entre los grupos humanos que comprende, lo qual corresponde también esencialmente al uso linguístico”. (Weber.1984: 1056).

O princípio da gramática saussuriana da soberania popular é a relação arbitrária entre significante e significado (representante e representado, governante e governado). Os mass media confiscaram o lugar dos partidos políticos como ˂canais de comunicação>privilegiados entre as elites políticas e a população. (Gingras: 41), agindo como fornecedor de ideologias para a relação  de representação entre governante e governado. Pôr no lugar das ideologias nacionais a ideologia multiculturalista já significava a antecipação do domínio da gramática capitalista neocolonial, sem nação, sem Estado-nação!

Antes apanágio da luta democrática, o homo informacionalis é hoje onipresente. Trata-se de uma trans-subjetividade que faz pendant com as sociedades complexas quanto ao seu funcionamento. O homo informacionalis é a argamassa gramatical que articula economia, política e cultura. (Wolton: 1960. Hoje, desenvolve-se uma contradição transdialética entre o homo informacionalis e a democracia representativa industrial.    

Os mass media provocam uma alteração nas práticas políticas e no discurso político. A oratória (a eloquência) como prática política é jogada para o segundo plano diante do debate. A formação profissional conquistada na carreira política cede diante do amadorismo político das personalidades dos mass media. A personalização da política faz presidentes da República, inclusive nos EUA. Ela é o ersatz do político carismático weberiano. O carisma weberiano torna-se a conquista da aura gramatical-midiática pelo político normalizado pela por narrativas da tela  gramatical da política. A influência demagógica do líder carismático é reduzida ao grua zero do acontecer político, principalmente, em eleições. (Weber.1944 :1084-1085)

A política como lugar tradicional do uso da palavra e da representação simbólica cede seu lugar para a política como excesso de drama e de personalismo, beirando o culto da personalidade midiática. A política midiática se dirige ao campo dos afetos e ao campo de animus (raiva, medo, temor).   

A agenda setting ou o estabelecimento de prioridades políticas faz pendant com a importância atribuída a certos sujeitos pelos mass media. As questões da política se constituem como uma agenda midiática facilitando ou dificultando a capacidade de governar. O espaço político como esfera das relações de poder é expandido. Ele se torna uma gramática de estatização do campo de poderes virtuais, onde os massa media aparecem como, verdadeiramente, o 4°Poder.

A política midiática faz do político um refém. A transpolítica é a política dos mass media. (Baudrillard. 1983: 39,29).

A política dos mass media altera o discurso e a prática da política tout court no capitalismo neocolonial das “sociedades” em crise permanente. A política lida com artefatos (Lacan. 2009: 15) eletrônicos passados para o receptor como fatos da lógica dos fatos da realidade e até, em raros casos, do real. O fato é uma ficção factual vendida, verdadeiramente, como algo do real da realidade dos fatos.

No domínio eleitoral, as práticas políticas são: o marketing político, sondagens de opinião eleitoral, retenção de informação, estelionato eleitoral, manter os segredos de campanha no anonimato, negociações a favor de uma cobertura mais favorável (por exemplo, a cobertura de Bolsonaro da Globo News é sempre a última apresentada entre os candidatos e sempre o mostra nos braços do povo; é a única candidatura com uma narrativa dramatizada explorando a imagem do homem forte).   

A tela gramatical da política dos mass media funciona como uma unidade de múltiplas contradições e determinações. As facções dos mass media (já supracitadas) mantém uma luta velada, às vezes aberta, em período eleitoral, visando influir (Habermas) nos resultados eleitorais. A luta mais efetiva é aquela entre personalidades públicas contempladas pela aura midiática.

A luta das facções dos mass media é apresentada como um ersatz realizando a prática do espaço público procedural:
Para Hannah Arendt, o fenômeno básico do poder não é, como para Max Weber, a chance de impor, no âmbito de uma relação social, sua própria vontade contra vontades opostas, e sim, o potencial de uma vontade comum formada numa comunicação não coagida”. (Habermas: 187).  

O funcionamento econômico, político e cultural dos mass media limita o quadro explicativo dos acontecimentos chegando a descontextualização dos problemas , à ocultação dos fenômenos, estruturalmente, gramaticais, ao esquecimento histórico, à negação das relações de poder, a foraclusão das relações de classes baseadas na lógica dos interesses econômicos e ideológicos. O capitalismo neocolonial não é apontado como causa da destruição da natureza ou da instalação da natureza objetivada que afeta catastroficamente a vida humana, animal, dos povos indígenas e das Florestas, rios e mares.

Como o capitalismo neocolonial é o estado permanente de crise do capitalismo, os mass media não abordam tal fenômeno como totalidade, isto é, como gramática. A política em tela é aquela  do ritmo rápido, da aceleração política de produção e circulação de besteira. O quadro dramático retratado pela política midiática (mostrando as mazelas do país) servem para capturar a classe política na tela gramatical da política dos mass media. Em regime presidencialista, a época de eleição é governada pelas facções dos mass media nos debates de jornalistas e especialistas com os candidatos e pelo jornalismo e programas de debates de  especialistas (e jornalistas) sobre a eleição . A agenda jornalista dita a fala dos  candidatos!  

A fragmentação das mensagens políticas consiste na apresentação de fatos e no capital político que se arrisca de toda ordem de ˂informação-capsula>, a fragmentação das questões correspondendo a um efeito-clip, à um efeito scrum. Os mass media demandam da política tout court uma velocidade de agir (e falar) fora do alcance dos políticos.  

Em épocas de crise estrutural, os mass media fazem uma pauta de ataque aberto à classe política, poupando elites econômicas; o mundo público é o único responsável pelo mal que assola o país: desemprego, degradação dos bairros nas megalópoles, habitação social inadequada e insuficiente, criminalidade urbana e rural, problemas com transportes de passageiros, engarrafamentos cotidianos, assédio sexual, fome, doenças e epidemias etc.

Não se deve esquecer que os políticos tem interesse de interditar o pensar dos problemas políticos e econômicos do capitalismo neocolonial; interesse em ocultar a gramática e o modo de agir dos políticos na insolubilidade dos problemas históricos e estruturais, jogando assim com uma ampla margem de manobra na construção das alternativas propostas ao eleitorado. O  estelionato  eleitoral é um fenômeno normalizador da vida da classe política.

Com a crise da sociedade industrial urbana na América Latina, os políticos e os mass media fazem de conta que se trata de uma crise possível de ser revertida com investimentos do capital privado no sistema industrial morcelado. Para isto acontecer, o governo tem que adotar o  receituário do “Consenso de Washington”, aprofundado como ideologia neoliberal do regime de acumulação financeira global. Isto significa, a curto prazo, a necessidade de destruição do Estado amplo substituindo por um Estado neoliberal barato. 

No Brasil, a destruição das profissões públicas (como a de juiz etc.) não aparece como contradição, pois, o neoliberalismo já jogou na lata de lixo da história a moral jurídica como teoria da política.
Para o neoliberalismo, a Constituição 1988 é papel envelhecido que não  serve para articular a política em  geral. Como ela contém um Estado social, o neoliberalismo a classifica como uma Constituição corporativa-populista, na linguagem dos cientistas políticos e economistas de plantão nos mass media. Rasgá-la aos pedaços é a obra que o Congresso neoliberal de commodities, indústria de armas e do criminostat (Virilio: 54-55) vem efetuando desde a República do bolivariano, de FHC e Lula.     

O neoliberalismo já metabolizou que o crime organizado age como parte da acumulação primitiva do capital no capitalismo neocolonial do terceiro-mundo - que invade, inclusive, o primeiro-mundo. Os mass media têm como função ocultar para o eleitor as contradições gritantes e estressantes do neoliberalismo para o eleitor.

Os mass media apostam até no bonarpatismo de chumbo (de um Bolsonaro) como uma forma de resolução eleitoral da evolução do capitalismo neocolonial, entre nós. Tal modelo político é proposto como gramática da política latino-americana. Geraldo Alckmin representa o bonapartismo soft. O PT significa a tentativa de conciliação e transação entre a esquerda bolivariana privatista, inconfessadamente neoliberal, e os interesses do capitalismo neocolonial.

Deus não joga dados com o universo. As facções das elites brasileiras jogam dado com o destino da nação, encaminhando-a para o comando da economia, política e cultura sob a batuta do capitalismo neocolonial extrativista mercantil fóssil. 

E, no entanto, há resistência, cada vez mais  visível na tela gramatical da política, à esquerda no horizonte eleitoral.


ALTHUSSER, Louis. Réponse a John Lewis. Paris: Maspero, 1973
ALTHUSSER, Louis. Positions. Idéologie et appareils idéologiques d’Etat. Paris: Éditions Sociales, 1976
ARENDT, Hannah. A vida do espírito. O pensar, o querer, o julgar. RJ: UFRJ/ Relume Dumará, 1992
Baudrillard, Jean. Les stratégies fatales. Paris: Grasset, 1983
BAUDRILLARD, Jean. Da sedução. Campinas: Papirus, 1991
DEBORD, Guy. La société du spectacle. Paris: Gallimard, 1967
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. RJ: Graal, 1988
ECO, Humberto. Apocalípticos e integrados. SP: Perspectiva, Sem Data
GINGRAS, Anne-Marie. L’impact des communications sur les pratiques politiques. Communication et politique. Hermès 17-18. Paris: CNRS Éditions, 1995
HABERMAS. Direito e democracia. Entre a facticidade e a validade. v. 1. RJ:  Tempo Brasileiro, 1997
HEGEL. Filosofia da história. Brasília: UNB, 1995
KANT. Textos Seletos. Petrópolis: Vozes, 1985
LACAN, Jacques. O Seminário. Livro 18. De um discurso que não fosse semblante. RJ; Zahar, 2009          
MARX. Obras Escogidas de Marx e Engels. Manifesto do Partido Comunista. Madrid: Editorial Fundamentos, 1975
WEBER, Max. Económia y sociedad. México: Fondo de Cultura Económica, 1944
WOLTON, Dominique. Penser la communication. Pareis: Flammarion, 1977    
VIRILIO, Paul. Vitesse et politique. Paris: Galilée, 1977    
     
  

            
  

    
  



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