José Paulo
O DO BONAPARTISMO NEO-AMERICANO
HOJE
O psicanalista de Copacabana José Carlos me interrogou sobre o efeito de realidade do significante bonapartismo neo-americano. Eis um fragmento de um texto em composição sobre a sociedade pós-capitalista. Considero que ele tem uma vida autônoma urgente devido aos fatos que destroem a cidade gramatical democrática na atualidade agora.
O psicanalista de Copacabana José Carlos me interrogou sobre o efeito de realidade do significante bonapartismo neo-americano. Eis um fragmento de um texto em composição sobre a sociedade pós-capitalista. Considero que ele tem uma vida autônoma urgente devido aos fatos que destroem a cidade gramatical democrática na atualidade agora.
Três livros se estabelecem por
sobredeterminação freudiana do passado como os evangelhos do século XXI. O De
Paul Virilio, Vitesse e politique forneceu
o significante gramatical técnico do século XXI: KRIMINOSTAT (Virilio. 1977:
55). No entanto, a gramática da sociedade do kriminostat encontra-se no Vigiar e Punir, de Michel Foucault
(1975). Trata-se do fenômeno das ilegalidades dos dominantes (Foucault: 267,
269) nas quais a prisão faz pendant com a sociedade de polícia e a dominância do
discurso do político do policial na cultura de massas penetrando na cultura em
geral nos EUA, Na Europa e nos grandes países da América Latina. (Bandeira da
Silveira: 139, 137).
Em meu livro Revolução Política (2001) remeto o leitor para o fenômeno do
bonapartismo neoamericano que hoje sei que é a junção das ilegalidades dos
dominantes e dos dominados na sociedade de polícia e seu Estado pós-capitalista
(Idem: 124, 130-140). Trata-se do Criminostat como laço social do lumpenrrepublicanismo
da sociedade de polícia, da sociedade do discurso do policial como articulação
da hegemonia da cidade gramatical lumpenrrepublicana. (Idem: 126).
Meu livro Revolução política diz que havia dois caminhos para o século XXI latino-americano: O bonapartismo neoamericano (sob controle da democracia da América) e sem recursos suficientes e necessários para controlá-lo: institucionais e de cultura política público/privado na América-Latina. Estamos em 2001, e o Revolução Política acaba assim:
“No Brasil, há uma saída para
modificar a instalação desta anatomia política (gramática em narração cultural política da sociedade foucaultiana gramatical
ou ilegalidades dominantes e dos dominados = kriminostat). Este é o único
país das Américas que a esquerda existe efetivamente como alternativa ao
dispositivo de poder policial. Todavia, só quando a esquerda reconhecer a
centralidade das ilegalidades dominantes como causa da conjuntura política, ela
tornar-se-á o discurso do Outro que articulará, como revolução política, os
inúmeros pontos, em desenvolvimento, de resistência. A esquerda brasileira é
uma vontade de revolução política? (Bandeira da Silveira: 140).
Hoje sabemos o caminho
bolivariano que a esquerda tomou fazendo corpo mole frente à (e até
participando) da sociedade gramatical foucaultiana das ilegalidades
generalizadas na sociedade dos significantes de polícia. Agora, Inês é morta?
O efeito do caminho bonapartista neoamericano
sobre o Brasil é a CRISE DA NOSSA DEMOCRACIA 1988. Hoje, o país necessita de um
governo de salvação da cidade
gramatical democrática espalhada em todo o continente nacional. Este é o ponto
de partida para o imbróglio político no qual o país está mergulhado.
Sobre a natureza do kriminostat,
o Mille Plateaux o define como anarco-capitalista: “L’Etat totalitaire n’est pas
un maximum d’Etat, mais bien plutôt, suivant la formule de Virilio, l’Etat minimum de
l’anarcho-capitalisme”. (Deleuze: 578). Tal Estado
minimum criminostat é o Estado da sociedade de polícia do bonapartismo neoamericano.
São fenômenos de composição genealógica da paisagem da sociedade
pós-capitalista.
BANDEIRA DA SILVEIRA, José Paulo.
Revolução Política. Cultura brasileira, indústria de comunicação, instituições.
RJ: Papel e Virtual, 2001
DELEUZE E GUATTARI, Gilles e
Felix, Mille Plateaux. Capitalisme et Schizophrénie 2. Paris: Les Éditions de
Minuit, 1980
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir.
RJ: VOZES, 1977 [Gallimard: 1975]
VIRILO, Paul. Vitesse et Politique.
Paris: Galilée, 1977
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