José Paulo
O Estado lacaniano pode ser tomado como objeto da ciência
política materialista, paraconsistente, por excelência:
“A classe dos notáveis exercia o poder administrativo do
Estado lacaniano. Tal evento consiste na transformação da mais-valia privada em
pública. A arquitetura, as artes plásticas, estradas, epitáfios etc. fazem do
Estado lacaniano – um artefato político público-privado.”. (Bandeira da
Silveira. 2022ª: cap. 12).
O que seria o aparelho de hegemonia do Estado lacaniano?
Lacan:
“Comecemos por distinguir o que chamarei, nesta ocasião, de
as duas faces do saber – a face articulada e esse saber-fazer, tão aparentado ao
saber animal, mas que no escravo não está absolutamente desprovido desse
aparelho que faz dele uma rede de linguagem articuladas. Trata-se de perceber
que isso, a segunda camada, o aparelho articulado, pode ser transmitido, o que
quer dizer transmitido do bolso do escravo ao do senhor – se é que havia bolsos
naquela época”. (Lacan. S. 17: 21).
Bem. o aparelho de hegemonia é um aparelho de redes de
linguagem articulado:
“Está aí todo esforço de deslindamento do que se chama
episteme. É uma palavra engraçada, não sei se vocês alguma vez refletiram bem
sobre ela – colocar-se em boa posição, é em suma a mesma palavra que verstehen.
Trata-se de encontrar a posição que permita que o saber se torne um saber de
senhor. A função da episteme especificada como saber transmissível – remetam-se
aos diálogos de Platão- é sempre tomada por inteiro das técnicas artesanais,
quer dizer, dos servos. O que está em questão é extrair sua essência para que
esse saber se torne um saber de senhor”. (Lacan. S. 17: 21).
O aparelho de hegemonia é uma posição de senhor, do
dominante, no Estado lacaniano. A episteme é a gramática da filosofia como
ersatz da mitologia no campo político da imagem textualizada da Grécia antiga:
“Se a experiência analítica se acha implicada, por receber
seus títulos de nobreza do mito edipiano, é justamente por preservar a
contundência da enunciação do oráculo e, eu diria ainda, porque a interpretação
permanece sempre nesse mesmo nível. Ela só é verdadeira por suas consequências,
tal como o oráculo. A interpretação não é submetida à prova de uma verdade que
se decida por sim ou não, mas desencadeia a verdade como tal. Só é verdadeira
na medida em que é verdadeiramente seguida”. (Lacan. S. 18: 13).
O aparelho de hegemonia é criação de gramática a ser
reconhecida e seguida. O conceito formal de aparelho de hegemonia é de Gramsci:
“Poder-se-ia esboçar um quadro de ‘gramática normativa’ que
opera espontaneamente em toda sociedade determinada na medida em que ela tende
a unificar-se, seja como território, seja como cultura, isto é, na medida em
que nela existe uma classe dirigente cuja função seja reconhecida e seguida”.
(Gramsci. 1968: 169).
Como é a estrutura e funcionamento do aparelho de hegemonia
platônico?
Philonenko esclarece o funcionamento da gramática platônica
transmissível para as massas:
“Enfin les mythes allégoriques seraient essentiellement des
mythes fonctionnels; en ceux-ci Platon délelopperait des images propres à faire
entendre as doctrine et, plutôt que de mythes, conviendrait de parler de
symboles. Citons avec Frutiger: le mythe de Protagoras, celui de Cigales, de
Teuth, de Gigés et allégorie de la Caverne, sans oublier, le mythe du
Politique. Comme symboles fonctionnels, comme images fictives, (la cosmologie
du Timée) et bien entendu aux mythes eschatologiques. C’est que – voilá la
mailleure raison – ils sont susceptibles d’une justification conceptualle à
l’intérieur de la dialectique”. (Philonenko: 48).
2
À tela cibernética corresponde um campo político digital e
seu Estado virtual. Existe um campo de ideologias virtuais? O campo de
ideologias da civilização política ocidental funciona por espectros ideológicos
da tela metafísica. O Espectro homem (Marx e Engels: 179; Derrida. 1993:231)
funda o campo de conhecimento do aparelho de hegemonia de Estado da antiguidade
à época moderna. Marx e Engels fizeram a crítica da crítica da gramática do
homem:
“Agora podemos descobrir o porquê de San Max intitula toda a
primeira parte de sua obra ‘O Homem’ e apresenta toda sua história de magia,
espectros e contos de cavalarias como a história ‘do homem’. As ideias e
pensamentos dos homens eram, naturalmente, ideias e pensamentos acerca de si
mesmos e de suas relações, a consciência que se formavam de si mesmos, dos
homens, pois não era somente a consciência da persona individual, senão do
indivíduo em conexão com toda a sociedade e da sociedade toda em que vivem. As
condições, independentes deles mesmos, dentro das quais produziam sua vida, as
formas necessárias de intercambio com elas relacionadas e as correspondentes
relações pessoais e sociais tinham que revestir necessariamente, na medida em
que se expressavam em pensamentos, a forma de condições e relações necessárias
ideais, isto é, cobrar a expressão na consciência como determinações emanadas
do conceito de homem, da essência humana, da natureza do homem, emanadas do
homem mesmo. O que os homens eram, o que eram suas relações, aparecia na
consciência como representação do homem, de seu modo de ser ou de suas mais
precisas determinações conceituais. Uma vez que os ideólogos haviam dado por
pressuposto que as ideias e os pensamentos dominavam toda a história anterior,
que a história até então, uma vez que se havia imaginado que as relações reais
se haviam ajustado sempre ao homem e a suas relações ideais, isto é, às
determinações conceituais; uma vez que haviam convertido, em geral, a história
da consciência dos homens a cerca de si mesmos no fundamento de sua história
real , nada era mais fácil que designar a história da consciência, das ideias,
do sagrado, das representações estabelecidas a história ‘do homem’ e fazer
passar esta de contrabando como a história real”. (Marx e Engels: 211-12).
A tela cibernética acabou com a ilusão de significação de que
a história real do campo digital e seu Estado virtual se expressa em um campo
de ideologias tendo o fantasma do homem como referente. O problema é que o
campo político cibernético cria e recria suas próprias formas de governo
digitais do Estado virtual mundial. Há aqueles como Donald Trump e o juiz
Barroso do STF, que querem desintegrar a gramática do campo político virtual e
regressar para o século XX.
Paul de Man fez a história do espectro ideológico homem em
Rousseau:
“O páthos dessas frases, sejam elas expressões de terror ou
afirmação de exaltação profética, origina-se da indeterminação referencial da
metáfora ‘homem’. o ‘quadro vivo’ antropológico é de fato uma ficção, intrigada
diante de seu próprio significado suspenso. Ele retrata as paixões humanas
[medo, piedade, amor, liberdade], mas todas essas paixões têm, por definição, a
estrutura que se ilude a si mesma, familiar para nós a partir do ‘Segundo
Discurso’, e que obriga ao desenvolvimento da narrativa de sua desconstrução”.
Man: 224-25).
As paixões têm como fonte da subjetividade as afecções da
alma/corpo. O Estado virtual da audiência digital se dirige as afecções do ser
humano digital do ente no campo político da tela cibernética. Como o homem e
Deus não existem {existem como espectros ideológicos}, o campo das ideologias
cibernéticas funcionam com outros espectros ainda não tornados visíveis pela
ciência política materialista paraconsistente.
Outros fantasmas ideológicos regem a vida daqueles que vivem no campo
das ideologias virtuais digitais:
“Assim como o ‘homem’, o ‘amor’ é uma figura que desfigura,
uma metáfora que confere a ilusão de significado próprio a uma estrutura
semântica suspensa e aberta. Na linguagem ingenuamente referencial das
afeições, isso transforma o amor na sempre repetida quimera, no monstro de sua
própria aberração, sempre orientado para o futuro de suas repetições, uma vez
que o desfazimento da ilusão apena aguça a incerteza que criou a ilusão, em
primeiro lugar”. (Man: 225).
Uma forma de governo virtual interpela outros espectros como
o ódio e a ira santa. Os espectros ideológicos de ira e de ódio se realizam sem
ilusão de significado - ao contrário de amor e homem:
“Nessa mesma linguagem afetiva, o erro referencial é chamado
de desejo, cuja voz pode ser ouvida ao longo de todos os escritos de Rousseau:
‘Tal é a nulidade de minhas quimeras que, se todos os meus sonhos se tivessem
transformados em realidades, eu ainda permaneceria insatisfeito. Teria
continuado a sonhar, a imaginar, a desejar. Encontrei em mim mesmo um
inexplicável vazio que nada poderia ter preenchido, uma necessidade do coração
na direção de um outro grau de preenchimento, o qual não pude conceber, mas
pelo qual, no entanto, me sentia atraído’. (‘Cartas a Malescherbes’, em Ouevres
completes, 1: 1140). O segundo prefácio diz o mesmo em termos levemente mais
técnico, através do estabelecimento do elo com a dicção figurativa: ‘O amor é
uma mera ilusão: ele cria, por assim dizer, outro Universo para si; rodeia-se
de objetos que não existem ou que receberam sua existência unicamente do amor;
e uma vez que afirma todos os seus sentimentos por meio de imagens, sua
linguagem é sempre figurativa’ (2;46)”. (Man: 225).
Tendo como fonte pulsional a afecção, uma gramática do
espectro ideológico existe pelo figurativo da imagem alegórica. Assim, o
coração é alegoria de afecção da ilusão ideológica. transformar o sonho
ideológico em realidade não é a satisfação de um desejo. Se a vida é sonho
ideológico, o indivíduo e a multidão estarão sempre insatisfeitos. Na
globalização cibernética, se constitui um Estado virtual cuja relação com a
riqueza das nações é insaciável. Uma acumulação de riqueza monetária
incomparável com a acumulação da riqueza nas mãos da burguesia nacional cria e
recria personagens rousseaunianos da insatisfação infinita. Elon Musk é o
exemplar mais acabada dessa espécie de personalidade virtual.
O Estado cibernético cria e recria suas próprias formas de
governo virtual alegóricas. O elemento comum dessas formas de governos é a
tirania como alegoria do rei, do soberano digital:
“Não é necessário grande prova de atenção ou de reflexão para
perceber que há uma diferença essencial entre a tirania tal como os clássicos
analisam e a tirania de nosso tempo. A tirania de hoje, ao contrário da tirania
clássica, dispõe da <tecnologia> e da <ideologia>. De um modo mais
geral, ela pressupõe a existência da <ciência>, isto é, de uma
interpretação particular da ciência ou de uma certa ciência. Inversamente, a
tirania clássica, ao contrário da tirania moderna, encontra-se em face dela, de
fato ou virtualmente, como uma ciência que não tem por finalidade a
<conquista da natureza>, que não quer ser nem vulgarizada nem
generalizada”. (Strauss: 38).
A ciência de hoje se tornou capital cultural como propriedade
de uma pequena burguesia do general intellect gramatical:
“Com o general
intelecto, o trabalho vai além da luta de classe em sua contradição com o
capital, pois, o capital é subsumido ao trabalho na produção de riqueza
nacional: subsunção cientifica do capital ao trabalho. Trata-se da derrota da
burguesia pelo trabalho”. 9Bandeira da Silveira. 2022: cap. 9).
A pequena burguesia do general intellect se tornou também a
classe social a partir da qual as formas de governo virtual são fabricadas.
Tudo leva a crer, que ela, inclusive é uma força histórica considerável na
fabricação e conservação do Estado burguês-virtual mafioso. Tal fato ergue.
inapelavelmente, o problema do Estado de Entendimento, ou como categoria ou
conceito ontológico, ou como conceito ôntico na história da civilização
política. (Heidegger: 144).
Kant tem uma tábua de
categorias muito útil para se pensar o Estado de Entendimento.
3
As categorias de relação e modalidade (Kant. 1970: 280). Da
relação, há a reciprocidade, isto é, ação recíproca entre agente e paciente.
Tomo o Estado como agente e a sociedade como paciente. Como conceito ontológico
na civilização política temos o Estado lacaniano que assume formas de conceitos
ónticos no Ocidente como Estado grego, romano, medieval e moderno. Na
civilização asiática temos o Estado confucionista, por exemplo. Ainda como
Estado ontico moderno temos o Estado burguês e na China do século XX o Estado
feudal colonialista.
A modalidade é a outra categoria que opera como o par
necessidade e contingência. Como o Estado lacaniano se define em relação à
riqueza como mais-valia pública, ele é um Estado necessário. O Estado burguês
[definido como aparelho de Estado e poder de Estado (Balibar:94)) é um Estado
contingente.
A categoria kantiana problematiza os conceitos da ciência
política materialista/dialética de Lenin da gramática da análise concreta da
situação concreta:
“Il va de soi qu’étant sur la base économique, la révolution
en Russie est nécessairement une révolution bourgeoisie. Cette thèse du
marxisme est absolument irréfutable. On ne droit jamais l’oublier, et elle doit
être appliquée à tous les problèmes économiques et politiques de la révolution
russe”. (Lenine. V. 3: 20).
Os conceitos leninistas são conceitos do aparelho de
contra-hegemonia de Marx, Engels e do partido socialdemocrata europeu.
Revolução burguesa é um conceito ideológico conjuntural da época do capital
capitalista. Não se trata de uma categoria gramatical da civilização política.
Tanto assim que com “As Teses de abril de 2017, Lenin alterou o primado da
revolução burguesa para revolução proletária em uma Rússia dominada por um
esdruxulo Estado feudal-burguês com uma forma de governo liberal política:
“Mais il savoir l’appliquer. Pour savoir ce que signifie
exactement cette vérirté quand elle est appliquée à tel ou tel problème, il est
indispensable de procéder à une analyse concrète de la situation et des
intérets des différentes classes. Chez les social-démocrates de droit, qui ont
Plékhanov à leur tête, on reencontre três souvent le mode de raisonnement inverse; quand ils se
trouvent confrontés à une problème concret, ils ont tendence á croire qu’il
suffit de développer logiquement cette vérité génerale sur le caractère
essentiel de notre révolution pour trouver la réponse [...] ses gens en
arrivent à conclure que le rôle dirigeant dans la révolution revient á la
<bourgeoisie>, et que les socialistes doivent soutenir les libéraux. Marx
aurait sans doute repris á leur props ces mots de Heine, qu’il avait déjà
cités: ‘J’ai semé des dents de dragon, et j’ai récolté des puces’”. (Lenine. V.
3: 20).
Lenin fala de uma gramática com a política no comando da
sociedade classes, uma invenção de sua ciência política dialética contra o
economicismo da socialdemocracia russa. O Estado é o agente necessário e a
sociedade o paciente contingente, em uma Rússia com um Estado tzarista feudal
poderoso e uma sociedade de classe urbanas gelatinosa, infralógica.
4
Há plurivocidade de Estado no aparelho de Estado; há
plurivocidade de Estado na tela do celular; há plurivocidade de Estado
kantiano:
‘O entendimento é a faculdade das regras”. (Kant. 2009: 106).
O Estado-lógico de entendimento é um conceito ontológico da
ciência política de Estado na história da civilização política:
“O entendimento, o juízo e a razão são divisões das
faculdades superiores do conhecimento que correspondem, exatamente, ao plano da
construção lógica geral. Essa ciência trata, portanto, em sua analítica, de
conceitos, juízos e raciocínios, comumente compreendidos, de acordo com as
funções e a ordem dessas faculdades do espírito, sob a dominação de
entendimento”. (Kant. 2009: 105).
O Estado é o espírito da lei, é tela gramatical do Quid juris
e, também é aparelho de Estado quid facti. (Kant. 2009: 77). O Estado quid
juris é estabelecido como Constituição. Opero com a Constituição de 1988
brasileira, por ser um artefato original. O Estado quid juris é aquele da
Constituição-88 no campo político conjuntural que começa em 1988. Ainda estamos
nele, apesar de toda a destruição da Constituição promovida pelos parlamentos
do regime de 1988, isto é, pelo Estado facti/88.
A história da conjuntura-88 é aquela contradição entre o
Estado quid juris barroco e o Estado quid facti grotesco:
“o barroco tem como critério operativo a dobra, ‘em toda sua
compreensão e sua extensão: dobra segundo a dobra’ (Deleuze, p. 47). Na
arquitetura, pintura, música, poesia e filosofia, haveria uma ‘linha’ barroca
definida pela dobra, por uma inflexão in finita, inteligível como, por exemplo,
uma cisão que ‘relança um pelo outro os termos cindidos’ – entre exterior e
interior, alto e baixo, matéria e força”.
O Estado barroco quid juris-88 vive a contradição como o
Estado quid facti grotesco, este como simulacro de simulação (Baudrillard.1981:
177) de Estado quid juris da oligarquia política rural:
“O grotesco, entretanto, não vige no empenho de restauração
da razão clássica, como a música barroca, que resolve por acoedes,
harmoniosamente, as dissonâncias ou as divergências melódicas. Não se pauta
ademais por uma moral que oriente a consciência na direção do progresso ou que
encontre razões para afirmar como ‘melhor’ o mundo criado pelo Deus cristão”.
(Sodré: 108).
John Rawls descortinou o Estado lógico de Entendimento
barroco/iluminista kantiano. O Estado constitucional-88 é, virtualmente, um
Estado quid juris barroco/iluminista:
“Se Kant tivesse morrido em meados da década de 1760 ou na de
1770, talvez ainda fosse conhecido pelos historiadores da filosofia como figura
menor, embora interessante, e muito influenciado por Leibniz. A razão para
tratarmos de Leibniz é que, embora Kant tenha ido além dessas influências e
desenvolvido suas próprias teorias, permanece o fato de que as ideias de
Leibniz, com frequência, conformam a doutrina madura e Kant de maneira
surpreendente e sútil”. (Rawls. 2005: 121-22; Bandeira da Silveira. 2024:380).
O Estado quid juris-88 é uma obra-de-arte barroco/iluminista
kantiana, que o parlamento do Estado quid facti grotesco procurou rasgar até a
obra constitucional-88 deixar de ser o Estado barroco/iluminista do dominado. O
Estado empírico-88 estabeleceu um campo heteróclito com o Estado burguês
mafioso de exceção contingente, Estado não deduzível da realidade
transcendental como o conceito ontológico Estado lacaniano:
“Eu a diferencio da dedução empírica, que mostra a maneira
como um conceito foi adquirido mediante experiencia e reflexão sobre ela
[...]”. (Kant. 2009: 78).
5
Na tela lógica kantiana do entendimento, há o aparelho de
Estado virtual quid juris ontológico e o aparelho de Estado territorial quid
facti empírico. O primeiro aparelho detém o monopólio legítimo racional da
coerção pública da legislação penal; o segundo aparelho usa a violência
ilegitimamente, de modo infralógico sobre as classes baixas periodicamente; o
juiz Flávio Dino do STF é o comandante da pratica política lógica do Estado
quid juris; o governador de São Paulo é o chefe do Estado quid facti da direita
em todo o território nacional.
A coação do aparelho de Estado se transformou com o Estado
virtual mundial das relações técnicas de produção cibernéticas. Uma violência grotesca
das redes de poder cibernéticas do aparelho de Estado facti virtual pode ser catastrófica
para os países. Elon Musk aparece como o chefe do Estado virtual facti mundial,
Ele confronta países que ele considera que não têm soberania estatal, com o
Brasil. Musk é um efeito da revolução mafiosa da classe dominante virtual
facti. Há também uma revolução mafiosa das classes baixas de países
subdesenvolvidos. O subdesenvolvimento é uma força empírica , força quis facti
de criação e recriação do campo subpolítico heteróclito. Tanto a revolução
mafiosa pelo alto como a revolução mafiosa dos de baixo criam e reproduzem um campo
diabólico (Godin:732) na formação social virtual e na formação social
territorial.
6
Hegel fala do ser do Étant (Heidegger. 1953:98):
“Lorsque la philosophie peint as grisaille dans la grisaille,
une manifestation de l avie achève de vieillir. On ne peut pas la rajeunir avec
du gris sur du gris, mais seulement la connaître. Ce n’est qu’ua début du
crépuscule qur la chouette de Minerve prend son vol”. (Hegel. 1940: 45)
A relação entre narrativa e ficção torna possível o texto
como ser do étant do campo político:
“Enquanto construção imaginária, o relato de ficção implica a
criação de mundos, parecidos ou não com a realidade efetiva, porém, em qualquer
caso, mundos alternativos ao mundo objetivo, sustentados na realidade [interna
ou externa], e cuja existência torna possível o texto”. (Domingues:29).
O aparelho de contrahegemonia usa a imaginação intuitiva da
narrativa de ficção para fabricar a verdade como estrutura de ficção (Lacan. S.
16: 186) da realidade do campo político textual. Na soberania popular, a
relação entre representante e representado tem sua verdade como estrutura de
ficção:
“Como no uso jurídico
da linguagem os interesses são mais ou menos idênticos com a vontade,
presumindo-se que aquilo que um indivíduo <quer> é do seu interesse,
acredita-se encontrar a essência da representação no fato de a vontade do
representante ser a vontade do representado, acredita-se que o representante
através da sua atuação, não realiza a sua própria vontade, mas a vontade do
representado. Isto é pura ficção”. (Kelsen: 315).
Com a soberania da audiência do digital, a relação entre
representante e representado se mostra diferente daquela relação da soberania
popular. Esta é ficção de uma cultura política existente na relação
representante e representado, isto é, é ficção amorosa, ou seja, futuro de uma
ilusão. A ficção digital estabelece a relação entre o aparecer digital do
representante como o campo das afecções do representado: ódio, ira santa,
<pulsão de morte grotesca> etc. Assim, a democracia da soberania popular
é determinada não pela cultura política e sim pelas relações técnicas de
produção cibernéticas no Estado virtual/territorial do dominado digital. Obama
diz que políticos e algoritmos mafiosos são extremante perigosos para a vida da
democracia. A Inteligência artificial mafiosa é a arma do Estado burguês
virtual mafioso contra a liberdade de competição na política democrática
eleitoral. Assim, o campo político se torna ditadura eletiva, pois, as classes
dominantes só podem decidir quem irá governar, de quatro em quatro anos.
através do voto. O campo político é materialista e paraconsistente
inapelavelmente.
7
Fredric Jameson lançou uma luz lunar na prática política
pós-modernista:
“Mas não é menos verdadeiro que ‘micropolítica’, que
corresponde à emergência de uma grande variedade de práticas políticas de
pequenos grupos, sem base em classe social, é um fenômeno profundamente
pós-moderno, ou então a palavra não tem nenhum significado que se preze”.
(Jameson: 322).
Comparados às classes socais, os pequenos grupos identitários
introduzem a relação entre direito positivo e direito natural no Estado
pós-modernista feudal do dominado:
“Socrate, dit-on, fut le premier à faire redescendre sur
terre la philosophie; le premier, il la fit enquêter sur la vie et les usages,
les choses bonnes et les choses mauvaises. En somme, c’est lui qui aurait été
le fondadeur d la philosohie politique. Dans la mesure où cette assertion est
exate, il est à la origine de tout la tradition du droit naturel. Par doctrine
classique du droit naturel, on peut entendre la doctrine qui fut créée par
Socrate et développée par Platon, Aristote, ls Stoiciens et les théologiens
Chrétiens [spécialement sain Thomas d’Aquin]. Il faut la distinguer de la
doctrine moderne du droit naturel qui apparut au cours du VII° siècle”.
(Strauss: 115).
Engels e Marx transformaram o direito natural em uma forma
ideológica como espectro cerebral da prática política, então:
“O pluralismo é, então, a ideologia de grupos, um conjunto de
representações fantasmáticas que triangulam três pseudoconceitos fundamentais:
democracia, mídia e mercado. Essa ideologia não pode, todavia, ser modelada e
analisada de forma adequada, a menos que se perceba que suas condições de
possibilidade são mudanças sociais reais [nas quais os ‘grupos’ desempenham
agora um papel mais significativo] e sem que se marque e especifique a
determinação histórica do próprio conceito ideológico de grupo [bem diferente
daquele do período de Freud ou de LeBon, por exemplo, e muito menos do conceito
revolucionário mais antigo de ‘malta’]. O problema, como disse Marx, é que ‘o
sujeito [...] é dado, tanto na realidade quanto na mente, e que, portanto, as
categorias expressam formas de ser, determinações da existência – e, ás vezes,
apenas aspectos individuais – dessa sociedade, desse sujeito, e, desse modo,
até do ponto de vista científico, ele não começa de jeito nenhum no momento em
que é discutido pela primeira vez como tal”. (Jameson: 323).
A prática política pós-modernista é aquela do Estado na TV,
cinema americano, vídeo experimental. Com o fim da época pós-modernista uma
revolução mafiosa virtual tomou conta da cena política mundial. Assim, um
hegemonikon mafioso [personificado por Elon Musk] tenta gerir o Estado
territorial/digitalizado:
“Durkheim fala do Estado como prática de conhecimento:
‘Quando o Estado pensa e decide, não cabe dizer que é a
sociedade que pensa e se decide por ele, e sim que ele pensa e decide por ela’.
(Durkheim: 46).
Ora Elon Musk não é a sociedade do capital capitalista contra
Estado nacional territorial, como pensam os cientistas políticos universitários
e jornalistas. Ele é o governo de um Estado revolucionário mafioso virtual das
relações técnicas de produção cibernéticas:
“Durkheim diz que o Estado tem vida psíquica. Aí temos uma
analogia provável com a gramática do estoicismo:
‘[...] hegemonikon e eu são coisa idêntica’. (Elorduy:26).
“O Estado pode funcionar como hegemonikon ou eu político no
campo político/estético. Ele pode ser, ou eu clássico scmittiano, ou o eu
filósofo-rei, eu cesarista”. (Bandeira da Silveira. 2012b: cap. 4).
Elon Musk é considerado um gênio nos EUA e Canadá. Ele parece
se encontrar muito próximo do filosofo-rei [César digital] do Estado virtual
feudal mafioso da atualidade.
8
Donald Trump quer desintegrar a gramática do campo político
americano. Sua aliança com Elon Musk indica que Trump quer acoplar o Estado
territorial burguês estadunidense ao Estado virtual feudal de Musk. Assim, Musk
leva uma vantagem sobre o governo territorial, pois, o problema da lógica da
prática política virtual cibernética é ininteligível para a ciência política
universitária. Para começar a ver o problema lógico, a prática política virtual
digital é agência ou sistema?
Jameson;
“Mas talvez essa alternativa – agência ou sistema – seja
apenas o velho dilema do marxismo – voluntarismo ou determinismo – envolto em
um novo material teórico. Penso que se trata exatamente disso, mas esse dilema
não é exclusivamente marxista, nem seu reaparecimento é especialmente
humilhante ou vergonhosos para a tradição marxista, uma vez que os limites
conceituais que são assim desvelados parecem mais próximos dos limites kantianos
da mente humana”. (Jameson: 329).
A prática política virtual é sistema cibernético ou
agenciamento digital? Qual o grau de voluntarismo ou determinismo nela. A
prática política virtual existe nos limites kantianos da mente humana, ou seja,
no cérebro humano? A gramática do cérebro é ditatorial [determinismo] ou
democrática [voluntarismo da forma de governo] como prática política?
Edgar Morin:
“o mais extraordinário é constatar que o cérebro, que nos
prece ser o governante autocrático do organismo, é, como diz Von Foerster,
um <órgão democrático>> não há
um centro de comando, mas uma federação de regiões cada uma das quais dispõe de
sua relativa autonomia. Tudo se produz e se decide por <assembleias> de
neurônios> (Morin: 88).
Jameson:
No próprio Kant, claramente, tal ‘versão anterior’ é dada
pela suposição e coexistência dos dois mundos paralelos dos númenos e dos
fenômenos, que rigorosamente parecem ocupar o mesmo espaço, mas dos quais (como
as ondas ou as partículas) apenas um pode ser ‘intentado’ pela mente em um dado
momento. Assim, em Kant, a liberdade e a causalidade encenam uma dialética
totalmente comparável a essa de agência e sistema, ou – nos termos de sua
versão prática e política ou ideológica – voluntarismo versus determinismo.
Pois o mundo fenomenal em Kant é ‘determinado, pelo menos na medida em que nele
as leis da causalidade reinam supremas e não admitem nenhuma exceção. E a
própria liberdade não seria exatamente uma exceção, uma vez que evoca um tipo
de inteligibilidade completamente diferente e simplesmente não é computada no
interior do sistema causal, nem mesmo como uma inversão ou negação deste
último”. (Jameson: 329).
Liberdade e determinismo são os dois aspectos do campo
materialista paraconsistente na prática política. O século do barroco é aquele
da fabricação da prática política moderna. O Estado mercantilista barroco encontra-se
como um modelo de prática política que é compulsão à repetição para além da
época moderna:
“’A segunda face da questão, de uma importância ainda maior,
deve ser buscada nas necessidades da navegação...No mar, especialmente, a
determinação das coordenadas geográficas, a determinação do ‘ponto’ é
fundamental e sem ela nenhuma viagem longe das costas pode ser empreendida com
alguma segurança. Se a determinação da latitude é facilitada pela observação do
Sol ou da Polar, a observação da longitude é muito mais difícil’...Ela ‘exige o
conhecimento da hora de um meridiano de origem. Essa hora, portanto, é preciso
levá-la consigo, é preciso conservá-la precisamente. É preciso, portanto,
possuir um ‘guarda-tempo’ no qual se possa confiar’. ‘Os dois problemas da
medida e da conservação do tempo estão naturalmente ligados de maneira íntima.
O primeiro foi resolvido por Galileu e Huygens utilizando o pêndulo. O segundo,
especialmente mais difícil... recebeu uma solução perfeita – pelo menos em
princípio – pela invenção, devida a Huygens, do sistema balancim-espiral”.
(Koyré: 284).
O problema consiste na relação das relações técnicas de
produção como tempo no Estado mercantilista/barroco, que, através do capital
mercantil criou e recriou do modo de produção escravista/colonial nas Américas
do ouro e da prata. Tal navegação está na origem da acumulação ´primitiva de
capital europeu que é uma etapa para a produção e recriação do capital capitalista
do século XIX. O modo de produção capitalista é a sociedade burguesa como
sistema no comando da economia, política e cultura. O sistema do capital criou
[em um determinismo causal do capital] a sociedade classes sociais e o Estado
burguês como aparelho de Estado e poder de Estado.
Um outro problema do tempo político universal barroco é
aquele do campo político pacífico territorial do Estado mercantilista barroco,
que não pode ser o tempo louco shakespeariano: <The time is out of joint>
(Derrida: 42)):
“De toutes les périodes de l’histoire européenne qui furent
divisées ou déchirées au plus profond d’elles-mêmes, le baroque est la seule
qui soit tombée dans une époque de domination absolue du christianieme. La voie
médiévale de la révolte qu’était l’hérésie lui état barrée; en partie parce que
le christianisme affirmait avec force son autorité, mais surtout parce que le
ferveur d’une nouvelle volonté séculière ne pouvait s’exprimer, si peu que ce
fût, dans les nuances hétérodoxes de la doctrine ou de la morale. Puisque de
cette façon n ila revolte, n ila soumission ne pouvaient se réaliser dans la
religion, les forces de l’époque se concentrèrent sur une révolution totale du
contenu existentiel de la vie, tout en gardant les formes de l’osthodoxie de
l’Eglise”. (Benjamin: 80).
O Aparelho de
hegemonia cristão do Estado barroco significa a pacificação do campo político
do Estado mercantilista da civilização política europeia pós-medieval.
9
Edgar Morin criou o conceito materialista paraconsistente de
cérebro. Ele fala das gramáticas do cérebro que se desenvolvem na história da
civilização política de milênios:
“Pode, pois, dizer-se que os múltiplos modos de conhecimento
e de conhecimento por analogia são inerentes a toda a atividade cognitiva e a
todo o pensamento. Mais ainda: o espírito não se limita a servir-se de
analogia; o fim da prática cognitiva é <simular> o real percebido
construindo um analogon mental [a representação], e simular o real, concebido
elaborando um analogon ideal [teoria]. Nestas condições, a analogia, que nos
aparece no início e no termo do conhecimento, é ao mesmo tempo o seu meio e o
seu fim”. (Morin: 140).
O Estado lógico disputa a soberania [nas gramáticas do
cérebro] no campo político cerebral com o Estado analógico narrativo:
“Enfim, o pensamento humano impõe às percepções e aos
discursos a alternativa lógica permanente do verdadeiro e do falso. É com a
linguagem que aparece e funciona sem parar o machado lógico inexorável da
contradição, sempre pronto para eliminar as analogias impertinentes, e que,
justamente, faz falta ao funcionamento analógico do pensamento.
Correlativamente, o princípio da identidade obriga-nos a distinguir, ou mesmo a
disjuntar o que não é semelhante, e não idêntico. Mais, amplamente,
introduzindo as suas exigências de coerência no pensamento, a lógica ou desfaz
a analogia ou a arregimenta no raciocínio”. (Morin: 140-141).
O campo político das gramáticas do cérebro acolhe o
semelhante, o dissemelhante e a contradição, o heterogêneo, o heteróclito, o
gótico, o barroco, o grotesco na sua forma ideológica/democrática de governo. A
monarquia parlamentarista constitucional virtual/territorial é a Forma de
Estado das gramáticas do cérebro humano. O cérebro não é um campo político
anárquico, ele necessita do Um para funcionar. (Narbonne: 62-63).
“Assim, os princípios/regras que organizam o conhecimento
humano instituem, ao nível cerebral e ao nível mental/espiritual, uma dialógica
cooperativa digital/analógica. Esta dupla dialógica é de natureza complexa,
isto é, as relações entre por um lado o digital e o lógico, e por outro lado o
analógico, são não só, complementares, mas também concorrentes a antagonistas”.
(Morin: 41).
Espectros ideológicos dos jogos caligráficos de Matisse
(Foucault:31, 34, 35) são o passado do século XX que pesam como chumbo no
cérebro dos vivos na terceira década do século XXI:
“Os homens fazem sua história, mas não a fazem como querem;
não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se
defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas
as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. (Marx. 1974:
335).
Marx fez o conceito de gramática de modo claro, cristalino:
“De maneira idêntica, o principiante que aprende um novo
idioma traduz sempre as palavras deste idioma para sua língua natal; mas só
quando puder manejá-lo sem apelar para o passado e esquecer a própria língua no
emprego da nova, terá assimilado o espírito desta última e poderá criar e
recriar, produzir e reproduzir, livremente nela”. (Marx. 1974: 335).
Os homens e mulheres do século XXI traduzem o campo política
textual desse século pelas formas ideológicas cerebraias do século XX. Eles
traduzem as gramáticas realmente existentes do século XXI a partir das formas
ideológicas do século XX. Gramaticalizar o <espírito> da língua do século
XXI significa se navegar nas telas gramaticais [e em suas formas ideológicas]
do além da época posmodernista.
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