quinta-feira, 28 de abril de 2016

DESTRUIÇÃO DO ESTADO NACIONAL/GOVERNO MICHEL TEMER (FHC)


A desvinculação de receitas da União (DRU) foi adotada em 1994, pelo governo neoliberal autárquico de Fernando Henrique Cardoso, quando da implementação do Plano Real. O seu objetivo principal é: aumentar a flexibilidade para que o governo use os recursos do orçamento nas despesas que considerar de maior prioridade. A desvinculação de receitas da União é uma ideia do PSDB de FHC. Este foi o conceito miraculoso econômico do Plano Real que salvou o capital dependente e associado paulista! Porém, chutou a crise estrutural da economia brasileira para a atual conjuntura cultural política econômica!   
Artigo 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultantes de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
O artigo 212 condensava a vontade cultural política dos constituintes. Tal vontade pensava e escrevia na Constituição a relação do Estado com as massas em termos de construção do Estado Nacional 1988. Dirigindo os trabalhos da Constituinte, o PMDB se apresentava como classe política das massas nacional-popular. Vincular receitas à previdência e à esfera da Saúde apontava para o vínculo essencial nacional-popular com as massas sujeito zero ditatorial em um sentido inverso ao do Estado militar retratado no livro de Octávio Ianni “A ditadura do grande capital” dependente e associado paulista.
Tal ditadura foi também a ditadura das altas classes médias eleitas por uma economia subcapitalista oligárquica como a sociedade de consumo brasileira de produtos de luxo, como mostrou Celso Furtado no seu esplendido livro “Criatividade e dependência na civilização industrial”. Tais massas de classe média eram as massas-apoio do Estado militar nacional. Quando elas foram atingidas pela crise econômica se constituíram nas primeiras massas nas ruas do Rio a exigir o fim da ditadura militar. Sua lealdade ao Estado militar Nacional era meramente economicista.
Os governos de FHC estavam preocupados com a indústria paulista. O Plano Real foi feito para salvar tal indústria da crise econômica destruidora da década de 1980. Em aliança com o capital fictício financeiro mundial, a indústria paulista continuou a dominar a economia brasileira e a nossa política nacional. O Estado nacional de FHC é um Estado paulista industrial desligado das massas populares e que jamais se preocupou com a Nação. Logo, é um Estado nacional fictício!
A era Lula teve a preocupação de integrar no Estado nacional as massas lumpesinais, principalmente, do Nordeste de onde sai a classe política federal que dirige o pais a partir do Senado Federal, pois, tal Senado se recusa a ser um Senado Nacional. O Estado nacional de Lula e do PT foi, essencialmente, um Estado nacional nordestino lumpesinal.
Com Lula e o PT a política se transformou no real que significa, por definição, destruição de cultura política intelectual (destruição econômica e biológica das massas sujeito zero morte), e, por tabela, destruição da cultura política econômica industrial paulista, do setor de serviços e do capitalismo de commodities, que não se mantém mais sobre as próprias pernas por causa da crise chinesa -  mercado das commodities brasileiras.      
A jornalista Andreia Sadi da Globo News deu a notícia que a burguesia paulista e os oligarcas do agronegócio esperavam ansiosamente. A desvinculação das receitas da União será geral e irrestritas. Trata-se de uma exigência do banqueiro Henrique Meireles (que adora tomar leite nas tetas do Estado) para assumir o comando da economia. No comando do PSDB, Aécio Neves queria manter o partido fora do governo Temer. Isolado no partido, FHC resolveu apoiar Temer para retomar o comando do partido mesmo que isso signifique a destruição do Estado nacional. Assim, ele completa a obra de 1994, cujo objetivo perseguido era a instalação do Estado mínimo neoliberal paulista - grau zero do Estado nacional. Para isso é preciso destruir o Estado nacional e também a essência da Constituição de 1988.
 A destruição do Estado nacional parece ser um mecanismo de autodestruição da classe política nacional. Por que, para que ela vai continuar existindo se não terá um Estado para governar e nem massas intelectuais ou populares para gerir? O governo temer mantém a ideia do Estado lumpesinal nordestino como representante da nação. Trata-se de uma excrecência lulo/petista que não evitará a lógica do pior! Hoje, tal Estado lumpesinal é a cultura política de gestão trans-subjetiva das massas sujeito zero democrático nordestino pela velha oligarquia dos coronéis do "Sertão" da política. O capo de tais coronéis é Renan Calheiros!   
De onde Temer extrai a legitimidade para destruir o Estado e o espírito da Constituição de 1988? Ele, FHC, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira, Ronaldo Caiado (antigo chefe-guerreiro da UDR, um bandeirante do Centro-Oeste), o poeta do colégio São Vicente (Rio) Cássio Cunha Lima creem na legitimidade adquirida junto às massas paulistas de classe média alta que querem derrubar Dilma Rousseff. Mas elas querem também ver Temer longe do governo nacional.
Rigorosamente, Temer e seu bando oligárquico-burguês de políticos não tem legitimidade junto às massas paulistas. O passo que eles querem dar pode acabar em rebelião popular e em ditadura fascista eletrônica oligárquica-paulista. A ditadura fascista eletrônica seria a continuação por outros meios da ditadura militar, do Estado militar sem Estado.
A destruição do Estado nacional atual significa que não haverá dinheiro para pagar juízes, políticos e militares, também! É o fim das grandes carreiras públicas nacionais. A classe política vive o tempo de Hamlet: “The times is out of joint”. O tempo da política enlouqueceu. A classe política enlouqueceu. Temer é apenas um Hamlet verdadeiramente louco!
O país está nas mãos de uma classe política que sofre de um delírio psicótico de grandeza, como seu mestre FHC!   
A arrogância narcísica psicótica de FHC sempre foi conhecida. Na universidade ele se autodenominava o Príncipe da Sociologia latino-americana. A ideia do Estado fascista eletrônico paulista saiu da cabeça dele, não saiu dos cérebros de Serra, Aécio ou Temer. Ele faz tudo isso com medo da velhice e da morte, com medo de morrer tendo ao seu lado na cama apenas sua jovem mulher e os parentes. Ele só se consola com um enterro de estadista. Seu medo faz da política uma máquina de guerra de destruição do Estado Nacional e das massas intelectuais e populares da terceira-idade.
Com o bando de FHC/Temer o pais mergulha na parte escura da crise brasileira que pode resultar ou na ditadura do funcionalismo público judiciário/militar ou na ditadura das massas semelhante à ditadura das massas da minha cidade no século XIX: CABANAGEM! Mas como vocês sabem nada da cultura política do Norte, ignoram o que as massas cabanas fizeram com a elite aristocrática de Belém do Pará!
A política devora seus próprios filhos!    
             

                       

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