FIESP e revolução nacional
A destituição do presidente da FIESP
lulista é um capítulo da luta do tenentismo bolsonarista com o lulismo. Sob
comando de Paulo Skaf (industrial nominal, industrial sem indústria), uma
lupenburguesia bolsonarista faz a luta no domínio das relações sociais
econômicas.
A FIESP representa a burguesia
nacional? mesmo que lúpen? Já há muito tempo que a FIESP tem uma presença da
multinacional na sua política sindical patronal. Há muito tempo sabe-se que a
FIESP inexiste como fenômeno político de uma revolução nacional burguesa.
A revolução nacional da gramática da
Constituição-1988 aparece no ministério da reindustrialização de Alckmin e nos
ministérios da Amazônia. Trata-se de uma revolução nacional que ´pode se
inspirar na revolução nacional chinesa: revolução nacional do século XXI.
Parece que o Xingu quer fazer parte
do Brasil-nação. Daria um salto para fazer parte de uma revolução nacional da
terceira década do século XXI?
É a época das novas revoluções
nacionais na América Latina. Na Europa, a estatização do que foi privatizado é
parte da gramática da nossa revolução nacional. Ela é uma resposta à
globalização neoliberal nefasta para os povos e nações.
Entre nós, a revolução nacional passa
pela reconstituição do capital nacional público e privado. Há contradição entre
eles, mas na revolução nacional pode haver conciliação entre a burguesia
pública e a burguesia privada nacional.
A revolução nacional alterará o campo
a hegemonia do bloco no poder. O deslocamento do aspecto principal da
contradição principal se fará pacificamente?
Se o aspecto principal deixar de ser a aliança do capital fictício com o
bloco agrário da multinacional, e passar a ser a aliança do capital público com
o capital privado nacional em aliança com o bloco agrário nacional, aí o Brasil
nação terá uma chance de continuar a existir.
O tenentismo bolsonarista representa
o bloco da terra da Amazônia. Ele é um aliado da multinacional da terra que
quer explorar a Amazônia rasgando a gramática da Constituição de 1988.
O ERRO DA ESQUERDA CHILENA
A ESQUERDA chilena ascendeu ao poder em uma conjuntura de um ajuste de contas com a Constituição de Pinochet, Constituição que antecipa a globalização neoliberal da década de 1980. Gabriel Boric tentou aprovar uma Constituição não-nacional, uma Constituição que, inclusive, mudava a forma do Estado de nacional para plurinacional. Boric foi derrotado em um plebiscito. A esquerda multiculturalista neobarroca da América Latina não metabolizou o fato político.
O Chile quer uma Constituição nacional como a nossa Constituição de 1988. Esta é a gramática da revolução nacional latino-americana.
A nossa Frente Ampla que ascendeu ao governo nacional é uma síntese de contradições política, econômica, cultural, ideológica e gramatical. Ela é, sobretudo, uma contradição entre o petismo multiculturalista neobarroco e a revolução nacional representada nos ministérios da nova industrialização e da Amazônia. Lula é o arbitro conciliador da contradição supracitada.
Alckmin é uma personalidade representante da burguesia industrial nacional. Marina Silva é representante do movimento ecologista nacional. Ela é de um pequeno partido da revolução nacional ecológica. Sônia Guajajara é filiada ao PSOL. Ela é a ministra dos povos indígenas. Alckmin, Marina e Sonia aparecem como os representantes da revolução nacional da Constituição de 1988 - Representantes de uma revolução nacional dentro da
ordem constiticional-88.
A Constituição-88 é o fenômeno que instaura a gramática da revolução nacional latino-americana para as grandes nações do continente. A esquerda petista é um ser pré-diluviano, pois, a gramática da Constituição-88 é o diluvio que nos faz latino-americanos e nacionais.
A esquerda chilena pode viajar nos rios e oceanos da gramática da revolução nacional-88?
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