domingo, 25 de fevereiro de 2024

O JUDEU

 

O JUDEU

 

A fala de Lula sobre Hitler e a Palestina está sendo manipulada pela direita como luta ideológica cesarista. Coisas do presidencialismo-cesarista. No entanto, a comunidade judaica mundial e, sobretudo, brasileira passou a se interessar pela relação entre esquerda e o judaísmo no Brasil.

O “Jornal” militante da esquerda ICL falou do racismo de Israel judia com o palestino; acusou o judeu de racializar o conflito Israel /Gaza. O hitlerismo foi a racialização política entre o povo alemão e o judeu, especialmente. O Youtube lulista é o responsável por transformar a fala de lula em luta ideológica tendo como objeto de desintegração o Judeu.

Por outro lado, a fala de lula não atingiu o coração da gramática da cultura política brasileira? nas caravelas de Pedro Alvares Cabral havia judeus como cristãos-novos e o judeu foi um agente colonizador importante na formação do povo brasileiro e da família nacional; no próprio PT, há judeus ilustres e o judeu Tarso Genro salvou o PT na crise que quase desintegrou Lula e o PT. O lulismo foi salvo da desgraça eterna por um intelectual brilhante e moderado judeu da esquerda sulista.       

O PT é um partido que parece ter desenvolvido alguns gens que existiam em estado latente - e com a velhice se tornaram dominante. Não se quer um PT contra a cultura política brasileira que é judaica; o fato Lula/Hitler é uma excrecência política, um ponto fora da curva.

Lula não tem controle sobre o Youtube lulista. Este quer fazer da fala de Lula, qualquer fala, um fenômeno divino. Lula está sempre certo! O PT e seu Youtube precisam mudar e se conciliar com a gramática judia da cultura política brasileira; é terrível a opção para o judeu da esquerda ter que escolher entre ser judeu ou ser da esquerda.    

O PT e o lulismo pedem uma revolução política em sua gramática da cultura política nacional. É só uma questão de vontade política, moral e intelectual.         

 

IMPEACHMENT

 

Como a esposa-cristã de Wlad, o Empalador, a frase de lula se jogou no fosso do Castelo; se lançou no abismo e parece quere levar Lula junto. Pois, é uma frase dia-bólica, de uma realidade gramatical heteróclita.

Lula tem uma chance para reverter o espetáculo da luta racial contra o judeu, que ele fez desabrochar, entre, nós, como cem flores do mal. Ele pode começar a revolução intelectual e moral que concilie a esquerda com a gramática judaica da cultura política brasileira.

A frase é um efeito do cesarismo lulista heteróclito; agora é a hora de pôr um fim na forma de governo cesarista/presidencialista heteróclita. Lula pode ser o intelectual hegemônico ou agente público celestial da mudança da forma obscena de governo cesarista. Nos EUA, a forma de governo pornográfica cesarista de Joe Biden bebe o sangue das crianças palestinas como mel. 

O heteróclito é a realidade da política como criação de monstros políticos, como Donald Trump e Joe Biden, como Bolsonaro e Milei, como Bukele etc.; d. Pedro I criou o campo político nacional como realidade heteróclita. Os militares fizeram da república uma realidade heteróclita assassinando o povo encantado de Canudos e do Contestado. Um ponto de não-retorno para o exército, que deixou de ser um exército nacional.

 A luta cesarista esquerda/direita é o agente de produção e reprodução da realidade heteróclita no regime democrático de 1988, como ilusão. Esquerda e direita são ilusões ideológica. Antes de Freud Marx falou da ideologia como ilusão; ele incluiu a prática política como forma ideológica de produção de ilusão.

Se o cesarismo de Lula o impede de liderar a mudança da forma de regime cesarista [e mandá-la para o inferno das boas intenções], ele pode renunciar. O vice-presidente pode assumir com compromisso verdadeiro de mudar a forma de regime.

Lula parece querer repetir o colapso cesarista do governo João Goulart, colapso produzido pelo próprio ultracesarismo heteróclito de João. Foi o ultracesarismo de Lula que fez da casa civil um poder nas mãos de um condottiere cesarista baiano.                          

Ainda há tempo.

 

POLÍTICA E DIREITO

Entre Nós, a prática política não aparece como objeto de um saber, de uma ciência política que começa com Platão. Há o homem político, a gramática e o agir político. Há um reducionismo de fazer da prática política um ser determinado pelo capital e interesses econômicos do homem ´político. A relação do homem na prática política com a gramática do capital cria a atmosfera da política como algo sujo, podre, para o marxista naive. No entanto, a relação da prática é, diretamente, com a mais-valia pública ou dinheiro público.

A prática política é habitada por intelectuais, o homem político é um intelectual que participa de inteligência coletiva política. tal inteligência organiza o poder administrativo que aparece depois que o Estado nacional foi desintegrado pela globalização liberal ocidental. Há o intelectual oligárquico, democrático e o cesarista que domina a política.

No Brasil, a consciência da administração [como o poder dominante da estrutura de poderes] ainda não se desenvolveu. O homem político se volta para a sua vida política pessoal e faz do parlamento um meio de obter dinheiro público, dinheiro sob controle do poder executivo. Rigorosamente, ele não tem responsabilidades com a administração geral, coletiva, para o bem comum da mais-valia pública.     

A falta de clareza na estrutura e funcionamento dos 4 poderes [administrativo, executivo, legislativo, judiciário] se deve ao fato que eles são percebidos como parte de uma cultura subjetiva e, sobretudo, pessoal. Tal concepção política da vida nacional é o motivo da crise catastrófica do cesarismo-presidencialista. Para sair da crise, é necessário que a gramática da política, o homem político e a prática política se tornem parte de uma cultura objetiva como, por exemplo, a medicina.

Há condições subjetivas da política que podem se transformar em cultura política objetiva? o que ainda não se revelou é que se a política depende do direito positivo da Constituição-1988, por outro lado, ela, a política, por caminhos ainda obscuros, e insondáveis, busca o justo natural.      

 

 

“COMO VIVER”?

Tal questão foi posta na cultura política grega: “como viver”?

O modo de produção escravista permitia ao grego livre se pôr e repor tal interrogação; vencido a determinação do reino da necessidade, o sujeito [indivíduo ou polis] pode querer viver segundo o justo ou o injusto. Intelectuais cesaristas defendiam que justo é o direito do mais forte sobre o mais fraco; intelectuais oligárquicos defendiam que o direito de uns poucos nobres e/ou ricos era o direito natural como fonte da gramática da lei escrita ou, sobretudo, da Constituição. O intelectual democrático defendia o direito de todos os cidadãos e, por tabela, da multidão soberana da politeia, o resto é a injustiça.

Há analogia possível com o Brasil de 2024?

A classe média corresponde ao cidadão grego, pois, liberta do reino da necessidade; então, ela pode se pôr a questão “como viver”. Ter uma vida justa baseada no controle da lógica das coisas, das pulsões luxuriosas, enfim, isso sob controle da razão da natureza humana, isto é, no direito natural.

Ou ter uma vida injusta?

Há uma classe média que faz a racialização política da sociedade classes sociais; hoje, a racialização substitui o objeto da luta racial; trocou o negro ou branco ou mestiço pobres pelo JUDEU. Uma classe média do Youtube faz do tempo presente eterno midiático da guerra de Israel com os palestinos a régua e o compasso para a racialização política como paradigma ou modelo histórico de luta racial entre povos infelizes.

Há classes médias que pretendem viver pelo justo? Em um país de origem escravocrata, país que fez do justo o direito do mais forte sobre o fraco, do rico sobre o pobre, do latifúndio sobre o camponês, as classes médias têm uma cultura política que se atualiza pelo direito do mais forte. Assim, o campo político do indivíduo [corpo /alma] e o campo político da sociedade ou espírito da polis, ambos desenvolvem a gramática da penitenciária como campo de extermínio de JUDEU, fenômeno atualizado no campo político/estético; o campo de extermínio vai além ou aquém da estética; ele é o grau zero do campo político/estético.

Hoje, as classes baixas não aparecem como ersatz de uma plurivocidade de JUDEU?      

 

CULTURA DO HOMEM

 

A cultura   política do homem começa com o direito físico do mais forte sobre o mais fraco: fêmea e criança. Freud fez a mitologia do cesarismo natural na qual os filhos se transformam em irmãos assassinando o pai da horda primitiva. O PT é constituído por filhos e não por irmãos.  

A cultura do homem evolui para a forma do patriarcado com o direito do mais forte construindo a subjetividade da fêmea [de feminino], objetivando-a, ou seja, transformando-a em mulher procriadora e pacífica, assujeitada, inclusive, à violência do homem. Tal coisa está longe de nossa história?  

No Brasil colonial, predomina o direito do mais forte na família senhorial do latifúndio. O patriarca colonial possui o poder soberano de fazer viver ou morrer a sua mulher e filhas. O latifúndio não se submetia ao poder penal do Estado luso colonial. Matava-se à vontade!

A cultura ´política do homem produz e reproduz a estrutura dos poderes {no cotidiano da cidade], no “Estado” [o Estado é uma ilusão como no Brasil colonial] e na sociedade civil das classes médias; criada na ditadura militar, dissolvida no regime de 1988, e recriada por FHC e Lula, a polícia secreta é o instrumento político da conspiração e espionagem da vida na cidade e no campo, na sociedade civil e no aparelho de “Estado”: é um poder da cultura política masculina como grau zero da estética. Hoje, ela se encontra sobre controle de Rui Costa e Lula.  

As classes médias Rio/SP são modeladas pela cultura política do homem de origem colonial; a mulher da classe média é fabricada pelo masculino; A cultura política do feminino existe como mitologia política e realidade virtual na qual a princesa Isabel ocupa um lugar de origem, uma rainha da cultura política feminina-nacional-popular desintegrada pelo homem branco das casernas e intelectuais civis oligárquicos.

Lula é o intelectual cesarista maior da naturalização da extrema direita; ele pratica a abjeta conciliação pós-modernista com Tarcísios, Zemas e quejandos, enfim, com os bolsonaristas. Ele, Lula, é um homem velho, chegando aos oitenta anos, ele pode perder o vigor, pode ficar doente etc. Assim, o cesarismo-presidencialista pode cair nas mãos de um homem da extrema direita.

Lula é, hoje, o maior representante da cultura política do homem que se serve de mulheres – em seu governo e partido - que são parte, dócil, assujeitada, dessa cultura política masculina.        

 

 

 

 

     

 

 

 

 

 

   

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