quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

CAPITALISMO SUBDESENVOLVIDO EVANGÉLICO


José Paulo


Nas páginas policiais da grande imprensa, o capitalismo criminoso é o sujeito de uma narrativa jornalística macabra. O capitalismo criminoso é a junção de práticas criminosas (tráfico de drogas, tráfico de seres humanos, tráfico de armas, economia miliciana, lavagem de dinheiro etc.) com Bancos e Mercado Financeiro (Platt: 45, 101, 174)). O dinheiro gerado no crime é objeto de uma lavagem de dinheiro no departamento 3 da economia capitalista globalizada. Departamento da produção de dinheiro, circulação de dinheiro, produção dos meios de troca. (Rosa: 73).
O capitalismo globalizado é plurivocidade de história econômica. Assim, parto da distinção entre história econômica capitalista desenvolvida, industrial, cibernética e história econômica subdesenvolvida capitalista com indústria tradicional - ou subdesenvolvida sem indústria.
O capitalismo criminoso é a expansão do capitalismo como economia ilegal. A relação dele com o Estado nacional aparece na forma do <criminostat> (Virilio: 55).  O Estado criminoso é parte de uma gramática da política que transforma gramaticalmente o conceito weberiano de Estado como monopólio legítimo dos meios de violência, ou a política como legitimidade instituída a partir do modelo de legalidade das práticas do Estado nacional:
“Todas as organizações têm perfis políticos, mas apenas no caso do Estado é que envolve a consolidação de um poder militar em associação ao controle dos meios de violência dentro de uma extensão territorial. Um Estado pode ser definido como uma organização política cujo domínio é territorialmente organizado e capaz de acionar os meios de violência para sustentar esse domínio. Tal definição é próxima daquela de Weber, mas não destaca uma reivindicação ao monopólio dos meios de violência ou o fator legitimidade”. (Giddens: 45).
O Estado nacional profano sem legitimidade e sem monopólio da violência real tem no Brasil da terceira década do século XXI um exemplar escarrado. O Estado empírico brasileiro é uma espécie bem desenvolvida de <criminostat> como forma política do capitalismo criminoso do subdesenvolvimento.
O <criminostat> aparece na forma política do <Estado de segurança policial/militar, público/privado evangélico>. Este Estado de segurança desfechou um golpe de Estado na democracia representativa boliviana e, parece, ter destruído a política legal boliviana. No Brasil, ele pode vir a ser a força histórica de destruição do Estado democrático da Constituição 1988.
A história econômica do subdesenvolvimento não é um monopólio da periferia do capitalismo globalizado. Nos Estados Unidos, Donald Trump se tornou o condottiere do desenvolvimento da história econômica do capitalismo subdesenvolvido industrial, nuclear, minerador, petrolífero etc. E com Trump, o Estado nacional americano se enfraqueceu diante da expansão do capitalismo criminoso no território econômico/estatal americano.  A aliança informal entre Trump e Bolsonaro obedece a essa lógica do desenvolvimento do subdesenvolvimento via capitalismo criminoso e <criminostat>, no Estados Unidos e no Brasil. 
A eleição americana presidencial próxima será movida pela contradição entre a conquista, integral, da “hegemonia” da história econômica subdesenvolvida (com ênfase no capitalismo ilegal) e a resistência do capitalismo desenvolvido, industrial, cibernético.  
Com a categoria de subdesenvolvimento capitalista com 10% de indústria, o Brasil evita a vir fazer parte dos países subdesenvolvidos sem indústria, dos países africanos integrados ao capitalismo globalizado através das redes de comércio e exploração extrativista, predatória colonial, de minérios para a indústria tradicional e indústria cibernética da China, por exemplo. 
O esforço do governo Bolsonaro parece ser o de destruir os 10% da indústria em solo brasileiro. No caso brasileiro, o subdesenvolvimento sem indústria urbana (apenas com indústria rural de commodities) aponta para a “hegemonia” absoluta do capital financeiro no bloco no poder (Poulantzas:65-70) neoliberal do subdesenvolvimento.
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O capitalismo desenvolvido funciona por uma relação entre princípio da realidade e princípio do prazer distinta do capitalismo subdesenvolvido. Ele busca sua legitimação pelo alto da divisão do trabalho das profissões do trabalho universitário. Para os países subdesenvolvidos tradicionais, o Estado-cientista (Châtelet: 607, 610) é a forma política de uma presença do princípio da realidade lacaniano que se ancora na fantasia (Lacan. S. XIX: 75) da passagem do subdesenvolvimento para o desenvolvimento capitalista.  A sociedade industrial do capitalismo cibernético asiático é a fantasia lacaniana da inserção de países asiáticos na luta da história econômica desenvolvida contra a história econômica subdesenvolvida.
A sociedade do capitalismo desenvolvido é baseada em uma fantasia da responsabilidade e da autonomia do trabalho em relação as cadeias hierárquicas tradicionais da divisão do trabalho na fábrica e nasociedade:
“Todos os dispositivos associados ao novo espírito do capitalismo – quer se trate da terceirização, quer da proliferação nas empresas de centros autônomos de lucro, de círculos de controle de qualidade ou das formas de organização do trabalho – de fato vieram, em certo sentido, atender às demandas de autonomia e responsabilidade que se fizeram ouvir no início da década de 70 em tom reivindicativo: os executivos desligados de suas linhas hierárquicas para assumirem ‘centros autônomos de lucro’ ou para realizar ‘projetos’ e os operários subtraídos às formas mais divisionárias de organização do trabalho em linha de montagem, realmente perceberam que seu nível de responsabilidade aumentou, ao mesmo tempo que era reconhecida sua capacidade para agir de maneira autônoma e para demonstrar criatividade”. (Boltanski: 430).
Trata-se de uma clara junção do princípio de realidade e princípio do prazer na divisão do trabalho profissional universitário e fabril. O gozo da responsabilidade aliado ao da autonomia criativa pôr o princípio do prazer como elemento definitivo no processo de trabalho do capitalismo desenvolvido e na administração fabril deste capitalismo.    
A história econômica do subdesenvolvimento disputa passo a passo a hegemonia com o capitalismo desenvolvido:
“Faltam ao trabalho informal as qualidades de vínculos empregatícios normais. Estes consistem sobretudo em contratos regulares e judicialmente cobráveis, na proteção contra demissões sem justa causa, na previdência social, na representação dos interesses dos trabalhadores pelos sindicatos, nos direitos de ser ouvido e de cogestão, nos salários e jornadas de trabalho que permitem uma vida digna. Por um lado, os dados sobre o trabalho informal, a economia informal ou paralela [<Schattenwirtschaft>, <black economy>] – esses dois conceitos designam cautela. Mas independentemente de como se mede e avaliam os dados, aumenta o significado da informalidade, isto é, o número dos que foram excluídos da economia formal. Isso vale sobretudo para os países do chamado Terceiro Mundo, e desde o colapso do socialismo real também existe nos países em vias de transformação na Europa Central e Oriental. Em muitas regiões do mundo, principalmente na América Latina, na África e na Ásia, o número de trabalhadores com empregos informais é superior ao daqueles com empregos formais. Também nos países industriais desenvolvidos da América do Norte e da Europa o ‘vínculo empregatício normal’ regulamentado desde a década de 1970 pelos direitos trabalhistas e social perde a sua dominância empírica e sua função normativa como ideal norteador (conforme constatou recentemente também o Banco Central alemão no seu relatório de julho de 2005). No início do século XXI, a segurança socioeconômica, tal como definida pela OIT, parece ter se tornado um privilégio de uma minoria social na maioria dos países do mundo”. (Altvater: 293).
No Brasil, a sociedade do trabalho precário substitui a sociedade salarial moderna como forma econômica da passagem da sociedade industrial dependente para a sociedade subdesenvolvida:
‘A vitória do capital sobre o trabalho aparece como uma catástrofe para a sociedade capitalista, pois, ela sofre uma involução em termos de direitos da modernidade. A era dos direitos é substituída pela era do não direito: precarização da vida em sociedade na falta do discurso do direito moderno articulatório: direito como laço social capitalista moderno civilizatório”. (Bandeira da Silveira: 182)

No subdesenvolvimento da América Latina, especialmente no Brasil, o emprego informal faz pendant com o emprego formal precário constitucionalizado:
“O capitalismo globalizado neoliberal aprofunda a insegurança socioeconômica com a expansão do emprego informal. A sociedade salarial não é mais o palco da luta de classes por direitos trabalhistas. A proletarização neoliberal forçada faz da sociedade do trabalho um espaço de precariedade econômico-existencial absoluta”. (Bandeira da Silveira: 182).    
   A propósito, a relação do subdesenvolvimento capitalista com a natureza segue a mesma linha de força de tornar a sociedade brasileira uma sociedade da precariedade absoluta:
“O governo Bolsonaro desmantelou o Estado nacional (Estado-cientista) protetor da Floresta Amazônica. O resultado é uma aceleração das queimadas em uma escala que se tornou uma ‘crise internacional’. O governo fala em proletarizar 20 milhões de ´pessoas dos povos amazônicos. Uma alteração radical na relação natureza e economia tem a mediação do Estado predador neoliberal entre o capital agrário e a natureza. O resultado imediato disso é a politização das condições de produção capitalista subdesenvolvida”.
“Um bloco no poder neoliberal com forte presença da burguesia rural industrial (agrária, mineradora, madeireira, pastoril) ocupa uma posição tática no Estado neoliberal alterando o equilíbrio de força entre a natureza e o capitalismo. Tal evento desenvolve o subdesenvolvimento neoliberal (aprofunda o subdesenvolvimento do século XXI). No novo equilíbrio de forças, os povos da Floresta, bichos, enfim, fauna e flora existem como direitos perdidos, direitos consagrados feito letra morta na desatualização da Constituição 1988”. (Bandeira da Silveira: 181).
A história econômica do subdesenvolvimento faz pendant com a revolução cibernética do capitalismo industrial globalizado na medida em que esta afeta a linguagem da cultura econômica mundial:
“A revolução cibernética do capitalismo globalizado produz outra história que varreu para as calendas gregas a linguagem econômica e a linguagem do campo de poderes político mundial pré-diluviano. Categorias como imperialismo, colonialismo ou neocolonialismo, Estado desenvolvimentista, nação, Estado-nacional, socialismo, subdesenvolvimento, periferia, países dependentes etc. se tornam obsoletas, são foracluídas da cultura econômica mundial. Outras categorias aparecem como países emergentes, países em desenvolvimento na África e se mantem a categoria país desenvolvido avançado”. (Bandeira da Silveira: 172). 
A crítica da linguagem econômica neoliberal retoma o fenômeno do subdesenvolvimento como expansão irrefreável da história econômica capitalista da globalização subdesenvolvida em luta pela hegemonia com o capitalismo desenvolvido, industrial, cibernético.
As gramáticas do capitalismo globalizado desenvolvido fazendo pendant com o capitalismo subdesenvolvido devem ser observadas assim:
“A revolução cibernética é o corte no fluxo histórico do campo de ´poderes/saberes econômico que criou o departamento 4° do capitalismo mundial: departamento cyber. Este é o motor econômico dinâmico de acumulação capitalista e de reprodução ampliada do capital cyber. É também o modo de articulação dos outros departamentos produtivos e do departamento 3°, ou seja, do departamento do dinheiro cyber. O departamento 4° mudou em profundidade o complexo industrial-militar mundial”. (Bandeira da Silveira: 171-172).
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O capitalismo evangélico subdesenvolvido é uma vontade de poder que se afina com práticas criminosas e vontade de instituir um Estado subdesenvolvido neoliberal noir legitimado pelo campo de saber da fé religiosa. Trata-se de um Estado que já não é um Estado tout court.   
O capitalismo evangélico subdesenvolvido abarca o capitalismo criminoso das igrejas em junção com práticas criminosas no mundo da vida e golpe de Estado no Estado democrático na América Latina. No Brasil, a militarização policial de certas igrejas neopentecostais tem o claro objetivo de preparação de um golpe de Estado que possibilite a implantação de uma ditadura bolsonarista?
O capitalismo criminoso é composto por grupos intermediários não assujeitados à autoridade soberana do Estado legal. Eles fazem parte do fenômeno bizarro Estado noir, do criminostat, de um certo anarco-empirismo institucional do capitalismo subdesenvolvido evangélico. O anarcocapitalismo é um fenômeno que se desenvolve de forma acabada com o capitalismo subdesenvolvido evangélico. Os grupos intermediários evangélicos agem como massas da política olocrática de assalto ao poder político do Estado legal, que vai deixando de ser um Estado em si.  
Em 2018, os grupos evangélicos elegeram Bolsonaro presidente da república em uma aliança com o campo da direita neoliberal. Assim, se constitui um bloco no poder do capitalismo evangélico subdesenvolvido com as massas evangélicas como “classe-apoio”.
Os grupos intermediários do cristão político são a base social de um campo de poderes/saberes da conquista do poder político e conservação deste pelo campo da nova direita.
O capitalismo subdesenvolvido evangélico põe e repõe um problema elementar para as nações: é possível um país manter sua unidade política ou territorial sem sociedade política tout court?
“Longe de estar em antagonismo com esse gruo social detentor da autoridade soberana, mas especialmente chamado de Estado, o Estado lhe supõe a existência; só existe onde eles existem. Não havendo grupos secundários, não haverá autoridade política ou, quando menos, não haverá autoridade que, sem impropriedade, possa ser assim chamada”. (Durkheim: 42).
Com os grupos secundários criminosos do subdesenvolvimento em antagonismo urbano com o a autoridade política soberana ainda se pode falar de sociedade política?
A sociedade política real se define assim:
“é a sociedade política, que definiremos como formada pela reunião de um número mais ou menos considerável de grupos sociais secundários, sujeitos à mesma autoridade, independente, ela própria, de qualquer outra autoridade superior regularmente constituída”. (Durkheim: 41).
Com os fenômenos políticos do capitalismo evangélico subdesenvolvido supracitados, a sociedade política passa a ser apenas um artefato de uma narrativa ficcional. A sociedade política ficcional é um artefato do discurso das instituições da ordem política legal em colapso, do cientista político turrão e do jornalista neoliberal.   
O capitalismo subdesenvolvido evangélico é anarcocapitalismo, pois, formado por grupos secundários anti-Estado nacional moderno:
“chamaremos mais especialmente de Estado os agentes da autoridade soberana, e de sociedade política o grupo complexo do qual o Estado é o órgão eminente”. (Durkheim: 44).  
O anarcocapitalismo subdesenvolvido dissolve o Estado tout court:
“Quando o Estado pensa e se decidi, não cabe dizer que é a sociedade que se decidi por ele, e, sim, que ele pensa e se decidi por ela. O Estado não é simples instrumento de canalizações e concentrações; é, em certo sentido, o centro organizador dos próprios subgrupos”. (Durkheim: 46).
O fim do fluxo histórico Estado aparece no desenvolvimento do subdesenvolvimento anarcocapitalista evangélico:
“O que define o Estado é um grupo de funcionários <sui generis,> onde se elaboram representações e volições que envolvem a coletividade, embora não sejam obra da coletividade”. (Durkheim: 46).
Ao contrário, o capitalismo subdesenvolvido evangélico é o culto ao indivíduo religioso que quer usar a fé (campo de saber/poder) para enriquecer rápido e ter um corpo saudável, pois a religião cuida da vida psíquica no templo. Trata-se de uma recusa de aceitar a vida como materialidade e como materialismo. É um novo episódio do partido espiritualista contra o partido materialista.
A pobreza e a doença não são vistas como fenômeno do mundo da matéria, mas como tendo solução no mundo espiritual. Vive-se o avesso da vida da modernidade, já que esta tem como objetivo lutar contra a pobreza e a doença (luta das massas proletarizadas e dos intelectuais como sujeito). Torna-se obsoleto fenômenos como medicina social, Estado social, biopoder, todos base do materialismo da vida ocidental a partir do final do século XVIII e da sociedade industrial capitalista.
O Estado é abolido como órgão de pensamento social voltado para um fim político, e não especulativo ou espiritual. O Estado perde sua função de hegemonia, ou melhor, de liderança intelectual e moral no campo dos indivíduos/sujeitos:
“O Estado é, para falar com rigor, o órgão mesmo do pensamento social. Nas condições presentes, esse pensamento está voltado para um fim prático e não, especulativo. O Estado, ao menos em geral, não pensa por pensar, para construir sistemas de doutrinas e, sim, para dirigir a conduta coletiva, isso não tira que sua função essencial seja pensar”. (Durkheim: 47).  
Povoado por narrativas milenaristas, o que o século XXI nos reserva é uma vida sem sociedade política real, pois, esta tem que estar voltada para o indivíduo profano fazendo pendant com o bem comum. O indivíduo profano é o real da realidade das gramáticas capitalismo desenvolvido. O indivíduo evangélico é o real da vida do capitalismo subdesenvolvido.
O nosso século XXI destrói os significantes políticos profanos como hegemonia, dominação jurídico-política, democracia liberal etc. No lugar deles, aparecem narrativas de uma hegemonia e dominação ficcionais. Trata-se da destruição da política como a conhecemos em uma época de apocalipse ecológico.
A fusão de grupos evangélicos com grupos de aparelhos repressivos de Estado legal retira destes sua modernidade de ser uma força a serviço da luta da burguesia contra o proletariado. Esvazia, também, o aparelho repressivo como órgão voltado para a manutenção da ordem publica e da paz social.
A luta evangélica toma o lugar da luta de classes. A olocracia religiosa das massas pobres e doentes é a força histórica que permite profundas transformações na realidade do contemporâneo.
O antagonismo do evangélico noir com o Estado legal profano restaura a dialética social na relação entre elite e massas banhada pela plurivocidade de história econômica capitalista.

ALTVATER, Elmar. O fim do capitalismo como o conhecemos. RJ: Civilização Brasileira, 2010
BANDEIRA DA SILVEIRA, José Paulo. Subdesenvolvimento hoje. Lisboa: Chiado Books, dezembro 2019
BOLTANSKI E CHIAPELLO. O novo espírito do capitalismo. SP: Martins Fontes, 2009
CHÂTELET, PISIER-KOUCHNER. Les conceptions politiques du XX° Siécle. Paris: PUF, 1981
GIDDENS, Anthony. O Estado-Nação e a violência. SP: EDUSP, 2001
DURKHEIM, Emile. Lições de sociologia. A moral, o direito e o Estado. SP: T. A. Queiroz/USP, 1983
LACAN, Jacques. Le Seminaire. Livre XX. Encore. Paris: Seuil, 1975
PLATT, Stephen. Capitalismo criminoso. SP: Cultrix, 2017
POULANTZAS, Nicos. Pouvoir politique et classes sociales. V. 2. Paris: Maspero, 1971  
ROSA LUXEMBURGO. A acumulação do capital. RJ: Zahar, 1970
VIRILIO, Paul. Vitesse et politique. Paris: Galilée, 1977
  

   






   


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