José Paulo
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PARA O BRASIL 2023
O <Programa de desenvolvimento 2023> parte da ideia de que
a política brasileira neoliberal será derrotada nas eleições presidencial e
parlamentar de 2022. No entanto, não se deve esperar as eleições para iniciar a
implantação do Programa.
O Programa deve ser aquele de uma reforma intelectual e moral
na vida brasileira, reforma da linguagem da política brasileira do presente. Essa
reforma prepara o terreno existencial, e material, para a hegemonia do general intelect
na vida nacional e local.
Para prosperar o general intelect deve se constituir em uma
força prática da práxis social. Esta será o veículo de uma transformação prática
e cultura no campo das ideologias.
A transição do campo das ideologias neoliberal para o campo
das ideologias mercantilistas levará a uma transformação da administração
pública, da universidade pública, da grande empresa pública. Estas são um domínio
de desenvolvimentos do general intelect decisivo para o desenvolvimento do
mercantilismo capitalista brasileiro, ou latino-americano.
Desse modo, é urgente bloquear a destruição da empresa
pública, da universidade, da ciência nacional e da administração pública defendida pelos neoliberais do Congresso,
governo federal, jornais do sudeste e TV Globo.
Passemos para os pontos do programa mínimo:
!) A “economia de guerra’ de Paulo Guedes foi uma retórica
usada para furar o “teto de gastos”. Centenas de bilhões de reais foram gastos
no combate à pandemia. O consenso das forças neoliberais em torno de Paulo Guedes
resultou na assimilação no campo das ideologias do teto furado como uma
necessidade nacional. Então, se houver um consenso pelo desenvolvimento
mercantilista do general intelect, o teto de gastos poderá ser visto com uma
ficção jurídico-política desnecessária.
2) liberar o investimento público para o desenvolvimento mercantilista
capitalista, consiste em concentrar forças na transição do capitalismo neoliberal
para o mercantilismo capitalista:
a) trata-se de construir um Estado-cientista, mercantilista fazendo
pendant como o modelo corporativo industrial da multinacional mercantilista.
b) uma nova burocracia pública corporativa (não
corporativista) deve ser configurada a partir da burocracia publica atual. A transformação
da burocracia atual em burocracia pública corporativa implica em reverter a
destruição neoliberal, em curso no Congresso, da administração pública
realmente existente.
A nova burocracia pública será parte constitutiva do general intelect
como práxis social do Estado mercantilista, este como Estado-cientista natural
cibernético.
c) reforma do capitalismo político. As empresas públicas devem ser objeto de uma
reforma de Estado que as transformem em empresas corporativas como a Petrobrás. A
reforma define a empresa pública voltada para o cálculo capitalista do lucro e
para a produção voltada para o Bem Comum. A proteção da população a torna uma empresa do
mercantilismo capitalista público.
A proteção ecológica consiste em uma função própria de um
Estado mercantilista do século XXI. Proteção da riqueza natural, dos povos
originários, da Floresta, da água como bem comum, água que para ser explorada
necessita de uma planificação mercantilista do Estado nacional. A ganância da
multinacional mercantilista da água não é uma meta do imperialismo militar
americano para terras brasileiras e latino-americanas?
Remenber Bolívia!
c) reforma do capitalismo nacional privado o preparando para
assumir a forma de multinacional mercantilista. Trata-se de integrar o capital privado nacional no
desenvolvimento do nosso mercantilismo capitalista.
d) constituição do general intelect como práxis social
associando a universidade pública com as empresas públicas e multinacionais
mercantilistas privadas estrangeiras e locais.
Um grupo da UFRJ já existe como general intelect por sua
ligação de pesquisa científica e técnica com a Petrobrás. A UFRJ pode ser tomada
como modelo de fabricação do general intelect empresarial.
e) transformar o trabalho intelectual da política em general intelect
como fenômeno do Estado-cientista mercantilista.
Enfim, trata-se de quebrar o paradigma neoliberal/ oligárquico
que domina a vida nacional. A derrota do bloco neoliberal pode parecer algo
impossível, pois, ele é hegemônico, nos governos, nos partidos políticos, no
Congresso, nas cúpulas do judiciário, no exército, nos jornais do sudeste, na
TV Globo, entre a maioria dos economistas. professores universitários,
youtubers.
A transição mundial da hegemonia do campo das ideologias liberais
para o campo das ideologias mercantilistas se traduze pela construção de
grandes Estados mercantilistas na Ásia, Europa e América.
Enfim, o liberalismo brasileiro está isolado e acuado no
cenário internacional.
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