domingo, 19 de outubro de 2025

republica parlamentarista e questão agrária.

 9 república parlamentarista e questão agrária


A questão agrária no Brasil é herdeira do poder d’ars do latifúndio senhorial, colonial-feudal. No regime parlamentarista, ela aparece através da Ligas Camponesas. No regime de 1988, ela aparece com o movimento camponês MST (Movimento sem Terra).  No governo lula de 2023, há a questão agrária como reforma agrária no aparelho de Estado. O Congresso é dominado por uma bancada de grande proprietários de terra ou agraristas que são contra a reforma agrária.  Nota-se, que o MST não faz parte de uma consciência republicana nacional de solução, na prática política 1988, do mercado interno de produção e venda de bens de consumo perecíveis. Ora! é uma preocupação de hoje  o desaparecimento da consciência nacional republicana - que criou a Constituição republicana de 1988. Os constituintes de 1987-88 apareceram como a mais avançada consciência republicana nacional revolucionária para o espanto da sociedade conservadora, de então. 

Em 1961-62, há uma consciência republicana nacional da questão agrária. Tal fato se deve ver na relação entre as relações técnicas de produção do poder d’ars da comunicação e a formação de uma consciência nacional possível. António Damásio descarta a consciência nacional:

“A consciência é um fenômeno inteiramente privado, de primeira pessoa, que ocorre como parte do processo privado, de primeira pessoa, que domina a mente. A consciência e a mente, porém, vinculam-se estreitamente a comportamentos externos que podem ser observados por terceiras pessoas. Em todos nós ocorrem estes fenômenos - mente, consciência na mente e comportamentos - e sabemos muito bem como eles se correlacionam entre si, primeiro graças à auto-análise, segundo em razão de nossa propensão a analizar os outros. Tanto a sabedoria como a ciência  da mente e do comportamento humano baseiam-se nessa incontestável correlação entre o privado e o público - mente de primeira pessoa, de um lado, e comportamento de terceira pessoa de outro”. (Damásio: 29). 

Nas ciências das telas, há a tela da mente estética que faz pendant com a práxis individual e prática política de massas analíticas ou do homem comum. Assim, a consciência nacional republicana é uma prática política em uma tela da mente estética territorial/virtual. Em 1961-62, há uma consciência nacional republicana que acolhe a questão agrária dos de baixo, dos camponeses Hoje, a questão agrária dos de baixo não faz pendant com uma consciência nacional republicana, existente virtualmente, na Constituição de 1988, porém que foi desintegrada pelas relações técnicas de produção do pode d’ars mass media do capitalismo comercial cesarista cyberpunk do regime de 1988. O Estado republicano de 1988 se transformou em um Estado extrarrepublicano do dominante, que tem com seu comitê central o Congresso de Brasília. Como o MST não é nacional-popular republicano, e sim latino-americano internacionalista, desse mato não sai cachorro. O único movimento organizado de massas no Brasil vive a partir de uma vivência de uma luta econômica da revolução democrática cosmopolita.   

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De um platô (Deleuze. 1980), observa-se as ciências das telas (Bandeira da Silveira. Julho/2025: cap. 5) das big techs. o que elas são como gramática das ciências das telas? Qual a relação delas com a consciência nacional republicana? Elas são um novo Estado, um Estado virtual extraterritorial? 

Newton da Costa:

“edificam teorias cujo escopo vai muito além do que os dados pareciam autorizar, assemelhando-se mais a criadores do que a descobridores, onde o gênio e a inspiração despontam, lembrando o ato criador do artista. Em síntese: Não haveria ciência empírica se os cientistas procurassem empregar formas válidas  de inferências”. (Newton da Costa. 2019: 24). 

As big techs são as ciências das telas digitais de qual fenilatofenômeno? Indo direta ao ponto. Elas são o novo Estado tecno-feudal do mercantilismo da mundialização do capitalismo comercial digital cesarista. Elas são um Estado virtual sem território geográfico? Ora! elas são, ou americanas, ou chinesas. O Brasil tem esse Estado tecnofeudal americano dentro do Estado brasileiro. Um Estado tecnofeudal capitalista que é o verdadeiro Estado estadunidense da atualidade. Assim, há a subsunção da soberania do Estado  territorial nacional  à soberania do Estado do capitalismo comercial digital cesarista americano, nos EUA e no Brasil. Donald Trump é um fantoche cyberpunk da mundialização do Estado do capitalismo comercial, digital, cesarista cyberpunk. Por quê cyberpunk? Porque ele luta no território da plurivocidade gramática-ideológica-retórica contra o republicanismo do Estado territorial-nacional, que aparece como uma imagem textual do sistema mundial a ser desintegrado. O poder d’ars cyberpunk digital faz a história da terceira década do século XXI, sem que homens e mulheres percebam como isso é feito. O Estado tecnofeudal capitalista comercial faz a história, mas não sabe que a faz e como a faz e porque a faz?         

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A espécie humana caminha para o fim do homem em um milenarismo irrevogável, aparentemente. Duas gramáticas ideológicas promovem esse milenarismo macabro: o niilismo nietzschiano, e a pulsão de morte freudiana. Assim, é posto a relação da gramática com o sujeito na época do capitalismo comercial digital cyberpunk. Este tem a gramática antropofágica e relação ao sujeito: revela meu segredo ou te devorarei, diz a gramática para o sujeito. Então, resolvi partir do “Manifesto antropofágico (1928) com a gramática  do sujeito lacaniana. A gramática antropofágica é aquela do Estado tecnofeudal do capitalismo comercial digital cesarista cyberpunk (EFCCDCC) sem César. Começo:

“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente”

“Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz”.

“Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago”. (Andrade. 1987:353).

A antropofagia une o general intellect gramatical das big techs. ùnica lei do mundo da mundialização do capitalismo comercial digital cyberpunk devorador do mundo do sujeito homem. Há essa gramática antropofágica do EFCCDCC devoradora do homem gramatical, da língua fenilato, do Estado geográfico nacional:

“Tupy, or not tupy that is the question”. Andrade. Idem: 353). Deve-se continuar no caminho da conciliação barroca do homem com a máquina?  eis a questão!     

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A consciência republicana brasileira:

“Foi porque nunca tivemos gramática, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-mundi do Brasil”. (Andrade. idem: 354). 

Uma consciência sem gramática e tradição, sem geografia urbana e/ou rural para existir como um poder d’ars da prática política republicana:

“Uma consciência participante, uma rítmica religiosa”. 

Onde está o sujeito republicano:

“Contra o mundo reversível e as ideias objetivadas. Cadaverizadas. O stop do pensamento que é dinâmico. O indivíduo vítima do sistema. Fonte das injustiças clássicas. Das injustiças românticas. E o esquecimento das conquistas interiores”. (Andrade. Idem; 355). 

O indivíduo  vítima do sistema. Eis uma versão vitimológica do sujeito lacaniano? 

Lacan:

do sujeito que um discurso sujeita como tal à produção, desse sujeito que há matemáticos que lhe qualificam como <criativo>. Resta deixar claro que é realmente de sujeito que se trata, o que é corroborado pelo farto de que, na minha lógica, o sujeito se exaure ao se produzir como efeito de significante, mantendo-se tão distinto deste, é claro, quanto um número real de uma sequência cuja convergência é racionalmente assegurada”. (Lacan. S. 19: 166). 

O sujeito republicano é um efeito da gramática da tela da mente estética republicana. Mas ele é divisão entre consciência republicana e inconsciente da gramática do Estado cyberpunk do capitalismo comercial digital cesarista:

“A luta entre o que se chama incriado e a Criatura-ilustrada pela contradição permanente do homem e o seu Tabu. O amor quotidiano e o modus vivendi capitalista. Antropofagia. Absorção do inimigo sacro. Para transformá-lo em totem. A humana aventura. A terrena finalidade. Porém, só as puras elites conseguiram realizar a antropofagia carnal, que traz em si o mais alto sentido da vida e evita todos os males identificados por Freud, males catequistas. O que se dá não é uma sublimação do instinto antropofágico. De carnal, ele se torna eletivo e cria a amizade. Afetivo, o amor. Especulativo, a ciência. Desvia-se e transfere-se. Chegamos ao aviltamento. A baixa antropofagia aglomerada nos pecados de catecismo - a inveja, a usura, a calúnia, o assassinarto. Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos”. (Andrade. Idem: 359). 

A antropofagia é a gramática do sujeito general intellect gramatical, das massas analíticas soberanas da prática política em geral. Porém, o sujeito republicano é antropofagia sem poder d’ars cyberpunk como o general intellect gramatical da mundialização do Estado cyberpunk do capitalismo comercial digital cesarista, sem César:

‘Contra as histórias do homem, que começam no Cabo Finisterra. o mundo não datado. Não rubricado. Sem Napoleão. Sem César”. (Andrade. Idem: 357). 

Um general intellect gramatical cesarista sem César é uma invenção de sujeito da gramática do Estado cyberpunk digital além do Cabo Finisterra.           

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A gramática-ideológica-retórica do poder d’ars republicano é uma criação e recriação da civilização política greco-romana. Na modernidade europeia, americana ele brasileira ela aparece como revolução republicana. Portanto, o sujeito republicano pode ser restaurado em 2025? 

O que transformou o sujeito republicano em um fenilatofenômeno sem consciência republicana nacional? Há uma subsunção do sujeito republicano  um inconsciente político? Ele é um sujeito exaurido enquanto gramática republicana revolucionária para sempre? Vive-se o fim do sujeito republicano? 

John Rawls:

“Também não quero defender a ideia de que seria aconselhável a um egoísta, em meio a uma sociedade justa, transformar-se em homem justo, dados os seus objetivos. Antes, o que me interessa é avaliar o bem de um estabelecido desejo de seguir o ponto de vista da justiça. Suponho que os membros de uma sociedade bem estruturada já possuam esse desejo? A questão é se esse sentimento regulador é coerente com o bem das pessoas. Não estaremos examinando a justiça ou o valor moral das ações a partir de determinados pontos ede vista; estaremos, sim, avaliando o bem associado ao desejo de adotar-se um ponto de vista particular, a saber, o da justiça. Precisamos avaliar este desejo não do ponto de vista egoísta, seja qual for, mas à luz da teoria estrita do bem”. (Rawls. 1981:412). 

O sujeito republicano é a lingua fenilato (Bandeira da Silveira. março/2025) feita de desejos como afecção (Hobbes. cap. 5) ou sentimento: afecção do justo, por exemplo, na forma de governo republicana. A língua fenilato regula a forma de governo como gramática e prática em uma tela da mente republicana. Bolsonaro e Trump procuraram destruir a língua quimilato republicana. Eles encarnaram e Trump encarna a contrarrevolução extrarrepublicana. Porém, que coisas são parte do extrarrepubklicano? 

Wolton: 

“On retrouve ici l’idéologie moderne évoqué précédemment. Au lieu d’intégrer les techniques de communication dans des visions de la société plus vaste, on suppose que ce sont les techniques qui modifieront les visions de la société. Comme si la communication instantanée et interactive d’un bout du monde à l’autre avait une seule fois réduit les problèmes politiques, la violence et le risque de guerre…L’époque contemporaine découvre même avec horreur, de la guerre du Golf à la Somalie, dela Tchétchénie au Rwanda et à la Yougoslavie,  que l’ont peut avoir toutes les informations sur une situation politique sans pour autant éviter les guerres. On a longtemps cru que les conflits existaient d’autant plus qu’on les ignorait. Et de manière complémentaire, on a supposé que plus il y avait d’images et d’information, moins il serait possible de faire des guerres. Hélas! En trente ans on vient de découvrir le contraire. Le schéma est plus compliqué. Hier on tuait parce qu’il n’y avait pas de caméras. Aujourd’hui on peut aussi bien tuer avec de caméras toutes proches”. (Wolton. 1997:53). 

As relações técnica de produção da tela da mente estética do capitalismo comercial mass media funcionam com o olho do espectador que vê o acontecimento, o fato, a cena da guerra sem mediação simbólica - sem reflexão da consciência republicana? Sem passar pelo grande Outro:da civilização greco-romana republicana?  

Wolton:

L’idéal de la transparence a une autre conséquence, celle de créer l’idée, fausse, selon laquelle il peut u avoir une société sans distance symbolique. Touts les sociétés jusqu’à aujourd’hui ont été officiellement et légitimement hiérarchisées. Seule la société démocratique prône l’égalité. De là à crore que la communication généralisée augmentera la transparence, et atténuera la hiérarchie, il n’y a qu’un pas, franchi par beaucoup. Or la réduction des distances symboliques rencontre rapidement une limite. D’abord, tout le monde ne peut vivre au même niveau de compréhension des problèmes d’une société. Ensuit, à supposer que cela soit possible, il subsiste cette évidence: tout collctivité a besoin de distances symboliques entre les ordres économique, militaire, politique, judiciaire, religieux. Que vaut une société si tous les codes, les vocabulaires, les rites se trouvent d’un seule coup sur un pied d’égalité?  (Wolton. 1997: 53). 

No capitalismo comercial mass media eletrônico, todas as gramáticas-ideológicas-retóricas têm o mesmo valor na explicação do fato, do acontecimento. A transparência da simultaneidade igualitária mass media é algo sem efeito na tela da mente estética republicana? Não há a passagem em ato da consciência republicana do vê do campo simbólico para um outro campo não-simbólico?  O capitalismo comercial mass media eletrônico transforma em taxa de lucro o quê, exatamente? Qual mais-gozar? 

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O capitalismo comercial mass media eletrônico produziu uma transformação na língua fenilato plástica. A língua plástica é algo de Wittgenstein:

“E quem pinta não deveria pintar algo - e quem pinta algo, não pinta nada real? - Sim, o que é o objeto do pintar: a figura do homem (por exemplo) ou o homem representado pela figura?”

519. Diríamos: uma ordem é uma imagem da ação, que foi executada segundo a ordem; mas é também uma imagem da ação, que deve ser executada segundo ela”.

“520. ‘Mesmo quando se concebe uma frase como imagem de um estado de coisas possível e se diz que ela mostra a possibilidade do estado de coisas, então, no melhor dos casos, a frase    podev fazer o que faz ua imagem pintada ou plástica, ou um filme; e ela, em todo caso, não pode colocar o que não se dá. Portanto, depende inteiramente de nossa gramática o que é (logicamente) dito possível o que não é, - a saber, o que ela autoriza’”. (Wittgeinstein. 1975: 148).

A tela da mente plástica linguística como um filme é quem autoriza o fato. O capitalismo comercial mass media eletrônico faz da da pulsão como afecção escópica taxa de lucro:

“Esse lembrete é o bastante para justificar que tinhamosinsistido preferencialmente na pulsão escópica em em seu objeto imanente: o olhar”. (Lacan. 2003: 224).   

A passagem para o capitalismo comercial mass media digital faz funcionar um poder d’ars que já não se baseia na pulsão escópica da de um mais-gozar da transparência na tela dos fatos de hoje. Ele faz a passagem do simbólico para uma outra coisa distinta da transparência. Ele faz funcionar as aparências de semblância (Arendt. 1992:31)na tela da mente estética digital como campo do heteróclito reprofundo:

“Alors que l’intelligence décompose les sens, le mythe le compose. C’est pourquoi il ne saurait être compris d’après une supposée valeur explicative; le mythe n’est pas une science des primitifs mais un moyen de compréhension immédiate du reel. L’opposé du sym-bolique, c’est, proprement, le dia-bolique”. (1998:732). 

Com o capitalismo comercial digital surge um Estado tecnofeudal capitalista do poder d’ars cyberpunk no campo das ideologias que se torna mitológica. No Youtube pode-se observar essas fenilatoideologias que praticam a compreensão  do real da prática política da língua fenilato como um filme. Isso bloqueia o aparecimento do sujeito republicano, definitivamente? Olhe-se para  sujeito-massas americana de 2025 <No Kings>. 

Esse sujeito diz que Trump representa uma mundialização de uma monarquia eletiva no território americano. As massas funcional como uma tela da mente cinematográfica na terra do cinema. A monarquia trumpsta é movida por um poder d’ars cyberpunk? É, logo, uma monarquia comercial digital, cesarista, cyberpunk? E as massas No kings que lutam contra essa monarquia cyberpunk? Na história, há a monarquia e a republica como formas de governo da civilização política ocidental. Porque aas massas analíticas do general intellect gramatical americano não se definem como uma revolução republicana da terceira década do século XXI? o republicanismo é propriedade nominal do Partido Republicano. Porém esse partido hoje é extrarrepublicano e contrarrevolucionário mundialmente. Ele se tornou o partido cyberpunk dominante da monarquia eletiva-digital cyberpunk trumpista. Se as massas N.K. se identificam esteticamente com a democracia capitalista militarista do Partido Democrata, então, elas não têm como fazer a passagem ao ato à revolução republicana contra o partido falso republicano e o poder d’ars cyberpunk do Estado do capitalismo comercial digital cyberpunk: monarquia cyberpunk.        


       


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