José Paulo
Capítulo 9- general intellect gramatical republicano
Fernando Pessoa abriu as comportas para se pensar a <Revolução Republicana Luso> no contexto mundial do confronto entre república e extrarrepública? suas análises não falam das massas analíticas do general intellect gramatical (GIG) em stásis na Europa? Tomamos consciência que o mundo é feito de conhecimento do GIG?
“Fernando Pessoa fala da república que ele vê e sente:
‘A república actual é a continuação do estado de cousas da monarquia, com simplesmente isto e mais: a bolição do facto que impedia sequer a pensabilidade de melhorar esse estado de coisas. Porque é a república, i. é, será não a causa, mas a condição de um progresso ulterior. A[...] república indica que uma corrente social se substituía a outra no estado; mas essa substituição não é feita como a cde um peão por uma rainha no xadrez. O estado de cousas social não muda de momento; começa a exercer-se sobre ele obscuramente a influência de uma outra corrente, purificadora esta, que lentamente vai alterando esse modo-de-social,. Claro está que os homens que vão à frente dessa corrente no deslizar gradual de (...) antigo são os que mais se parecem - por falta de sinceridade [?], de modéstia, de competência, com os homens do anterior regime”. [Fernando Pessoa. 1978: 155-56]. (Bandeira da Silveira. Novembro/2024: 10).
Pessoa fala de homens da revolução republicana como efeito do poder d’ars do realismo realista, como fez Tocqueville sobre a Revolução republicana francesa. Em ambos não temos um texto que se pareça com o texto de complexo-de-vira-lata do GIG brasileiro sobre a Revolução Republicana brasileira:
“A conciliação barroca entre o velho e o novo é coisa da Revolução Francesa (Tocqueville. 42-44), é o mais-gozar da nova comunidade psíquica de significante burguês-moderno, e isso não existe na Revolução americana, esta não tem um passado de forma de governo para ser conciliado com a forma de governo da atualidade”. (Bandeira da Silveira> idem: 10).
Hoje, um GIG esta sendo violentamente, materialmente atacado pela contrarrevolução extrarrepublicana no Brasil. O governador bolsonarista de São Paulo procura desintegrar o GIG da civilização paulista de 400 anos. Tarcísio, o gov., aparece com representante das massas bárbaras - que não são doces bárbaros - excluidas da civilização paulista do GIG. A língua fenilato tela da mente estética regional civilizatória tornou-se objeto de ódio, ressentimento, ira, das massas bárbaras bolsonaristas do Brasil profundo. A palavra liberdade dos bárbaros extrarrepublicanos se choca com civilização do GIG republicano:
Robespierre diz:
“Os partidário do sistema que ataco viram eles mesmos essa verdade, já que, sem ousar contestar a qualidade de cidadão àqueles que condenavam à deserdação política, eles se limitam a eludir o princípio de igualdade que ela supõe necessariamente, pela distinção entre cidadãos ativos e cidadãos passivos. Contando com a facilidade com a qual se governam os homens pelas palavras, eles tentaram fazer a mudança ao publicar, por essa nova expressão, a violação mais manifesta dos direitos do homem [...] Ora, eu lhes perguntaria com que direito eles podem assim atacar seus concidadãos e eleitores com inatividade e paralisia; não deixarei de reclamar contra essa locução insidiosa e bárbara, que manchará ao mesmo tempo nosso código e nossa língua, se não nos apressarmos a as apagar, a fim de que a palavra liberdade não seja ela mesma insignificante e irrisória”. (Zizek. 2008: 54).
<Nossa língua> é aquela da revolução republicana em choque com a contrarrevolução extrarrepublicana na prática política e tela da mente estética, língua quimilato (Bandeira da Silveira; março/2025) - que rechaça a retórica de falsos revolucionários que atacam as massas analíticas do GIG revolucionário republicano.
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