José Paulo
Gentile foi o Jean Baudrillard realista modernista neoclássico da imagem do Estado integral. Gramsci fez dessa simples imagem uma tela da mente estética ocidental da época do mercantilismo capitalista europeu da primeira metade do século XX. Em Gramsci, o Estado integral é sociedade política e sociedade civil, aparelhos repressivos e aparelhos de hegemonia e validade e faticidade. (Buci-Glucksmann: 114). Hoje, o Estado integral aparece como poder estético, identificação estética, massas e sociedade de classe estéticas.
O anglo-americano criou uma imagem de cachorro-viralata do latino-americano como parte de sua dominação estética sobre as América, financiada pelo capital cultural (Bourdieu. 1994:39)do departamento de Estado american. O anglo-americano criou uma imagem suja do Estado patrimonial barroco católico da Península em contraposição à imagem pura do Estado puritano clássico anglo-americano:
“O pelourinho, um símbolo de justiça e de autoridade real, erguia-se no centro da maior parte das cidades portuguesas do século XVI. À sua sombra as autoridades civis liam proclamações e puniam criminosos. sua localização, no centro da comunidade, ilustrava a crença ibérica de que a administração da justiça era o atributo mais importante do governo. Portugueses e espanhóis dos séculos XVI e XVII achavam que a administração imparcial da lei e o desempenho honesto do dever público asseguravam o bem-estar e o progresso do reino; inversamente, o embaimento da justiça por funcionários avarentos ou grupos e indivíduos poderosos traziam a ruína e provocavam a retaliação divina. Em Portugal, a preocupação real com relação à justiça chegou a medidas draconianas no reinado de D. Pedro I (1357-1397), para quem a administração equalitária da justiça a ricos e pobres tornou-se uma fixação psicótica. Inúmeras vezes tratados eruditos a as próprias leis versavam sobre a justiça como sendo a primeira responsabilidade do rei. Do século XIII ao XVII, os portugueses viam uma estreita relação entre o rei e a sua lei”. (Schwartz: 3-4).
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